Você está na página 1de 85

CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO

PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Aula 5
7 Da organização dos Poderes. 8 Do Poder Executivo

I. PODER EXECUTIVOͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ2


II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ3
III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ15
IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ16
V. DO PODER REGULAMENTARͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ19
VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ23
VII. GOVERNADORES (Gov)ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ31
VIII. QUESTÕES DA AULAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ69
IX. GABARITOͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ84
X. BIBLIOGRAFIA CONSULTADAͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ85


Olá futuros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário!

Prontos para o SEU salário de R$ 6.611,39?

Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 7 Da organização


dos Poderes. 8 Do Poder Executivo

De todos os três poderes, sem dúvida, é o assunto de mais fácil assimilação e


de menor conteúdo. Além disso, o conteúdo da aula de hoje é bastante
palpável, teremos até alguns vídeos para demonstrar como a teoria funciona
na prática.

Como sempre, faremos muitos exercícios do CESPE e da FCC para que você
treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão
73 questões comentadas!

Na aula de hoje, teremos APENAS 24 páginas de conteúdo (teoria). O


restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e
agradável!

Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email


robertoconstitucional@gmail.com. Vamos então à nossa aula!

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

I. PODER EXECUTIVO

Meu caro aluno e futuro Analista da Área Jurídica do Poder Judiciário, é


importante que você tenha uma visão do todo antes de estudar cada detalhe
da matéria. Assim, observe o esquema a seguir e veja a estrutura do conteúdo
que iremos estudar na aula de hoje.

1 - Funções do Poder Executivo - Típicas


- Atípicas
2 - Presidente da República 2.1 - Funções do PR
Poder Executivo

2.2 - Investidura
2.3 - Impedimentos e vacância
2.4 - Atribuições do PR
3 - Vice-Presidente da República
4 - Ministros de Estado
5 - Poder Regulamentar
6 - Responsabilização do PR 6.1 - Crimes de responsabilidade
6.2 - Crimes comuns
7 - Governadores de Estado e do DF

Você se lembra que cada um dos poderes possui funções típicas e também
atípicas? Pois bem, o Poder Executivo possui como função típica a de
administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o Presidente
da República elabora uma lei delegada ou uma Medida Provisória) e a de
julgar (ex. quando a Administração Pública julga os processos
administrativos). Veja:
Poder Executivo 
1. Funções do

a) Função Típica - Administração


b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 2


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

II. DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA (PR)

2.1 FUNÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O Presidente da República é o chefe do Poder Executivo Federal e exerce


duas funções: a de Chefe de Estado, quando representa o Brasil em suas
relações internacionais e a de Chefe de Governo, quando exerce a direção
superior da Administração Federal. Assim, quem exerce o Poder Executivo é o
Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.

2.2 INVESTIDURA

Sistema eleitoral: O Presidente da República é eleito pelo sistema


majoritário de dois turnos. Explicando melhor: existem dois sistemas
eleitorais. O primeiro é o sistema proporcional, onde cada partido obtém um
número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus
candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais
votados daquele partido.

O segundo é o sistema majoritário, onde o candidato eleito será aquele que


conseguir a maioria dos votos. Este último sistema pode ainda ser subdividido
em dois: o sistema majoritário simples (ou puro) e o sistema majoritário de
dois turnos.

O sistema majoritário simples ou puro é aquele onde o candidato vencedor


da eleição será aquele que obtiver mais votos em um só turno,
independentemente da diferença de votos. Esse sistema é usado para a eleição
de senadores e de prefeitos de municípios com menos de 200 mil eleitores.

Já o sistema majoritário de dois turnos é aquele onde o vencedor das


eleições será o candidato que obtiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos, não
computados os brancos e os nulos.

Caso ninguém consiga esse número no primeiro turno, haverá segundo turno
em 20 dias, concorrendo os dois candidatos mais votados. Em caso de morte,
desistência ou impedimento legal de candidato antes do segundo turno,
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes. Caso haja empate,
em qualquer caso, terá preferência o mais idoso.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 3


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Esse sistema é utilizado nas eleições de Presidente da República,


Governador e prefeitos de municípios com mais de 200 mil eleitores.

Data das eleições: As eleições para Presidente da República ocorrerão, em


1º turno, no 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do
mandato presidencial vigente e, em 2º turno, no último domingo de
outubro.

Mandato: O mandato presidencial terá duração de 4 anos, com início em 1º


de janeiro do ano seguinte à eleição.

Reeleição: O Presidente da República pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ.


Assim, ao final de dois mandatos consecutivos, o Presidente não pode se
candidatar a um terceiro mandato.

Observe que nada impede que alguém seja eleito Presidente da República três,
quatro, cinco, dez vezes ao longo da vida. Isso pode ocorrer. O que é proibido
é que alguém tenha mais de dois mandatos consecutivos.

Requisitos de elegibilidade do Presidente da República (PR) e do Vice-


Presidente da República (VP): A CF estabelece como requisitos para que
alguém seja Presidente da República e Vice-Presidente da República:

- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro


naturalizado);
- Idade mínima: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
- Alistamento eleitoral;
- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma,
ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio
de um partido político. Além disso, a CF não estabelece prazo mínimo
de filiação para que alguém se candidate a Presidente.
- Não ser inelegível.

Posse: A Constituição estabelece que a posse do Presidente e do Vice-


Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso
Nacional (não é da Câmara dos Deputados e nem do Senado Federal) no dia
1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago se o
Presidente ou o Vice não assumirem em 10 dias.
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 4
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Esquematizando:

2. Presidente da República
2.1. Funções do PR a) Chefe de Estado: representar o Brasil nas suas relações internacionais
b) Chefe de Governo: Exerce a direção superior da Administração Federal
- Exerce o Poder Executivo, auxiliado pelos MinE

x Sistema - Puro/simples - Ganha quem tiver mais votos em um só turno


majoritário Ͳ Independentemente da diferença de votos
- Eleição de - Senadores
- Prefeitos de mun com menos de 200 mil eleitores
- De 2 turnos - Ganha quem tiver a MAIORIA ABSOLUTA dos votos
- Não computados os em branco e os nulos
- Se ninguém conseguir a MA no 1º turno, concorrem em 2º turno os
dois mais votados
- Prazo: 20 dias
- Empate: o mais idoso
- Morte, desistência ou impedimento legal de candidato antes do 2º turno:
convoca-se o de maior votação dentre os remanescentes
- Empate: o mais idoso
2.2. Investidura

- Eleição de - Presidente da República


- Governador
- Prefeitos de mun com mais de 200 mil eleitores
x Data da eleição 1º turno: 1º domingo do mês de outubro do ano anterior ao término do mandato
presidencial vigente
2º turno: último domingo de outubro

x Mandato - Duração: 4 anos


- Início: 1º de janeiro do ano seguinte à eleição

x Reeleição - PR pode ser reeleito UMA ÚNICA VEZ


- Pode ser PR + de 2 vezes, o que não pode é ter + d 2 mandatos consecutivos
- Para garantir a alternância de poder

x Requisitos de elegibilidade - Ser brasileiro nato


do PR e do VP - Idade mín: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos
- Alistamento eleitoral
- Filiação partidária (Vedado candidatura avulsa / autônoma)
- Não ser inelegível
x Posse - Em sessão conjunta do CN
- No dia 1º de janeiro
- Cargo será declarado vago se o PR/VP não assumirem em 10d salvo força maior

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 5


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

2.3 IMPEDIMENTO E VACÂNCIA DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Os impedimentos são os afastamentos temporários do Presidente. Nesse


caso, o Vice o substitui. Já a vacância é o afastamento definitivo do chefe
do Poder Executivo devido à morte, renúncia ou perda do cargo. Já nesse caso,
ele será sucedido pelo Vice, que assumirá o mandato pelo tempo restante.
Assim, por exemplo, se o Presidente da República morre, o vice assumirá a
presidência pelo tempo restante do seu mandato sem Vice-Presidente.

Roberto, o que ocorrerá caso haja vacância nos cargos de Presidente E Vice-
Presidente? Ou seja, se os dois cargos vagarem? Nesse caso, dependerá de
quando os dois cargos ficarem vagos. Se as vagas ocorrerem nos dois
primeiros anos do mandato, haverá eleição DIRETA em até 90 dias depois
de aberta a última vaga. Eleição direta significa que o povo vai às urnas
novamente para eleger o novo Presidente e Vice-Presidente da República.

Por outro lado, caso as vagas surjam nos dois últimos anos do mandato,
ocorrerá eleição INDIRETA pelo Congresso Nacional em até 30 dias depois
de aberta a última vaga. Na eleição indireta, não é o povo que vai às urnas
para votar, mas sim os representantes do povo (Congresso Nacional) que
elegem o Presidente da República.

Nos dois casos, o novo Presidente e Vice exercerão o mandato somente pelo
tempo restante do mandato original (mandato tampão). Observe o desenho:

Novomandato
(mandatoͲtampão)

1ºano

Vaganos2primeirosanos:
Eleiçãodiretapelopovo

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 6


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Novomandato
(mandatoͲtampão)

1ºano

Vaganos2últimosanos:
EleiçãoindiretapeloCN

Como visto, quem substitui o Presidente nos casos de impedimento ou o


sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da República. Na falta dos
dois, serão sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a
Presidência da República (nessa ordem):

1. Presidente da Câmara dos Deputados


2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF

Observe que esses três somente ocuparão o cargo de Presidente da República


temporariamente.

A Constituição Federal ainda estabelece que o Presidente da República e o Vice


não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença do
Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo. Pelo princípio da simetria,
essa regra é de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente
aos governadores e às respectivas assembleias legislativas, não podendo as
constituições estaduais ampliar ou reduzir esse período.

Essa proibição se aplica a ambos os cargos: Presidente da República e Vice-


Presidente da República, independentemente de esse último estar ou não
substituindo.

Esquematizando:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 7


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) Impedimento - É o afastamento temporário do PR


- Vice-Presidente SUBSTITUI o PR
- O PR e o VP não poderão, sem licença do CN, ausentar-se do país por
mais de 15 dias, sob pena de perda do cargo
Ɣ Regra de observância obrigatória pelos estados membros, relativamente
2.3. Impedimento e Vacância

aos gov e as respectivas assembleias legislativas


Ɣ Princípio da simetria

b) Vacância - É o afastamento definitivo do PR


- Decorre de i. Morte
ii. Renúncia
iii. Perda do cargo
- VP SUCEDE o PR e termina seu mandato pelo tempo restante
c)Vacância dos i. Nos 2 primeiros - Eleição direta
cargos de PR e VP anos do mandato - Em 90 dias depois de aberta a última vaga
ii. Nos 2 últimos - Eleição indireta pelo CN
anos do mandato - 30 dias depois de aberta a última vaga
- Nos dois casos, o mandato é somente pelo tempo restante: (mandato-
tampão)
d) Linha sucessória: Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão
sucessivamente chamados para a Presidência 1. Presidente da CD
2. Presidente do SF
3. Presidente do STF

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 8


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

2.4 ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

As atribuições do Presidente da República estão previstas no artigo 84 da


Constituição Federal, que traz uma lista exemplificativa. Dessa forma, pode
haver outras atribuições presidenciais não elencadas nesse dispositivo. Para
fins de prova, marcarei em negrito e comentarei as mais importantes, o que
não significa que você pode esquecer as demais, combinado?

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;

Observe que o Congresso Nacional não possui qualquer interferência na


escolha ou exoneração dos Ministros de Estado. No entanto, o Legislativo tem
participação em casos especiais: (não são Ministros de Estado!)

x Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,


os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República,
o presidente e os diretores do banco central, os chefes de missão
diplomática de caráter permanente (embaixadores) e outros
servidores, quando determinado em lei: são escolhidos pelo
Presidente da República, mas devem ser aprovados pela maioria
absoluta do Senado Federal.

x PGR: Embora nomeado pelo presidente da República para um mandato de


dois anos, a destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa
do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta do Senado Federal.

Cuidado para não confundir o Procurador-Geral da República (PGR) com o


Advogado-Geral da União (AGU). Este último não precisa de aprovação do
Senado Federal.

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do


Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores
de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os
diretores do banco central e outros servidores, quando determinado
em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal


de Contas da União;
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição,


e o Advogado-Geral da União;

II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da


administração federal;

III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos


nesta Constituição;

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir


decretos e regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando


não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Observe que o Presidente não está autorizado a dispor sobre


ÓRGÃOS públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei
(art. 48, XI).

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus


representantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a


referendo do Congresso Nacional;

Observe que o Presidente da República celebra os tratados internacionais e


o Congresso Nacional os referenda. Dessa forma, cuidado para não
confundir a atribuição do Presidente (celebrar o tratado) com a do Congresso
(referendá-lo).

Confira o texto da CF: Art. 49. “É da competência exclusiva do Congresso


Nacional: I - resolver definitivamente sobre (referendar) tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional.”

