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Redes ASI e Sensores s
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IND2-3/2134-CA
s

Módulo 7S

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 1


s

Índice

1. Introdução

1.1. Sensores 03
1.2. Características fundamentais dos sensores para automação 03
1.3. Visão geral das famílias de sensores e seus principais tipos 05

2. Sensores Indutivos
2.1. Princípio de funcionamento 06
2.2. Características de resposta 06
2.3. Zonas livres na montagem em metal 07
2.4. Características construtivas 07
2.5 Fatores de redução 08
2.6. Classes de saídas 2, 3 e 4 condutores 09
2.7 Configuração de saída do tipo pnp e npn com 3 condutores 09
2.8. Aplicações 10

3. Sensores Capacitivos
3.1. Princípio de funcionamento 11
3.2. Aspectos construtivos 12
3.3. Sensores faceados 13
3.4. Sensores não-faceados 13
3.5. Características técnicas e aplicações 14
3.6. Distância de operação 14
3.7. Fatores de redução 15
3.8. Classes de saídas 2, 3 e 4 condutores 16

4. Sensores Óticos
4.1. Princípios de funcionamento 17
4.2. Difusão 17
4.3. Sensores reflexivos 18
4.4. Sensor reflexivo em um espelho de 3 vias 18
4.5. Sensores Barreira de luz direta 19
4.6. Comparação da distância sensora 19
4.7. Condutores de fibra ótica 20
4.8. Laser com saída analógica 20
4.9. Marca cor 21
4.10. Fenda 21
4.11. Cor 21
4.12. Reserva de função 22
4.13. Função anti-interferência 22
4.14. Sensibilidade à luz externa 23
4.15. Configurações de saídas 23
4.16. Zonas de atuação 23
4.17. Exemplos de aplicações 24

5. Sensores ultra-sônicos
5.1. Princípio de funcionamento 25
5.1.1. Alinhamento angular 26
5.1.2. Alinhamento angular – Aplicação 26
5.1.3. Cone sonoro – Ganho em dB 26
5.2. Formas de atuação 27
5.3. Zonas livres 27
5.4. Vantagens 27
5.5. Comparação entre sensores de proximidade ultra-sônicos e óticos 28
5.6. Materiais e objetos 28
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5.7. Exemplos de aplicações 29


5.8. Influências ambientais 30
5.9. Como especificar um sensor 31

6. Redes de sensoriamento
6.1. Introdução 32
6.2. Topologias e especificações normal e avançada 35
6.3. Principais características 37
6.4. Escravo 38
6.4.1. Lado de rede do escravo 38
6.5. Mestre 39
6.5.1. Estrutura mestre 39
6.6 Interação mestre/escravos 40
6.7 Processo de comunicação – mestre 41
6.8. Troca de dados mestre-escravo 41
6.9. Interação mestre/escravo 41
6.10. Campos de dados do mestre 42
6.11. LES, LAS e LPS 42
6.12. Estrutura da mensagem do AS-Interface 42
6.13. Codificação de sinal 43
6.14. Modulação APM (Alternate Pulse Modulation) 43
6.15. Medição do reconhecimento de erro 43
6.16. Funcionamento do mestre AS-Interface 44
6.17 Os escravos: módulos de I/O, sensores, botoeiras, etc. .. 44
6.18 Escravos AS-Interface IP67 44

7. AS-Interface Versão 2.1


7.1. Comparação 46
7.2. Escravos V2.1: quais as diferenças? 47
7.3. Escravos A/B: Como isso funciona? 47
7.4. Versão 2.1 permite qualquer combinação entre escravos padrão e A/B 48
7.5. Safety work – O princípio 48
7.6. Exemplo de circuito 50
7.6.1. Monitor com um circuito de segurança 50
7.6.2 Transmissão de valores analógicos 50
7.6.3. Transferência de dados com os analógicos 51
7.7. Como dimensionar uma fonte AS-Interface 51
7.8. Modularidade da AS-Interface 52
7.9. Operação com repetidor e extensor 53
7.10. Repetidor 54
7.11. Benefícios da AS-Interface 54
7.12. Simplicidade 55

8. Bibliografia 55

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1. Introdução
1.1 Sensores

Sensores são dispositivos construídos para detectar a presença ou passagem de materiais metálicos ou
não metálicos, por proximidade ou aproximação, sem contato físico. Esta detecção é feita pela face sensora
do sensor, que ao serem acionados ativam as entradas do controlador lógico programável, para automação
da planta industrial. Os de operação indireta alteram suas propriedades, como a resistência, a capacitância
ou a indutância, sob ação de uma grandeza, de forma mais ou menos proporcional.

oscilador amplificador

~
~

Figura 1.1: Sensor Indutivo de proximidade

1.2. Características Fundamentais dos Sensores para Automação

O sinal de um sensor pode ser usado para detectar e corrigir desvios em sistemas de controle, e nos
instrumentos de medição, que freqüentemente estão associados aos sistemas de controle de malha aberta
(não automáticos), orientando o usuário, sendo caracterizados por:

Linearidade
É o grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto maior, mais fiel é a resposta
do sensor ao estímulo. Os sensores mais usados são os mais lineares, conferindo mais precisão ao sistema
de controle. Os sensores não lineares são usados em faixas limitadas, em que os desvios são aceitáveis, ou
com adaptadores especiais, que corrigem o sinal.

Faixa de atuação

É o intervalo de valores da grandeza em que pode ser usado o sensor, sem destruição ou imprecisão.

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Histerese

É a distância entre os pontos de comutação do sensor, quando um atuador dele se aproxima e se afasta.

Sensibilidade

É a distância entre a face do sensor e o atuador no instante em que ocorre a comutação. As medidas na
tabela são determinadas para um atuador de chapa de aço quadrada com 1 mm de espessura, cujo lado é
igual ao diâmetro do sensor.

Superfície Ativa

É a superfície através da qual o campo eletro-magnético de alta freqüência se irradia no meio externo. Esta
área é definida pela superfície do núcleo e corresponde aproximadamente à superfície da área externa
deste núcleo.

Fator de correção

Fornece a redução da distância sensora em presença de materiais cujas características apresentam desvios
em relação ao ferro Fé 360 (definido pela ISSO 630).

Freqüência de Comutação

Corresponde à quantidade máxima de comutações por segundo. Baseado nas características operacionais
de cada dispositivo, os transdutores são elementos de campo mais utilizados para controle, enquanto que
os sensores, também elementos de campo, são utilizados mais especificamente em automação de
processos.

Distância Sensora
Distância em que aproximando-se o acionador da face sensora, o sensor muda o estado da saída.

Distância Sensora Nominal


Distância sensora teórica, a qual utiliza um alvo padrão como acionador e não considera as variações
causadas pela industrialização, temperatura de operação e tensão de alimentação. É o valor em que os
sensores de proximidade são especificados.

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De acordo com a tabela a seguir, é possível ter uma visão geral dos sensores a serem abordados:

1.3 Visão Geral das famílias de sensores e seus principais tipos

Família Tipo Princípio de funcionamento

Indutivos Proximidade Geração de campo eletro-magnético em alta freqüência

Capacitivos Proximidade Geração de campo magnético desenvolvido por oscilador

Difusão
Transmissão e recepção de luz infravermelha que pode ser
Sensores Ópticos
Retroreflexivo refletida ou interrompida por um objeto a ser detectado

Barreira

Difusão
Transmissão ou recepção de onda sonora que pode ser
Ultra-sônicos
Reflexivo refletida ou interrompida por um objeto a ser detectado

Barreira

Tabela 1.2: Principais tipos de Sensores

2. Sensores Indutivos

Dispositivos de indução operam segundo o princípio de que havendo um movimento relativo entre um
campo magnético e um condutor, uma corrente poderá ser induzida no condutor. Usualmente, o condutor é
um fio, esse fio é enrolado de tal maneira a produzir uma bobina. Assim que o campo magnético passa pela
bobina, ele induz nessa mesma bobina uma tensão que é proporcional à intensidade do campo magnético,
à velocidade do movimento e ao número de voltas do fio da bobina.

