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Antes de montar uma empresa, é preciso montar uma personalidade empreendedora. Para isso, uma
ótima forma de começar é saber onde procurar conhecimento, o que é complicado se considerarmos o
volume de informações sobre empreendedorismo na área digital. Para esta coluna, porém, podemos
dividir as fontes em três grupos principais: os evangelistas, os investidores e os executores.
No que se refere aos evangelistas, o tripé de negócios é formado por Steve Blank, com “The Four Steps
to the Epiphany”, Eric Ries, com “The Lean Startup”, e Alexander Osterwalder, com “Business Model
Generation”. Também acho importante conhecer o “Running Lean”, de Ash Maurya; o “Crossing the
Chasm”, de Geofrey Moore; e os livros do Clayton Christensen. Além deles, algumas referências menos
densas como Brant Cooper ("Entrepreneur’s Guide to CustDev") e Jessica Livingston ("Founders at
Work") também são interessantes.
Os investidores de risco, cujo papel é muitas vezes incompreendido, têm habilidade cirúrgica para
cortar o que é irrelevante e decidir sempre pelo imperativo do lucro e do retorno sobre o capital
investido. Isto é a única coisa que mantém o sistema saudável em longo prazo. Investidores não
costumam ter livros, mas falam e blogam. Assim, é possível aprender com alguns deles, como Dave
McLure, Paul Graham, os irmãos Sawner, Brad Feld, Mark Suster, Mark Andreessen/Ben Horowitz e
Fred Wilson.
Os executores (ou fundadores) são os artistas, que não são ninguém sem um bom co-fundador técnico
e um time. Além dos óbvios: Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Jeff Bezzos e Jerry Yang, é
importante ressaltar algumas novas referências. Eu destaco Max Levchin (do PayPal), Craig Newmark
(Craigslist), Sabeer Bhatia (Hotmail), Mike Lazaridis (RIM) e David Hansson (37Signals). No Brasil,
cabe citar Julio Vasconcellos (Peixe Urbano), Romero Rodrigues (Buscapé) e Márcio Kumruian
(Netshoes).
Assimilar toda esta informação não é uma receita de sucesso, mas pode encurtar o caminho de
aprendizado e artificializar uma experiência que é necessária, mas não suficiente, para se tornar um
empreendedor de sucesso. Uma última dica é: falhe barato, falhe rápido e falhe em silêncio, até que
você ache o seu modelo de negócio.
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