Você está na página 1de 9

Curso da Rede Nacional

de Certificadores

Seção 1 – Contextualização do Enem e da Rede


Nacional de Certificadores
2
1ª SEÇÃO

A Rede Nacional de Certificadores


A Rede Nacional de Certificadores (RNC) surgiu a partir da preocupação contínua em melhorar os diversos
exames e avaliações que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
realiza. Desde sua criação, em 2015, a rede já contou com mais de 30 mil certificadores e mais de um milhão
de observações que auxiliaram na revisão dos procedimentos de aplicação e, assim, tem contribuído para
assegurar grau máximo de eficácia e promover uma cultura de excelência.

A certificação consiste na observação e validação de atividades desenvolvidas pelas instituições aplicadoras


que são contratadas para selecionar locais de provas, realizar capacitações de equipes de colaboradores e
atuarem na aplicação do exame. Essas instituições devem obedecer às regras, procedimentos e requisitos
de qualidade estabelecidos pelo Inep.

Em 2017 a RNC passará a contar com a colaboração de professores das redes estaduais e municipais de
educação. A participação desses profissionais será imprescindível para que a rede consiga aumentar sua
capilaridade e superar 90% de cobertura dos locais de aplicação. Outra novidade é que a partir deste ano
todos os certificadores selecionados atuarão em jornadas de 12 horas. Essa mudança visa permitir que
todos os procedimentos de aplicação, da chegada ao retorno dos malotes de provas aos Correios, sejam
certificados e validados pelos colaboradores da rede.

Durante esse curso, você vai conhecer em detalhes o papel do certificador e a sua importância para o
sucesso da realização do Enem.

Vamos em frente!

Enem e Inep
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Inep é vinculado ao Ministério da Educação (MEC), e tem a missão de
promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional Brasileiro, assim como promover
a avaliação contínua do processo, mediante articulação permanente com especialistas em avaliação
educacional e instituições de educação superior.

O Enem é hoje um patrimônio da sociedade brasileira e tem o seu valor reconhecido pela comunidade
educacional. Todas as mudanças que o Enem ajudou a promover na educação brasileira só foram possíveis
porque o Inep, responsável pelo desenvolvimento e coordenação do exame, empenhou-se desde o início
em conquistar o apoio dos sistemas de ensino, das instituições de ensino superior e da comunidade de
especialistas e educadores.

E sempre é bom lembrar que, como instrumento educativo, o Enem precisa ser flexível para acompanhar
as mudanças; afinal, a educação é, por natureza, dinâmica e deve ser continuamente interrogada e
reinventada como projeto coletivo e prática social.
3
1ª SEÇÃO

A trajetória do Enem
Linha do tempo do Enem

1998 – O Enem foi criado em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao final da
educação básica. Na primeira edição, o exame contou com 115.000 participantes.

2004 – Em 2004, o Enem se popularizou em definitivo no país, quando passou a ser utilizado como um
dos critérios para a seleção dos alunos que concorrem às bolsas do Programa Universidade para Todos,
o Prouni. O Enem teve sua credibilidade evidenciada pelo aumento gradativo e constante do número de
instituições de ensino superior que realizaram a adesão a esse sistema. Naquele ano, o exame já havia
ultrapassado a marca de 1 milhão de participantes.

2009 – Em 2009, o Enem passou a ser utilizado como mecanismo de seleção para o ingresso no ensino
superior. Foram implementadas mudanças que contribuíram para a democratização das oportunidades
de acesso às vagas oferecidas por instituições federais de ensino superior, para a mobilidade acadêmica e
para induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio. O Enem 2009 contou com cerca de 2 milhões
e 500 mil participantes.

2016 – Em 2016, o número de inscrições no Enem superou 9 milhões. Com uma diversidade de utilização
dos seus resultados, o Enem segue como um instrumento consolidado no panorama educacional brasileiro.