A relutância em circuitos magnéticos é o equivalente à resistência em circuitos elétricos. Um caminho de


baixa relutância é um bom condutor magnético. Como exemplo, se um material ferromagnético é
aproximado de um imã permanente, o campo que circunda o imã aumenta em intensidade, fazendo com
que o fluxo seja redirecionado para passar através do material.

De acordo com a figura a seguir, cada vez que o material magnético se aproxima, o campo deverá ser
alterado, e um pulso de corrente será induzido na bobina.

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2.1. Princípio de Funcionamento

Geração de um campo eletromagnético de alta freqüência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante
instalada na face sensora.

Objeto metálico

Superfície
ativa
Bobina

BERO não ativado BERO ativado

A bobina faz parte de um circuito oscilador, que em condição normal (desacionada), gera um sinal senoidal.

Quando um metal aproxima-se do campo, este por correntes de superfície, absorve a energia do campo,
diminuindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. Esta diminuição do valor original aciona o estágio de
saída. Os sensores de proximidade indutivos são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a
aproximação de peças, componentes, elementos de máquinas, em substituição às tradicionais chaves fim
de curso.

A detecção ocorre sem que haja o contato físico entre o acionador e o sensor, aumentando a vida útil do
sensor por não possuir peças móveis sujeitas a desgastes mecânicos.

2.2. Característica de resposta

Elemento normalizado Curva característica de resposta

de qualquer direção
Superfície ativa

BERO

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2.3. Zonas livres na montagem em metal

Face Sensora
É a superfície onde emerge o campo eletromagnético

Distância Sensora (S)


É a distância em que aproximando-se o acionador da face sensora, o sensor muda o estado da saída.

Distância Sensora Nominal (Sn)


É a distância sensora teórica, a qual utiliza um alvo padrão como acionador. É o valor em que os sensores
de proximidade são especificados.

Como utiliza o alvo padrão metálico, a distância sensora nominal informa também a máxima distância que o
sensor pode operar.

Metal

Zona livre

≥ 3 · Sn ≥ 3 · d1
d1

≥ 2 · Sn

Metal

2.4. Características Construtivas

Faceados Não faceados

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Distância Sensora Operacional (So)


É a distância em que seguramente pode-se operar, considerando-se todas as variações de industrialização,
temperatura e tensão de alimentação.
So = Fr x 0,8 x Sn

2.5. Fatores de Redução

São fatores que devem ser aplicados em função do tipo de sensor e atuador que por sua vez pode ter alta
ou baixa permeabilidade magnética, influenciando na distância de atuação do dispositivo.

Elemento padrão Fator de redução Elemento padrão


normalizado normalizado
ST 37 1 ST 37

Aço 0,8 Aço


(V2A) (V2A)

0,6
Alumínio Alumínio, Bronze
Latão Cu
0,4
Cu a
a 0,2

a a
Metal

BERO montado embutido BERO montado não embutido

Influência do Atuador
A distância sensora operacional varia ainda com o tipo de metal, ou seja, é especificada para o ferro ou aço
e necessita ser multiplicada pelo fator de redução.

Histerese
É a diferença entre o ponto de acionamento (quando o alvo metálico aproxima-se da face sensora) e o
ponto de desacionamento (quando o alvo afasta-se do sensor).

Este valor é importante, pois garante uma diferença entre o ponto de acionamento e desacionamento,
evitando que em uma possível vibração do sensor ou acionador, a saída oscile.

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2.6. Classes de saídas 2, 3 e 4 condutores

L
I +
1 NA 22
condutores
condutores
L
-

L
I +
1 NA 33
condutores
condutores
L
-

L
I +
44 1 NA + 1 NF
condutores
condutores
L
-

2.7. Configuração de saída do tipo pnp e npn com 3 condutores

Saída A Saída A
(L+) - conectando (L-) - conectando

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2.8. Aplicações

Alta exatidão Alta freqüência Atuação sem Tempos de


de repetição de operação contato físico operação curtos

Posicionar por ex. Contador por ex. em Sensor de proximidade Gerador de pulsos
em máquinas de equipamentos de por ex. portões, grades por ex. para monitoramento
produção automáticas, seleção, esteiras de e elevadores de repouso, e sentido
dispositivos de fixação transporte de rotação

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3. Sensores Capacitivos

A capacitância depende da área das placas A, da constante dielétrica do meio, εr, e da distância entre as
placas, d:

C = εr A / d

Nos sensores Capacitivos podemos variar qualquer destes fatores, sendo mais prático alterar a distância
entre uma placa fixa e uma móvel, ou a área, fazendo uma placa móvel cilíndrica ou em semicírculo (ou
várias paralelas, como no capacitor variável de sintonia) se mover em direção à outra fixa.

A variação na capacitância pode ser convertida num desvio na freqüência de um oscilador, ou num desvio
do equilíbrio (tensão) numa ponte feita com dois capacitores e dois resistores, alimentada com corrente
alternada. O desvio de tensão será inversamente proporcional ao desvio na capacitância, neste caso e,
usando um sensor de distância entre as placas, será proporcional ao deslocamento entre as placas.

Este método é usado em sensores de posição, força e pressão, havendo uma mola ou diafragma circular
suspenso por borda elástica (como o cone de um alto-falante), suportando a placa móvel. Há também o
sensor por diferença de capacitância, que é um capacitor duplo, com duas placas fixas e uma móvel no
centro.

3.1. Princípio de Funcionamento

Baseia-se na geração de um campo elétrico, desenvolvido por um oscilador controlado por capacitor.

O lado sensível de um sensor capacitivo é formado por dois eletrodos metálicos dispostos concentricamente
que se equivalem a um capacitor.

As superfícies dos eletrodos são conectadas em uma ramificação de alimentação de um oscilador de alta-
freqüência sintonizado de tal maneira que não oscilem quando a superfície está livre. Quando um objeto se
aproxima da face ativa do sensor, ele entra no campo elétrico sob a superfície do eletrodo e causa uma
mudança na capacitância do conjunto, ocorrendo uma oscilação com uma amplitude tal que seja detectada
por um circuito e convertida em um comando de chaveamento.
Eletrodo

Detecção de
plásticos, madeiras, Objeto
vidro, pós e líquidos dielétrico

Campo elétrico

Figura 3.1 – Lados de um Sensor Capacitivo

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3.2. Aspectos Construtivos

Quando um objeto se aproxima da face ativa do sensor, ele entra no campo elétrico sob a superfície do
eletrodo e causa uma mudança na capacitância do conjunto, ocorrendo uma oscilação com uma amplitude
tal que seja detectada por um circuito e convertida em um comando de chaveamento.

A distância efetiva de atuação depende da constante dielétrica relativa do meio e de seu valor
característico, obtido em tabelas.

Um sensor de proximidade capacitivo é constituído basicamente de um oscilador, cujo capacitor é formado


por 2 eletrodos localizados na face sensora do equipamento.

Sendo εr a constante dielétrica que depende do material do objeto, no ar (εr = 1), a capacitância do
capacitor é Co.
Campo Elétrico

Eletrodo

Ar r=1ε
C = C0

Figura 3.2.a: Capacitor de Proximidade

O objetivo é detectar qualquer material com εr > 2, ou seja, quando um objeto de qualquer material (εr > 2)
estiver próximo à face sensora, ele modifica o valor da capacitância (C1). Esta variação da capacitância
(C1>C0) provoca o acionamento do oscilador; após a formatação, um sinal de saída é liberado, de acordo
com o esquemático:

Objeto com εr > 2

Eletrodo

C = C1

Figura 3.2.b: Capacitor de Proximidade com elemento a ser detectado

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3.3. Sensores Faceados

São modelos cilíndricos (invólucro metálico) ou retangulares (invólucro plástico). Utilizados para a detecção
de materiais isolantes (madeira, plástico, papelão, vidro, etc).
Este tipo é recomendado quando:
• As distâncias de detecção são relativamente pequenas;
• As condições de montagem necessitam que o sensor seja embutido;
• Deve-se efetuar a detecção de um material não condutor através de uma parede que não seja
condutora (exemplo: detecção de vidro através de uma embalagem de papelão).

