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GESSO NA

CONSTRUÇÃO CIVIL
2.2.2 Blocos de gesso
• São blocos pré-moldados de gesso especial, fabricado por
processo de moldagem, apresentando acabamento
perfeito nas suas superfícies. Os blocos são intertravados
(encaixe macho-fêmea) e, após a montagem da parede,
obtém-se uma superfície plana e pronta para receber o
acabamento.

• Os blocos apresentam duas faces planas e lisas, e podem


ser vazados, com dutos internos, ou compactos. Os blocos
vazados são utilizados quando se deseja diminuir o peso
das paredes, ou melhorar o isolamento acústico, enquanto
os blocos compactos permitem construir paredes com
maior altura.

2.2.2 Blocos de gesso

• Os blocos vazados são


utilizados quando se
deseja diminuir o peso
das paredes, ou
melhorar o isolamento
acústico.

Figura 45: Blocos de gesso vazados

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2.2.2 Blocos de gesso

Figura 46: Blocos de gesso vazados

2.2.2 Blocos de gesso

• Os blocos compactos
permitem construir
paredes com maior
altura em relação aos
blocos vazados.

Figura 47: Blocos de gesso compactos

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2.2.2 Blocos de gesso
Como pode ser
observado, o sistema é
composto de blocos de
cores diferenciadas,
cada uma com sua
aplicação específica.

Figura 48: Tipos de blocos de gesso


Fonte: Barbosa (2011)

2.2.2 Blocos de gesso


Tipos
• Blocos brancos: são blocos standard ou blocos simples. Devem
ser utilizados em substituição aos materiais convencionais,
como blocos de cimento ou blocos cerâmicos, na construção de
paredes internas não portantes como: divisórias de quartos,
salas, escritórios e espaços semelhantes.

• Blocos verdes: são blocos de gesso especiais, com aditivos e


fibras de vidro, conhecidos pela sigla GRG (Glass Reinforced
Gypsum), e que devem ser utilizados em substituição a
elementos de alvenaria convencionais, em ambientes onde
ocorrem aglomerações de pessoas (cinemas, lanchonetes,
boliches, corredores, hospitais, lojas, etc.) ou quando for
necessária que a parede apresente maior resistência à
colocação de cargas suspensas como armários, etc.

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2.2.2 Blocos de gesso
• Blocos azuis: são blocos de gesso especiais e aditivos
hidrofugantes, conhecidos como HIDRO, que devem ser
utilizados para a construção de paredes internas em áreas
molhadas (cozinhas, lavabos, áreas de serviço, banheiros,
copas, etc.) ou na execução das primeiras fiadas de paredes
construídas em áreas normais, mas sujeitas a lavagens
periódicas como antesalas de consultórios, áreas comuns de
condomínios, corredores, etc.

• Blocos rosas: são blocos de gesso especiais, com fibra de vidro


e aditivos hidrofugantes, conhecidos como GRGH, que devem
ser utilizados para construção de paredes internas em áreas
que necessitam de desempenho especial, somando as
características dos blocos reforçados com fibras de vidro GRG,
as dos blocos hidrófugos (a exemplo de banheiros de cinemas,
shopping centers, áreas de serviços de hospitais, etc.)

2.2.2 Blocos de gesso

Figura 49: Parede em blocos de gesso reforçados

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2.2.2 Blocos de gesso

Figura 50: Características dos blocos de gesso

2.2.2 Blocos de gesso


Tabela 1: Blocos de gesso – dados técnicos

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2.2.2 Blocos de gesso
Blocos de gesso x blocos cerâmicos
• A utilização de alvenaria em blocos de gesso em
substituição às tradicionais alvenarias em blocos
cerâmicos ou de concreto se constitui em uma alternativa
viável na vedação vertical de edifícios.

• Do ponto de vista do comportamento estrutural, as


vedações em alvenaria em blocos de gesso mostram
resistência e rigidez superior que as construídas com
blocos cerâmicos argamassados, correspondendo a um
melhor comportamento no travamento as movimentações
horizontais da estrutura.

