Faturização

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FATURIZAÇÃO

1 RELATÓRIO DA JURISPRUDÊNCIA

Recurso de apelação interposto pelo apelante NEW TRADE FOMENTO MERCANTIL


LDTA. Dirigido á r. decisão em (fl. 412-417) proferida pelo Dr. Marcelo lelo Amaro, juiz de
direito, que julgou improcedente o pedido de falência promovido em face do apelado
UITUKE & NAZATTO LTDA. ME.
Ao fundamentar a decisão, o juiz de direito descaracterizou o contrato de factoring, e que
de fato, o contrato tem características de contrato de mútuo, operação vedada a empresas
de fomento, privativa de instituição financeira.
A credora, defende a presença dos requisitos para o decreto de quebra, usando alguns
fundamentos, com esses fundamentos, requer a reforma da r. decisão (fl. 430-443).

2 ANALISE DOUTRINÁRIA DO TEXTO

O recurso foi negado, pois pelo entendimento do Dr. Marcelo Lelo amaro, o contrato não
tinha características de contrato de factoring e sim de contrato de mútuo, a credora em sua
defesa, apresenta os requisitos para o contrato de quebra, com os seguintes fundamentos:
(a) laudo contábil conclusivo acerca da inexistência de cobrança de juros abusivos e
deságio aquém dos valores praticados no mercado; (b) houve a antecipação de recursos,
mesmo a apelada não cumprindo sua parte, ou seja, “não emitiu as referidas duplicatas
necessárias ao adimplemento do contrato”; (c) não há que se falar em mútuo, mas sim,
antecipação de recursos para fomento à produção. Com relação aos sujeitos da relação
contratual, vale destacar o entendimento de FRAN MARTINS (2001 p. 476): O contrato de
faturização tem como elementos pessoais o faturizador (factor) e o vendedor, também
chamado aderente ou faturizado. A essas pessoas se junta uma terceira, que é o comprador
do vendedor, dando-se a essas os nomes de comprador, cliente ou devedor. O contrato de
faz entre o faturizador e o faturizado ou vendedor, sendo necessário o comprador apenas
porque são os créditos que o vendedor tem contra ele que vão ser cedidos ao faturizador.
Tanto faturizador como vendedor devem ser comerciantes.

REFERENCIA

MARTINS, Fran. Contratos e obrigações comerciais. 15 ed. Rio de Janeiro:

Forense, 2001, p. 476)

3 CONCLUSÃO

O grupo concordou com a decisão do tribunal de manter a improcedência do pedido


falimentar, pois as razões trazidas na defesa não elidiram o pedido falimentar, caso
efetivamente fosse reconhecida a natureza de contrato fomento mercantil e, portando, a
exigibilidade da cambial. No contrato de factoring os riscos pertencem ao fomentador, não
podendo terceiro ou empresa fomentada assumirem os riscos de prejuízos dos títulos
negociados como constou no contrato juntado nos autos. por isto, é concluso que a autora
do pedido falimentar não possui título executivo, o que culmina no afastamento do decreto
de falência.

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