Perturbações Fase Sensora

Eletrodo Principal
Eletrodo de Terra
Eletrodo de Compensação

3.4. Sensores Não – Faceados

São os modelos cilíndricos (invólucro plástico), utilizados para a detecção de materiais condutores (metal,
água, líquidos, etc). Este tipo é recomendado para:
• A detecção de um material condutor a grandes distâncias;
• A detecção de um material condutor através de uma parede isolante;
• A detecção de um material não condutor colocado sobre ou diante de uma peça metálica aterrada.

Terra Fase Sensora

(a)

Eletrodo Principal

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3.5. Características Técnicas e Aplicações

A distância nominal é definida com uma placa quadrada de aço doce, com 1 mm de espessura, similar à
usada nos sensores indutivos. A dimensão da lateral da placa é igual à dimensão da face sensora.

Uma regulagem nominal da sensibilidade é efetuada em fábrica.

Dependendo da aplicação, um ajuste da sensibilidade poderá ser necessário, dependendo de:


• aumento da sensibilidade para os objetos de fraca influência
• (εr baixo) : papel, papelão, vidro, plástico,
• manutenção ou diminuição da sensibilidade para os objetos de forte influência (εr elevado) : metais,
líquidos.
• Os sensores capacitivos possuem eletrodos de compensação, que permitem eliminar as influências
das variações do meio
• ambiente (umidade, poluição).

Com variações acentuadas do meio ambiente, deve-se tomar a precaução de que o aumento da
sensibilidade não coloque o produto em uma faixa crítica de funcionamento.

O aumento da sensibilidade corresponde a um alongamento da histerese de comutação.

3.6. Distâncias de operação

As distâncias de funcionamento dependem da constante dielétrica εr do material a ser detectado. Quanto


maior for o valor de εr, mais facilmente o material será detectado. A distância de funcionamento depende do
material do objeto a ser detectado:
St = Sn x Fc
St = distância de trabalho,
Sn = distância sensora nominal,
Fc = fator de correção relacionado ao material do objeto a ser detectado.

A tabela a seguir, indica os valores da constante dielétrica dos principais materiais, e respectivos fatores de
correção (Fc) da distância sensora nominal em função do material do objeto a ser detectado.

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s

Material εr Fc Material εr Fc
Ar 1 0 Mica 6…7 0,5…0,6
Álcool 24 0,85 Nylon 4…5 0,3…0,4
Araldite 4 0,36 Papel 2…4 0,2…0,3
Acetona 20 0,8 Parafina 2…2,5 0,2
Amoníaco 15…25 0,75…0,8 Plexiglass 3,2 0,3
Madeira seca 2…7 0,2…0,6 Resina de poliéster 2,8…8 0,2…0,6
Madeira úmida 10…30 0,7…0,9 Poliestireno 3 0,3
Borracha 2,5…3 0,3 Porcelana 5…7 0,4…0,5
Cimento (pó) 4 0,35 Leite em pó 3,5...4 0,3...0,4
Cereais 3…5 0,3…0,4 Areia 3...5 0,3...0,4
Água 80 1 Sal 6 0,5
Gasolina 2,2 0,2 Açúcar 3 0,3
Etileno glicol 38 0,95 Teflon 2 0,2
Farinha 2,5…3 0,2…0,3 Vaselina 2...3 0,2...0,3
Óleo 2,2 0,2 Vidro 3...10 0,3...0,7
Mármore 6…7 0,5…0,6

Tabela 3.4.2.a: Valores de εr e seus fatores de correção

3.7. Fatores de redução

Tabela 3.5: Distância de operação em função do material do atuador

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Interferências eletromagnéticas
Os sensores são testados sob interferências eletromagnéticas segundo as exigências da norma IEC 947-5-
2 (descargas eletrostáticas, campo eletromagnético irradiado, transientes rápidos, impulsos de tensão).

Interferências térmicas
O desrespeito aos valores indicados nos dados técnicos resulta em desvios na distância sensora, o que
pode comprometer o bom funcionamento dos sensores.

Vibrações
Os sensores são testados conforme a norma IEC-68-2-6.

Influência do aterramento
O aterramento de um objeto de alta condutividade aumenta a distância sensora. Para evitar uma
interferência mútua entre os sensores deve-se respeitar, durante a montagem, as distâncias indicadas nas
precauções de colocação em funcionamento dos produtos.

3.8. Classes de saídas 2, 3 e 4 condutores

L
K +
1 NA 22
condutores
condutores
L
-

L
K +
1 NA 33
condutores
condutores
L
-

L
K +
44 1 NA + 1 NF
condutores
condutores
L
-

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s

4. Sensores Ópticos

4.1. Princípios de Funcionamento

Baseiam-se na transmissão e recepção de luz infravermelha, que pode ser refletida ou interrompida pelo
objeto a ser detectado.

Sensor difuso Sensor difuso com Sensor reflexivo


(sensor energético) supressão de fundo

Sensor barreira Sensor para condutores Sensor reflexivo


de fibra ótica com saída analógica

Sensor marca cor Sensor de cores Sensor fenda

4.2. Difusão
O transmissor e o receptor são montados na mesma unidade, Sendo que o acionamento da saída ocorre
quando o objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e reflete para o receptor o feixe de luz
emitido pelo transmissor.

Luz
Luz
infravermelha
infravermelha

Energético

AAluz
luzéérefletida
refletida
diretamente
diretamentepelopelo
objeto
objeto

Supressão de Fundo

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4.3. Sensores reflexivos

O transmissor e o receptor são montados em uma única unidade. O feixe de luz chega ao receptor após a
incidência em um espelho e o acionamento da saída ocorre quando o objeto interrompe o feixe.

Luz
Luzvermelha
vermelha
visível
visível
AAluz
luzéérefletida
refletida
por
poruma
umaespelho
espelho
especial
especial

Espelho
Espelhode de
três
trêsvias
vias

OOfeixe
feixede
deluz
luzéé
interrompido
interrompidopor
por
um
umobjeto
objeto

4.4. Sensor Reflexivo em um espelho de 3 vias

Espelho de 3 vias
A luz polarizada do
transmissor é modificada e
atravessa o filtro de
polarização do receptor.

Refletor "normal"
A luz polarizada NAO é
modificada e o receptor não
pode vê-la.

Variação
Variação possível
possível
+/-
+/- 15°
15°

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4.5. Barreira de luz direta

AAluz
luzdo
doemissor
emissoratinge
atingeoo
receptor
receptor

OOobjeto
objetointerrompe
interrompeeste
este
raio
raio de luz“escuro
de luz “escuroligado“
ligado“

4.6. Comparação da distância sensora

Transição 100 %
Preto / Branco 40 %

Sensor energético

100 %
94 %

Sensor com supressão de fundo

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4.7. Condutores de fibra ótica

De acordo com as fibras usadas, podem ser usados


como sensor difuso ou sensor de barreira

A distância sensora depende da fibra ótica utilizada:


fibras óticas de vidro ou de plástico.

4.8. Laser com saída analógica

10V

0V
45 mm 85 mm

Um raio laser é refletido no objeto e é direcionado a um diodo especial (PSD).


O ponto de encontro depende da distância do objeto.
Resolução 20µm ou 80µm.

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s

4.9. Marca cor

O sensor marca cor reage a diferenças de


contraste.
De acordo com a aplicação ele transmite luz
vermelha ou verde.
Ele é um “sensor energético“ especial.

4.10. Fenda

O sensor fenda reage a diferenças


de contraste.
Ele envia um raio de luz através do
objeto e o recebe ao mesmo
tempo.
De acordo com a aplicação ele
emite luz verde/vermelha ou infra-
vermelha.
Ele é um “sensor energético“
especial

4.11. Cor

O sensor de cor pode reconhecer uma determinada cor.


Trabalha com 3 transmissores: vermelho, verde, azul.
Pode reconhecer uma cor ou uma graduação de cor.
É acionado através de função “Teach-In“.
Não reage a diferenças de luminosidade.

