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iluminação

Luz suave Saiba como usá-la


de forma direta e indireta

para o estar
e quais são as lâmpadas e
luminárias mais adequadas

Texto: Renata Ramos

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Foto: Divulgação

Rasgo no gesso
Sancas no cortineiro e no teto de gesso bem ao centro do ambiente fazem a iluminação
discreta e marcante no projeto de Guinter Parschalk. O rasgo no teto abriga um conjun-
to de lâmpadas fluorescentes T5 e xenon, comandadas por circuitos diferentes. Poucos
spots com halógenas destacam as obras de arte e os objetos. “Diferentes abajures com-
pletam o conjunto de iluminação, oferecendo uma luz mais acolhedora”, ressalta. A ilumi-
nação é controlada por um sistema de automação que permite diferentes combinações
entre as lâmpadas fluorescentes, halógenas e abajures (todos com dimmer).

Sanca discreta
A iluminação foi pensada para destacar objetos sem interferir na visão de quem está
na sala de estar. Para isso, Maximira Durigan criou uma canaleta de gesso para em-
butir luminárias com lâmpadas AR 70, direcionadas para a mesa de centro e para a
parede frisada da lareira. No rasgo há também lâmpadas AR 111 com foco de luz de
maior diâmetro, estrategicamente posicionadas para valorizar os círculos do piso de
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porcelanato. Ao lado da porta, pendentes com LED seguem a linguagem circular e


jogam luz para o aparador.

N
ada melhor do que descansar no aconchego do lar, para a ocasião, além de economizar energia”, afirma a arqui-
em ambientes projetados para o relaxamento, como teta Paula Carnelós, da Acenda Projeto de Iluminação.
as salas de estar. Para conseguir um espaço que re- A luz indireta é sempre bem-vinda nesse ambiente, suavi-
meta à tranquilidade, o projeto de iluminação é fundamen- zando-o. “A direta é usada para a decoração, para pontuar e
tal. Além disso, por ser um cômodo social, a luminosidade valorizar detalhes ou ornamentos. Sombras também são vá-
também tem de ser adequada para receber os convidados lidas para destacar os efeitos das luzes”, explica a designer
sem que haja ofuscamento da vista ou uma luz muito baixa. de interiores e arquiteta Myrna Porcaro. Paula diz que o mais
“Com o auxílio de um dimmer ou de qualquer outro sistema adequado é misturá-las, para criar vários cenários. “Hoje, os
de controle de luz, é possível escolher a cena compatível apartamentos estão cada vez mais compactos, por isso a sala

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de estar pode também ser um espaço para receber, ler, assistir a Luminárias
um filme, trabalhar, etc. Assim, com uma iluminação flexível, Os modelos embutidos são bastante utilizados. “Eles ofere-
é possível transformar o ambiente em um lugar de diversas cem liberdade para pontuar e valorizar detalhes, além de fazer
utilidades”, justifica. O segredo é uma mistura harmoniosa, uma iluminação geral eficiente”, indica Myrna. Ela explica que
que contemple o aconchego e a claridade da luz indireta com há diversos modelos de teto, piso e parede que são especifica-
o efeito decorativo da direta. “Evite direcioná-la para sofás, dos de acordo com cada projeto. “Os abajures são peças impor-
cadeiras, locais onde ficarão os usuários. Com isso, essas áre- tantes para um estar, pois, oferecem luz suave e aconchegante
as terão temperatura agradável e a luz não prejudicará a visão que completa a decoração”, diz Paula. Além disso, ela lembra
das pessoas”, recomenda a decoradora Maximira Durigan. que quando há forro no teto é possível usar as sancas.

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Fluorescentes ocultas
A iluminação geral da sala de pé-direito duplo é feita por lâmpadas fluorescentes tipo
T5, embutidas em sancas. “No teto há spots com lâmpadas halógenas QT-12, para des-
tacar obras de arte, objetos e mobiliário”, conta Guinter Parschalk, responsável pela
luminotécnica. O espaço possui sistema de automação que permite diferentes com-
binações entre as lâmpadas, oferecendo desde uma luz intensa e uniforme até uma
iluminação dramática e intimista. “A qualidade dos equipamentos foi muito importante
para proporcionar eficiência, conforto visual e longo ciclo de vida ao projeto”, conclui.

Predomínio dos embutidos


Myrna Porcaro aumentou o ambiente para inserir persianas e acrescentar plafons com
lâmpadas AR 70, criando uma linha de luz de efeito no estar. “Trabalhei também com
luminárias embutidas nas laterais, contornando o ambiente”, comenta. A iluminação,
praticamente toda direta, possui lâmpadas dicroicas 50 W. No fundo da sala há um
pendente sobre a mesa lateral e uma luminária de mesa sobre o móvel. “Toda a ilu-
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minação é de luz quente de cor amarela. Mesmo as luminárias de teto e piso que
possuem lâmpadas fluorescentes têm essa tonalidade”, finaliza.

Lâmpadas Cores
Para criar uma iluminação indireta normalmente são A iluminação amarela deixa o ambiente acolhedor e acon-
usadas as fluorescentes compactas e as tubulares, as linhas chegante. Já as lâmpadas brancas ampliam os espaços, dei-
de xenon, LED ou line-light (mangueira luminosa). Para xando-os com aparência mais limpa. “No estar, a temperatura
iluminação de destaque, Paula relaciona as halógenas, que de cor pode ser variada, proporcionando uma luz mais branca
podem ser as minidicroicas e dicroicas; AR 48, 70 e 111. de manhã e âmbar à noite. Com a presença de ambas, o cli-
“Há ainda a PAR 20 e a PAR 30 – esta e a AR 111 são ade- ma do espaço pode ser controlado conforme o uso e há uma
quadas para salas que tenham pés-direitos altos”, ensina a maior integração com a luz do exterior”, enfatiza o arquiteto e
designer de interiores. lighting designer, Guinter Parschalk, do studioix. u

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