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Muito tempo foi perdido debatendo definições inferiores tais como GARANTIA,

quando o foco da engenharia deveria ser VIDA ÚTIL, podemos deixar o


tema GARANTIA para os advogados.

Além da “perda de tempo”, hoje existe grande perda material, por parte de
alguns construtores que acreditaram que sua responsabilidade se resumia a
05 anos de garantia.
Apesar de desafiadora em
alguns aspectos a norma
trouxe luz em definições e
conceitos.

Ela gera clareza nas


relações comerciais, e parte
de premissas importantes
de “exigência dos usuários”
e “desempenho requerido”.
Vida Útil

Período estimado de tempo para qual o sistema é projetado, atendendo


nível de desempenho previsto, considerando a periodicidade e correta
execução dos processos de manutenção especificados no manual de
uso, operação e manutenção.
Vida Útil - segundo a NBR 15575

Período de tempo durante o qual o


edifício (ou seus sistemas) mantém
o desempenho esperado, quando
submetido às atividades de
manutenção predefinidas em
projeto.
Durabilidade - segundo a NBR
15575

Característica do edifício ou de seus


sistemas de desempenhar suas
funções ao longo do tempo e sob
condições de uso e manutenção
especificadas, até um estado limite
de utilização.
Preventiva
Sensação de
Estanqueidade Higiene/salubridade
segurança

Impacto ambiental Manutenibilidade Economia

Conforto Durabilidade Segurança


Se existe restrição a pressão utilizada no lava jato do reservatório,
deve constar em manual;

Se existe restrição a pH de material de limpeza, deve constar;

Se é importante aplicar nova demão com 1kg/ m² de argamassa


polimérica, deve constar;

Se é fundamental rever emendas, ou aplicação de asfalto em


mantas auto protegidas, deve ser indicado.
 Projetar e executar o
ponto de partida adequado
do sistema.
É de conhecimento que a
estrutura de concreto sofre
deterioração ao longo do tempo,
associado ao uso ou condições a
que a estrutura está submetida.
De acordo com a NBR
6118/14, deve-se considerar os
mecanismos de envelhecimento
das estruturas de concreto.
 O concreto é um material poroso e os fenômenos de deterioração
físico-química são normalmente associados à ação da água em
movimento;

 A grandeza desse ataque é proporcional à permeabilidade do concreto;

 No caso da ação química a água é o agente de transporte dos íons


agressivos.
Lixiviação: ação de águas puras,
carbônicas agressivas e ácidas que
dissolvem e carreiam os compostos
hidratados da pasta de cimento.
Observa-se nestes casos uma
superfície arenosa ou com agregados
expostos sem a pasta superficial, com
eflorescência de carbono, com elevada
retenção de fuligem e com probabilidade
de existência de fungos e bactérias.
(Helene,1997)
Expansão: ação de águas e solos que
contenham ou estejam contaminados
com sulfatos, originando reações
expansivas e deletérias com a pasta de
cimento hidratado. Apresenta uma
superfície com fissuras aleatórias,
esfoliação e redução significativa da
dureza e resistência superficial do
concreto. (Helene, 1997)
Despassivação por carbonatação: ação de gás carbônico da atmosfera que penetra
por difusão e reage com os hidróxidos alcalinos da solução dos poros do concreto,
reduzindo o pH desta solução.
A despassivação deletéria só ocorre de maneira significativa em ambientes de umidade
relativa abaixo de 98% e acima de 60%, ou ainda em ambientes sujeitos a ciclos de
molhagem e secagem. (Helene, 1997)
Despassivação por elevado teor de íon cloro: penetração do cloreto através de
processos de difusão, de impregnação ou de absorção capilar de águas contendo
teores de cloreto que ao superarem, na solução dos poros do concreto, um certo limite
em relação à concentração de hidroxilas, despassivam a superfície do aço e instalam a
corrosão.

 Relacionados às ações mecânicas: movimentações de origem térmica, impactos,


ações cíclicas (fadiga), deformação lenta (fluência), relaxação.
Logo, as estruturas devem ser projetadas
e construídas para resistir aos esforços
que agem sobre ela, bem como aos
agentes agressivos presentes no meio
ambiente.

A fim de evitar a penetração destes


agentes no concreto e consequentemente
aumentar a sua vida útil, são utilizados
sistemas de proteção.
Para que seja possível
definir uma proteção
adequada e eficiente
para a estrutura de
concreto é de suma
importância conhecer a
sua classificação.

Conforme a NBR
6118/13 os ambientes
podem ser classificados
conforme tabela
apresentada.
Para que as estruturas possam ter um bom desempenho ao longo do tempo é necessário
que as mesmas recebam proteção adequada ao uso a que foi destinada.
Portanto, para aumentar a durabilidade de uma estrutura de concreto é preciso realizar a
impermeabilização. De acordo com a EM 1504-9, as proteções podem ser realizadas da
seguinte forma:
Restringe a penetração da água líquida,
permitindo a liberação de seus vapores.
Não forma filme.