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 22


s

4.12 Reserva de Função

Nível recebido
Reserva de função
Hysterese de ligação Emissão de luz em excesso

Reserva de função
Saída de Emissão de luz em excesso
(LED verde)
comutação
(LED amarelo)

4.13 Função anti-interferência

O emissor modula o raio de luz

Emissor

325µs 325µs 325µs 215µs 215µs 110µs110µs 325µs

Receptor “reconhece“ o impulso de luz

Receptor

1 ms

O receptor avalia o sinal. Se o sinal está correto, a saída é acionada.

VANTAGENS:
• Quase insensível à luz externa
• Sem influências mútuas
• Sem instruções de montagem

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 23


s

4.14. Sensibilidade à luz externa

Especificação: 10.000 Lux (Luz natural)


3.000 Lux (luz artificial)

Radiação solar direta 10.000 - 100.000 Lux


(meio-dia)
Céu nublado 1.000 Lux
Iluminação interior 300 - 1.000 Lux
Iluminação de rua 0,5 - 30 Lux

Uma lâmpada incandescente de 100 W gera em 1m de distância


aprox. 100 Lux. (média)

4.15. Configurações das Saídas

Quanto à incidência de luz

LIGHT ON - A saída é chaveada quando a PRESENÇA da luz é detectada pelo receptor.


DARK ON - A saída é chaveada quando a AUSÊNCIA de luz é detectada pelo receptor.

4.16. Zonas de Atuação

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 24


s

4.17. Exemplos de aplicações

Contagem de garrafas
utilizando um sensor
difuso

Controle de rasgos
no rolo de tear
usando um sensor
difuso

Contagem de CI's
usando um sensor 1 71 3

de fibra ótica

Controle de tampas
usando um sensor de
fibra ótica do tipo
barreira

Medição do comprimento
de rolo em mesa de corte
com um sensor de
fibra ótica de barreira

Sinalização iminente do
fim do rolo usando um
sensor difuso

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 25


s

5. Sensores Ultra-sônicos
5.1. Princípio de Funcionamento

O sensor emite pulsos cíclicos ultra-sônicos que refletidos por um objeto incidem no receptor, acionando a
saída do sensor.

Definição da faixa de medição.

Início da faixa
de operação

Final da faixa
de operação
Distância do objeto

Zona
Cega Faixa de medição

to tE
Impulso emitido Eco

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 26


s

5.1.1. Alinhamento angular

+3° -3°

Permitido

Não permitido

5.1.2. Alinhamento Angular - Aplicação

45°

Areia

Água

5.1.3. Cone sonoro – Ganho em dB

0 dB
-10 dB 30°
-20 dB -3 dB
-30 dB
-40 dB

30°

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 27


s

5.2. Formas de Atuação

Sensor de proximidade Barreira de reflexo

O eco é produzido O eco de referência não é refletido;


São necessários 2 chaveamentos

5.3. Zonas Livres

Distância
X Y sensora X Y
cm cm cm

6 - 130 >3 >6


20 - 130 > 15 > 30
40 - 300 > 30 > 60
60 - 600 > 40 > 80
80 - 1000 > 70 > 150

5.4. Vantagens

• Para detecção de objetos a distâncias determinada


• Detecção de objetos de diferentes materiais, formas e cores
• Detecção de objetos pequenos em longa distância
• Pode ser usado:
- como sensor de proximidade com supressão de fundo
- como barreira de reflexão
- para saída da distância de objeto de forma digital ou analógica
• Funcionamento constante sem manutenção

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 28


s

5.5. Comparação entre Sensores de proximidades Ultra-sônicos e Ópticos

Ultrasônico Ótico
Características típicas

• Ponto de operação independente da • Ponto de operação dependente


superfície de materiais, cor, da superfície de materiais, cor,
intensidade de luz e contrastes intensidade de luz e contrastes
óticos óticos
• Sensível a poluição, por isso
• Insensível a poluição, por isso não
necessita manutenção
necessita manutenção
• Exatidão > 1 mm • Exatidão > 0,25 mm
• Freqüência 8 Hz • Freqüência 1000 Hz
• Sensível a turbulências atmosféricas • Insensível a turbulências
e temperatura atmosféricas e temperatura

5.6. Materiais e Objetos

Exemplos para objetos Exemplos para materiais


Telhas Metal
Garrafas Pedra
Paleta Terra
Blocos de aço Cimento
Pessoas Madeira
Portas Vidro
Veículos Tabaco
Fogões
Esmalte
Placas de chumbo
Plástico (transparente e colorido)
Transparências
Vidro plano Styropor
Entulho Roupas
Esteiras Papel
Níveis líquidos Borracha
Partes de máquina Koks
Peças de automóveis Líquido

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 29


s

5.7. Exemplos de Aplicações

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 30


s

Laços de controle para prensas


ou máquinas de extrusão

Medição de alturas
e controle de qualidade em
correias transportadoras

Aplicações com vidro


claro ou objetos transparentes
em correias transportadoras

Monitoramento individual de
vagas em estacionamentos

Medição do diâmetro
do rolo de papéis,
Deteção do
plástico ou produtos
nível de
têxteis
líquidos em
recipientes

Medição de alturas
de tábuas de
madeira, vidro,
plástico, bóias de
metal, etc ... Monitoramento
de rupturas de
cabos e cordas

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 31


s

5.8. Influências Ambientais


Insensível a pó, neblina

Temperatura ambiente
0,17% / °C Umidade do ar

Pressão atmosférica Movimento do ar

5.9. Como especificar um sensor

1. Distância sensora SN
2. Tensão de alimentação: VCA / VCC
Tipos de saída: CA
CC PNP
NPN
Saídas: NA, NF ou NANF
4. Material a ser detectado:
- Metal (ferroso, não-ferroso, opaco, translúcido, transparente)
- Não metal
5. Dimensões do alvo:
- Diâmetro
- Final alvo: brilhante / escuro
6. Conexão elétrica: cabo, conector
7. Temperatura de operação ambiente: ºC
8. Ambiente: poeira, óleo, umidade/névoa
9. Detecção cores
- Proteção contra água
- Tipo de Excitação: LO e DO

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 32


s

6. Redes de Sensoriamento

6.1. Introdução

Dentro de uma planta automatizada é possível classificar diferentes níveis de automação que caracterizam
as hierarquias do processo de acordo com a funcionalidade específica.

A figura abaixo representa a chamada Pirâmide de Automação com os diferentes níveis de automação
encontrados em uma planta industrial.

Figura 6.1: Pirâmide de Automação – Visão Geral

Na base da pirâmide está envolvido o Controlador Programável atuando sobre máquinas e motores, estes
por sua vez alimentados por inversores, conversores ou sistemas de partida suave.

No topo da pirâmide, a característica marcante é a informatização ligada ao setor corporativo da empresa.

Quanto aos níveis intermediários, é possível fazer uma breve descrição de cada nível:

• Nível 1: É o nível das máquinas, dispositivos e componentes (chão de fábrica), onde a automação é
realizada pelo controlador programável. Ex: Máquinas de Embalagem/Linhas de Montagem/Máquinas de
Formulário.

• Nível 2: Este nível se caracteriza quando algum tipo de supervisão está associado ao processo. É o
nível onde se encontram Sistemas Supervisórios e IHM’s (Interfaces Homem Máquina), normalmente
interligados em redes de comunicação. Ex: Máquina Automatizada para linha de engarrafamento e
processos de batelada.
Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 33
s

• Nível 3: Este nível permite o controle do processo produtivo da planta. Normalmente é constituído por
bancos de dados com informações dos índices de qualidade da produção, relatórios e estatísticas de
processo, índice de produtividade, etc. Ex: Avaliação e controle de qualidade em processo químico ou
alimentício.

• Nível 4: Este é o nível responsável pela programação e planejamento dos elementos constituintes da
fábrica, realizando o controle de suprimentos e sendo responsável pela manutenção da qualidade. Ex:
Acompanhamento de suprimentos e estoques em função do planejamento produtivo da indústria.

• Nível 5: Finalmente este nível é o responsável pelo planejamento dos recursos da empresa, onde se
encontram os softwares responsáveis pela gestão de vendas e gestão financeira. Aqui são realizados a
decisão e o gerenciamento de todo o sistema. Ex: Indústrias de Fermentação: sistema produtivo de
fabricação de bebidas em conjunto com soluções de gestão empresarial.