2017 – O Ministério da Educação oficializou, em abril de 2017, a Portaria nº 468 com as mudanças sobre
o Enem 2017. Essa Portaria substituiu o texto da portaria nº 807, de 28 de maio de 2010. Dentre as novas
regras, destaca-se:

• Exclusão da certificação do ensino médio;

• Extinção dos resultados do exame por escola;

• Aplicação do exame em dois domingos consecutivos (não haverá, portanto, atendimento para
participantes sabatistas);

• Prova de Redação no primeiro domingo;

• Aplicação de Vídeo Prova em Libras;

• Provas personalizadas com nome e número de inscrição identificados na capa, que continuarão
sendo impressas com as quatro cores. Os Cartões Resposta virão encartados, ou seja, presos na
parte da frente do Caderno de Questões e, por esse motivo, não estarão no Envelope de Material
de Sala.
4
1ª SEÇÃO

Na mudança que se refere ao formato do Exame, o Ministério da educação realizou uma consulta
pública que culminou na alteração nos dias de aplicação do exame, que será realizado em dois
domingos consecutivos.
5
1ª SEÇÃO

Inscritos no Enem

Evolução das Inscrições Confirmadas por


Edição do Enem
10.000.000
8.722.290 8.627.260
7.746.443
7.173.585
6.731.203
5.791.066
5.366.948
4.996.532
5.000.000

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Brasil

GRÁFICO 1: Evolução do número de inscritos no Enem.


Fonte: INEP, 2017.

Participação

A participação no Exame é de caráter voluntário, podendo submeter-se a ele, mediante inscrição, diferentes
públicos, a saber:

• os concluintes do ensino médio no ano vigente e

• os egressos deste nível de ensino em qualquer de suas modalidades.

O público participante do Enem é formado, em sua maioria, por jovens adultos que veem no Exame a
oportunidade para a realização de um sonho.

Por isso, é fundamental que os participantes sintam-se acolhidos em um ambiente  tranquilo para a
realização de suas provas.
6
1ª SEÇÃO

O foco do Enem
O foco do Enem

O Enem difere, em muito, de outras avaliações, devido à sua abrangência e público-alvo. O Exame será
aplicado em 1.725 municípios, com realidades muito diversas, além de alcançar um altíssimo número de
participantes em todo o Brasil.

O foco do Exame não é a concorrência, mas a avaliação do desempenho de estudantes ao final do ensino
médio. No Enem não há candidatos disputando vagas, como em um concurso; há participantes que terão
seu desempenho considerado para o ingresso e a continuidade dos estudos no ensino superior.

Resultados do Enem

Em que os resultados do Enem são utilizados?

• Na constituição de parâmetros para autoavaliação do participante, com vistas à continuidade de


sua formação e a sua inserção no mundo do trabalho;

• Na criação de referência nacional para o aperfeiçoamento dos currículos do ensino médio;

• No desenvolvimento de estudos e indicadores sobre a educação brasileira;

• Na utilização como mecanismo único, alternativo ou complementar para acesso à educação


superior, especialmente a ofertada pelas instituições federais de educação superior;

• No acesso a programas governamentais de financiamento ou apoio ao estudante da educação


superior, como o Fies e o Prouni;

• Na utilização como instrumento de seleção nos diferentes setores do mercado de trabalho.

O Enem no ensino superior

As universidades possuem autonomia e poderão optar entre quatro possibilidades de utilização do Enem
em seus processos seletivos:

• Como fase única, com o sistema de seleção unificada, informatizado e on-line;

• Como primeira fase;

• Combinado com o vestibular da instituição;

• Como fase única para as vagas remanescentes do vestibular.


7
1ª SEÇÃO

O Enem nos programas do governo federal


O Enem nos programas do governo federal

O Enem também é utilizado para o acesso a programas oferecidos pelo governo federal, tais como Sisu,
Prouni, Pronatec, Instituições Portuguesas e Fies.

SISU – SISTEMA DE SELEÇÃO UNIFICADA

O Sistema de Seleção Unificada é o sistema informatizado, gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC),
no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem).

Como funciona o Sisu?

Ao efetuar sua inscrição, o candidato deve escolher, por ordem de preferência, até duas opções entre
as vagas ofertadas pelas instituições participantes do Sisu. O candidato também deve definir se deseja
concorrer às vagas de ampla concorrência, às vagas reservadas de acordo com a Lei nº 12.711/2012 (Lei
de Cotas) ou às vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições.

Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos mais bem classificados
em cada curso, de acordo com suas notas no Enem e eventuais ponderações (pesos atribuídos às notas
ou bônus). Serão considerados selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de
vagas ofertadas pelo Sisu em cada curso, por modalidade de concorrência.