Temos como exemplos desse tipo de


material os Hidrofugantes.
Exigências de desempenho do Hidrofugante:
 Impermeabilização;
 Minimizar ou evitar a deposição de partículas;
 Acabamento estético adequado e agradável;
 Durabilidade do substrato;
 Resistência a fotodecomposição;
 Evitar formação de microorganismos;
 Possibilitar manutenção periódicas;
 Alterar o mínimo possível o substrato;
 Elevada penetração no substrato;
 Resistente à alcalinidade do substrato;
 Não possuir substâncias pegajosas que venham a permitir a aglutinação de pó e
sujeira.
Tipos de Hidrofugante – Metil siliconato de sódio:

 Diluídos em água ou álcool + água;


 Baixa penetração no substrato;
 Baixa resistência à alcalinidade do substrato;
 Pode ser lavado por ocorrência de chuva após sua aplicação;
 Necessita de substrato seco;
 Não resiste ao CO2;
 Pequena durabilidade.
Tipos de Hidrofugante – Resina de silicone:

 Diluídos em solventes orgânicos;


 Boa penetração no substrato;
 Resistente à alcalinidade do substrato;
 Pode ser lavado por ocorrência de chuva após sua aplicação;
 Necessita de substrato seco;
 Possui fase intermediária de reação gelatinosa, podendo aglutinar pó ou sujeira;
 Média durabilidade.
Tipos de Hidrofugante – Silanos:

 Diluídos em solventes orgânicos, água ou álcool;


 Ótima penetração no substrato;
 Resistente à alcalinidade do substrato;
 Não requer substrato perfeitamente seco;
 Elevada durabilidade.
Penetram na porosidade do substrato,
alterando as características de absorção
capilar, pela alteração do ângulo de
contato entre a parede do capilar e a
superfície da água, por alteração da
tensão capilar.
 De forma geral eles não alteram a aparência do substrato;

 Não são empregados como sistema de proteção contra agentes agressivos,


carbonatação, eflorescência, penetração de água sobre pressão ou lixiviação de sais
devido a umidade interna.
Restringe a penetração da água (<
porosidade) e aumenta a dureza
superficial. Forma filme não uniforme.

Temos como exemplos desse tipo de


material os Vernizes.
Características:
 Formam película sobre superfícies lisas;
 São empregadas como sistema de proteção contra água, agentes agressivos,
carbonatação, eflorescência, penetração de água sobre pressão;
 Alteram a aparência do substrato, deixando-o brilhante, acetinado ou fosco,
dependendo do tipo do verniz;
 Necessitam de superfície lisa, normalmente obtido no concreto através da execução de
um estucamento (regularização da superfície);
Requisitos:
 Elevada aderência ao substrato;
 Boa impermeabilidade à água, mesmo sob pressão;
 Resistente a vapores agressivos do meio ambiente;
 Resistente à alcalinidade do substrato;
Resistente a fotodecomposição dos raios ultravioletas do sol;
 Boa durabilidade;
 Manutenção simples e de baixo custo;
 Não possuir substâncias pegajosas que venham a permitir a aglutinação de pó ou
fuligem em suspensão;
 Resistente ao ataque de microorganismos;
 Resistente ao ataque químico quando aplicado em regiões de micro-clima agressivo.
Tipos de Vernizes – Acrílicos (base água ou solvente):
 Resinas termoplásticas, propriedade que permite a aderência de novas camadas, sem
a necessidade de artifícios como lixamento entre demãos;
 Resinas acrílicas puras (homopolímero), resistem bem à ação dos raios ultravioletas do
sol;
 Resinas acrílicas estirenadas (copolímeros), não resistem aos raios ultravioletas do sol,
pois sofrem craqueamento e amarelamento, sendo indicado somente para áreas internas;
 Base água, possui moléculas grandes e não penetram na porosidade do concreto,
selando sua porosidade;
 Base solvente, possui moléculas menores que os poros do concreto, penetrando no
concreto de forma desigual, causando seu escurecimento e manchas.
Restringe a penetração de água, cloretos
e gases. Forma filme uniforme.

Temos como exemplos desse tipo de


material os Poliuretano.
Poliuretano:
 Resinas termofixas, mono, que se polimerizam em contato com o meio ambiente ou bi-
componentes, que polimerizam através de um catalizador;
 Não permite a aderência de novas camadas, sem a necessidade de artifícios como
lixamento entre demãos;
 Resinas alifáticas, resistem bem à ação dos raios ultravioletas do sol;
 Resinas aromáticas, não resistem aos raios ultravioletas do sol, pois sofrem
craqueamento e amarelamento e ficam foscos, sendo indicado somente para áreas
internas;
 Muito resistente a agentes químicos;
 Indicados para locais de elevada agressividade química;
Tempo limitado na aplicação entre demãos;
Manutenção difícil, sendo necessário o lixamento e estucamento para nova aplicação
OBRIGADO

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