Da análise da Pirâmide de Automação, chega-se a conclusão que as plantas devem possuir seus níveis
funcionais cada vez mais interconectados, buscando um fluxo de dados tanto entre camadas de mesmo
nível (fluxo horizontal) quanto níveis diferentes (fluxo vertical). O fluxo vertical visa integrar níveis diferentes,
dentro de uma visão sistêmica.

Uma das maneiras de iniciar esse processo de sinergia entre as camadas que compõem a operação é
iniciar a integração pelo nível 1 (operacional), onde se encontram os dispositivos e componentes da
operação propriamente dita. Os sinais de processo gerados neste nível operacional são convertidos em
elétricos e transmitidos aos controladores programáveis por meio dos sensores e transdutores. Deve-se
observar que estes são sinais elétricos originários de operações físicas dos elementos do “chão de fábrica”.

De posse desses sinais elétricos, faz-se necessário interconectar os elementos em uma rede de
comunicação. Essa comunicação é feita geralmente utilizando a abordagem clássica da filosofia “mestre-
escravo”, em que uma estação “mestre” controla o fluxo de informações com as estações “escravas”
dispostas ao longo da planta.

A presença de uma estrutura física para troca de informações (meio físico) torna possível essa
movimentação de dados, ou seja, uma rede de comunicação dedicada à conexão dos elementos sensores
e transdutores dispostos ao longo da planta, no nível operacional.

Além da estrutura física, um padrão de comunicação também é requerido, de maneira a gerenciar a troca de
“pacotes” de informações.

Diante disto, o uso de soluções envolvendo ASI (Actuator Sensor Interface – Interface para Sensores e
Atuadores) é uma das mais tradicionais aplicações dentro do nível 1 ou “chão de fábrica”.

A rede AS-Interface existe desde 1994, com a qual sinais analógicos e digitais juntos ao processo e à
máquina podem ser transmitidos de forma digital.

A AS-Interface é uma interface universal entre os sinais de comando e os sensores / atuadores dos níveis
de chão-de-fábrica. Não faz muito tempo que a pressão para redução de custos na automação exigiu uma

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 34


s

mudança estrutural. O que alavancou esta mudança foram os imensos custos provocados pela instalação
dos cabos que tinham que ser usados para a conexão do nível de campo aos equipamentos de automação
(normalmente controladores lógicos programáveis), pois cada um dos atuadores ou sensores tinha que ser
conectado com o comando central e sua respectiva alimentação. Isso não provocava somente custos altos
de montagem, mas também de cablagem, bem como um maior número de falhas e consequentemente,
menor confiabilidade do sistema.

A análise termo-a-termo do conceito AS-Interface (Interface Sensor Atuador) define a sua aplicação técnica,
referindo-se a uma interface simplificada voltada à conexão de sensores e atuadores, no ambiente
operacional caracterizando aplicações para as chamadas redes de sensoriamento.

Dois aspectos técnicos são responsáveis pela aplicação de tal tecnologia:

• o emprego de controladores e CPU’s (Unidade Central de Processamento) permitiram o uso de


dispositivos digitais e uma forte descentralização dos sistemas instalados. Onde monitores (interfaces) e
teclados possuem elevada importância nas soluções apresentadas. Assim sistemas descentralizados e
com certo grau de “inteligência” necessitam de um aumento de capacidade na comunicação entre
unidades de controle e elementos periféricos, de maneira a atingir um bom desempenho.

• O uso da tecnologia de via de dados digital está substituindo os cabos paralelos usados na comunicação
entre controles e dispositivos digitais por um cabo único, gerando uma grande economia principalmente
em hardware e periféricos.

O conjunto de cabos em árvore, usado na arquitetura de comunicação tradicional, de acordo com a figura a
seguir, é uma solução de elevado preço na instalação e manutenção dos equipamentos.

Rede Convencional Rede AS-Interface

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 35


s

6.2. Topologias e especificações normal e avançada

A topologia de uma rede AS-Interface pode ser escolhida, permitindo que a configuração da rede se adapte
melhor à aplicação, às necessidades do local e pode ser do tipo estrela, anel ou em linha (barramento). Os
“escravos” podem estar localizados tanto em linha (dispostos na rede) ou em grupos. Resistores de
terminação (fim de linha) não são necessários.

As possíveis topologias são mostradas a seguir:

Mestre Mestre
ponto a ponto
linha (barramento)

Figura 6.2.a: Ponto-a-ponto Figura 6.2.b: Barramento

anel Mestre árvore Mestre

Figura 6.2.c: Anel Figura 6.2.d: Árvore

A rede AS-Interface pode ser montada como instalações elétricas usuais. Por ser robusta não há nenhuma
restrição quanto a estrutura (topologia de rede).

Os módulos AS-Interface podem ser instalados em forma linear, estrela, árvore ou anel.

Em um sistema AS-Interface normal pode-se conectar no máximo 31 escravos sendo que cada escravo
pode ter até quatro entradas e quatro saídas (no total até 124 bits de entrada e 124 de saída).

Em um sistema AS-Interface segundo a especificação avançada, pode-se conectar até 62 escravos A/B.

Estes têm no máximo quatro entradas e três saídas (isto é, até 248 bits para entradas e 186 para saídas
dentro de um sistema AS-Interface).

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 36


s

O ASI é um sistema de interconexão entre redes, não proprietário e padronizado, voltado à conexão de
sensores, atuadores e outros equipamentos atuando no nível operacional da planta.

A figura a seguir dá uma visão geral da aplicação de tal tecnologia e seus elementos básicos constituintes:

Figura 6.2.e.: Visão geral do emprego de uma solução AS-Interface

Os sinais provindos do processo (planta) são normalmente transmitidos para um sistema de controle,
através de uma grande quantidade de cabos (fios) paralelos que se originaram dos elementos dispostos na
planta. Isto significa que, cada dispositivo está individualmente conectado a uma placa de entrada/saída
através de um fio ou cabo dedicado.

A solução envolvendo ASI possibilita retirar essa fiação e colocar em seu lugar um cabo de dois fios (não
blindado), possibilitando assim, tanto o envio de informações (dados) quanto controle de energia para os
dispositivos.

Para tal, faz-se necessário que uma estação “mestre” se comunique com os nós (escravos) espalhados pela
planta, utilizando o meio que suporte ASI enquanto uma fonte de energia, também dedicada, fornece
energia necessária para os elementos dispostos na rede, interconectando e alimentando os dispositivos. O
cabo de comunicação ASI é instalado como qualquer outro cabo de comunicação padrão existente no
mercado. Caso seja necessário, novos pontos podem ser anexados e instalados. Essa versatilidade permite
trabalhar com diferentes topologias de rede (árvore, estrela, anel, etc). Não se faz necessário o uso de
blindagem nos cabos e resistores de terminação de linha

Uma solução ASI pode ser uma solução independente ou pode estar associada a outra solução de rede,
fortalecendo assim o conceito de interconectividade, exemplo, a figura 1.5:
Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 37
s

Figura 6.2.f: Implementação de uma solução As-Interface com periféricos

6.3. Principais Características

As principais características envolvidas na solução AS-Interface são apresentadas a seguir:

• os componentes da rede conseguem se interagir entre si em um conceito de interoperabilidade, por


exemplo, cada escravo da rede consegue trabalhar em conjunto com outro escravo.

Este conceito é mantido, independente, das mudanças ou extensões que venham a ocorrer no sistema.

• AS-Interface é uma solução que envolve um único “mestre” por rede com varredura cíclica, a qual varre
todos os “escravos” utilizando os endereços de rede.

• Todos os pacotes de dados envolvidos na troca de informações são pequenos, de estrutura simplificada
e têm um comprimento fixo. Os bits de dados são trocados entre o “mestre” e cada “escravo”, de
maneira individual, durante um ciclo de varredura.

