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ANÁLISE E SIMULAÇÃO EM
COLABORAÇÃO AO DIAGNÓSTICO E
PREVENÇÃO DE PANES NOS
SUBSISTEMAS DE ENERGIA DOS
SÍTIOS DE REPETIÇÃO (ANTENAS DE
COMUNICAÇÃO EMERGENCIAL) DA
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Marcio Campos
marcamposbr@gmail.com
Rafaela Vilela da Rocha
rafaela.vilela@gmail.com
Emerson Farias
1500170@aluno.univesp.br
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de sítios pode ser árduo e parcialmente realizado, o que acarreta investimento na utilização de
conceitos, ferramentas e definições necessárias à qualidade do controle do monitoramento
executado pelas equipes técnicas. Assim, faz-se necessário pesquisar soluções baseadas em
modelagem e simulação de modo a otimizar os sistemas de energia dos sítios de repetição, por
meio do uso de sensores e placas arduino.
2. Fundamentação Teórica
Na revisão da literatura foram pesquisados conceitos importantes para a elaboração do
projeto. Embora a simulação seja protagonista neste projeto, a multidisciplinaridade do tema
implicou em fortes diálogos científicos com áreas complementares em apoio à principal,
dentre essas áreas: engenharia de métodos, gerenciamento de projetos e gestão de custos .
Um sítio de repetição é um sistema constituído por antenas repetidoras de sinal,
computadores para transmissão da comunicação e subsistemas de energia que utilizam uma
fonte primária (concessionária local), fonte secundária (bancos de baterias) e outra fonte
secundária (geradores), sendo que os elementos são:
a) Concessionária local: empresa que fornece energia elétrica, corrente alternada de
baixa tensão, em uma determinada região;
b) Banco de Baterias da Repetidoras: banco de baterias instalados diretamente no
retificador de energia (transforma corrente alternada em corrente contínua) integrado à
repetidora (que utiliza +ou- 24V de corrente contínua), chamado de fonte da repetidora. O
banco é instalado diretamente nessa fonte, em flutuação, para suprir a demanda na ausência de
uma fonte externa, para que não haja interrupção no seu funcionamento;
c) Banco de Baterias do Retificador: banco de baterias interligado, também em
flutuação, para ser utilizado como fonte de energia quando há uma interrupção da fonte
primária. Este banco alimenta os equipamentos que utilizam corrente contínua mas não
possuem retificador integrado, principalmente rádio de enlace (responsável por efetuar toda a
transmissão de dados e comunicação entre os sites);
d) Banco de Baterias de Nobreak: nobreaks que são fontes de corrente alternada, que
alimentam principalmente equipamentos de rede (switches, modems, entre outros);
e) Grupo Motor Gerador (GMg): gerador, acionado por motor de combustão,
alimentado por combustível (nesse caso, óleo diesel). É uma segunda fonte principal e sempre
que falta energia da concessionária este será responsável em gerar a energia para todos esses
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subsistemas, que durante 15 a 30 segundos ficarão apenas por suas baterias, pois é o tempo
necessário para o GMG entrar em funcionamento;
f) Além disso, há rádios digitais, uma repetidora, equipamentos de rede de
computadores (switches, routers, modems etc.), sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas, sistema de ventilação forçada (ar-condicionado) entre outros.
Etapa Conceito
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acordo com os parâmetros coletados.
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O gerenciamento de projetos visa controlar o tempo necessário para execução das
atividades a serem realizadas (início e término) de modo que estas permaneçam dentro do
cronograma estabelecido; gerir os custos de cada uma das etapas para que estes não
ultrapassem o orçamento definido; a qualidade das tarefas executadas em cada fase do
processo com intuito de minimizar os erros ou custos adicionais; o escopo do projeto para
obtenção do resultado final, conforme esperado e planejado; e, os ricos que por ventura
possam atrapalhar o andamento das atividades ou afetar o orçamento e prazo final de entrega
do mesmo (REIS, 2013).