2.2.2 Blocos de gesso

• Além disso, por serem mais leves sobrecarregam menos a


estrutura conduzindo a uma economia em torno de 30%
no concreto da fundação e 15% das armaduras da
superestrutura.

• Do ponto de vista da sustentabilidade a adoção de


alvenarias de blocos de gesso conduzem a uma redução
em torno de 16% na energia interna incorporada dos
materiais utilizados na estrutura, 63% da energia elétrica
utilizada na mistura e transporte interno dos materiais e
mais de 53% na água utilizada na construção dessas
divisórias em relação as construídas com blocos cerâmicos
argamassados.

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2.2.2 Blocos de gesso

Tabela 2: Produtividade nas atividades das alvenarias internas da obra de um edifício residencial em Recife

2.2.2 Blocos de gesso

Tabela 3: Custos unitários de execução dos sistemas na obra de um edifício residencial em Recife

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2.2.2 Blocos de gesso
Blocão de gesso
• A Universidade Federal da Paraíba desenvolveu proposta
modular à base de blocos de gesso visando às habitações
de interesse social. Trata-se de um sistema racionalizado
que busca reduzir o desperdício de materiais, racionalizar
a mão-de-obra, os tempos de execução e,
conseqüentemente, os custos finais da construção.

• O sistema proposto é composto por três tipos de blocos


de encaixe, sendo um de canto. A peça principal possui
características de um painel, com 90 centímetros de
altura. As dimensões dos blocos e do sistema, bem como
do projeto, são múltiplos inteiros de 10 centímetros –
unidade básica da coordenação modular no Brasil.

2.2.2 Blocos de gesso

• A sistemática também permite que com apenas três fiadas


assentadas seja alcançada a altura piso-teto equivalente a
2,90 metros, o que torna possível prolongar o beiral para
abrigar as paredes da chuva. Proteger os blocos da água é
um dos desafios enfrentados pelo projeto, já que o gesso
tem características de solubilidade.

• Estudos estão sendo feitos no sentido de intervir na matriz


de gesso para aumentar sua resistência em relação à água.
Em outros países, resinas são usadas para manter a
integridade do bloco de gesso em relação à água.

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2.2.2 Blocos de gesso

• Os blocos possuem uma superfície texturizada e outra lisa.


A face com a textura é obtida com linhas horizontais
eqüidistantes 10cm e uma linha vertical central. Esta face
é a que deve ser voltada para o exterior da edificação.

• As linhas possuem a função de guia para auxiliar e orientar


o corte do bloco sem que haja desperdício de material,
quando houver a necessidade de originar sub-blocos. Esta
estratégia permite que a improvisação da obra seja
tratada como um mecanismo de construção.

2.2.2 Blocos de gesso


• A superfície texturizada também possui fins
decorativos. O desenho geométrico sugere
uma impressão de tijolos aparentes,
atribuindo valor estético ao material e à
moradia.
• A técnica texturizada dá
boa aparência aos blocos
e busca vencer
preconceitos relacionados
à habitação de interesse
social, como a baixa ou
nenhuma preocupação
estética.
Figura 51: Blocão de gesso – peça principal e peça de canto

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2.3 Forro de gesso

• O forro de gesso, além de decorar o ambiente, pode


resolver os problemas de vigas aparentes e rebaixamentos
de um modo geral. Suas características de resistência ao
fogo, melhor isolamento termoacústico, economia e
rapidez na instalação, fazem com que o forro de gesso seja
superior aos demais.

• Com gesso reforçado com fibras naturais (principalmente


celulose) ou fibras de vidro, são produzidas placas com
elevadas resistências mecânicas, para fins estruturais ou
para vencer grandes vãos (até 3m).

2.3 Forro de gesso

Vantagens

• resistência ao fogo;
• isolamento termoacústico;
• economia;
• rapidez na instalação;
• menor peso;
• maior flexibilidade.