• O cabo utilizado não é blindado e é formado por 2 fios os quais transferem dados e alimentação. Embora
não tenha uma blindagem, a integridade dos dados é garantida, mesmo em ambientes agressivos por
mecanismos de controle da taxa de erros no envio das informações.

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 38


s

6.4. “Escravo”

Escravos são, no fundo, módulos de E/S descentralizados do controlador programável (CLP).

O escravo AS-Interface reconhece os bits de dados enviados pelo mestre e envia de volta os seus próprios.
Em um módulo AS-Interface padrão pode-se pendurar, de cada vez, até quatro sensores e quatro atuadores
binários. Fala-se de um escravo inteligente quando o chip do AS-Interface está integrado no sensor ou
atuador.

Escravos AS-Interface existem tanto em módulos digitais, analógicos e pneumáticos, como também em
componentes inteligentes, como por exemplo: partidas de motores, sinalizadores coluna ou botoeiras.

Com os módulos pneumáticos pode-se comandar cilindros pneumáticos simples ou de ação dupla. Isto não
economiza somente em cablagem, mas também em canaletas.

Devido à concepção de projeto e à própria filosofia de implementação da AS-Interface, o “escravo” é


concebido como um elemento compacto e pequeno, com boa relação custo / benefício, possuindo alta
integrabilidade. Independente de como o “escravo” tenha sido construído, é sempre importante observar
que o acoplador precisa ser uma estrutura física e não-lógica.

Conforme visto anteriormente, dependendo da especificação normal ou avançada do tipo de rede os


“escravos” poderão ser:
• Padrão: com 4 entradas e 4 saídas, em um total de até 31 unidades por rede.
• Tipo A/B: com 4 entradas e 3 saídas, em um total de até 62 unidades por rede.

6.4.1. Lado de Rede do “Escravo”

Cada “escravo” deve se comunicar sem problemas com o “mestre” e não deve interferir com a comunicação
entre outros “escravos” e o “mestre”.

Os terminais de operação do “escravo” devem atuar em uma faixa de tensão da ordem de 26,5 a 31,6 VDC.

O “escravo”, neste ponto, pode drenar corrente da rede e fornecer a seus próprios componentes internos e
à conexão sensor e/ou atuador.

É de responsabilidade do usuário, durante a concepção da solução que a energia total requerida pelos
“escravos” não suplante a energia disponibilizada pelo circuito.

Nas junções eletromecânicas, é possível e permitido conectar e desconectar os “escravos” durante a


operação. O “escravo” não necessita corrente elevada no momento de contato e troca de dados com outros
“escravos”, caracterizando uma rede de comunicação de dados que drena baixa corrente.

A AS-Interface opera sem um sistema de aterramento e para prevenir distorções de sinal e suprimir
interferências, é considerado que as impedâncias dispersas para a “terra” sejam simétricas e que
Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 39
s

contenham certos limites de valores que não sejam excedidos. Isto deve ser levado em consideração no
momento de desenvolvimento de certos módulos, facilitando a vida do usuário quanto às restrições na
conexão dos elementos da rede.

6.5. “Mestre”

O Mestre da AS-Interface forma uma conexão com redes superiores. Ele organiza através de atividade
própria o trânsito de dados no cabo AS-Interface e os disponibiliza se necessário a um sistema bus num
nível superior.

Paralelamente à consulta dos sinais, o mestre transmite também parâmetros a cada um dos participantes,
controla a rede continuamente e realiza diagnósticos.

Ao contrário de sistemas de barramentos de comunicação de dados complexos, a AS-Interface é quase


completamente capaz de se autoconfigurar. O usuário não precisa configurar nada, como por exemplo:
direito à entrada, taxa de dados, tipo de telegrama, etc.

O mestre executa automaticamente todas as funções que são necessárias para o funcionamento correto da
AS-Interface.

Além disso, ele possibilita o auto-diagnóstico do sistema. Ele reconhece as falhas em qualquer ponto da
rede, indica o tipo de falha e pode ainda determinar em que escravo ocorreu o problema.

O “mestre” possibilita a interface entre o sistema de transmissão e o controle, de acordo com a figura a
seguir, onde se verifica que todas as entradas / saídas são mapeadas com 4 bits pelo escravo, somando-se
a isso, o “mestre” oferece possibilidades para diagnóstico de possíveis problemas que ocorram na rede.

A configuração da rede é continuamente monitorada e comparada com configurações armazenadas. Por


exemplo, se um “escravo” falha, ele pode ser trocado rapidamente e o “mestre” automaticamente fornece o
seu endereçamento.

6.5.1. Estrutura “Mestre”

A especificação do “mestre” é composta por 4 camadas principais, as quais são responsáveis pelo
encaminhamento da mensagem pelo cabo de comunicação até a estação de controle. De acordo com a
figura a seguir, é possível ter uma idéia da localização dessas camadas:

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 40


s

Estação
Interface da Estação Interface para o controle
Controle de Execução Funções Mestre, Controle de Seqüência, Endereçamento Automático
Controle de Transmissão Transferência de Mensagem, Proteção de Dados
Transferência Física Envio, Recebimento, Monitoramento de Tensão

Uma importante tarefa das camadas é a manipulação de erros ou operações anormais, não permitindo que
estas informações sejam transmitidas para endereços de rede incorretos.

Características básicas do funcionamento do”Mestre”:

Leitura e Escrita cíclica para todos os Escravos lendo as entradas/escrevendo nas saídas.

Operação Padrão.

• Comunicação com as Entradas e Saídas

Operação Extendida

• Com blocos de funções e/ou chamada de funções no Mestre (por exemplo, para configurar escravos).
• Pré-planejamento deve considerar a configuraçãoMonitoramento de escravos e fonte AS-Interface.

6.6. Interação Mestre / Escravos

CPU Mestre AS-i Escravos


Input data
1

Input data 2
Programa
3

Output ...
data
Output
data

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 41


s

6.7. Processo de Comunicação - Mestre

requisição
1
resposta
requisição
2
resposta
requisição
ciclo 3
max. 5ms resposta
.
.
.
chamada de parâmetro
X
resposta
Chamada de diagnóstico
?
???
Mestre Escravos

6.8. Troca de Dados Mestre-Escravo

Dado de entrada

Saída de dados

Requisição do mestre Resposta do escravo


Pausa-
0 SB A4 A3 A2 A1 A0 I4 I3 I2 I1 I0 PB 1 0 I3 I2 I1 I0 PB 1
Mestre
ST EB ST EB

6.9. Interação mestre-escravo

0110 0
1 Entradas
resposta 1
Dado de 0
Entrada
1
requisição 1 Saídas
0
1100 0

Dado de Escravo
Saída

Mestre AS-Interface
Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 42
s

6.10. Campos de Dados do Mestre

CLP, PC

opcional

Mestre LRS LCS LAS


Dado de Dado de
Entrada Saída (interna) (interna) (interna)

4E 4E 2E 4A .... .... .... ....


2A
Escravos

6.11. LES, LAS, LPS

O mestre controla três listas internas (Tabelas):

• LRS ... Lista de escravos reconhecidos

• LAS ... Lista de escravos ativos

• LCS ... Lista de escravos configurados

Atualização da lista pelo escravo:

• Endereço do Escravo

• Perfil do Escravo (Código I/O e de ID)

6.12. Estrutura da mensagem do AS-Interface

Pausa do Pausa-
Requisição do mestre Mestre Resposta do Mestre escravo

0 SB A4 A3 A2 A1 A0 I4 I3 I2 I1 I0 PB 1 0 I3 I2 I1 I0 PB 1

ST EB ST EB

ST Start bit, sempre "0" ST Start bit, sempre "0"


SB Bit de Controle I3...I0 Bits de Dado/Parâmetro
0... Dado-/Parâmetro-/pedido de Endereço PB Bit de Paridade
1... Comando call EB Stop bit, sempre "1"
A4...A0 Endereço do escravo requisitado (5 Bit)
I4 Bit de Informação
0...Pedido de Dado
1...Pedido de Parâmetro
I3...I0 Dado-/Bits de Parâmetroameter (4 Bits)
PB Bit de Paridade
EB Stop bit, sempre "1"

