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CICLO DE CARNOT
Compressão isotérmica – C a D;
Agora partindo do estado C, o gás é comprimido
isotermicamente à temperatura T1 até o estado D,
enquanto entrega uma parcela de calor Q1 para a T1 – temp mais baixa
fonte térmica de temperatura mais baixa, também
chamada de fonte fria.
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Compressão adiabática – D a A.
A partir do estado D, o gás, através de uma
compressão adiabática retorna ao estado inicial A,
durante a qual o gás aquece até a temperatura
inicial T2, sem troca de calor com o meio.
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Q2
Q1
T1=fonte fria
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A eficiência da máquina térmica tem a ver com a sua capacidade de transformar calor em trabalho.
Do ponto de vista técnico, a eficiência de uma máquina térmica pode ser aumentada tornando máxima a
diferença entre as temperaturas absolutas das fontes quente e fria.
Quais seriam as opções para subir o rendimento de uma máquina térmica?
Baixar, o máximo possível, a temperatura da fonte fria (tendo em consideração o limite imposto do
zero absoluto).
Aumentar, o máximo possível, a temperatura da fonte quente (tendo em consideração a resistência
mecânica dos materiais que compõem o sistema) e que vão, na prática, impor um limite ao aumento
de temperatura.
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Para fazer uma abordagem sobre a classificação dos sistemas que consideram os ciclos termodinâmicos,
convém recordar que a termodinâmica é a ciência que define as transformações do calor e do trabalho
mecânico, bem como o estudo das leis a que os gases obedecem durante suas evoluções desde a entrada no
cilindro até à saída para a atmosfera.
Nos motores de combustão interna, os gases são comprimidos, queimados, e expandidos sob o efeito da
temperatura ou de um trabalho mecânico.
Se, por um lado, é indispensável o conhecimento aprofundado da termodinâmica para construção dos
motores, por outro conhecimentos elementares também são essenciais para se compreender o seu
funcionamento.
Os motores, segundo os ciclos termodinâmicos podem ser classificados em – CICLO OTTO e CICLO DIESEL
MOTORES CICLO OTTO
Motores de combustão interna com ignição por faísca, utilizando como combustíveis: gasolina, gás ou álcool.
O motor a gasolina é um motor de combustão interna no qual uma mistura ar + combustível é admitida num
cilindro e comprimida pelo pistão ou êmbolo que, após inflamada por um arco (faísca) de origem elétrica
provocada pela vela de ignição.
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Para que haja uma combustão perfeita, é necessário dosear com rigor
três elementos fundamentais, que constituem o triângulo do fogo:
AR + CALOR + COMBUSTÍVEL
A combustão ou queima é um processo químico que exige a presença
destes três elementos que, ao se combinarem, na proporção e condições
termodinâmicas requerida, dentro do motor, promovem a explosão.
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O tempo que leva para que a mistura ar + combustível entre em combustão é chamado de atraso de
combustão e dura, aproximadamente, 1 milissegundo (ms).
Em alguns casos, em que as condições não são as ideais, o atraso pode durar mais tempo, até 2 milissegundos
(ms), devido a:
Baixa temperatura de funcionamento do motor;
Bicos injetores não estão a atomizar corretamente;
Ajuste do ponto de início de injeção muito avançado;
Combustível adulterado;
Problemas mecânicos no motor.
Se existe atraso no tempo de combustão, houve-se o ruído caraterístico (ruido metálico), gerado por várias
frentes de chamas (ondas de choque) dentro da câmara de combustão.
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INJEÇÃO DIRETA
O combustível é injetado diretamente sobre a cabeça do pistão
mediante um bico injetor, com um ou vários pequenos furos (diâmetros
de 0,1 a 0,3 mm) direcionados segundo um ângulo apropriado e com
pressões muito elevadas (até 400 at) para conseguir uma pulverização
muito fina e uma distribuição adequada do combustível no ar de
carburação.
A maioria dos motores modernos utilizam o processo de injeção direta
de combustível, em virtude do seu melhor rendimento térmico.
