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Introdução........................................................................................................................................2
Evaporação......................................................................................................................................3
Transpiração.....................................................................................................................................3
Evapotranspiração............................................................................................................................3
Factores Intervenientes no Processo de Evaporação e Transpiração...........................................4
A infiltração.....................................................................................................................................5
Zona de saturação:.......................................................................................................................6
Grandezas Características............................................................................................................7
Taxa (velocidade) de Infiltração...................................................................................................7
Escoamento superficial....................................................................................................................7
Factores que Influenciam no Escoamento Superficial.................................................................7
Grandezas que Caracterizam o Escoamento Superficial..............................................................8
Transporte de Sedimentos................................................................................................................9
Metodologia...................................................................................................................................12
Conclusão......................................................................................................................................13
Bibliografia....................................................................................................................................14
Introdução
Termo evaporação é usado para designar a transferência de água para a atmosfera sobre a forma
de vapor , decorrente, tanto da evaporação que se verifica em solo úmido sem vegetação, nos
oceanos, lagos, rios e em outras superfície hídricas naturais. O termo evapotranspiração é
empregado para exprimir a transferência de vapor d’água para a atmosfera proveniente dos
vegetais e dos amimais. A evaporação e a evapotranspiração são indicadas nas mesmas unidades
da precipitação, utilizando-se a altura da lâmina d’água, expressa em milímetros. Um milímetro
de evaporação, ou de evapotranspiração, equivale à transferência para a atmosfera de um litro de
água para cada metro quadrado da projeção da superfície evaporante.
Evaporação
É o processo natural pelo qual a água, de uma superfície livre (líquida) ou de uma superfície
úmida, passa para a atmosfera na forma de vapor, a uma temperatura inferior a de ebulição.
Transpiração
É a transferência de vapor de água dos continentes e de outras massas de terra para a atmosfera
por transpiração das plantas e dos seres vivos.
Evapotranspiração
É a processo conjunto de evaporação e de transpiração.
A mudança do estado sólido ou líquido para o estado gasoso corresponde a um aumento da
energia cinética das partículas da substância, exigindo por isso, com temperatura constante, o
consumo de uma quantidade de energia que, por unidade de massa da substância, é o calor de
vaporização.
Simultaneamente com o escape das partículas de água para a atmosfera dá-se o fenômeno
inverso: partículas de água na fase gasosa, que existem na atmosfera, chocam à superfície de
separação e são captadas pelo corpo evaporante. A evaporação mantém-se até atingir o estado de
equilíbrio, que corresponde à saturação do ar em vapor d’água: o número de partículas de água
que escapam do corpo evaporante é então igual ao número de partículas de água na fase gasosa
que são capturadas pelo corpo no mesmo intervalo de tempo.
Portanto, se tivermos uma superfície exposta às condições ambientais, que contém um certo
conteúdo de vapor d’água, vamos notar a troca de moléculas entre as fases de vapor e líquida, a
qual envolve os fenômenos de condensação e evaporação:
A radiação solar é fonte energética necessária ao processo evaporativo, sendo que a incidência
directa fornece mais energia quando comparado com a difusa.
b) Temperatura de Superfície
indirecto).
UR é determinada por higrógrafo e pode ser estimada por meio de
psicrômetros (conjunto de 2 termômetros sobre diferentes condições).
Exemplo:
UR=60% significa que a atmosfera contém 60% da umidade máxima
que ela seria capaz de conter àquela temperatura. Portanto, quanto maior
temperatura, maior es (maior a capacidade do ar conter água) e menor UR.
d) Vento O vento modifica a camada de ar vizinha à superfície, substituindo uma camada
muitas vezes saturada por uma com menor conteúdo de vapor d’água. Na camada em
contacto com a superfície (aproximadamente 1 mm), o movimento de vapor é por
moléculas individuais (difusão molecular), mas acima dessa camada limite superficial, o
responsável é o movimento turbulento do ar (difusão turbulenta).
A infiltração
É o nome dado ao processo pelo qual a água atravessa a superfície do solo. É um processo de
grande importância prática, pois afecta directamente o escoamento superficial, que é o
componente do ciclo hidrológico responsável pelos processos de erosão e inundações. Após a
passagem da água pela superfície do solo, ou seja, cessada a infiltração, a camada superior
atinge um “alto” teor de humidade, enquanto que as camadas inferiores apresentam-se ainda com
“baixos” teores de humidade. Há então, uma tendência de um movimento descendente da água
provocando um molhamento das camadas inferiores, dando origem ao fenómeno que recebe o
nome de redistribuição.