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 43


s

6.13. Codificação de Sinal

Bit Nr. 1 2 3 4 5 6

Sinal 0 0 1 0 0 1

Codificação
Manchester II

Modulação APM

6.14. Modulação APM (Alternate Pulse Modulation)

O Sinal não possui componente DC

• Isso é um requisito quando dados e energia são transmitidos em um único cabo

Permite espectro de banda em freqüência

• Reduz reflexões no fim do cabo

Aumenta os impulsos (2 por Bit)

• Sincronização é feita mais fácil

• Redundância resulta em efetivo reconhecimento de erro

6.15. Medição do reconhecimento de erro

Start bit: Impulso Negativo


Alternância: Troca de polaridade depois de cada impulso
Pausa de Impulso: Sempre no início de um comprimento definido entre dois pulsos
Dados: Um pulso na segunda metade do bit
Checagem de Paridade: Soma de todos os pulsos positivos é par
End bit: Impulso positivo
Interrogation length: Nenhum impulso diretamente após o end bit

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 44


s

6.16. Funcionamento do Mestre AS-Interface

Testa
todo escravo LRS Ativado LAS
na AS-i OK
(interna) (interna)

Compara

Lista Erro
Erro de Configuração
Mapeada LCS
não ativado
(interna)

Usuário Mestre (internamente)

6.17. Os Escravos: módulos de I/O, sensores, botoeiras, etc.


CLP
Mestre
AS-Interface Fonte
AS-Interface
Módulo
Distribuidor Sensor com
Sinalizador AS-Interface
Coluna Integrado

Botoeira

Módulo de E/S

Uaux Chave de Partida

6.18. Escravo AS-Interface IP67: por que usar cabos perfilados?

eletrônica mecânica

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 45


s

Auto programação dos endereços dos escravos, no caso de uma troca de um módulo defeituoso.Cabo de
Comunicação

O cabo amarelo e perfilado, padrão da AS-Interface, tornou-se um tipo de marca registrada. Ele possui uma
seção geometricamente determinada e transmite ao mesmo tempo dados e energia auxiliar para os
sensores.

Para os atuadores é necessária uma tensão auxiliar alimentada adicionalmente (24VCC).

Para se poder utilizar a mesma técnica de instalação para os atuadores, foram especificados cabos com as
mesmas características, mas de outra cor. Desta forma, o cabo para a energia auxiliar 24VCC é um cabo
perfilado preto.

O isolamento dos condutores é composto normalmente por uma borracha (EPDM).

Para aplicações com exigências maiores podem se utilizar cabos com outras composições químicas como:
TPE perfilado (elastômero termoplástico) ou PUR perfilado (poliuretano).

Como condutor de transmissão podem ser utilizados também cabos redondos com sistema de condução
duplo sem condutor PE.

Uma blindagem do condutor não é necessária em função da técnica de transmissão empregada.

O chamado cabo padrão amarelo ou “YELLOW CABLE” é o mais simples componente e talvez o mais vital
para o sistema AS-Interface, sendo constituído por 2 fios. Este cabo tem a capacidade de transmitir ao
mesmo tempo dados e energia para os “escravos” conectados e atuadores.

Figura 6.18.a: Yellow Cable: configuração e método de conexão

O cabo amarelo ou “YELLOW CABLE” como é conhecido é um cabo achatado com dois isolados entre si,
com as seguintes características:
• Dois fios dispostos ao longo de um cabo achatado.
2
• Tamanho externo total de 8 por 4 mm .
2
• Seção transversal do fio de 2 por 1,5 mm .
• Proteção de polaridade reversa.

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 46


s

• Não-blindado.
• Padrão DIN VDE 0295 Classe 6
• Código de cores: Azul (-) e Marrom (+).
2
A seção de corte do fio é de 1,5 mm , no entanto, uma tensão de corte de 3V no final do cabo permanece
dentro da faixa de tolerância de tensão sensível para atuadores onde a corrente de 2 A é usada até uma
distância máxima de 100m.

Figura 6.18.b: Cabo de Comunicação – Vista em corte

7. AS-Interface Versão 2.1


7.1. Comparação

Versão 2.0 Versão 2.1

Número de escravos Máx. 31 Máx. 62

Número de E/S 124E + 124S 248E + 186S

Transmissão Dados e energia até 7A Dados e energia até 7A


2 2
Meio físico Cabo não blindado 2x1,5 mm Cabo não blindado 2x1,5 mm

Máx. Ciclo 5 ms 10 ms

Manuseio de dados analógicos Com bloco de função Integrado no mestre

Número de dados analógicos 16 bytes para dados digitais e 248 bytes para dados analógicos
analógicos possíveis

Método de acesso Mestre / Escravos Mestre / Escravos

Comprimento máximo do cabo 100m, extensão com repetidor até 100m, extensão com repetidor até
500m 500m

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 47


s

7.2. Escravos v 2.1: quais são as diferenças?

Versão 2.0: endereço: 1


1 endereço / escravo
E E S S
(Máx. 4E/4S)
E E S S

Versão 2.1:
2 Escravos por endereço: 1A endereço: 1B
endereço comum:
E E S A E E S B
Escravos A e B!
E E S S E E S S
(Máx. 4E/3S)

7.3. Escravos A/B: Como isso funciona?

Para escravos padrão o tempo de ciclo continua 5 ms!!!

1) chama todos os 2) chama todos os


escravos A e padrão escravos B e padrão

Escravo 1A Escravo 2A Escravo 31A Escravo 1B Escravo 2B

Escravo 1A Escravo 2A Escravo 31A Escravo 1B Escravo 2B

Resposta de todos os Resposta de todos os


escravos A e padrão escravos B e padrão

Chamada 1. Ciclo = max. 5ms: Chamada 2. Ciclo = max. 10ms:


- todos os escravos padrão - todos os escravos padrão
- todos os escravos A - todos os escravos B (se o correspondente
- todos os escravos B (se não existir o está presente na rede)
correspondente escravo A, ou seja, por ex., o - todos os escravos A (se o correspondente
5A não está na rede mas o 5B está) B está presente)

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 48


s

7.4. Versão 2.1 permite qualquer combinação entre escravos padrão e A/B

Somente escravos padrão

Slave 1 Slave 2 Slave 3 Slave 31


.......

Funcionamento Misturado

Slave 1A Slave 2 Slave 3A


....... Slave 31B

Somente escravos A/B

Slave 1A Slave 2A Slave 2B


....... Slave 31A

7.5. Safety at Work – O Princípio

Monitor de Segurança
Escravo Seguro

CLP e Mestre padrão

Escravo Escravo Escravo


Padrão Padrão Padrão

Análise de sinal do Escravo Seguro pelo Monitor de Segur.


Informação do Mestre (via transferência normal de E/S)

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 49


s

Tabela de códigos dos


escravos seguros Comparação do código:
Cód. Ok = sistema ligado
1 n
1 9 4 4
3 9 5 5
7 9 8 8
5 ... .9. 3 3
3 9 5 5
1 9 10 10
10
8 9 12 12
12
6 9 7 7 n

Monitor Ciclo : 1 7
3
2
6
8
5
4 Escravo Seguro
10
01101
0100
1101
0

Tabela de Códigos dos Comparação do Código:


escravos seguros Cód. ñ Ok = Sistema desliga!
1 n
1 9 4 4
3 5 0
7 8
5 ..... 3 .
.
3 5 .
1 10
8 12
6 7 n

Monitor
Escravo
01
000
Seguro

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 50


s

7.6. Exemplo de Circuito:


7.6.1. Monitor com um circuito de segurança

7.6.2. Transmissão de valores analógicos

Módulo Analógico
CLP Mestre
Sinal Analógico
v2.1
Transmissão de Módulo de AI:
Sensores à corrente
valores analógicos Sensores à tensão
completos para o D Sensores de Temperatura
CLP A Módulo de AO:
Saída à tensão
Valor Digital Saída à corrente

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 51


s

7.6.3 Transferência de dados com os analógicos: o que acontece com tempos?

Transferência de dados de acordo com o perfil analógico 7.1/7.2: versão 2.0

Doze ciclos de Seis ciclos


Programa com SFC AS-Interface AS-Interface, Módulo
CPU com 5ms
(System Function mestre Analógico
Call) máx. cada

Transferência de dados de acordo com o perfil analógico 7.3/7.4: versão 2.1

HUM c c o de Sete c c os
Programa com SFC AS- nterface AS- nterface Módulo
CPU com 5 ms
(System Funct on mestre Analógico
Ca ) máx cada

7.7. Como dimensionar uma fonte AS-Interface?

1) Módulos AS-i (< 40 mA cada um)

2) Sensores a serem utilizados em cada entrada

- sensores indutivos (~ 40 mA cada)

- sensores ópticos (~ 90 mA cada)

3) Consumo do Mestre AS-i (< 40 mA)

Exemplo: 120E / 90S

- 30 módulos de 4E/3S + mestre - consumo total = 31 x 40= 1,2A

- 100 sensores indutivos - consumo total = 100 x 40 = 4A

- 20 sensores ópticos - consumo total = 20 x 90 = 1,8A


(Atenção - limite de corrente por módulo, normalmente < 250 mA!)