PROUNI – PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS

É um programa do Ministério da Educação, criado pelo governo federal em 2004, que concede bolsas de
estudo integrais e parciais (50%) em instituições privadas de ensino superior, em cursos de graduação e
sequenciais de formação específica, a estudantes brasileiros sem diploma de nível superior.

Podem participar:

• Estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de


bolsistas integrais da própria escola.

• Estudantes com deficiência.

• Professores da rede pública de ensino, no efetivo exercício do magistério da educação básica,


integrantes de quadro de pessoal permanente de instituição pública. Nesse caso, não é necessário
comprovar renda.

Para concorrer às bolsas integrais, o candidato deve comprovar renda familiar bruta mensal, por pessoa,
de até um salário mínimo e meio. Para as bolsas parciais (50%), a renda familiar bruta mensal deve ser de
até três salários mínimos por pessoa.
8
1ª SEÇÃO

Para se inscrever no Programa Universidade para Todos (Prouni) do 2º/2017, é preciso ter participado
do Enem de 2016 e ter obtido no mínimo 450 pontos na média das notas do Exame. É preciso, ainda, ter
obtido nota na redação que não seja zero.

Para efetuar a inscrição no Prouni do 2º/2017, o candidato deve informar o número de inscrição no Enem
2016 e a senha mais atual cadastrada no Enem.

PRONATEC – PROGRAMA NACIONAL DE ACESSO AO ENSINO TÉCNICO E EMPREGO

Criado pelo governo federal, em 2011, por meio da Lei 12.513/2011, com o objetivo de expandir, interiorizar
e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, o Pronatec busca
ampliar as oportunidades educacionais e de formação profissional qualificada aos jovens, trabalhadores e
beneficiários de programas de transferência de renda.

INSTITUIÇÕES PORTUGUESAS

São as seguintes as instituições de ensino superior portuguesas que mantêm acordos de cooperação com
o MEC com o objetivo de receber estudantes brasileiros de acordo com os resultados do Enem:

1. Universidade de Coimbra;
2. Universidade de Algarve;
3. Instituto Politécnico de Leiria;
4. Instituto Politécnico de Beja;
5. Instituto Politécnico do Porto;
6. Instituto Politécnico de Portalegre;
7. Instituto Politécnico do Cávado e do Ave;
8. Instituto Politécnico de Coimbra;
9. Universidade de Aveiro;
10. Instituto Politécnico de Guarda;
11. Universidade de Lisboa;
12. Universidade do Porto;
13. Universidade da Madeira;
14. Instituto Politécnico de Viseu;
15. Instituto Politécnico de Santarém;
16. Universidade dos Açores;
17. Universidade da Beira Interior;
18. Universidade do Minho;
19. Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário.
9
1ª SEÇÃO

FIES – FUNDO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação (MEC) destinado à


concessão de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores presenciais
não gratuitos e com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC.

Podem solicitar o financiamento os estudantes de cursos presenciais de graduação não gratuitos


com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), oferecidos
por instituições de ensino superior participantes do Programa, e que atendam as demais exigências
estabelecidas nas normas do Fies para essa finalidade.

Os estudantes que concluíram o ensino médio a partir do ano letivo de 2010 e queiram solicitar o Fies
deverão ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 ou ano posterior.

Os estudantes que por ocasião da inscrição ao Fies informarem data de conclusão do ensino médio anterior
ao ano de 2010, deverão comprovar essa condição perante CPSA, apresentando diploma, certificado ou
documento equivalente de conclusão do ensino médio expedido pela instituição de ensino competente.

O Inep com você


Agora que você já sabe a enorme relevância do Enem para a sociedade brasileira, pode imaginar o quão
importante é o seu trabalho, não é mesmo? Você, certificador envolvido na aplicação do Enem, tem muitos
motivos para estar orgulhoso. Em sua atuação, você irá contribuir para que a aplicação do Enem ocorra de
forma segura e sigilosa. O Inep confia no seu trabalho, disponibiliza os materiais que você precisa consultar
e portar, e incentiva que você tenha uma atuação compromissada. O sucesso do Enem também depende
de você!

Você também pode gostar