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2.3 Forro de gesso

Em placas

• As placas de gesso em geral medem aproximadamente


0,65cm x 0,65cm e pesam cerca de 5,5kg. Para sua
fabricação, a pasta de gesso é derramada sobre uma
fôrma deixando até chegar o tempo de pega, depois se
retira a placa e coloca para secar. Já para a instalação, a
fixação com arames de placas de gesso artesanal, ou
placas moldadas, é a mais empregada tanto em
construções de alto padrão quanto em casas populares.

2.3 Forro de gesso

Figura 52: Armazenamento de placas de gesso

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2.3 Forro de gesso
Instalação do forro em placas

• A instalação de um forro de placas de gesso comum começa


com a inserção no teto de pinos de aço colocados a cada 60cm
no máximo (tamanho normal da placa), colocados com um
revólver especial. Um arame de aço ou cobre passa por um furo
existente no pino e é preso na placa em um furo feito na
própria obra, torcendo-o bem para amarrar a peça. Uma massa
feita de pó de gesso, água e estopa é colocada junto à parede
para reforçar a fixação. A moldura é fixada do mesmo jeito. As
placas, com encaixes macho-e-fêmea nas laterais, recebem a
mesma massa para acabamento nos rejuntes, após a retirada
dos restos de fios com alicate.

2.3 Forro de gesso

Figura 53: Forro de gesso em placas com tabica e cortineiro

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2.3 Forro de gesso

Figura 54: Forro de gesso em placas com tabica

2.3 Forro de gesso

Figura 55: Forro de gesso em placas com tabica, iluminação embutida e chuveiro de teto

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2.3 Forro de gesso

Figura 56: Forro de gesso em placas com tabica,


iluminação embutida e chuveiro de teto

2.3 Forro de gesso

Em gesso acartonado ou drywall

• É importante saber que para obter um melhor isolamento


acústico deve ser utilizado lã de vidro entre os espaços
vazios que ficam entre o forro de gesso e a laje. Para
grandes vãos o sistema indicado é o forro acartonado.

• A diferença está no método de colocação e encaixe da


placa de gesso. Esse sistema é propício para instalação de
luminárias e difusores.

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2.3 Forro de gesso

Fixação do forro de drywall:

• as placas de gesso são parafusadas


numa estrutura metálica leve e o
forro fica suspenso por tirantes sob
a laje ou presos na estrutura do
telhado;

• os movimentos normais da
Figura 57: Fixação do forro drywall construção são absorvidos pelo
sistema, o que evita trincas ou
fissuras.

2.3 Forro de gesso

Figura 58: Forro de gesso acartonado FGE

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2.3 Forro de gesso

Figura 59: Forros de gesso acartonado fixo FGA e removível FGR

2.3 Forro de gesso


Cargas no forro de drywall
Para fixar objetos no forro, observar as cargas:

• até 3kg: buchas específicas diretamente na placa;

• de 3 a 10kg: as cargas devem ser fixadas na estrutura do forro;

• acima de 10kg: são presas na laje ou na estrutura do telhado;

• Varal de roupas: fixo em vários pontos, o ideal é distribuir o


peso pelos perfis metálicos.

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2.3 Forro de gesso

DRYWALL: recortes e curvas:


• fáceis de moldar ou
recortar, as placas de
drywall permitem criar
desenhos geométricos não
só no forro, a exemplo
desta sala de estar, como
também nas paredes;
• as áreas recortadas
receberam a iluminação
embutida, incrementando
os desenhos
luminotécnicos no
ambiente.
Figura 60: Forro em drywall com recortes e curvas

2.3 Forro de gesso

Figura 61: Forro em drywall com projetor embutido

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2.3 Forro de gesso

Figura 62: Reforma de escritório: fotos antes e depois da execução de forro e parede de gesso acartonado