Dessa forma, para o desenvolvimento de um projeto de pesquisa também é necessário
o gerenciamento do tempo, custos, escopo e recursos envolvidos; visando o cumprimento de
prazos e orçamento, além de atingir os resultados esperados.
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investimento governamental para realização de suas atividades, porém, foi realizada a
elaboração de um projeto com o mínimo custo viável, que atenda as necessidades acerca do
monitoramento dos sítios de repetição de forma que estes não cessem suas comunicações. É
importante salientar que este projeto será tratado como prova de conceito e futuramente pode
ser um projeto oficial da Instituição.
O custo inicial para a implementação do modelo proposto por este projeto para um
sítio de repetição é de R$ 514,30; conforme o Quadro 2 com os itens necessários a construção
do mesmo, incluindo o custo com um módulo shield GSM/3G para envio das informações a
um servidor no N.O.C.
Total R$ 514,30
Atualmente a Polícia Militar do Estado de São Paulo conta com 51 sítios de repetição
na região metropolitana que os auxiliam em suas comunicações. Dessa forma, o custo total
será de R$ 26.229,30.
3. Metodologia
O Método de Pesquisa Científica utilizado no processo de desenvolvimento do
protótipo se baseia no Design Thinking - escuta e validação com os usuários por meio de
entrevistas e Mapa Mental para mapeamento dos resultados (IRDG, 2014).
As fases do Design Thinking são (IRDG, 2014):
a) Compreender/observar (aprender sobre a audiência para quem você está projetando,
por meio de observação e entrevistas; e entender seu real e maior problema),
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b) Definir (construir um ponto de vista que é baseado nos anseios, desejos e
necessidades dos usuários),
c) Idealizar (realizar um brainstorm e idealizar soluções criativas),
d) Prototipar (construir a representação de uma ou mais das ideias criadas) e
e) Testar (testar e avaliar o protótipo criado), conforme Figura 1.
TOTAL
(G) (U) (T) (F) TOTAL GUT
PROBLEMAS GUTF
Falha no diagnóstico inicial 5 5 5 3 125 375
Falhas nos rádios digitais 5 5 5 3 125 375
Falhas na repetidora 5 5 5 2 125 250
Falha/ausência do alarme de corrente (AC/DC) 4 4 3 5 48 240
Problemas no SPDA (Sistemas de proteção contra
5 4 4 3 80
descargas atmosféricas) 240
Falta de combustível no GMG 5 5 4 2 100 200
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Fonte: elaborada pelos autores (2018)
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dos problemas e exiba um alarme na tela do técnico do monitoramento. Entretanto, essa
parceria pode demorar algum tempo para acontecer. Sendo assim, a segunda solução é a mais
viável, que é a automação do monitoramento por sensores e placa arduino, e envio das
informações para um sistema de alarme na tela do técnico do monitoramento. Entretanto, é
necessário criar diferentes pontos de coleta de dados; e a solução mais viável é modelar e
simular esses cenários, para depois, de fato, implementá-los no ambiente real.
3.4. Prototipação
Um dos principais objetivos deste projeto é propor, modelar e simular um sistema de
simulação de pane que possibilite a identificação das causas por meio de sensores. Dentre as
principais panes, está a falta de alarme de energia AC/DC, para isso, foi proposto modelo
conceitual que compreende um conjunto de sensores que visam coletar os dados acerca da
corrente elétrica em cada ponto que está sendo feito o sensoriamento, para diagnósticos de
panes.
A solução idealizada é incluir um sensor em cada fonte de fornecimento de energia
(dependendo do tipo de corrente: corrente contínua - CC ou corrente alternada - CA) e coletar
e enviar os dados à um software de monitoramento e diagnóstico que estará no computador do
colaborador do N.O.C. Desta forma, o sistema de detecção terá pelo menos 3 sensores de
corrente alternada e dois sensores de corrente contínua (se o sítio tiver apenas dois bancos de
baterias), conforme ilustrado na Figura 2.