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 10


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

A CF confere ao Presidente da República a competência para DECRETAR (e


não aprovar) o estado de defesa e o estado de sítio. No entanto, o Congresso
Nacional pode SUSPENDER essas medidas. Observe o art. 49: “Compete ao
Congresso Nacional IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal,
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.”

X - decretar e executar a intervenção federal;

A intervenção federal é a limitação temporária da autonomia de um ente da


federação (estado, DF ou município localizado em território) e existem vários
motivos que podem levar à decretação da intervenção (confira o art. 34).

Saiba que quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente


da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo. No
entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso
Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Resumindo:

x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


x Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
x Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião


da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário,


dos órgãos instituídos em lei;

Observe que a audiência dos órgãos instituídos em lei não é obrigatória.

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os


Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus
oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa


Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo


Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente,
a mobilização nacional;

Observe que a declaração de guerra e a mobilização nacional devem,


em regra, ser AUTORIZADAS pelo Congresso Nacional. No entanto,
caso o Parlamento esteja em recesso, o Presidente primeiro as declara
e, depois, o Congresso as REFERENDA (aprova).

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças


estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de


diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta
Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de


sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior;

Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da federação.


Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses prazos.

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do


art. 62;

Somente o Presidente da República pode editar as medidas provisórias, não


podendo delegar essa atribuição a mais ninguém. Os Governadores e Prefeitos
também podem editar MPs, desde que elas estejam previstas na Constituição
Estadual e na Lei Orgânica Municipal.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 12


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. (A lista é


exemplificativa, lembra?)

Uma informação bastante cobrada em provas é que, em regra, as atribuições


acima são indelegáveis, no entanto, o Presidente da República pode delegar
aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União as seguintes:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)


a) organização e funcionamento da administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos


órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir


somente se estiver vago – decreto autônomo)

Esquematizando:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 13


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

x Art. 84
x Lista exemplificativa
x São extensíveis aos governadores e prefeitos
x Regra: indelegáveis
- Pode delegar VI - dispor, mediante decreto, sobre: (Dec Aut)
a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
x Exceção b) extinção de funções ou cargos (órgãos não) públicos,
2.4. Atribuições do PR

quando vagos;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei;
XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei;
(extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)
- Delegar ao - MinE
- AGU
- PGR

x Tratados Internacionais: o PR celebra os tratados internacionais e o CN os referenda


x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois
x Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
x Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas
x OBS: PR escolhe, mas devem - Min STF
aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores
- Gov Territ
- Presidente e diretores do BACEN
- Chefes de missão dipl. de caráter permanente
- PGR
- Nomeado pelo PR para um mandato de 2
anos, mas a destituição do PGR por iniciativa
do PR, deverá ser precedida de autorização
da MA do SF
- Não confundir PGR com AGU (que não
precisa de aprovação do SF)

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 14


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

III. DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA (VP)

Quanto ao Vice-Presidente da República, somente duas informações são


importantes para fins de prova. A primeira é que a eleição do Presidente
importará a do Vice-Presidente. Assim, os cidadãos não podem escolher o vice
separadamente.

A segunda informação necessária se refere às atribuições do Vice-Presidente


da República. Observe o esquema:

a) Atribuições i. Substituição do Presidente nos casos de impedimento (temporário)


3. Vice-Presidente
da República

ii. Sucessão do Presidente nos casos de vacância (definitivo)


iii. Participação no - Conselho da República
- Conselho de Defesa Nacional
iv. Auxiliar o Presidente quando convocado para missões especiais
v. Outras atribuições conferidas por Lei Complementar
b) Investidura: A eleição do Presidente importará a do Vice-Presidente

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 15


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

IV. DOS MINISTROS DE ESTADO (MinE)

Os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente da República, que os


escolhe e os exonera (exonerar = tirar do cargo) livremente, sem necessidade
de motivação.

São requisitos para que alguém seja nomeado Ministro de Estado:

- Ser brasileiro (nato ou naturalizado); Importante ressaltar que o


único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro da DEFESA.

- Ser maior de 21 anos;

- Estar no exercício dos direitos políticos.

Além de auxiliar o Presidente da República, são atribuições dos Ministros de


Estado:

i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal;

ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades


da administração federal na área de sua competência;

iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR;

iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;

v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério;

vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou


delegadas pelo Presidente.

Observe que os Ministros podem exercer inclusive atribuições privativas


do PR, caso tenha havido delegação.

Os Ministros de Estado possuem foro privilegiado e são julgados pelas


infrações penais comuns no Supremo Tribunal Federal. Já nos crimes de
responsabilidade, deve-se saber se estes possuem ou não conexão com crimes
de mesma natureza (de responsabilidade) praticados pelo Presidente ou Vice-
Presidente da República. Caso possuam conexão, os Ministros de Estado

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 16


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

serão julgados pelo Senado Federal e, caso não possuam, serão julgados
pelo Supremo Tribunal Federal.

Além dos casos previstos em lei, são crimes de responsabilidade dos Ministros
de Estado:

x Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para


prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições,
deixarem de comparecer injustificadamente; ou

x Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de


informações das Mesas da Câmara e do Senado;

x Demais casos previstos na Lei.

Por fim, a criação e extinção de ministérios e órgãos da administração pública


é da competência do Congresso Nacional e deve ser feita por meio de lei
de iniciativa privativa do Presidente da República e COM sanção
presidencial (art. 48, XI + 61, § 1º, II, “e”).

Esquematizando:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 17


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) Investidura - Requisitos - Ser brasileiro (nato ou naturalizado)


x O único ministro que deve ser brasileiro NATO é o ministro
da DEFESA
- Maior de 21 anos
- No exercício dos direitos políticos
- Escolha e exoneração: livre do Presidente, sem necessidade de motivação

b) Atribuições i. Auxiliar o PR no exercício da direção superior da administração federal


ii. Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da
administração federal na área de sua competência
iii. Referendar os atos e decretos assinados pelo PR
iv. Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos
4. Ministros de Estado

v. Apresentar ao Presidente relatório anual de sua gestão no Ministério


vi. Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou
delegadas pelo Presidente
Ɣ Podem exercer inclusive atribuições privativas do PR, caso tenha

havido delegação

c) Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza SF


responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP
2) Não conexos com PR ou VP STF
ii. Infrações penais comuns STF

d) Outras hipóteses de crimes de responsabilidade


- Quando convocados pela Câmara ou Senado ou suas comissões, para prestar informações
sobre assuntos inerentes a suas atribuições, deixarem de comparecer injustificadamente
- Quando não atenderem ou se recusarem a fornecer pedidos escritos de informações das
Mesas da Câmara e do Senado
- Casos previstos na Lei

e) Criação ou extinção de ministérios e órgãos - Competencia do CN


- Lei de iniciativa do PR
- Com sanção do PR

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 18


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

V. DO PODER REGULAMENTAR

O poder regulamentar é a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do


Poder Executivo para editar DECRETOS E REGULAMENTOS, destinados a dar
fiel execução às leis. Uma das formas de externalização desse poder é
através do Decreto Regulamentar.

Observe que existem três tipos de decreto:

1) Decreto Regulamentar ou de Execução: É o ato normativo


secundário, de conteúdo geral, impessoal e abstrato, expedido para
possibilitar a fiel execução de determinada lei. (é sobre esse tipo de
decreto que nós estamos falando!)

x Ato normativo secundário ou derivado é aquele que não deriva


diretamente da CF e sim de uma lei. Assim, ele depende da
existência de uma lei, não podendo existir sem ela e sendo
hierarquicamente inferior.

x Ter conteúdo geral, impessoal e abstrato significa dizer que o


decreto não se refere a nenhum caso concreto e não possui
destinatário certo, sendo aplicado a todos aqueles que se
encaixarem nas situações previstas no decreto.

Esse tipo de decreto tem por base o art. 84, VI da CF, não é passível
de delegação pelo Presidente da República e deriva do poder
regulamentar a ele conferido.

2) Decreto autônomo: é o ato através do qual o Presidente da República


dispõe sobre organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de
órgãos públicos ou sobre a extinção de funções ou cargos públicos,
quando vagos. Ele foi inserido no ordenamento pátrio pela Emenda
Constitucional nº 32/2001.

O decreto autônomo é um ato normativo primário, ou seja, deriva da


própria Constituição (art. 84, VI) e tem força de lei. Além disso, esta
competência pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 19


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Portanto, atenção! O decreto autônomo não pode regulamentar


leis, para isso, existe o decreto regulamentar!

3) Decreto Específico/Individual: é um ato de efeito concreto que possui


destinatário certo e provê situações individuais, particulares, tais como
nomeação, exoneração, desapropriação etc. Este não é um ato
normativo e não é derivado do poder regulamentar.

Roberto, ainda estou meio confuso... Dá pra deixar mais claro? Lógico!

Quando uma lei é editada, é praticamente impossível prever todas as situações


englobadas nela. Além disso, uma lei, geralmente, também não prevê a forma
como os seus comandos serão executados.

Assim, para que a lei seja cumprida da melhor forma possível (e com menos
margem de interpretações divergentes), existe o poder regulamentar. Esse
poder não cria direitos ou obrigações, mas apenas explica melhor como os
comandos da lei serão executados.

Exemplo (em palavras muuuuito simples e sem a devida técnica, mas apenas
para que você entenda melhor):

Uma LEI falaria assim: "os servidores públicos terão 30 dias de férias".

Ela não explicou como as férias devem ser tiradas e nem as condições ou o
procedimento para tal.

Já um DECRETO EMANADO DO PODER REGULAMENTAR falaria o seguinte:


"para que um servidor tire férias, ele deverá

I - preencher um pedido;
II - autuar um processo;
III - ter autorização por escrito do chefe imediato;
IV - não poderão gozar férias, simultaneamente, mais de 25% de cada
setor.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 20


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Percebeu que o decreto não criou e nem modificou o direito de tirar férias? Ele
apenas explicou melhor como esse direito deve ser exercido. É para isso que
serve o poder regulamentar.

Leis Delegadas e o poder do Congresso Nacional de sustar atos do


Poder Executivo

Além dos atos normativos vistos acima, o Presidente da República pode


elaborar Leis Delegadas. Funciona assim:

1. Em regra, quem elabora as leis é o Poder Legislativo. Até aqui, sem


novidades.

2. O Presidente pode solicitar (pedir) autorização ao Congresso Nacional


para que ele (o Presidente) elabore uma lei.

3. O Poder Legislativo pode ou não autorizar que o Presidente elabore a lei,


mas, caso o faça, essa autorização deve ser limitada e específica, ou
seja, não pode ser uma carta em branco para que o PR elabore a lei do
jeito que quiser.

4. Caso seja autorizado pelo CN, o Presidente da República elabora uma lei,
chamada de Lei Delegada.

O procedimento de elaboração e demais características da Lei Delegada são


estudados em processo legislativo. Não se preocupe com isso agora.

O que você deve saber, por enquanto, é que o Congresso Nacional pode
sustar a LEI DELEGADA, caso o Presidente da República a elabore fora
dos limites da delegação do Congresso.

O Congresso pode ainda sustar os demais ATOS NORMATIVOS (atos


administrativos não!) do Poder Executivo que extrapolem do poder
regulamentar (estamos falando aqui dos decretos regulamentares e demais
regulamentos expedidos utilizando-se o poder regulamentar).

Confira o texto do art. 49: “É da competência exclusiva do Congresso


Nacional: V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.”

Esquematizando:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 21


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) Conceito: É a prerrogativa concedida exclusivamente ao Chefe do Poder Executivo para


editar decretos e regulamentos, destinados a dar fiel execução às leis
i. Regulamentar - CF, art. 84, IV
(de execução) - É ato normativo secundário, de conteúdo geral, impessoal e
abstrato, expedido para possibilitar a fiel execução de
determinada lei
- Depende da existência de lei: é ato normativo derivado
5. Poder Regulamentar

- Competência não passível de delegação


- Expedido no exercício do Poder Regulamentar
b) Decreto ii. Autônomo - É ato normativo primário, (deriva da CF)
- Art. 84, VI
- Competência passível de delegação
- Pode dispor sobre:
I) Organização e funcionamento da administração federal
desde que não implique em aumento de despesa ou na
criação/extinção de órgãos públicos
II) Extinção de funções/cargos públicos, quando vagos
iii - Decreto Específico - Ato de efeito concreto, provê situações particulares
(individual) - Ex: Nomeação e exoneração, desapropriação etc
- Não é ato normativo
c) O CN pode sustar - Lei delegada, caso extrapole os limites da delegação
- Demais atos normativos, caso extrapolem o poder regulamentar
x Não pode sustar atos administrativos do Executivo

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 22


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

VI. RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA


REPÚBLICA

O Presidente da República pode ser responsabilizado tanto por crimes comuns


quanto pelos crimes de responsabilidade. No entanto, a depender da natureza
do crime, alguns detalhes devem ser observados:

6.1 CRIMES DE RESPONSABILIDADE

Os crimes de responsabilidade são infrações político-administrativas,


definidas em lei especial federal. A Constituição traz uma lista
exemplificativa dos crimes de responsabilidade do Presidente da República:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem
contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos


Poderes constitucionais das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Caso o Presidente da República cometa algum crime de responsabilidade, ele


será processado e julgado pelo Senado Federal. No entanto, para que o
Senado o julgue, deve haver, primeiro, a autorização da Câmara dos
Deputados. Dessa forma, o procedimento funciona em dois passos:

1- Autorização da Câmara dos Deputados: por 2/3 de seus membros.