2.3 Forro de gesso

Figura 63: Forro em drywall com rebaixo em ambiente residencial

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2.3 Forro de gesso

Figura 64: Forro e nicho iluminado de gesso acartonado sobre bancada

2.3 Forro de gesso

Figura 65: Forro e nicho iluminado de gesso acartonado sobre bancada

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2.3 Forro de gesso

Figura 66: Forro periférico em drywall e laje central (note-se iluminação de sobrepor)

2.3 Forro de gesso

Figura 67: Forro de gesso acartonado com rebaixo sobre mesa de jantar

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2.3 Forro de gesso

Figura 68: Forro de gesso acartonado com tabeira e rebaixo

2.3 Forro de gesso

Gyprex

• Forro removível composto por placas de gesso


acartonado, revestidas a quente, com película rígida de
PVC na face aparente. Ideal para ambientes que
necessitam da praticidade na limpeza/manutenção e
acesso às instalações. É montado com perfis “T” em aço
ou alumínio, facilitando a aplicação e remoção, pois não se
utilizam presilhas. Sua montagem é rápida, mantendo a
obra limpa e seca. Tem ótimo isolamento termoacústico e
resistência ao fogo.

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2.3 Forro de gesso

Figura 69: Placa para forro Gyprex

2.3 Forro de gesso

Figura 70: Ambiente hospitalar com forro Gyprex

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2.3 Forro de gesso

Figura 71: Ambiente comercial com forro Gyprex

2.3 Forro de gesso

Gyptone

• Os forros removíveis Gyptone em gesso acartonado


atendem às mais atuais tendências do mercado com
possibilidades de superfícies lisas e perfuradas. O
acabamento na superfície aparente é em pintura vinílica à
base de látex. A face externa recebe um feltro acústico.
Além dos aspectos estéticos, a linha de produtos
apresenta excelente performance para correção acústica e
alta resistência ao fogo. Atendem aos mais rigorosos
padrões de qualidade e são testados conforme as normas
européias.

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2.3 Forro de gesso

Figura 72: Detalhe de forro Gyptone

2.3 Forro de gesso

Figura 73: Ambiente com forro Gyptone

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2.3 Forro de gesso

Figura 74: Ambiente com parede e forro Gyptone

2.3 Forro de gesso

Figura 75: Ambiente com forro Gyptone ebanizado

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2.3 Forro de gesso

Casoprano

• Os forros removíveis Casoprano atendem às mais atuais


tendências do mercado com possibilidades de superfícies
lisas, perfuradas ou fissuradas e texturizadas. O uso de
gesso acartonado permite que os contornos tenham um
design preciso e o acabamento em pintura vinílica à base
de látex garante uma superfície altamente reflexiva. Além
dos aspectos estéticos, os produtos apresentam excelente
performance acústica, elevada refletância luminosa, alta
resistência ao fogo e à umidade.

2.3 Forro de gesso

Figura 76: Placas para forro Casoprano

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2.3 Forro de gesso

Figura 77: Escritório com forro Casoprano

2.3 Forro de gesso

Figura 78: Escritório com forro Casoprano

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2.3 Forro de gesso

Figura 79: Detalhe de forro removível Casoprano

2.3 Forro de gesso

Placostil

• Forro monolítico constituído de uma estrutura de aço


galvanizado revestido de gesso acartonado pendurados
por tirantes rígidos reguláveis e fixados na cobertura. O
forro pode ser executado reto ou curvo, pois as juntas não
são aparentes formando uma superfície monolítica que
não trinca e/ou ondula. São ideais para grandes áreas. Sua
montagem é rápida, mantendo a obra limpa e seca. Tem
ótimo isolamento termoacústico e resistência ao fogo.