INJEÇÃO INDIRETA
Uma zona da câmara de combustão (antecâmara) é separada da parte
principal mediante um estrangulamento, na qual o combustível é
injetado na sua totalidade com uma pressão entre 80 e 120 at
(dependendo do projeto do motor) inflamando-se e iniciando uma
combustão parcial.
A sobrepressão instantânea provocada pela explosão “sopra” a mistura
inflamada com um efeito de pulverização e turbulência violentas através
do canal até a câmara principal onde existe ar suficiente para completar
a combustão.
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As fases que caracterizam o ciclo dos motores são as mesmas em qualquer motor alternativo de êmbolos e
seguem os seguintes passos:
Introdução de ar ou a mistura ar + combustível no cilindro;
Compressão do ar ou a mistura ar + combustível, consumindo trabalho retirado ao sistema;
Combustão da mistura;
Expansão dos gases resultantes da combustão, gerando trabalho para o sistema;
Expulsão dos gases.
Nos motores alternativos de pistões, as fases dos ciclos mecânicos completam-se de duas maneiras,
conforme o tipo de motor:
MOTOR DE QUATRO TEMPOS
1º TEMPO – Pistão em movimento descendente (0º → 180º), verifica-se a admissão, na maioria dos
casos, por aspiração da mistura ar + combustível (ciclo Otto), ou apenas ar (ciclo Diesel);
2º TEMPO - Ocorre a compressão, com o pistão em movimento ascendente (180º → 360º) e um
pouco antes do pistão completar o curso, ocorre a ignição por meio de dispositivo adequado: velas
de ignição (ciclo Otto), ou auto ignição (ciclo Diesel).
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1º tempo
Admissão + compressão
2º tempo
Combustão + escape
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combustão evacuação
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ε - taxa de compressão
Relação matemática que indica
Temperatura compressão
Pressão de compressão
quantas vezes a mistura
ar/combustível ou o ar aspirado
(no caso dos diesel) para dentro
dos cilindros pelo pistão é
comprimido dentro da câmara de
combustão antes que se inicie o
processo de queima.
Do ponto de vista termodinâmico,
a taxa de compressão é
diretamente responsável pelo
rendimento térmico do motor.
Início da injeção
fina e fortemente, um certo volume de combustível no interior da
câmara de combustão, fazendo com que ocorra a autoignição
que provoca a subida da pressão no interior do cilindro a valores
de 70 a 130bar e temperaturas momentâneas de 1500ºC,
impulsionando o êmbolo para o PMI e fazendo com que a biela
transmita a força à cambota. A cambota gira de 360º a 540º.
No ciclo Otto ocorre a inflamação da mistura ar-combustível,
quando se estabelece a faísca na vela.
4º TEMPO (ciclo diesel) - Escape – neste tempo, com a válvula
de escape aberta, os gases queimados são expelidos para fora
do cilindro pelo movimento do embolo do PMI ao PMS,
completando o ciclo. A cambota gira mais 180º, de 540º para
720º.
expansão escape
No ciclo Otto o processo de combustão é mais rápido (tipo
explosão), mas o processo é idêntico.
avanço injeção
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E
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r = V1/V2;
a = V3/V2’;
b = P2’/P2;
k = γ = cp/cv
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CICLO BRAYTON
O ciclo Brayton é um ciclo ideal que representa, com uma
aproximação à realidade, processos térmicos que ocorrem nas
turbinas a gás, descrevendo variações de estado (pressão e
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temperatura) dos gases.
É diferente de todos os outros ciclos uma vez que os processos de
compressão, transferência de calor, expansão e exaustão ocorrem
ao mesmo tempo mas em locais diferentes.
Assim, este tipo de motor distingue-se dos motores alternativos,
onde os processos ocorrem numa única câmara, mas, em tempos
diferentes.
TURBINAS A GÁS
O termo turbina a gás é normalmente para representar o o conjunto
de três equipamentos, formando um ciclo termodinâmico a gás -
Ciclo Brayton:
O compressor;
A câmara de combustão;
A turbina.
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