É uma zona com espessura em torno de 5 cm, cujo teor de umidade decresce rapidamente com a
profundidade.
Zona de transmissão:
É a região do perfil através da qual a água é transmitida. Esta zona é caracterizada por uma
pequena variação da umidade em relação ao espaço e ao tempo.
Zona de umedecimento:
É uma região caracterizada por uma grande redução no teor de humidade com o aumento da
profundidade.
Frente de umedecimento:
Compreende uma pequena região na qual existe um grande gradiente hidráulico, havendo uma
variação bastante abrupta da humidade. A frente de humedecimento representa o limite visível da
movimentação de água no solo.
Em que:
q = densidade de fluxo, mm.h-1;
Ko = condutividade hidráulica do solo saturado, mm.h-1;
H = potencial total da água no solo, mm; e
Z = distância entre os pontos considerados, mm.
Grandezas Características
Capacidade de infiltração (CI)
É a quantidade máxima de água que pode infiltrar no solo, em um dado intervalo de tempo,
sendo expresso geralmente em mm.h-1. A capacidade de infiltração só é atingida durante uma
chuva se houver excesso de precipitação. Caso contrário, a taxa de infiltração da água do solo
não é máxima, não se igualando à capacidade de infiltração.
Em que:
TI = taxa de infiltração da água no solo, mm.h-1;
I = infiltração acumulada, mm; e
T = tempo, h.
Escoamento superficial
a) Vazão
É definida como o volume de água que atravessa a seção transversal considerada por
unidade de tempo. Geralmente é expressa em m3s-1. A vazão máxima de escoamento
superficial representa importante parâmetro para os projectos de sistemas de drenagem,
de obras para controle da erosão e cheias.
b) Vazão média diária
É a média aritmética das vazões ocorridas durante o dia (quando se dispõe de aparelho
registrador – linígrafo, O mais comum é a média das vazões das 7 e 17 horas (horas de
leitura do nível da água – linímetro,
c) Vazão específica
Vazão por unidade de área da bacia hidrográfica; m3.s-1.km-2, L.s-1.km-2, L.s-1.ha-1. É uma
forma bem potente de expressar a capacidade de uma bacia em produzir escoamento
superficial e serve como elemento comparativo entre
bacias.
Em que,
Qmax = vazão máxima de escoamento superficial, m3.s-1;
C = coeficiente de escoamento superficial, adimensional;
im = intensidade máxima média de precipitação para uma duração igual
ao tempo de concentração, mm.h-1; e
A = área da bacia de drenagem, ha.
Transporte de Sedimentos
Carga sólida saltitante: são as partículas que pulam ao longo do curso d’água por efeito
da correnteza ou pelo impacto de outras partículas. O impulso inicial que arremessa uma
partícula na correnteza pode se dever ao impacto de uma na outra, o rolamento de umapor
sobre a outra ou o fluxo de água sobre a superfície curva de uma partícula, criando assim
pressão negativa;
Carga sólida em suspensão: são os sedimentos suportados pelas componentes verticais
das velocidades do fluxo turbulento, enquanto estão sendo transportados pelas
componentes horizontais dessas velocidades, sendo suficientemente pequenas para
permanecerem em suspensão, subindo e descendo na corrente acima do leito. Geralmente
esse grupo de sedimento representa a maior quantidade de carga sólida do curso d’água,
podendo corresponder a 99% de toda carga sólida.
Segundo CARVALHO (2000), o termo carga sólida se refere a qualidade do movimento: em
suspensão, de arraste, em contacto e saltante. O termo descarga sólida se refere a quantidade do
movimento. A descarga sólida em suspensão e a descarga sólida do leito são medidas
separadamente devido a diferença de velocidade que se movimentam.
Partículas finas, como argila e silte, estão em maiores quantidades na carga sólida em suspensão
que os materiais grossos, como a areia. Na carga sólida do leito encontra-se material mais grosso,
areia e pedregulhos. Dentre as duas formas básicas de transporte de sedimentos: em suspensão e
arraste; este trabalho focará suas análises no transporte de sedimentos em suspensão, pois é
relativamente fácil de ser medido. Enquanto o transporte por arraste tem uma medição difícil,
incerta e pouco acessível, calculado geralmente através de fórmulas desenvolvidas em
laboratório de hidráulica, que quando aplicadas à natureza, muito mais complexa, podem resultar
em erros de até 600% (MEDEIROS, et al, 2008).