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2.3 Forro de gesso

Figura 80: Forro Placostil removível

2.3 Forro de gesso

Figura 81: Ambiente comercial com forro Placostil fixo

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2.3 Forro de gesso

Figura 82: Ambiente comercial com forro Placostil fixo

2.3 Forro de gesso

Figura 83: Ambiente comercial com forro Placostil fixo

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2.3 Forro de gesso

Figura 84: Recepção com forro Placostil fixo

2.3 Forro de gesso

Figura 85: Recepção com forro Placostil

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores
• O uso do gesso na arquitetura de interiores poderá ter até duas
funções, a decorativa com molduras, frisos, florões, sancas,
cimalhas, iluminação embutida, revestimentos de colunas,
frentes de lareira, captéis, além de perfis e bordas de janelas e
portas e rebaixamento de teto, aí não só pela sua função
estética, mas também, muitas vezes, pela necessidade de se
esconder uma tubulação hidrosanitária aparente no teto.

• Já existem no mercado opções de modelos prontos ou peças


feitas sob encomenda para o espaço e no estilo solicitado.
Neste caso, com moldes desenvolvidos especificamente, o
preço também é diferenciado. E vale a pena saber também que
o gesso, por sua maleabilidade, é material ideal para trabalhos
meticulosos de restauração de peças antigas.

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 86: Forro de gesso com detalhes decorativos

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 87: Forro de gesso com sanca iluminada

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 88: Sancas iluminadas em forro de gesso ebanizado

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 89: Nichos na alvenaria em gesso e forro de gesso rebaixado

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 90: Composição decorativa com forro de gesso

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 91: Decoração com elementos em gesso

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 92: Nichos em gesso acartonado na cabeceira da cama

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 93: Nichos verticais em gesso acartonado com iluminação embutida

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 94: Forro com rebaixo em gesso acartonado

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 95: Ambiente com forro e moldura em gesso

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 96: Sanca iluminada no forro de gesso

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 97: Sanca iluminada no forro de gesso

2.4 Uso do gesso na arquitetura


de interiores

Figura 98: Sanca iluminada no forro de gesso

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2.4 Uso do gesso na arquitetura
de interiores

Figura 99: Sanca iluminada no forro de gesso

3 Fibrogesso

• É crescente o uso do gesso reforçado com fibras na


construção. A finalidade deste reforço é o de melhorar as
propriedades, basicamente as mecânicas de dihidrato que
é um material frágil, isto é, sofre ruptura sem,
previamente, ter deformações plásticas significativas.

• A maior utilidade das fibras é no comportamento do


fibrogesso após a sua fratura ter se iniciado. A ductilidade
pós-fratura que as fibras conferem ao material é o fator
que destaca o composto em relação ao material sem
fibras.

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3 Fibrogesso

• O pH neutro da pasta de gesso permite que o mesmo seja


reforçado com fibras de vidro como, tipo E, de preço mais
baixo dentre as fibras de vidro, e são as únicas produzidas
no Brasil.

• Um processo de produção mais simples do fibrogesso com


fibras de vidro foi desenvolvido, permitindo a produção de
painéis divisórias vazadas, de 8cm de espessura e massa
superficial de 64 kg/m2 . O desempenho deste tipo de
painel é satisfatório e tem custos compatíveis com a
alvenaria de blocos quando computadas as despesas de
revestimento, limpeza de entulho e demora dos serviços.

3 Fibrogesso

• Um outro ponto a destacar é que o gesso vidro é um


material de construção civil mais confiável que o gesso
comum, em climas úmidos, porque a resistência mecânica
da junta fibra-matriz é menos afetada pelo meio úmido do
que a resistência da matriz.

• Da mesma forma que as fibras de vidro, o reforço com as


fibras plásticas, como as de polipropileno, poliacrilonítrilo
(acrílico) e polietilentereftalato (poliéster) tem
apresentado resultados satisfatórios. Com adições de
fibras superiores a 2% é possível alterar o comportamento
frágil da matriz para um compósito com ductilidade.

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3 Fibrogesso
• No fibrogesso, o preço das fibras sintéticas é part
considerável do custo final da produção.