- Fator de Serviço: 0,5 < F < 1,0 - verificar sempre se os sensores podem estar atuados simultaneamente
(dado do cliente!)

- E as Saídas??? - Fonte Auxiliar: normalmente em 24VCC!


Dimens. similar da fonte (alimentação do atuador via cabo preto)

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 52


s

7.8. Modularidade da AS-Interface

O emprego de soluções modulares tem se tornado a característica principal de aplicações utilizando


AS-Interface.

Cada módulo é composto de duas partes: a parte inferior chamada de módulo de acoplamento oferece uma
grande facilidade de instalação no momento de formação de novas redes. A parte superior, chamada de
módulo do usuário, contém as funções de “escravo” para a rede.

Entre elas, existe uma interface eletro-mecânica padronizada, a chamada EMI, que tem como função
simplificar a instalação de novos módulos, garantindo flexibilidade na inclusão de novas conexões de rede.

A figura, a seguir, exemplifica as possíveis conexões dos elementos em rede:

Figura 7.8.a: Construção de uma rede AS-Interface com módulos de conexão

Da figura acima, é interessante observar que a construção de toda a rede As-Interface foi realizada por meio
da interconexão de módulos, onde o cabo de conexão é formado por apenas dois fios. Os módulos de
acoplamento são mostrados em a e b, bem como outras possibilidades de conexão.

Dentro deste contexto, fica a pergunta de como uma rede pode ser ampliada para assumir novos sensores /
atuadores (“escravos”).

Essas ampliações pedem a colocação de repetidores, cuja função é amplificar sinais permitindo alcance de
até 500 m e, extensores, cuja função é simplesmente permitir extensão da rede até 100 m.

Critérios para um correto uso de repetidores e extensores devem ser obedecidos, de acordo com as figuras
a seguir:

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 53


s

Figura 7.8.b: Modularidade com emprego de repetidores

Figura 7.8.c: Modularidade com emprego de repetidores e extensores

7.9. Operação com Repetidor e Extensor

Fonte
SIEMENS
POWER SUPPLY

AS I +

AS I -

Sc h ir m
Fonte

... ...
1 2 3 4 5 6

SIEMENS
POWER SUPPLY L1

..
AS I +
N
AS I -

Sc h ir m SIEMENS
POWER SUPPLY
AS I +
Schirm
1 2 3 4 5 6
AS I -
ASI
L1 + Sc h ir m

N ASI
- 1 2 3 4 5 6

L1
Schirm
N

ASI SIWER
PO EMEN
SUP PLY S
+ ASI +
ASI -
Schi mr

ASI
12 3 4 5 6
L 1 Schirm
N
- SW
PO
IE M
ERSU
EN
PPLY
S
Schir m
SIWER
PO EMESU PPLY NS ASI+
ASI-
ASI+
ASI-
123 456
Sc
hri m
A SI
+
A SI
ASI
12 3 4 5 6
Sc
hi mr
L1
-
+
N
L 1
N Schir m

Schir m
ASI
+
ASI
A SI
+
ASI
- -
SIEM
PO ENS
WER SUPPLY
-A SI ASI+
ASI-
Schimr
1 23 4 56
L1
N

Sch
i rm
AS I
+
-AS I

Repetidor máx. 100m Repetidor

Fonte
SIEMENS
POWER SUPPLY
A SI +

A SI -

S chi rm

1 2 3 4 5 6

L1

Schirm

ASI
+
SW
POIEM EN
ERSUPPLY S
ASI+
ASI-
ASI
12 345 6
Schimr
-
L1
N

Schir m

ASI
+
ASI
-

SIEM
PO
ENS
WER SUPPLY
SIEME
POWER SUPPLYN S
ASI+ ASI +
ASI- ASI -
Schimr Schirm

1 23 4 56 1 2 34 5 6
L1 L1

N N

Sch
i rm Sch
i rm
AS I AS I
+ +
AS I AS I
- -

máx. 100m
Extensor
máx. 100m
Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 54
s

7.10. Repetidor

• Permite extensão do cabo por mais 100m (pode-se chegar até 500m)

• Escravos podem ser instalados em ambos os lados do repetidor

• As Fontes AS-Interface são necessárias em ambos os lados do repetidor

• Isolação galvânica para os dois cabos (dois lados)

• Mesma construção de um módulo de aplicação IP67

• Mestre pode ser instalado até 100m de distância do segmento AS-Interface

• Escravos podem ser instalados somente nos 100m seguintes (saída do extensor)

• Nenhuma fonte é necessária entre o mestre e o extensor

• Não faz isolação galvânica dos dois segmentos

• Instalados em módulos

7.11. Benefícios da AS-Interface

Comparativo de Custos:
Técnica Convencional x AS-Interface

Comparativo de Custos CLP


Cablagem
Custos anteriormente:100%
Montagem de Cabos
E/S Distribuídas:
Convencional
Material
E/S Distribuídas:
Montagem
26,2% E/S - Cablagem
E/S - Cablagem:
Montagem
Sensores

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 55


s

7.12. Simplicidade

• Endereçamento de escravos via Endereçador

• Botão no master possibilita configuração automática: reconhecimento automático dos escravos já


endereçados

• O modo de operação pode ser definido como Protegido: Transfere a configuração do sistema como
obrigatória

• Integração de sinais fail-safe via bus de campo


usando CLP padrão

Se um escravo falha:

• Mestre reconhece uma falha e marca o endereço do escravo

• Um escravo em falha tem que ser trocado, e na troca o mestre escreve o endereço necessário
automaticamente para o novo escravo idêntico (requisitos de manutenção reduzidos)

• Garantia de uma construção Simples fácil instalação e operação

• Transferência de dados e energia num único cabo economia nos custos de fiação e instalação

• Alta segurança na operação via monitoramento contínuo dos escravos conectados

• Simples e fácil comissionamento e manutenção

8. Bibliografia

[1] Kriesel, Werner R.; Madelung, Otto W. The Actuator – Sensor – Interface for Automation.
a
Editora Hanser, 2 Edição revisada e expandida, 1999.

[2] Webb, John; Greshock, Kevin. Industrial Control Electronics.


Editora Merrill Publishing Company, 1992.
[3] Moraes, Cícero Couto de; Castrucci, Plínio. Engenharia de Automação Industrial.
Editora LTC, 2001

Sensores e Redes de Sensoriamento – AS interface 56


Fábrica Brasília: Fortaleza: Rio de Janeiro:
São Paulo: Tel. (55 61) 348-7600 Tel. (55 85) 261-7855 Tel. (55 21) 2583-3379
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Lapa 05069-900
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Fax (55 19) 3754-6111 Fax (55 51) 3358-1714 Fax (55 71) 340-1433
Vendas
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Engenheiros e Projetistas
Produtos e Sistemas Industriais,
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Central de Atendimento Siemens
Tel. 0800-119484
e-mail: atendimento@siemens.com.br
Módulo 7 S
Redes ASI e Sensores s
www.siemens.com.br

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técnico, e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio.
Produzido em mai/03
IND2-3/2134-CA

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