A estimativa do deflúvio sólido em suspensão é efetuada através de modelos matemáticos, que
podem tanto ser empíricos ou conceituais. Os modelos empíricos não se fundamentam na física
dos processos, são formulados com base em equações obtidas através de regressão de alguma
variável incluída no processo: concentração de sólidos suspensos, turbidez ou vazão. Com
aplicação simples, possibilitam a estimativa de outra variável desejada. Os modelos conceituais
não serão explanados nesta revisão bibliográfica porque fogem ao foco deste trabalho (SOUZA,
et al, 2007).
Dentre os diversos modelos empíricos, tem-se como mais comuns: o método da
determinação da curva-chave (Protocolo ANEEL, Carvalho et al., 2000) e o método da
curva de permanência (CARVALHO, 1994). A vantagem destes modelos está em sua
simples aplicação, onde o conhecimento das variáveis necessárias ao método são reduzidas.
Apesar disso, deve-se estar consciente de que suas limitações, relacionadas principalmente ao
grau de dispersão dos pares de dados nas curvas-chaves, subestimam os valores obtidos, que
podem variar entre 10 e 50% (SOUZA, et al., 2007).
Metodologia
Através de uma “triagem”, serão busca das estações fluviométricas com boa representatividade
para análise. A metodologia consiste em:
Colecta dos dados de vazão líquida e concentração de sedimentos em suspensão no
material disponível na Agência Nacional de Águas;
Preenchimento de falhas existentes, efectuando-se a média dos valores vizinhos a falha;
Cálculo das descargas sólidas diárias em suspensão pela fórmula abaixo:
Qss=0,0864 x Q x Css
Onde: QSS = descarga sólida de sedimentos em suspensão (t/dia); Q = vazão líquida
média (m³/s); CSS = concentração de sedimentos em suspensão (ppm) e a constante
0,0864 é um factor de transformação de unidades;
Determinação das curvas-chave de sedimentos com a utilização do programa
EXCELL 2007. As equações de curva-chave serão obtidas plotando-se os valores de
vazão sólida em suspensão no eixo das coordenadas e os valores de vazão líquida no eixo
das abcissas. Através da regressão linear serão obtidas as equações correspondentes as
curvas.
As opções de regressão são: linear, logarítmica, polinomial, potencial e exponencial. Será
escolhida o tipo de regressão para cada equação segundo critérios subjectivos de
adequação visual e também, considerando o valor de R2;
Análise dos coeficientes de correlação (R2) e selecção das curvas-chave com R²
maior ou igual a 0,6;
Análise das séries históricas dos dados de vazão líquida diária e determinação de dois
períodos de anos igual para as estações seleccionadas.
Aplicação das curvas-chave seleccionadas à séries de vazões líquidas diárias para
obtenção das descargas sólidas em suspensão diárias;
Acumulação das descargas sólidas em suspensão diária para estimativa do deflúvio sólido
em suspensão nos períodos considerados.
Cálculo das produções específicas de sedimento (ton/km².ano) para cada período
considerando possibilitando uma comparação entre eles;
Breve e preliminar comentário sobre o cálculo do item anterior.
Conclusão
Visto que em um planeta em que a água potável está se tornando cada vez mais escassa e
(consequentemente) cara, o estudo das perdas hídricas assume importância crescente. Para o solo
vegetado e para os reservatórios de água doce, a evapotranspiração e a evaporação representam,
respectivamente, uma demanda considerável de água, justificando todos os esforços para
quantificá-la e tentar minimizá-la. As perdas por evaporação ou evapotranspiração, exactamente
por subtraírem uma substancial fracção dos recursos hídricos disponíveis, não podem ser
negligenciadas a nível de panejamento e tampouco de execução, em inúmeras actividades
humanas. Neste contexto enquadra-se o abastecimento de água para as populações, a agricultura
e a indústria.
Bibliografia
ANEEL (2000). Guia das Práticas Sedimentométricas, ANEEL, PNUD, OMM, Brasília.
CARVALHO, Newton de Oliveira, Hidrossedimentologia Prática, Eletrobrás, CPRM, Rio
de Janeiro,1994.
FREIRE, O; GIMENEZ, J.; PESSOTI, J. E.; CARRARO, E. Solos da Bacia do Broa. São
Carlos: Univ. Fed. São Carlos, 1978. 125 p. FUJIHARA, A. K. Predição de erosão e
capacidade de uso do solo numa microbacia do oeste paulista com suporte de
geoprocessamento. 2002. 136 p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2002. GARBOSSA, L.
H. P. et al. The use and results of the Soil and Water Assessment Tool in Brazil: A review from
1999 until 2010. In: 2011 INTERNATIONAL SWAT CONFERENCE & WORKSHOPS, 2011,
Toledo. 2011 International SWAT Conference & Workshops. Bryan: Texas A&M University,
2011.