• No caso brasileiro, em se tratando de produção simples


realizada pela própria construtora, o gasto com fibras
pode representar valores tão elevados como um quarto
do custo total dos componentes, incluindo mão-de-obra e
depreciação dos equipamentos.

• Por essa razão, outras fibras, notadamente os vegetais


estão sendo experimentados para o reforço do dihidrato.

3 Fibrogesso
• Resultados satisfatórios foram obtidos com o reforço de
papel imprensa desagregado, que é uma fonte barata de
fibras vegetais.

• Fibrogesso com 6% de papel desagregado e massa unitária


de 1177kg/m3 apresentou resistência à tração na flexão de
7.1 Mpa.

• Com maior teor de papel, 9%, e massa unitária de


1072kg/m3 chegou-se à resistência à tração na flexão de
até 8.3Mpa.

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4 Opções para fachadas
Existem dois tipos de materiais que podem ser usados em fachadas
em substituição ao gesso, que não pode ser molhado:

• EPS: poliestireno (isopor) revestido com poliéster resinado e


argamassa. Aceitam todos os tipos de acabamento: massa
raspada, pintura, textura, etc. São fáceis de aplicar, usa-se apenas
cimentcola flexível AC3 (da Quartzolit) e, como são leves,
facilitam muito a instalação.

• Molduras de cimento: os produtos de cimento são fabricados


com concreto pré-moldado e armação interna de ferro. São
aplicados com cola, bucha e parafuso. Também aceitam todos os
tipos de acabamento.

4.1 Molduras em EPS

Figura 100: Moldura em EPS para fachadas

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4.1 Molduras em EPS

Figura 101: Moldura em EPS para fachadas (loja Daslu)

4.1 Molduras em EPS

Figura 102: Moldura em EPS para fachadas (loja Daslu)

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4.1 Molduras em EPS

Figura 103: Moldura em EPS para fachadas

4.2 Molduras em cimento

Figura 104: Molduras em cimento para fachadas

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4.2 Molduras em cimento

Figura 105: Molduras em cimento para fachadas

5 Resíduos de gesso
• Qualquer produto à base de gesso ao final da instalação
apresentará, por mínimo que seja, resíduos inutilizáveis.
Todos os resíduos de gesso devem ser coletados e
armazenados em local específico durante a obra, e devem
ser separados de outros materiais como madeira, metais,
papéis, plástico, restos de alvenaria (tijolos, blocos,
argamassa) e lixo orgânico.

• Este cuidado representa a melhora da qualidade do resíduo,


que é fundamental para facilitar a reciclagem do material, e
consequentemente contribuirá para a redução do lixo.

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5 Resíduos de gesso

Reciclagem: o material limpo pode ser utilizado novamente


na cadeia produtiva, podendo ser reaproveitado:

• indústria cimenteira, para a qual o gesso é um ingrediente


útil e necessário, que atua como retardante de pega do
cimento;
• setor agrícola, no qual o gesso é utilizado como corretivo da
acidez do solo e na melhoria das características deste;
• indústria de transformação do gesso, que pode reincorporar
seus resíduos, em certa proporção, em seus processos de
produção (opção muito pouco utilizada, na prática).

5 Resíduos de gesso

Figura 106: Resíduos de gesso

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Considerações finais
• Conforme se observou, o gesso é uma material de diferentes usos e
possibilidades na construção civil mas, infelizmente, ainda não é tão
utilizado no Brasil como é na Europa e nos Estados Unidos, apesar
do baixo custo.

• Por outro lado, gera uma enorme quantidade de resíduos e a gestão


destes demanda atenção cada vez maior dos construtores, em razão
das exigências da legislação ambiental brasileira. E o transporte
ainda é caro, dificultando a destinação correta dos resíduos.

• Outro ponto a considerar é a informalidade de pequenas empresas


no polo gesseiro de Pernambuco, que explora os trabalhadores com
baixa remuneração e péssimas condições de trabalho. E muitas
placas de gesso utilizadas em São Paulo originam-se das mesmas.

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