A CD faz um juízo de admissibilidade de natureza política, portanto,
com forte grau de discricionariedade.

Além disso, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a


ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564) e qualquer cidadão
pode oferecer acusação contra o Presidente à Câmara.

2- Julgamento pelo Senado Federal: após autorização da Câmara dos


Deputados, o Presidente da República será processado e julgado pelo

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 23


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Senado Federal. Apesar de o julgamento possuir natureza política


(assim como a autorização da Câmara), o Senado atuará como órgão
judicial e não como órgão legislativo.

A votação será nominal e aberta, a sessão deve ser presidida pelo


Presidente do Supremo Tribunal Federal e, assim como o quorum da
Câmara para autorização do processo, o quorum de votação para
condenação no Senado é de 2/3 dos membros.

Observe que a autorização da Câmara obriga o Senado a julgar o


Presidente da República. Dessa forma, a Câmara Alta (o Senado) não
possui discricionariedade se julga ou não o Presidente. Obviamente, o
chefe do Executivo pode ser absolvido ou condenado no julgamento, mas
este (o julgamento) deve ocorrer.

O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do Senado


Federal. Dessa forma, se o Presidente for julgado “culpado” pelo
Senado, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal pode mudar o
resultado do julgamento para “inocente”. No entanto, o Tribunal Maior
pode intervir para que o processo seja feito corretamente, por exemplo,
para garantir o contraditório e a ampla defesa ao Presidente da
República.

A sentença será externalizada por uma Resolução do Senado Federal e,


caso o Presidente seja condenado, a pena será da perda do cargo E
inabilitação, por exatamente 8 anos, para o exercício de qualquer
função pública (mandato eletivo, concurso público, cargo de confiança
etc), sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis.

Observe que as duas penas são aplicadas em conjunto e que a


inabilitação não é de “até 8 anos” e sim de “exatamente 8 anos”. Dessa
forma, o Senado Federal não pode aplicar somente uma dessas penas ou
aplicar a inabilitação por tempo inferior aos 8 anos.

Por fim, caso o Presidente renuncie ao mandato depois de iniciado o


julgamento no Senado Federal, este não será paralisado e prosseguirá até o
fim. A pena da perda do cargo não terá mais efeitos (uma vez que o Presidente
renunciou ao mandato). No entanto, ainda poderá ser aplicada a inabilitação
para o exercício de funções públicas por 8 anos, por isso, o julgamento
continua.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 24


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Somente a título de curiosidade e para que você veja como o processo ocorre
na prática, separei alguns vídeos no youtube. Portanto, caro aluno, perceba
que ao estudarmos o Direito Constitucional, estamos estudando um
conteúdo altamente prático, e não somente teorias sem valor em uma
folha de papel.

Vídeo 1: http://youtu.be/MKxUdBIiehs

Vídeo 2: http://youtu.be/S7cqhhnL53E

Vídeo 3: http://youtu.be/7Bh7iIGDAzc

Esquematizando:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 25


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

x Conceito: Infrações político-administrativas, definidas em lei especial federal


x Hipóteses: Atos que atentem contra a CF e, especialmente, contra: (lista exemplificativa)
i. A existência da União
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades
da Federação
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
iv. A segurança interna do País
v. A probidade na administração
vi. A lei orçamentária
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais

1. Autorização - 2/3 dos membros


da CD - Juízo de admissibilidade
- Natureza política (discricionário)
6.1) Crimes de Responsabilidade

- Qualquer cidadão pode oferecer acusação contra o PR à CD


- PR tem direito a contraditório e ampla defesa
(MS 21.564/DF)
2. Julgamento - Julgamento de natureza política
x Processo pelo SF - Atua enquanto órgão judicial e não como órgão legislativo
- 2/3 dos membros
- Votação nominal e aberta
- Presidido pelo Presidente do STF
- Admissão da CD obriga o SF a julgar o PR
- O Judiciário não pode reformar o mérito decisão do SF, mas
pode intervir para que o processo seja feito corretamente
Ɣ Ex: para garantir o contraditório e a ampla defesa

OBS.: a) PR ficará suspenso de suas funções: Nos crimes de responsabilidade,


após a instauração do processo pelo Senado
b) Decorrido o prazo de 180 dias, se o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do PR (mas o processo continua)
x Condenação - Perda do cargo
- Inabilitação, por 8 anos, para o exercício de função pública (impeachment)
Ɣ Não é até 8 anos. É exatamente 8 anos

Ɣ QUALQUER função pública: mandato eletivo, concurso público,

cargo de confiança etc


- Sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis
- Sentença externalizada por uma Resolução do SF
x Renúncia: se for apresentada quando o julgamento já tiver sido iniciado, não paralisa o
processo de impeachment (MS 21.689-1)

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 26


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

6.2 CRIMES COMUNS

Diferentemente dos parlamentares federais, o Presidente da República não


possui imunidades materiais. Dessa forma, o chefe do Executivo pode ser
responsabilizado por suas opiniões e palavras, ainda que no exercício da
função presidencial.

Por outro lado, o Presidente possui as seguintes imunidades processuais


(formais):

1. Imunidade a prisões temporárias: a Constituição estabelece que o


Presidente da República somente poderá ser preso por sentença
condenatória do STF. Assim, ele não poderá ser preso por prisões
cautelares, como as prisões preventivas, provisórias, etc.

2. Atos estranhos ao mandato: os “atos estranhos ao mandato” aqui


referidos são os crimes comuns que não guardem pertinência com o
exercício da presidência. Assim, NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o
Presidente da República não responderá pela prática de atos
estranhos ao exercício de suas funções.

Não é que a pessoa do Presidente jamais poderá ser processada pelos


crimes que cometeu. No entanto, ele responderá por eventual crime que
não tenha conexão com o exercício da presidência somente após o
término do mandato, perante a Justiça Comum. Trata-se de uma
irresponsabilidade temporária.

Obviamente, enquanto durar o mandato, a prescrição também será


suspensa. Explicando: em razão da segurança jurídica, o Estado possui
um certo tempo para processar e julgar alguém que cometeu um crime.
Imagine só alguém que cometeu o crime de furto com 19 anos de idade
e nunca foi processado por isso. Não pode o Estado querer fazê-lo
quando o sujeito tiver 99 anos de idade. Existe um tempo (que, aliás, é
bastante razoável) para que o Estado possa processar e julgar o
criminoso.

A prescrição ocorre não para beneficiar os bandidos, mas sim para


estimular o Estado a não ficar inerte e a tomar, desde logo, todas as
providências necessárias ao cumprimento da lei.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 27


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Dessa forma, como não há a possibilidade jurídica de se processar a


pessoa do Presidente por atos estranhos ao mandato durante o mesmo,
não seria razoável que o prazo prescricional continuasse correndo, uma
vez que não há inércia por parte do Estado, mas sim uma
impossibilidade jurídica de se continuar com o processo. Portanto, o
prazo de prescrição fica suspenso enquanto durar o mandato.

Observe que essa imunidade formal somente é válida para atos de


natureza penal: o Presidente pode responder durante o mandato por
atos de natureza civil, administrativa, fiscal ou tributária.

3. Necessidade de autorização da Câmara dos Deputados para


instauração do processo por crime comum que guarde
pertinência com o exercício da presidência:

Nós já vimos que o Presidente, durante seu mandato, somente pode ser
processado por crimes comuns se estes guardarem pertinência com o
exercício da presidência. Nesse caso, assim como nos crimes de
responsabilidade, para que o processo seja instaurado, há a necessidade
da autorização de 2/3 dos membros da Câmara dos Deputados.
Igualmente, esse juízo de admissibilidade possui natureza política e
fortemente discricionária.

Caso seja aprovado pela Câmara, o julgamento do Presidente pelos


crimes comuns (e que guardem pertinência com o exercício do mandato)
será realizado pelo STF. Diferentemente do Senado Federal, que é
obrigado a julgar o Presidente pelos crimes de responsabilidade, caso a
Câmara tenha autorizado, o Supremo não é obrigado a instaurar o
processo contra o Presidente.

Outra observação importante é que a autorização da Câmara não é


necessária para instauração de inquéritos policiais contra o Presidente da
República. Lembre-se de que o inquérito policial é um procedimento de
instrução penal anterior à instauração do processo.

A necessidade de licença não impede o inquérito policial


(procedimento anterior ao processo), nem tampouco o
oferecimento da denúncia (feita pelo Ministério Público), porém,
apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro ato de
prosseguimento praticado pelo STF (Alexandre de Moraes).

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 28


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Afastamento do cargo do Presidente da República

A Constituição Federal estabelece que o Presidente ficará suspenso de suas


funções:

I - nos crimes de responsabilidade, após a INSTAURAÇÃO do


processo pelo Senado Federal.

II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o


mandato), SE RECEBIDA a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo
Tribunal Federal.

A denúncia é o ato no qual o representante do Ministério Público apresenta sua


acusação perante o Judiciário para que este julgue o crime. Ela é a peça inicial
dos processos criminais que envolvam crimes de ação pública, ou seja,
naqueles em que a iniciativa do processo judicial é do Ministério Público. Já a
queixa-crime é o equivalente à denúncia nos crimes de ação penal privada.

Assim, nada acontece se o Ministério Público oferecer a denúncia, mas, caso o


Supremo a receba (primeiro ato de prosseguimento do processo praticado pelo
STF), aí sim o Presidente será afastado.

Dessa mesma forma, não é a autorização da Câmara dos Deputados que


promove a suspensão do Presidente, mas sim o recebimento da denúncia ou
queixa-crime pelo STF ou a instauração do processo pelo Senado Federal.

Foro de julgamento - crimes comuns: STF


do Presidente - crimes de responsabilidade: Senado

O prazo máximo de afastamento é de 180 dias. Caso esse período seja


esgotado sem o julgamento, o Presidente da República retornará ao cargo,
mas isso não impede que o processo continue normalmente.

Caso seja condenado por crime comum, o Presidente da República perderá


seus direitos políticos e, consequentemente, o cargo. Caso o mandato acabe e
o Supremo Tribunal Federal ainda não tenha julgado o processo, este seguirá
para a justiça comum competente, uma vez que o foro privilegiado somente
dura enquanto durar o mandato.

Esquematizando:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 29


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

x Imunidades materiais: Não possui: O PR não é inviolável por opiniões e palavras, ainda que no
exercício da função presidencial
x Imunidades 1) Prisões temporárias - O PR não será preso enquanto não sobrevier
processuais sentença condenatória do STF
(formais) - O PR não pode ser preso por prisões cautelares

2) Atos estranhos - Crimes comuns que não guardem pertinência com o


ao exercício do exercício da presidência
mandato - Irresponsabilidade temporária: Na vigência do mandato,
o PR não responderá pela prática de atos estranhos ao
exercício de suas funções
- PR responderá por eventual crime que não tenha conexão
6.2) Crimes Comuns

com o exercício da presidência somente após o término do


mandato, perante a Justiça Comum
Ɣ Suspende a prescrição enquanto durar o mandato

Ɣ Somente vale para atos de natureza penal: o PR pode

responder durante o mandato por atos de natureza civil,


administrativa, fiscal ou tributária
3) Formação - Crimes comuns que guardem pertinência com o mandato
do processo - Necessidade de autorização da CD (2/3 dos membros)
- Juízo de admissibilidade (Natureza política)
- Julgamento perante o STF
- O STF NÃO é obrigado a instaurar o processo
Ɣ Lembrando que o SF é obrigado a julgar o PR nos

crimes de resp, caso a CD autorize a instauração do


processo por 2/3 dos membros
- Não precisa de autorização da CD para instaurar inquérito
policial (sempre no STF) ou para o MP OFERECER a
denuncia – mas precisa da autorização para o STF RECEBER
a denúncia (1º ato praticado pelo STF)
x Afastamento Ɣ O PR ficará suspenso de suas funções:
do Presidente I - nos crimes de resp, após a instauração do processo pelo SF
II - nas infrações penais comuns (que guardem pertinência com o
mandato), se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo STF;
Ɣ Prazo máximo de afastamento: 180 dias
Ɣ Caso esgote o prazo sem julgamento: o PR retorna ao cargo, mas o processo
continua normalmente
Ɣ Se condenado por crime comum: perde direitos políticos e o cargo de PR

Ɣ Se o mandato acabar e o processo ainda não tiver sido julgado pelo STF: o

processo vai para a justiça competente

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 30


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

VII. GOVERNADORES (Gov)

Os governadores dos estados e do Distrito Federal, por sua vez, somente


possuem uma imunidade formal: autorização de instauração do processo
por 2/3 da Assembleia Legislativa.

Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos governadores


as imunidades para as prisões temporárias e nem as imunidades para que
somente sejam processados por atos que guardem pertinência com o exercício
da função (ADI 1.021/SP).

Esquematizando:
7) Governadores

x Única imunidade formal: autorização de instauração do processo por 2/3 da Assembleia


Legislativa
x CEs NÃO podem estender aos gov - imunidades para as prisões temporárias
- imunidades para que somente sejam processados por
atos que guardem pertinência com o exercício da
função
- ADI 1.021/SP

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 31


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Cabe ao presidente da República,


com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a
intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei.

Errado. Quem decreta e executa a intervenção federal é o Presidente


da República, sem precisar de autorização prévia do Poder Legislativo.
No entanto, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo
Congresso Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Lembre-se:

x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


x Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
x Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

2. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco – Diplomata) De acordo com a CF,


incluem-se entre as competências privativas do presidente da República as de
manter relações com Estados estrangeiros, acreditar seus representantes
diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.

Certo. Conforme art. 84, VII e VIII. É Muito importante que você tenha
uma boa noção das competências do Presidente da República.

3. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e da Juventude) As


competências privativas atribuídas ao presidente da República pelo texto
constitucional não podem, pela sua natureza, em nenhuma hipótese, ser
objeto de delegação.

Errado. A própria Constituição estabelece expressamente a


possibilidade do Presidente delegar aos Ministros de Estado,
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União as
seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 32


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV – prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

4. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) Nos casos de crimes de


responsabilidade conexos com os do presidente da República e de crimes
comuns, os ministros de Estado serão processados e julgados perante o STF.

Errado. Os Ministros de Estado respondem perante o STF nas infrações


penais comuns e nos crimes de responsabilidade que não sejam
conexos com os de mesma natureza cometidos pelo Presidente ou o
Vice-Presidente da República.

Já nos crimes de responsabilidade conexos com os de mesma natureza


cometidos pelo Presidente ou Vice-Presidente da República, os
Ministros de Estado responderão perante o Senado Federal. Lembre-se
do esquema:

Responsabilização i. Crime de 1) Conexos com crimes de mesma natureza


SF
responsabilidade (resp) cometidos pelo PR ou VP
2) Não conexos com PR ou VP STF
ii. Infrações penais comuns STF

5. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Nos crimes de responsabilidade,


uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF.

Errado. A questão contém dois erros: tanto nos crimes de


responsabilidade quanto nos crimes comuns que guardem pertinência
com o exercício do mandato, para que o Presidente da República possa
ser processado, respectivamente, pelo Senado Federal e pelo STF, a
Câmara dos Deputados deve autorizar por 2/3 de seus membros.

Lembre-se também que, durante o mandato, o Presidente da República


não pode ser processado por crimes comuns que não guardem
pertinência com o exercício da presidência.

6. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) O Poder Executivo, além de


administrar a coisa pública, também legisla e julga, e o seu chefe, eleito pelo

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 33


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

povo, possui várias prerrogativas e garantias que lhe são outorgadas para o
exercício, de forma independente e imparcial, da chefia da nação.

Certo. O Poder Executivo possui, como função típica, a de administrar


e, como função atípica, a de legislar (ex. quando emite uma Medida
Provisória) e a de julgar (ex. quando decide nos processos
administrativos). Além disso, a segunda parte da questão também está
correta: o Presidente da República possui várias garantias e
prerrogativas para o exercício independente e imparcial da
presidência, como por exemplo, imunidades formais. Vamos relembrar:
Poder Executivo 
1. Funções do

a) Função Típica - Administração


b) Função Atípica - Legislar (Leis Delegadas, MPs...)
- Julgar (decisões nos processos adm)

7. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) As atribuições privativas do


presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que
não admite serem elas objeto de delegação.

Errado. Em regra, as atribuições do Presidente são indelegáveis, no


entanto, ele pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral
da República ou ao Advogado-Geral da União as seguintes:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

8. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes comuns, o presidente da


República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada
procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que
não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 34


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Certo. A autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados é condição


essencial para que haja instauração de processo contra o Presidente
da República, tanto nos crimes de responsabilidade quanto nos crimes
comuns. No entanto, lembre-se de que “a necessidade de licença não
impede o inquérito policial, nem tampouco o oferecimento da
denúncia, porém, apenas impede o seu recebimento, que é o primeiro
ato de prosseguimento praticado pelo Supremo Tribunal Federal."

9. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) O presidente da República


pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do
ministro das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo
Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de
embaixador.

Errado. Não há essa ressalva para o ministro das relações exteriores,


sendo que o Presidente da República pode nomear e exonerar
livremente todos os seus ministros de Estado.

Lembre-se que existem alguns cargos que precisam de aprovação da


maioria absoluta do Senado Federal: Ministros do Supremo Tribunal
Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco
central, os chefes de missão diplomática de caráter permanente
(embaixadores) e outros servidores, quando determinado em lei.

10. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) As constituições estaduais


poderão fixar a exigência de autorização legislativa nos casos de ausência do
chefe do Poder Executivo do país por prazo inferior a quinze dias, por entender
que não se aplica o princípio da simetria na espécie.

Errado. Pelo princípio da simetria, essa regra é de observância


obrigatória pelos estados membros, relativamente aos governadores e
às respectivas assembleias legislativas. Assim, os governadores e vice-
governadores de estado não podem se ausentar do país por mais de 15
dias sem autorização da assembleia legislativa e as constituições
estaduais não podem aumentar ou diminuir esse período.

11. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) O procurador-geral da República


pode, mediante delegação do presidente da República, celebrar tratados,

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 35


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

convenções e atos internacionais, os quais se sujeitam a referendo do


Congresso Nacional.

Errado. Apesar de as atribuições do Presidente da República serem, em


regra, indelegáveis, a própria CF traz a possibilidade de delegação de
algumas delas. Um exemplo é o parágrafo único do art. 84, que
estabelece a possibilidade de o Presidente da República delegar aos
Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

12. (CESPE - 2010 - MPS - Agente Administrativo) A função típica do Poder


Legislativo é legislar, do Poder Executivo, administrar e do Poder Judiciário,
exercer a jurisdição. Contudo, cada um dos poderes exerce, em pequena
proporção, função que seria originariamente de outro. Isso ocorre para
assegurar-se a própria autonomia institucional de cada poder e para que um
poder exerça, em última instância, um controle sobre o outro, evitando-se o
arbítrio e o desmando.

Certo. A assertiva está perfeita. Lembre-se que o Poder Executivo


possui como função típica a de administrar e como funções atípicas a
de legislar (ex. quando o Presidente da República elabora uma lei
delegada ou uma Medida Provisória) e a de julgar (ex. quando a
Administração Pública julga os processos administrativos).

13. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Entre os requisitos para alguém
candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da República,
estão ser brasileiro nato, possuir filiação partidária há pelo menos dois anos e
ter a idade mínima de trinta anos.

Errado. A CF estabelece como requisitos para que alguém seja


Presidente da República e Vice-Presidente da República:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 36


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

- Ser brasileiro nato (não pode ser estrangeiro ou brasileiro


naturalizado);
- Idade mínima: 35 anos
- Estar no pleno gozo dos direitos políticos;
- Alistamento eleitoral;
- Filiação partidária: Não pode haver candidatura avulsa ou autônoma,
ou seja, ninguém pode registrar sua candidatura se não for por meio
de um partido político. Além disso, a CF não estabelece prazo
mínimo de filiação para que alguém se candidate a Presidente.
- Não ser inelegível.

14. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) O presidente da República detém


competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o estado de
sítio quanto para suspender essas medidas.

Errado. Realmente, o artigo 84, IX confere ao Presidente da República


a competência para decretar o estado de defesa e o estado de sítio. No
entanto, é o Congresso Nacional quem pode SUSPENDER essas
medidas. Observe o art. 49: “Compete ao Congresso Nacional IV -
aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado
de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas.” Lembre-se:

x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


x Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
x Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

15. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) É inconstitucional norma


estadual que determine que o chefe do Poder Executivo promova prestação
trimestral de contas à assembleia legislativa.

Certo. O art. 84, XXIV da CF estabelece que compete ao Presidente da


República: “XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
referentes ao exercício anterior.”

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 37


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Essa norma é de reprodução obrigatória nos demais entes da


federação. Assim, é inconstitucional norma estadual que altere esses
prazos.

16. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) A nomeação, pelo


presidente da República, do advogado-geral da União depende da prévia
aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto.

Errado. A nomeação do Advogado-Geral da União não precisa de


aprovação do Congresso Nacional. Não confunda PGR com AGU! E
lembre-se do esquema:

x OBS; PR escolhe, mas devem - Min STF


aprovados pela MA do SF - Min Tribunais Superiores
- Gov Territ
- Presidente e diretores do BACEN
- Chefes de missão dipl. de caráter permanente
- PGR
- Nomeado pelo PR para um mandato de 2
anos, mas a destituição do PGR por iniciativa
do PR, deverá ser precedida de autorização
da MA do SF
- Não confundir PGR com AGU (que não
precisa de aprovação do SF)

17. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O presidente e o vice-presidente


da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
país por período superior a sessenta dias, sob pena de perda do cargo.

Errado. A Constituição estabelece que o presidente e o vice-presidente


da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional,
ausentar-se do país por período superior a 15 dias, e não 60, como
afirma a questão.

18. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O substituto e sucessor natural


do presidente da República é o vice-presidente, e, na falta desse, serão
sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da
República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do
STF.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 38


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Certo. Perfeita a questão. Quem substitui o Presidente nos casos de


impedimento ou o sucede nos casos de vacância é o Vice-Presidente da
República. Na falta dos dois, serão sucessivamente chamados para
ocupar, temporariamente, a Presidência da República:
1. Presidente da Câmara dos Deputados
2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF

19. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes de responsabilidade, o


Senado Federal, na condição de órgão judicial, exercendo jurisdição recebida
da CF, julga o presidente da República, razão por que é cabível a interposição
de recurso ao STF contra decisão proferida em processo de impeachment.

Errado. A primeira parte da questão está correta. Realmente, quando o


Senado Federal julga o Presidente da República, não procede como
órgão legislativo, mas como órgão judicial, exercendo jurisdição
recebida da Constituição. No entanto, o erro da questão está na parte
do recurso ao STF, uma vez que, das decisões do Senado NÃO HÁ
RECURSO PARA NENHUM TRIBUNAL.

Dessa forma, nem mesmo o STF pode mudar o mérito do julgamento


pelo Senado Federal, mas lembre-se de que ele pode intervir para que
seja observado o devido processo legal.

20. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Embora nomeado pelo
presidente da República para um mandato de dois anos, o procurador-geral da
República poderá ser destituído do cargo, de ofício, antes do término do
mandato, por decisão da maioria absoluta dos senadores.

Certo. Conforme, art. 52, XI. Cuidado para não confundir o Procurador-
Geral da República (PGR) com o Advogado-Geral da União (AGU). Este
último não precisa de aprovação do Senado Federal para sua
destituição.

21. (CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo) O presidente da República


não dispõe de competência constitucional para conceder indulto, por se tratar
de competência exclusiva do Poder Judiciário.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 39


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Errado. Muito pelo contrário, essa competência é privativa do


Presidente da República, conforme art. 84, XII. Lembre-se de que ela
ainda pode ser delegada aos Ministros de Estado, PGR e AGU.

22. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Não ofende a CF norma


estadual que estabeleça, na hipótese de vacância dos cargos de governador e
vice-governador do estado, no último ano do período governamental, a
convocação sucessiva do presidente da assembleia legislativa e do presidente
do TJ, para o exercício do cargo de governador.

Errado. Deveria haver a eleição indireta do Governador e Vice pela


Assembleia Legislativa.

23. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do


presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente do
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e o do STF.

Errado. O Presidente da Câmara vem antes do Presidente do Senado


(que é o presidente do Congresso Nacional) na linha sucessória do
Presidente da República. Observe-a:

1. Presidente da Câmara dos Deputados


2. Presidente do Senado Federal
3. Presidente do STF

24. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) A eleição do presidente da


República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será
considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí
computados os votos em branco e os nulos.

Errado. A questão possui dois erros. Primeiro, o sistema de eleição do


Presidente da República é o majoritário de dois turnos. Assim, caso
nenhum candidato consiga a maioria absoluta dos votos no primeiro
turno, haverá um segundo turno com os dois candidatos mais votados.

O segundo erro é que, quando do cálculo da maioria absoluta, não são


computados os votos em branco e os nulos.

25. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Em que pese a existência do


princípio da legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 40


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Executivo, mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na


administração direta do Poder Executivo.

Errado. A questão trata do decreto autônomo, previsto no art. 84, IV


da CF, que autoriza o Presidente a dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não


implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

Portanto, o Presidente não está autorizado a dispor sobre órgãos


públicos, que somente podem ser criados ou extintos por lei (art.
48, XI).

26. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os ministros de Estado são
nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso
Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a
qualquer tempo.

Errado. De fato, os Ministros de Estado são nomeados livremente pelo


Presidente da República. No entanto, apenas o PR pode nomear ou
exonerar os Ministros de Estado, não dispondo o Congresso Nacional
de tal competência (art. 84, I).

27. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) A CF admite a possibilidade de o


advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com audiência dos
órgãos instituídos em lei, se necessário.

Certo. Trata-se do parágrafo único do art. 84, que estabelece a


possibilidade de o Presidente da República delegar aos Ministros de
Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União
as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos


órgãos instituídos em lei;

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 41


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

28. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário) Na eleição do presidente e do


vice-presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta
na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois
candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a
morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições.

Errado. A primeira parte da questão está correta: Caso ninguém


consiga a maioria absoluta de votos no primeiro turno, haverá segundo
turno em 20 dias, concorrendo os dois mais votados.

No entanto, o erro da questão é que, em caso de morte, desistência ou


impedimento legal de candidato antes do 2º turno, convoca-se o de
maior votação dentre os remanescentes.

29. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Embora vigore, no Brasil, o


sistema presidencialista de governo, a CF atribui ao Congresso Nacional o
poder de sustar os atos normativos e os atos administrativos do chefe do
Poder Executivo sempre que os julgar inoportunos e inconvenientes ao
interesse público.

Errado. Segundo o art. 49, é da competência exclusiva do Congresso


Nacional: “V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.”

Dessa forma, o CN não pode sustar os atos administrativos do Poder


Executivo, mas tão somente os NORMATIVOS. Além disso, o Congresso
somente pode sustar os atos que exorbitem do poder regulamentar ou
dos limites de delegação legislativa, não podendo sustá-los caso sejam
inoportunos e inconvenientes ao interesse público.

30. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) De acordo com a CF, o


presidente da República pode, em caráter excepcional, delegar aos ministros
de Estado sua competência para editar medidas provisórias.

Errado. As medidas provisórias somente podem ser editadas pelo


Presidente da República e ninguém mais. A questão tentou confundir o
candidato com a possibilidade do Presidente delegar aos Ministros de

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 42


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União


as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

31. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O cargo de presidente será


declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
presidente ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo.

Certo. Conforme o parágrafo único do art. 78, a Constituição


estabelece que a posse do Presidente da República e do Vice-
Presidente da República se dará em sessão conjunta do Congresso
Nacional no dia 1º de janeiro. Salvo motivo de força maior, o cargo
será declarado vago se o Presidente ou o Vice não assumirem em 10
dias.

32. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Tanto as tarefas de chefe de


Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas
do presidente da República.

Certo. O Presidente da República exerce, ao mesmo tempo, as funções


de chefe de estado e de chefe de governo.

33. (CESPE - 2010 - AGU – Procurador) Para o STF, é inconstitucional norma


inserida no âmbito de constituição estadual que outorgue imunidade formal,
relativa à prisão, ao chefe do Poder Executivo estadual, por configurar ofensa
ao princípio republicano.

Certo. Os governadores dos estados e do Distrito Federal somente


possuem uma imunidade formal: autorização de instauração do
processo por 2/3 da Assembleia Legislativa.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 43


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Dessa forma, as Constituições Estaduais não podem conferir aos


governadores as imunidades para as prisões temporárias e nem as
imunidades para que somente sejam processados por atos que
guardem pertinência com o exercício da função (ADI 1.021/SP).

34. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O presidente da República e o


vice-presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso
Nacional, sob pena de perda do cargo.

Errado. A Constituição estabelece que o Presidente da República e o


Vice não poderão se ausentar do país por mais de 15 dias sem licença
do Congresso Nacional, sob pena de perda do cargo.

35. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) De acordo com a CF, o


presidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações
e distinções honoríficas.

Errado. A competência de conferir condecorações e distinções


honoríficas é privativa do Presidente da República e está prevista no
art. 84, XXI. Apesar de as atribuições do Presidente serem, em regra,
indelegáveis, a própria CF traz a possibilidade de delegação de
algumas delas. Um exemplo é o parágrafo único do art. 84, que
estabelece a possibilidade de o Presidente da República delegar aos
Ministros de Estado, Procurador-Geral da República ou ao Advogado-
Geral da União as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

Assim, a CF não prevê a possibilidade de o Presidente delegar a


conferência de condecorações e distinções honoríficas.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 44


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

36. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Atos do Presidente da República


que contrariem a probidade na administração e o descumprimento das
decisões judiciais, dentre outros, são considerados:

a) respectivamente crimes de responsabilidade e infrações penais comuns.

b) infrações penais comuns, apenas.

c) respectivamente infrações penais comuns e crimes de responsabilidade.

d) crimes de responsabilidade, apenas.

e) infrações penais comuns e crimes políticos.

Gabarito: D. Para responder essa questão, bastava que se tivesse


memorizado bem o art. 85 da CF/88, que traz uma lista exemplificativa
dos crimes de responsabilidade que podem ser praticados pelo PR:

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da


República que atentem contra a Constituição Federal e,
especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do
Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

37. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Presidente da


República:

a) exerce a função de chefe de governo, mas não a de chefe de Estado.

b) toma posse em sessão da Câmara dos Deputados, prestando o


compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição.

c) tem competência para avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema


Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 45


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

d) edita medidas provisórias, com força de lei.

e) nomeia Ministros de Estado, após a escolha ser aprovada pelo Congresso


Nacional.

Gabarito: D.

Item A – ERRADO. O PR exerce tanto a função de Chefe de Estado,


quando representa o Brasil em suas relações internacionais, como a de
Chefe de Governo, quando exerce a direção superior da Administração
Federal.

Item B – ERRADO. A CF/88 estabelece que a posse do PR e do VP se


dará em sessão conjunta do Congresso Nacional (não é da Câmara dos
Deputados e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro.

Item C – ERRADO. Essa é uma das competências do Senado Federal,


descrita no inciso XV do art. 52 da CF/88, e não do Presidente da
República.

Item D – CERTO. Literalidade do inciso XXVI do art. 84 da CF. Somente


o Presidente da República possui competência para editar as medidas
provisórias, sendo a mesma INDELEGÁVEL.

Item E – ERRADO. A escolha dos Ministros de Estado é efetuada


exclusivamente pelo PR e não necessita passar pelo crivo de nenhum
outro Poder, seja ele o Legislativo ou o Judiciário, para ser efetivada.

38. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Vice-Presidente da


República:

a) deve ser brasileiro nato ou naturalizado.

b) exerce competências taxativamente definidas na Constituição e em leis


ordinárias.

c) substitui o Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de


vacância.

d) poderá ser julgado, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional.

e) deve ter a idade mínima de trinta anos como condição de sua elegibilidade.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 46


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. Somente um brasileiro NATO pode ser Presidente da


República. Como o Vice-Presidente o substitui ou o sucede, exercendo
efetivamente a presidência, ele também deverá ser um brasileiro nato.

Item B – ERRADO. O VP exerce atribuições que lhe forem conferidas


por LEI COMPLEMENTAR, e não por lei ordinária, conforme art. 79,
parágrafo único: “O Vice-Presidente da República, além de outras
atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o
Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.”

Item C – CERTO. É a dicção do art. 79 da CF/88. O VP tem por


atribuição exatamente substituir o Presidente da República em caso de
impedimento e de suceder-lhe em caso de vacância.

Item D – ERRADO. Em crimes de responsabilidade, o VP será julgado


pelo SENADO FEDERAL, não pelo Congresso Nacional.

Item E – ERRADO. A idade mínima estabelecida pela CF/88 é de 35


anos, não de 30 anos, como afirma a questão.

39. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Se o Presidente da


República atira contra seu próprio primo e comete um crime de homicídio, na
vigência de seu mandato, motivado, apenas, por violento ciúme em relação à
esposa,

a) não poderá ser responsabilizado pelo ato enquanto durar seu mandato.

b) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Supremo


Tribunal Federal.

c) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Senado


Federal, e, caso seja considerado culpado, sofrerá a pena de impeachment.

d) será submetido a um primeiro julgamento perante o Congresso Nacional, o


qual decidirá sobre a manutenção da decretação da prisão preventiva.

e) poderá ficar afastado do cargo, por decisão do Senado Federal, até que se
ultime o julgamento no Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: A. NA VIGÊNCIA DO MANDATO, o Presidente da República


não responderá pela prática de crimes comuns que não guardem
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 47
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

pertinência com o exercício de suas funções (art. 86,§ 4º, da CF/88),


respondendo por ele somente após o término do mandato, ficando a
prescrição suspensa durante esse período.

Como o homicídio cometido pelo PR contra seu primo não guarda


qualquer relação com o exercício das funções presidenciais, a
persecução criminal somente poderá ser iniciada após o término do
mandato em razão dessa irresponsabilidade temporária.

40. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do


Presidente e do Vice-Presidente da República, Plínio, Presidente do Supremo
Tribunal Federal, será chamado ao exercício da Presidência da República após
serem chamados sucessivamente Adolfo e Irineu que são respectivamente,
segundo a Constituição Federal, o:

a) Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.

b) Ministro Chefe da Casa Civil e o Ministro da Justiça

c) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e o Ministro Chefe da Casa Civil.

d) Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro da Justiça.

e) Presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro Chefe da Casa Civil.

Gabarito: A. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP, serão


sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE a
Presidência:

1. Presidente da CD

2. Presidente do SF

3. Presidente do STF

41. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) É lícito ao
Presidente da República, delegar ao Ministro de Estado, a atribuição de:

a) exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes


da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 48


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes


diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.

c) dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da


administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos.

d) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo


Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e
outros servidores, quando determinado em lei.

e) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional,


conferir condecorações e distinções honoríficas e enviar ao Congresso Nacional
o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

Gabarito: C. Em regra, as competências atribuídas ao PR pelo art. 84


da CF/88 são indelegáveis. Entretanto, algumas delas são
excepcionadas e podem ser delegadas aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, quais
sejam:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)


a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se


necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei;


(extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

42. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Nos termos da Constituição


Federal, a competência privativa do Presidente da República poderá ser
delegada no caso de:

a) decretação do estado de defesa, de sítio e intervenção federal.

b) concessão de indulto e comutação de penas.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 49


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

c) elaboração de decretos e regulamentos para a fiel execução da lei.

d) edição de medidas provisórias com força de lei.

e) celebração de tratados, convenções e atos internacionais.

Gabarito: B. Dentre as competências privativas do Presidente da


República que são passíveis de delegação estão a concessão de
indultos e a comutação de penas (art. 84, parágrafo único). Vamos
revisar as competências que podem ser delegadas aos Ministros de
Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da
União:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)


a) organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se


necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei;


(extinguir somente se estiver vago – decreto autônomo)

43. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministro do Planejamento


participa como membro nato do Conselho:

a) dos Municípios, que se reune trimestralmente no Congresso Nacional.

b) da República.

c) Nacional de Justiça.

d) dos Estados, que se reúne bimestralmente no Congresso Nacional.

e) de Defesa Nacional.

Gabarito: E. O Ministro do Planejamento é membro nato apenas do


Conselho de Defesa Nacional, que é órgão de consulta do Presidente
da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a
defesa do Estado democrático (art. 91, VII).

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 50


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

44. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considera-se função atípica do Poder


Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão
constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República:

a) vetar e sancionar projetos de lei.

b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal


Federal.

c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.

d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo


Congresso Nacional.

e) editar leis delegadas e medidas provisórias.

Gabarito: E. A função típica do Poder Executivo é a de administrar,


sendo funções atípicas a de legislar e a de julgar.

Os itens A, C e D trazem atribuições típicas do Poder Executivo, uma


vez que guardam relação com as funções de comando ou governo, de
decisões políticas e de administração, portanto errados. Atente-se
também para o item D, o Presidente da República nomeia os Ministros
do STF após arguição do Senado Federal e não do CN (art. 84, XIV).

O item B trata de função típica do Poder Legislativo, uma vez que está
no rol de competências atribuídas pelo art. 52 da CF ao Senado
Federal.

O item E descreve uma função atípica do Executivo, qual seja, a edição


de leis delegadas e medidas provisórias, atribuições características da
função de legislar.

45. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) O exercício de


atribuições normativas pelo chefe do Poder Executivo, nos termos da
Constituição da República,

a) compreende, excepcionalmente, atividade de natureza legislativa, função


atípica para a qual se exige, conforme o caso, autorização prévia ou aprovação
posterior pelos órgãos do Poder titular da função legislativa.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 51


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

b) abrange a edição de decretos sobre organização e funcionamento da


administração federal, independentemente de prévia lei, ainda que implique
extinção de órgãos ou cargos públicos, estes quando vagos.

c) não comporta, em hipótese alguma, delegação interna corporis.

d) restringe-se à sua participação no processo legislativo por meio de


iniciativa, nos casos previstos na Constituição, e aos atos de sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis.

e) não autoriza a expedição de decretos senão para o fim de fiel execução da


lei, à qual a atividade regulamentar do Poder Executivo se subordina.

Gabarito: A.

Item A – CERTO. O Poder Executivo possui a função atípica de legislar


(e também de julgar). Ele a exerce quando edita uma Lei Delegada,
necessitando autorização prévia do Poder Legislativo. Outra forma de
o Executivo exercer sua função atípica é com a edição de medidas
provisórias, que devem ser aprovadas pelo legislador em momento
posterior.

Item B – ERRADO. Este item trata do decreto autônomo, previsto no


art. 84, VI. De fato, não é necessária lei anterior para que o Presidente
da República disponha sobre a organização e funcionamento da
administração federal, porém somente poderá fazê-lo quando não
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos
públicos.

Item C – ERRADO. Um exemplo da delegação interna corporis (dentro


do corpo/dentro do poder executivo) é que o Presidente da República
pode delegar a edição do Decreto Autônomo aos Ministros de Estado,
Procurador-Geral da República ou Advogado-Geral da União (art. 84,
parágrafo único).

Item D – ERRADO. Além das atribuições descritas no item, o PR poderá


editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da
CF ou ainda editar leis delegadas (art. 68).

Item E – ERRADO. Além dos decretos regulamentares, expedidos para


a fiel execução das leis, o Presidente da República pode dispor,
mediante Decreto Autônomo, sobre:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 52


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) organização e funcionamento da administração federal,


quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

46. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) Lírio, Presidente da
República, no intuito de dar um golpe de Estado, ordenou ao Exército que
fechasse o Congresso Nacional e todos os Tribunais do país, impedindo o
exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Passados vinte dias de
intensa revolta popular, Lírio percebeu que sua tentativa de golpe havia
fracassado e temeroso por perder seu cargo reconsiderou sua ordem,
restabelecendo as atividades do Poder Legislativo e do Poder Judiciário.
Segundo disposto na Constituição Federal, Lírio cometeu:

a) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Supremo


Tribunal Federal.

b) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o Senado


Federal.

c) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o


Supremo Tribunal Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por
membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

d) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Senado


Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por membros do
Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

e) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante a


Comissão formada por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

Gabarito: B. A conduta de Lírio se enquadra perfeitamente na hipótese


descrita pelo inciso II do art. 85 da CF/88, o qual considera como
crime de responsabilidade qualquer ato do PR que atente contra o livre
exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação.
Além disso, o Presidente da República, nos crimes de responsabilidade,
deve ser submetido a julgamento perante o Senado Federal.

47. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário) O Conselho de
Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 53
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e


dele NÃO participa como membro nato o:

a) Procurador Geral da República.

b) Presidente da Câmara dos Deputados.

c) Presidente do Senado Federal.

d) Ministro das Relações Exteriores.

e) Ministro do Planejamento.

Gabarito: A. Literalidade do art. 91 da CF/88. Somente são membros


natos do Conselho de Defesa Nacional:

a) o Vice-Presidente da República;

b) o Presidente da Câmara dos Deputados;

c) o Presidente do Senado Federal;

d) o Ministro da Justiça;

e) o Ministro de Estado da Defesa;

f) o Ministro das Relações Exteriores;

g) o Ministro do Planejamento;

h) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Não está incluso nesse rol o Procurador-Geral da República, estando


correto, assim, o Item A.

48. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário) A acusação contra o
Presidente da República por crime de responsabilidade:

a) não o considera denunciado até a manifestação definitiva do Superior


Tribunal de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal.

b) considera-o como indiciado, garantindo-lhe a defesa, mas não a nulidade do


procedimento.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 54


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

c) implica na suspensão obrigatória de suas funções em razão da denúncia até


a decisão final.

d) não o coloca na condição de acusado ou indiciado, tendo em vista o


princípio da presunção de inocência.

e) coloca-o na condição de acusado, assegurando-lhe o direito a ampla defesa


e o contraditório, sob pena de nulidade do procedimento.

Gabarito: E. Nos crimes de responsabilidade, a acusação contra o


Presidente da República deve ser admitida por 2/3 da Câmara dos
Deputados e o julgamento será feito pelo Senado Federal. O STJ ou o
STF não participam desse processo.

Além disso, o Presidente da República ficará suspenso de suas funções


pelo prazo máximo de 180 dias. Caso o prazo se esgote e o julgamento
ainda não tenha sido finalizado, cessará o afastamento do Presidente,
sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

Por fim, o Presidente da República já terá direito ao contraditório e a


ampla defesa na Câmara dos Deputados (MS 21.564).

49. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A infração político-
administrativa, definida em Lei, praticada pelo Presidente da República no
desempenho da função que atente contra o livre exercício dos Poderes do
Estado é classificada de crime:

a) comum.

b) de responsabilidade.

c) ditatorial.

d) hediondo.

e) ordinário.

Gabarito: B. São considerados crimes de responsabilidade pela CF/88


(art. 85) os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 55


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do


Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

50. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) Com relação às
atribuições e responsabilidades do Presidente da República,

a) admitida a acusação, por dois quintos da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

b) compete-lhe prestar, trimestralmente, ao Congresso Nacional, dentro de


trinta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao
exercício anterior.

c) compete-lhe privativamente permitir, nos casos previstos em lei


complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
nele permaneçam temporariamente.

d) ficará suspenso de suas funções, nas infrações penais comuns, se recebida


a denúncia ou queixa- crime pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a


instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

Gabarito: C.

Item A – ERRADO. O quórum necessário para a CD autorizar o


julgamento do PR, seja pelo SF (crimes de responsabilidade) ou pelo
STF (crimes comuns que guardem pertinência com o exercício da
função), é de DOIS TERÇOS, não dois quintos.

Item B – ERRADO. Conforme inciso XXIV do art. 84 da CF/88, compete


ao Presidente da República prestar, ANUALMENTE, ao Congresso
Nacional, dentro de SESSENTA DIAS após a abertura da sessão
legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 56


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Item C – CERTO. Exatas palavras do inciso XII do art. 84 da CF/88.


Compete ao PR permitir, nos casos previstos em lei complementar, que
forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele
permaneçam temporariamente.

Item D – ERRADO. Nas infrações penais comuns (que guardem


pertinência com o mandato), o PR ficará suspenso de suas funções se
recebida a denúncia ou queixa-crime pelo SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL.

Item E – ERRADO. Nos crimes de responsabilidade, por sua vez, a


suspensão do Presidente da República se dará somente após a
instauração do processo pelo SENADO FEDERAL.

51. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) No tocante ao processo


eleitoral do Presidente e do Vice-Presidente da República,

a) se, depois de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou


impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o
de maior votação.

b) se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-


á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado,
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.

c) tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso


de apenas defender e cumprir a Constituição Federal.

d) se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o


Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago.

e) em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância


dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do
Supremo Tribunal Federal.

Gabarito: B.

Item A – ERRADO. O candidato de maior votação dentre os


remanescentes somente poderá ser convocado se a morte, a

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 57


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

desistência, ou o impedimento legal do outro candidato ocorrer ANTES


DO SEGUNDO TURNO, não depois. Confira o art. 77, § 4º “Se, antes de
realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento
legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de
maior votação.”

Item B – CERTO. Exatamente. É o que diz o §3º do art. 77 da CF/88.

Item C – ERRADO. O PR e o VP tomarão posse em sessão do Congresso


Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a
Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo
brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do
Brasil.

Item D – ERRADO. O prazo correto estabelecido pela CF/88 para a


declaração de vacância dos cargos de PR e VP por ausência de posse é
de DEZ dias, não de trinta, como afirma o item (art. 78, parágrafo
único).

Item E – ERRADO. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do VP,


serão sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE a
Presidência:

1. Presidente da Câmara dos Deputados

2. Presidente do Senado Federal

3. Presidente do Supremo Tribunal Federal

52. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) No que concerne à
responsabilidade do Presidente da República, é INCORRETO afirmar:

a) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.

b) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 58


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

c) Nos casos de infrações penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e


vinte dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

d) Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o


Presidente da República não estará sujeito à prisão.

e) Na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos


estranhos ao exercício de suas funções.

Gabarito: C. O prazo estabelecido pela CF/88 para que o Presidente da


República volte a exercer suas funções caso o julgamento não tenha
sido concluído é de CENTO E OITENTA DIAS, não cento e vinte, como
afirma o item.

53. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário) Com relação ao Presidente e Vice-
Presidente da República, considere:

I. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-


á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado,
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.

II. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou


impedimento legal de candidato, convocar-se-á novas eleições no prazo
máximo de sessenta dias corridos.

III. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância


dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, e do
Supremo Tribunal Federal.

IV. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á


eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I e IV.

b) I, III e IV.

c) I, II e IV.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 59


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

d) I, II e III.

e) III e IV.

Gabarito: A.

Item I – CERTO. É a dicção exata do §3º do art. 77 da CF/88, que


prevê a realização de segundo turno em até vinte dias após a
proclamação do resultado do primeiro turno, concorrendo os dois
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a
maioria dos votos válidos.

Item II – ERRADO. Em ocorrendo morte, desistência ou impedimento


legal de candidato antes do segundo turno, convoca-se o de maior
votação dentre os remanescentes para participar do outro turno, e não
se convocam novas eleições, como afirma o item.

Item III – ERRADO. Nos casos de impedimento/vacância do PR e do


VP, serão sucessivamente chamados para exercer TEMPORARIAMENTE
a Presidência:

1. Presidente da CD

2. Presidente do SF

3. Presidente do STF

Item IV – CERTO. Na verdade, se fôssemos analisar criteriosamente o


item, ele estaria errado, já que a vacância dos cargos de PR e VP pode
incorrer na realização de eleições diretas ou indiretas a depender do
momento em que os dois cargos vagarem, sendo que ambas possuem
prazos distintos para ocorrerem.

Enquanto a eleição DIRETA (o povo vai às urnas), decorrente da


vacância nos dois primeiros anos do mandato, deve ocorrer em até 90
dias depois de aberta a última vaga, a eleição INDIRETA (pelo
Congresso Nacional), decorrente da vacância nos dois últimos anos do
mandato, deve ocorrer em até 30 dias depois de aberta a última vaga.

Ou seja, vagando os cargos de PR e VP, não necessariamente a eleição


convocada deverá ocorrer noventa dias depois de aberta a última
vaga.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 60


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Mas Roberto, então esse item não deveria ser considerado errado, pois
ainda temos a possibilidade da eleição indireta? Infelizmente, não.
Essa é a cópia do art. 81 da CF e UMA QUESTÃO QUE COPIA E COLA A
LETRA DA CF SEMPRE ESTARÁ CERTA.

54. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU


e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

55. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Será considerado eleito Presidente o
candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos.

Certo. Essa é a cópia do art. 77, § 2º. Lembre-se de que o candidato a


Presidente da República deve sempre ser registrado por um partido
político (vedado candidatura avulsa) e que a eleição do presidente
segue o sistema majoritário de dois turnos.

56. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República aprovar o estado de defesa e a
intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma
dessas medidas.

Errado. Essa competência é do Congresso Nacional e não do Presidente


da República. Observe o art. 49: “Compete ao Congresso Nacional IV -

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 61


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o estado


de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas”.

A CF confere ao Presidente da República a competência para


DECRETAR (e não aprovar) o estado de defesa, a intervenção federal e
o estado de sítio. No entanto, o Congresso Nacional pode SUSPENDER
essas medidas. Lembre-se:

x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


x Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
x Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

57. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU


e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

58. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo tem a função constitucional exclusiva de administrar, no aspecto
político e administrativo, ficando a atividade legislativa e julgadora para os
demais Poderes.

Errado. O Poder Executivo possui como função típica (e não exclusiva)


a de administrar e como funções atípicas a de legislar (ex. quando o
Presidente da República elabora uma lei delegada ou uma Medida

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 62


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Provisória) e a de julgar (ex. quando a Administração Pública julga os


processos administrativos).

59. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Executivo, se


nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á
nova eleição em até sessenta dias após a proclamação do resultado.

Errado. O prazo para nova eleição caso nenhum candidato alcance a


maioria absoluta (2º turno) é de 20 dias e não de 60, como afirma a
questão.

60. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República resolver definitivamente sobre
tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Errado. Essa competência é do Congresso Nacional, conforme art. 49,


I. No entanto, observe que o Presidente da República possui uma
atribuição bastante parecida: “art. 84, VIII - celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional”.

61. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo é representado pela Presidente da República e, na sua falta, pelo
Vice-Presidente da República, sendo que a posse de ambos ocorrerá em sessão
solene da Câmara dos Deputados.

Errado. A Constituição estabelece que a posse do Presidente da


República e do Vice-Presidente da República se dará em sessão
conjunta do CONGRESSO NACIONAL (não é da Câmara dos Deputados
e nem do Senado Federal) no dia 1º de janeiro. Salvo motivo de força
maior, o cargo será declarado vago se o Presidente ou o Vice não
assumirem em 10 dias.

62. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da
administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 63


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Certo. Lembre-se de que o Presidente da República somente pode


delegar ao PGR, AGU e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

63. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Se, decorridos trinta dias da data
fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Errado. O prazo para a posse do Presidente e do Vice é de 10 dias,


salvo força maior, e não 30, como afirma a questão.

64. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção
federal.

Certo. Conforme o art. 84, X da CF. Lembre-se de que quem decreta e


executa a intervenção federal é o Presidente da República. Por outro
lado, o decreto de intervenção deve ser apreciado pelo Congresso
Nacional em até 24 horas (art. 36, § 1º). Vamos recordar:

x Estado de Defesa: PR decreta e CN aprecia depois


x Intervenção Federal: PR decreta e CN aprecia depois
x Estado de Sítio: CN autoriza e PR decreta depois
o O CN pode sustar qualquer uma dessas medidas

65. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo exerce as funções constitucionais conferidas à Presidência da
República, sendo todas elas indelegáveis.

Errado. A Constituição estabelece hipóteses onde o Presidente da


República pode delegar suas funções. Como exemplo, observe o

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 64


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

parágrafo único do art. 84, segundo o qual, o Presidente da República


pode delegar aos Ministros de Estado, Procurador-Geral da República
ou ao Advogado-Geral da União as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

66. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Vagando os cargos de Presidente e


Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga.

Certo. Na verdade, se fôssemos analisar criteriosamente o item, ele


estaria errado, já que a vacância dos cargos de PR e VP pode incorrer
na realização de eleições diretas ou indiretas a depender do momento
em que os dois cargos vagarem, sendo que ambas possuem prazos
distintos para ocorrerem.

Enquanto a eleição DIRETA (o povo vai às urnas), decorrente da


vacância nos dois primeiros anos do mandato, deve ocorrer em até 90
dias depois de aberta a última vaga, a eleição INDIRETA (pelo
Congresso Nacional), decorrente da vacância nos dois últimos anos do
mandato, deve ocorrer em até 30 dias depois de aberta a última vaga.

Ou seja, vagando os cargos de PR e VP, não necessariamente a eleição


convocada deverá ocorrer noventa dias depois de aberta a última
vaga.

Mas Roberto, então esse item não deveria ser considerado errado, pois
ainda temos a possibilidade da eleição indireta? Infelizmente, não.
Essa é a cópia do art. 81 da CF e UMA QUESTÃO QUE COPIA E COLA A
LETRA DA CF SEMPRE ESTARÁ CERTA.

67. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República sustar os atos normativos do Poder

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 65


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação


legislativa.

Errado. Essa é uma competência do Congresso Nacional, conforme art.


49, V.

68. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição Federal.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU


e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

69. (FCC - 2010 - TRE-AC - Analista Judiciário) Os atos do Presidente da República


que atentem contra a lei orçamentária constituem crimes de responsabilidade.

Certo. Conforme o art. 85, VI da Constituição. Vamos revisar:

x Hipóteses dos crimes de responsabilidade: Atos que atentem contra a CF e, especialmente,


contra: (lista exemplificativa)
i. A existência da União
ii. O livre exercício dos demais Poderes, do MP e dos Poderes constitucionais das unidades da
Federação
iii. O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais
iv. A segurança interna do País
v. A probidade na administração
vi. A lei orçamentária
vii. O cumprimento das leis e das decisões judiciais

70. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República mudar temporariamente a sede do
Congresso Nacional.
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 66
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Errado. Essa é uma competência do Congresso Nacional e não do


Presidente da República, conforme art. 49, VI.

71. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias.

Errado. O Presidente da República somente pode delegar ao PGR, AGU


e Ministros de Estado as seguintes atribuições:

VI – dispor, mediante decreto, sobre: (decreto autônomo)

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;

XXV - prover os cargos públicos federais, na forma da lei; (extinguir somente se estiver
vago – decreto autônomo)

72. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo é personificado pelo Presidente da República que exerce a chefia de
Estado, cabendo aos Ministros de Estado o exercício da chefia de governo.

Errado. O Presidente da República exerce tanto a chefia de Estado


quanto a chefia de governo.

73. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo concentra-se na figura do Presidente da República, que é eleito para
mandato certo sem responsabilidade política perante o Legislativo, salvo no
caso de impeachment.

Certo. O Presidente da República não responde perante o Legislativo e


sim perante o povo que o elegeu. Dessa forma, o sistema
presidencialista é caracterizado por uma separação rígida entre os
poderes Executivo e Legislativo.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 67


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

Meus caros Analistas da Área Jurídica do Poder Judiciário, chegamos ao final de


nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples,
procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando
informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA
SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci).

Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é
bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante!

Abraços a todos e até a próxima aula.

Roberto Troncoso

Se você acha que pode ou se você acha que não


pode, de qualquer maneira, você tem razão.
(Henry Ford)

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 68


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

VIII. QUESTÕES DA AULA

1. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Cabe ao presidente da República,


com a prévia anuência do Congresso Nacional, decretar e executar a
intervenção federal, nas hipóteses previstas em lei.

2. (CESPE - 2011 - Instituto Rio Branco – Diplomata) De acordo com a CF,


incluem-se entre as competências privativas do presidente da República as de
manter relações com Estados estrangeiros, acreditar seus representantes
diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.

3. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e da Juventude) As


competências privativas atribuídas ao presidente da República pelo texto
constitucional não podem, pela sua natureza, em nenhuma hipótese, ser
objeto de delegação.

4. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) Nos casos de crimes de


responsabilidade conexos com os do presidente da República e de crimes
comuns, os ministros de Estado serão processados e julgados perante o STF.

5. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Nos crimes de responsabilidade,


uma vez admitida a acusação contra o presidente da República por um terço
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o STF.

6. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) O Poder Executivo, além de


administrar a coisa pública, também legisla e julga, e o seu chefe, eleito pelo
povo, possui várias prerrogativas e garantias que lhe são outorgadas para o
exercício, de forma independente e imparcial, da chefia da nação.

7. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) As atribuições privativas do


presidente da República encontram-se demarcadas no texto constitucional, que
não admite serem elas objeto de delegação.

8. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes comuns, o presidente da


República será processado e julgado pelo STF somente após ser declarada
procedente a acusação por parte da Câmara dos Deputados, circunstância que
não impede a instauração de inquérito policial e o oferecimento da denúncia.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 69


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

9. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) O presidente da República


pode escolher e nomear livremente os ministros de Estado, com exceção do
ministro das Relações Exteriores, cuja indicação deve ser aprovada pelo
Senado Federal, assim como ocorre com os candidatos ao cargo de
embaixador.

10. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) As constituições estaduais


poderão fixar a exigência de autorização legislativa nos casos de ausência do
chefe do Poder Executivo do país por prazo inferior a quinze dias, por entender
que não se aplica o princípio da simetria na espécie.

11. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) O procurador-geral da República


pode, mediante delegação do presidente da República, celebrar tratados,
convenções e atos internacionais, os quais se sujeitam a referendo do
Congresso Nacional.

12. (CESPE - 2010 - MPS - Agente Administrativo) A função típica do Poder


Legislativo é legislar, do Poder Executivo, administrar e do Poder Judiciário,
exercer a jurisdição. Contudo, cada um dos poderes exerce, em pequena
proporção, função que seria originariamente de outro. Isso ocorre para
assegurar-se a própria autonomia institucional de cada poder e para que um
poder exerça, em última instância, um controle sobre o outro, evitando-se o
arbítrio e o desmando.

13. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Entre os requisitos para alguém
candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da República,
estão ser brasileiro nato, possuir filiação partidária há pelo menos dois anos e
ter a idade mínima de trinta anos.

14. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) O presidente da República detém


competência privativa tanto para decretar o estado de defesa e o estado de
sítio quanto para suspender essas medidas.

15. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) É inconstitucional norma


estadual que determine que o chefe do Poder Executivo promova prestação
trimestral de contas à assembleia legislativa.

16. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) A nomeação, pelo


presidente da República, do advogado-geral da União depende da prévia
aprovação do Senado Federal, que o fará em escrutínio secreto.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 70


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

17. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O presidente e o vice-presidente


da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do
país por período superior a sessenta dias, sob pena de perda do cargo.

18. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O substituto e sucessor natural


do presidente da República é o vice-presidente, e, na falta desse, serão
sucessivamente chamados para ocupar, temporariamente, a Presidência da
República, os presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do
STF.

19. (CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO – Juiz) Nos crimes de responsabilidade, o


Senado Federal, na condição de órgão judicial, exercendo jurisdição recebida
da CF, julga o presidente da República, razão por que é cabível a interposição
de recurso ao STF contra decisão proferida em processo de impeachment.

20. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Embora nomeado pelo
presidente da República para um mandato de dois anos, o procurador-geral da
República poderá ser destituído do cargo, de ofício, antes do término do
mandato, por decisão da maioria absoluta dos senadores.

21. (CESPE - 2010 - ANEEL - Técnico Administrativo) O presidente da República


não dispõe de competência constitucional para conceder indulto, por se tratar
de competência exclusiva do Poder Judiciário.

22. (CESPE - 2010 - MPE-ES - Promotor de Justiça) Não ofende a CF norma


estadual que estabeleça, na hipótese de vacância dos cargos de governador e
vice-governador do estado, no último ano do período governamental, a
convocação sucessiva do presidente da assembleia legislativa e do presidente
do TJ, para o exercício do cargo de governador.

23. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do


presidente e do vice-presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão
sucessivamente chamados ao exercício da presidência o presidente do
Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e o do STF.

24. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) A eleição do presidente da


República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será
considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí
computados os votos em branco e os nulos.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 71


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

25. (CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário) Em que pese a existência do


princípio da legalidade, é possível, perante a CF, que o chefe do Poder
Executivo, mediante decreto, extinga órgãos, funções ou cargos públicos na
administração direta do Poder Executivo.

26. (CESPE - 2010 - OAB - Exame de Ordem Unificado) Os ministros de Estado são
nomeados livremente pelo presidente da República, podendo o Congresso
Nacional, por deliberação da maioria absoluta de seus membros, exonerá-los a
qualquer tempo.

27. (CESPE - 2010 - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) – Juiz) A CF admite a possibilidade de o


advogado-geral da União conceder indulto e comutar penas, com audiência dos
órgãos instituídos em lei, se necessário.

28. (CESPE - 2010 - TRE-BA - Técnico Judiciário) Na eleição do presidente e do


vice-presidente da República, se nenhum candidato alcançar maioria absoluta
na primeira votação, deve ser feita nova eleição, concorrendo os dois
candidatos mais votados. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer a
morte de candidato, deverão ser convocadas novas eleições.

29. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Embora vigore, no Brasil, o


sistema presidencialista de governo, a CF atribui ao Congresso Nacional o
poder de sustar os atos normativos e os atos administrativos do chefe do
Poder Executivo sempre que os julgar inoportunos e inconvenientes ao
interesse público.

30. (CESPE - 2011 - Correios - Analista de Correios) De acordo com a CF, o


presidente da República pode, em caráter excepcional, delegar aos ministros
de Estado sua competência para editar medidas provisórias.

31. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) O cargo de presidente será


declarado vago, se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o
presidente ou o vice-presidente, salvo por motivo de força maior, não tiver
assumido o cargo.

32. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) Tanto as tarefas de chefe de


Estado como as de chefe de governo integram o rol de competências privativas
do presidente da República.

33. (CESPE - 2010 - AGU – Procurador) Para o STF, é inconstitucional norma


inserida no âmbito de constituição estadual que outorgue imunidade formal,
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 72
CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

relativa à prisão, ao chefe do Poder Executivo estadual, por configurar ofensa


ao princípio republicano.

34. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário) O presidente da República e o


vice-presidente somente podem ausentar-se do país com licença do Congresso
Nacional, sob pena de perda do cargo.

35. (CESPE - 2010 - TRE-MT - Analista Judiciário) De acordo com a CF, o


presidente da República poderá delegar a atribuição de conferir condecorações
e distinções honoríficas.

36. (FCC - 2012 - TRE-CE - Analista Judiciário) Atos do Presidente da República


que contrariem a probidade na administração e o descumprimento das
decisões judiciais, dentre outros, são considerados:

a) respectivamente crimes de responsabilidade e infrações penais comuns.

b) infrações penais comuns, apenas.

c) respectivamente infrações penais comuns e crimes de responsabilidade.

d) crimes de responsabilidade, apenas.

e) infrações penais comuns e crimes políticos.

37. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Presidente da


República:

a) exerce a função de chefe de governo, mas não a de chefe de Estado.

b) toma posse em sessão da Câmara dos Deputados, prestando o


compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição.

c) tem competência para avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema


Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes.

d) edita medidas provisórias, com força de lei.

e) nomeia Ministros de Estado, após a escolha ser aprovada pelo Congresso


Nacional.

38. (FCC - 2012 - TCE-AP - Técnico de Controle Externo) O Vice-Presidente da


República:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 73


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) deve ser brasileiro nato ou naturalizado.

b) exerce competências taxativamente definidas na Constituição e em leis


ordinárias.

c) substitui o Presidente, no caso de impedimento, e sucede-lhe, no caso de


vacância.

d) poderá ser julgado, por crime de responsabilidade, pelo Congresso Nacional.

e) deve ter a idade mínima de trinta anos como condição de sua elegibilidade.

39. (FCC - 2012 - TCE-AP - Analista de Controle Externo) Se o Presidente da


República atira contra seu próprio primo e comete um crime de homicídio, na
vigência de seu mandato, motivado, apenas, por violento ciúme em relação à
esposa,

a) não poderá ser responsabilizado pelo ato enquanto durar seu mandato.

b) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Supremo


Tribunal Federal.

c) será processado e julgado, na vigência de seu mandato, pelo Senado


Federal, e, caso seja considerado culpado, sofrerá a pena de impeachment.

d) será submetido a um primeiro julgamento perante o Congresso Nacional, o


qual decidirá sobre a manutenção da decretação da prisão preventiva.

e) poderá ficar afastado do cargo, por decisão do Senado Federal, até que se
ultime o julgamento no Supremo Tribunal Federal.

40. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Em caso de impedimento do


Presidente e do Vice-Presidente da República, Plínio, Presidente do Supremo
Tribunal Federal, será chamado ao exercício da Presidência da República após
serem chamados sucessivamente Adolfo e Irineu que são respectivamente,
segundo a Constituição Federal, o:

a) Presidente da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado Federal.

b) Ministro Chefe da Casa Civil e o Ministro da Justiça

c) Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e o Ministro Chefe da Casa Civil.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 74


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

d) Presidente do Superior Tribunal de Justiça e o Ministro da Justiça.

e) Presidente da Câmara dos Deputados e o Ministro Chefe da Casa Civil.

41. (FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM) - Analista Judiciário) É lícito ao
Presidente da República, delegar ao Ministro de Estado, a atribuição de:

a) exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes


da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

b) manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes


diplomáticos e celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a
referendo do Congresso Nacional.

c) dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da


administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos, e sobre a extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos.

d) nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo


Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o
Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central e
outros servidores, quando determinado em lei.

e) celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional,


conferir condecorações e distinções honoríficas e enviar ao Congresso Nacional
o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

42. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Nos termos da Constituição


Federal, a competência privativa do Presidente da República poderá ser
delegada no caso de:

a) decretação do estado de defesa, de sítio e intervenção federal.

b) concessão de indulto e comutação de penas.

c) elaboração de decretos e regulamentos para a fiel execução da lei.

d) edição de medidas provisórias com força de lei.

e) celebração de tratados, convenções e atos internacionais.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 75


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

43. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministro do Planejamento


participa como membro nato do Conselho:

a) dos Municípios, que se reune trimestralmente no Congresso Nacional.

b) da República.

c) Nacional de Justiça.

d) dos Estados, que se reúne bimestralmente no Congresso Nacional.

e) de Defesa Nacional.

44. (FCC - 2011 - TCE-SP - Procurador) Considera-se função atípica do Poder


Executivo, sob a ótica do princípio da separação de poderes, a previsão
constitucional segundo a qual compete ao Presidente da República:

a) vetar e sancionar projetos de lei.

b) suspender a eficácia de lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal


Federal.

c) editar decretos e regulamentos para a execução de leis.

d) nomear Ministros do Supremo Tribunal Federal, após arguição pelo


Congresso Nacional.

e) editar leis delegadas e medidas provisórias.

45. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) O exercício de


atribuições normativas pelo chefe do Poder Executivo, nos termos da
Constituição da República,

a) compreende, excepcionalmente, atividade de natureza legislativa, função


atípica para a qual se exige, conforme o caso, autorização prévia ou aprovação
posterior pelos órgãos do Poder titular da função legislativa.

b) abrange a edição de decretos sobre organização e funcionamento da


administração federal, independentemente de prévia lei, ainda que implique
extinção de órgãos ou cargos públicos, estes quando vagos.

c) não comporta, em hipótese alguma, delegação interna corporis.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 76


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

d) restringe-se à sua participação no processo legislativo por meio de


iniciativa, nos casos previstos na Constituição, e aos atos de sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis.

e) não autoriza a expedição de decretos senão para o fim de fiel execução da


lei, à qual a atividade regulamentar do Poder Executivo se subordina.

46. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Analista Judiciário) Lírio, Presidente da
República, no intuito de dar um golpe de Estado, ordenou ao Exército que
fechasse o Congresso Nacional e todos os Tribunais do país, impedindo o
exercício do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Passados vinte dias de
intensa revolta popular, Lírio percebeu que sua tentativa de golpe havia
fracassado e temeroso por perder seu cargo reconsiderou sua ordem,
restabelecendo as atividades do Poder Legislativo e do Poder Judiciário.
Segundo disposto na Constituição Federal, Lírio cometeu:

a) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Supremo


Tribunal Federal.

b) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o Senado


Federal.

c) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante o


Supremo Tribunal Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por
membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

d) infração penal comum e será submetido a julgamento perante o Senado


Federal, cujo recurso será dirigido ao Colegiado formado por membros do
Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

e) crime de responsabilidade e será submetido a julgamento perante a


Comissão formada por membros do Poder Judiciário e do Poder Legislativo.

47. (FCC - 2011 - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário) O Conselho de
Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e
dele NÃO participa como membro nato o:

a) Procurador Geral da República.

b) Presidente da Câmara dos Deputados.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 77


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

c) Presidente do Senado Federal.

d) Ministro das Relações Exteriores.

e) Ministro do Planejamento.

48. (FCC - 2011 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário) A acusação contra o
Presidente da República por crime de responsabilidade:

a) não o considera denunciado até a manifestação definitiva do Superior


Tribunal de Justiça pelo Supremo Tribunal Federal.

b) considera-o como indiciado, garantindo-lhe a defesa, mas não a nulidade do


procedimento.

c) implica na suspensão obrigatória de suas funções em razão da denúncia até


a decisão final.

d) não o coloca na condição de acusado ou indiciado, tendo em vista o


princípio da presunção de inocência.

e) coloca-o na condição de acusado, assegurando-lhe o direito a ampla defesa


e o contraditório, sob pena de nulidade do procedimento.

49. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário) A infração político-
administrativa, definida em Lei, praticada pelo Presidente da República no
desempenho da função que atente contra o livre exercício dos Poderes do
Estado é classificada de crime:

a) comum.

b) de responsabilidade.

c) ditatorial.

d) hediondo.

e) ordinário.

50. (FCC - 2011 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário) Com relação às
atribuições e responsabilidades do Presidente da República,

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 78


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) admitida a acusação, por dois quintos da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

b) compete-lhe prestar, trimestralmente, ao Congresso Nacional, dentro de


trinta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao
exercício anterior.

c) compete-lhe privativamente permitir, nos casos previstos em lei


complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
nele permaneçam temporariamente.

d) ficará suspenso de suas funções, nas infrações penais comuns, se recebida


a denúncia ou queixa- crime pelo Superior Tribunal de Justiça.

e) ficará suspenso de suas funções, nos crimes de responsabilidade, após a


instauração do processo pela Câmara dos Deputados.

51. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário) No tocante ao processo


eleitoral do Presidente e do Vice-Presidente da República,

a) se, depois de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou


impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o
de maior votação.

b) se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-


á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado,
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.

c) tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso


de apenas defender e cumprir a Constituição Federal.

d) se, decorridos trinta dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o


Vice-Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este
será declarado vago.

e) em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância


dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do
Supremo Tribunal Federal.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 79


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

52. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário) No que concerne à
responsabilidade do Presidente da República, é INCORRETO afirmar:

a) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Senado Federal, nos crimes de
responsabilidade.

b) Admitida a acusação, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele
submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações
penais comuns.

c) Nos casos de infrações penais comuns, se, decorrido o prazo de cento e


vinte dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

d) Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o


Presidente da República não estará sujeito à prisão.

e) Na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos


estranhos ao exercício de suas funções.

53. (FCC - 2011 - TRE-TO - Analista Judiciário) Com relação ao Presidente e Vice-
Presidente da República, considere:

I. Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-


á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado,
concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele
que obtiver a maioria dos votos válidos.

II. Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou


impedimento legal de candidato, convocar-se-á novas eleições no prazo
máximo de sessenta dias corridos.

III. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância


dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da
Presidência o Presidente do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, e do
Supremo Tribunal Federal.

IV. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á


eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.

Está correto o que se afirma APENAS em:

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 80


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

a) I e IV.

b) I, III e IV.

c) I, II e IV.

d) I, II e III.

e) III e IV.

54. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.

55. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Será considerado eleito Presidente o
candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de
votos, não computados os em branco e os nulos.

56. (FCC - 2011 - NOSSA CAIXA DESENVOLVIMENTO – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República aprovar o estado de defesa e a
intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma
dessas medidas.

57. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente.

58. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo tem a função constitucional exclusiva de administrar, no aspecto
político e administrativo, ficando a atividade legislativa e julgadora para os
demais Poderes.

59. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) No tocante ao Poder Executivo, se


nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á
nova eleição em até sessenta dias após a proclamação do resultado.

60. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República resolver definitivamente sobre

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 81


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou


compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

61. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo é representado pela Presidente da República e, na sua falta, pelo
Vice-Presidente da República, sendo que a posse de ambos ocorrerá em sessão
solene da Câmara dos Deputados.

62. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da
administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação
ou extinção de órgãos públicos.

63. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Se, decorridos trinta dias da data
fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente, salvo motivo de força
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

64. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República decretar e executar a intervenção
federal.

65. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo exerce as funções constitucionais conferidas à Presidência da
República, sendo todas elas indelegáveis.

66. (FCC - 2010 - TRE-AL - Técnico Judiciário) Vagando os cargos de Presidente e


Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a
última vaga.

67. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa.

68. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos na Constituição Federal.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 82


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

69. (FCC - 2010 - TRE-AC - Analista Judiciário) Os atos do Presidente da República


que atentem contra a lei orçamentária constituem crimes de responsabilidade.

70. (FCC - 2011 - Nossa Caixa Desenvolvimento – Advogado) Compete


privativamente ao Presidente da República mudar temporariamente a sede do
Congresso Nacional.

71. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) O Presidente da
República poderá delegar ao Procurador-Geral da República a competência de
remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da
abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias.

72. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo é personificado pelo Presidente da República que exerce a chefia de
Estado, cabendo aos Ministros de Estado o exercício da chefia de governo.

73. (FCC - 2010 - TRE-AC - Técnico Judiciário) É correto afirmar que o Poder
Executivo concentra-se na figura do Presidente da República, que é eleito para
mandato certo sem responsabilidade política perante o Legislativo, salvo no
caso de impeachment.

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 83


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

IX. GABARITO


1. E 2. C 3. E 4. E 5. E 6. C 7. E 8. C 9. E 10.E

11.E 12.C 13.E 14.E 15.C 16.E 17.E 18.C 19.E 20.C

21.E 22.E 23.E 24.E 25.E 26.E 27.C 28.E 29.E 30.E

31.C 32.C 33.C 34.E 35.E 36.D 37.D 38.C 39.A 40.A

41.C 42.B 43.E 44.E 45.A 46.B 47.A 48.E 49.B 50.C

51.B 52.C 53.A 54.E 55.C 56.E 57.E 58.E 59.E 60.E

61.E 62.C 63.E 64.C 65.E 66.C 67.E 68.E 69.C 70.E

      
71.E 72.E 73.C

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 84


CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRIBUNAIS DO PODER JUDICIÁRIO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO

X. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva

MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Ed. Átlas

PAULO, Vicente e ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Constitucional


Descomplicado. Ed. Impetus

MENDES, Gilmar Ferreira e BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito


Constitucional. São Paulo: Saraiva

CRUZ, Vítor. 1001 questões Comentadas Direito Constitucional. Questões do


Ponto (ebook)

www.cespe.unb.br

http://www.esaf.fazenda.gov.br/

http://www.fcc.org.br/institucional/

www.consulplan.net

http://www.fujb.ufrj.br

Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 85

Você também pode gostar