3.5. Testes
Para simular e testar o modelo proposto, foi criado um modelo 3D usando o software
Simulink, conforme apresentado na Figura 3. Os bancos de baterias e equipamentos de rede
ficam em uma casinha, mas foram colocados a céu aberto para facilitar a visualização no
modelo 3D. Objetos 3D foram pesquisados e reusados do repositório gratuito:
https://3dwarehouse.sketchup.com.
No modelo da Figura 4 é possível ver os principais equipamentos dos subsistemas de
energia elétrica e os pontos onde devem ser incluídos os sensores (SCA - sensor de corrente
alternada e SCC - sensor de corrente contínua):
a) fonte primária: torre de energia elétrica da concessionária local;
b) fonte secundária: bancos de baterias de nobreak e da repetidora; e
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c) outra fonte secundária: grupo motor gerador;
d) entre outros equipamentos: contadora, torre da repetidora e rádio de enlace, e rack
com equipamentos de rede.
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Figura 3. Modelo 3D dos subsistemas
4. Resultados
Este projeto abordou o tema simulação da produção voltado ao setor público. Foi
estabelecida uma parceria com a Polícia Militar do Estado de São Paulo no setor responsável
pela comunicação de emergência (N.O.C.), cujo acionamento é feito pelo telefone 190.
Por meio das técnicas do Design Thinking, foi possível mapear os desejos, anseios e
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necessidades do público alvo e perceber que um dos principais desafios era o diagnóstico
inicial de falhas que causam o interrompimento da comunicação entre as viaturas e os centros
de despacho de ocorrências.
No Quadro 6, é apresentada uma comparação entre o cenário atual e o modelo
proposto de controle e monitoramento de interrupção de energia elétrica nos subsistemas, por
meio de sensores de corrente contínua e corrente alternada.
Queda de energia elétrica pela acusa falta de energia acusa falta de energia no
concessionária e falha no falha no no sensor SCA1 sensor SCA1
funcionamento do GMG (por
exemplo, por falta de óleo diesel
depois de 2h)
Queda de energia elétrica pela não acusa falta de acusa falta de energia no
concessionária e acionamento do energia sensor SCA2 (data e hora)
gerador
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5. Discussão e Considerações Finais
A questão de pesquisa que motivou este trabalho foi a premissa de como monitorar a
falta de energia elétrica e suas causas em um sítio de repetição. Foram estudados os detalhes
referentes à energia nos sítios de forma a propor, modelar e simular um sistema de energia
que possibilite a identificação das causas de falta de energia, por meio de sensores e testar o
modelo comparando-o com situações reais.
Embora o ambiente seja de simulação, foi possível validar em ambiente de laboratório
a hipótese inicial. Com a ressalva de que um ambiente monitorado não contempla plenamente
as variáveis encontradas na realidade, houve interesse da Polícia Militar em oferecer uma
torre real com um índice considerável de eventos atinentes ao modelo desenvolvido neste
trabalho. Reuniões serão feitas para a devida continuidade visando aplicabilidade prática.
Em relação às consequências práticas que a pesquisa pode alcançar, é importante
destacar que haverá continuidade do projeto para instalação dos sensores em ambiente real
(sítio) para verificar sua atuação visando a possibilidade de uso futuro. Para tanto, haverá
reuniões com engenheiros elétricos e de telecomunicações da Polícia Militar para definir o
caderno de testes práticos e o relatório atinente à prova de conceito que será realizada.
6. Agradecimentos
A pesquisa exigiu minuciosa análise dos dados e só foi possível com a colaboração da
Polícia Militar do Estado de São Paulo que forneceu o mapeamento das situações de pane que
ocorrem no Estado de São Paulo. Também agradecemos aos professores da UNIVESP pela
orientação no projeto.
REFERÊNCIAS
ANELL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/. Acesso em:
17mai18.
CHWIF, L. MEDINA, A. C. Modelagem e Simulação de Eventos Discretos: Teoria e prática. 3. ed. São
Paulo: Leonardo Chiwf. 2010.
MOREIRA, B. Layout industrial: como melhorar a eficiência dos processos. Disponível em:
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http://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/blog/gestao-empresarial/layout-industrial-como-melhorar-eficiencia-processos
/. Acesso em: abr2018.
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