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MATERIAL EXTRA
4 posições sobre o divórcio e novo
casamento
Resumidamente há quatro posições majoritárias sobre o assunto:
1. Divórcio, não, novo casamento, não
2. Divórcio, sim, novo casamento, não
3. Divórcio e novo casamento por adultério ou deserção
4. Divórcio e novo casamento sob várias circunstâncias
Leia abaixo uma breve apresentação de João Paulo Thomaz de Aquino no artigo 1 Coríntios 7.1011: divórcio
entre cristãos?:
1 Coríntios 7.1011: divórcio entre cristãos?
Em 1990, Wayne House editou o livro Divorce and Remarriage: Four Christians Views em que quatro
estudiosos defendem e debatem as seguintes posições: “Divórcio, não, novo casamento, não” (J. Carl Laney),
“Divórcio, sim, novo casamento, não” (William A. Heth), “Divórcio e novo casamento por adultério ou
deserção” (Thomas R. Edgar) e “Divórcio e novo casamento sob várias circunstâncias” (Larry Richards).
O primeiro estudioso, J. Carl Laney, expõe brevemente Gn 2.24; Dt 24; Ed 9; Ml 2; os ditos de Jesus sobre o
assunto (Mt 19.112; Mc 10.112; Mt 5.3132; Lc 16.18) e o ensino de Paulo, especialmente como aparece
em 1Coríntios 7, e chega à conclusão de que um novo casamento é sempre contrário à vontade de Deus.
Essa mesma posição é defendida por John Piper, que a resume nos seguintes pontos:
1. Lc 16.18 chama todo casamento ocorrido depois de divórcio de adultério. 2. Mc 10:1112 chama todo
novo casamento depois de divórcio de adultério, não importa se foi o esposo ou a esposa que ocasionou
o divórcio. 3. Mc 10.29 e Mt 19.38 ensinam que Jesus rejeitou a justificativa dos fariseus de divórcio a
partir de Dt 24.1 e reafirmou o propósito de Deus na criação de que nenhum homem separasse o que
Deus uniu. 4. Mt 5.32 não ensina que o novo casamento é legal em alguns casos. Em vez disso, reafirma
que o casamento depois do divórcio é adultério, mesmo para aqueles que foram inocentes no divórcio, e
que um homem que se divorcia de sua esposa é culpado de adultério pelo seu segundo casamento, a
menos que ela tenha se tornado adúltera antes do divórcio. 5. 1Co 7.1011 ensina que o divórcio é
errado, mas que se for inevitável, a pessoa que se divorcia não deve se casar novamente. 6. 1Co 7.39 e
Rm 7.13 ensinam que o novo casamento é legitimo somente em caso de morte de um cônjuge. 7. Mt
19.1012 ensina que uma graça cristã especial é dada por Deus aos discípulos de Cristo que
permanecem sozinhos ao renunciarem ao novo casamento de acordo com a lei de Cristo. 8. Dt 24.14
não legisla sobre bases para o divórcio, mas ensina que o relacionamento “umacarne” estabelecido pelo
casamento não é obliterado pelo divórcio ou mesmo pelo novo casamento. 9. 1Co 7.15 não significa que
quando um cristão é abandonado por um cônjuge descrente ele está livre para se casar novamente.
Significa que o cristão não é obrigado a lutar a fim de preservar a união. A separação é permitida se o
cônjuge não cristão insistir nela. 10. 1Co 7.2728 não ensina o direito da pessoa divorciada de se casar
novamente. Ele ensina que virgens prometidas em casamento deveriam considerar seriamente viver uma
vida como solteiras, mas não é pecado se se casarem. 11. A cláusula de exceção de Mt 19.9 não implica
que divórcio por causa de adultério dá liberdade a uma pessoa para se casar novamente. Todo o peso
da evidência do Novo Testamento nos dez pontos precedentes é contra essa visão, e há muitas formas
de interpretar bem esse verso de modo a não criar um conflito entre ele e o ensino mais amplo do Novo
Testamento sobre o fato de que o novo casamento depois de divórcio é proibido.
O assunto é tão complicado que a igreja de Piper chegou a uma conclusão diferente. Em artigo publicado
para servir como base de ensino e disciplina, a igreja afirma que reconhece a legitimidade do divórcio em
casos de deserção, adultério e abuso danoso; também afirma a liberdade do cônjuge lesado de se casar
novamente, não sendo esse o caso do cônjuge culpado. Essa é basicamente a mesma posição defendida por
Thomas R. Edgar, John Murray, Jay Adams e pela Confissão de Fé de Westminster.
Entre essas duas posições está aquela defendida por William A. Hetch no livro de House e mais desenvolvida
em livro escrito por ele junto com Gordon Wenham. Hetch defende que o divórcio é permitido na Bíblia em
casos de relações sexuais ilícitas e outras situações específicas, mas que um novo casamento não é
permitido em nenhum caso. Ou seja, existe concessão bíblica a respeito do divórcio, mas não a respeito do
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novo casamento. O interessante, entretanto, é que Hetch, em 2002, publicou artigo mudando para a posição
mais comum que permite um novo casamento depois de um divórcio lícito.
A última posição que o livro de House apresenta é defendida por Larry Richards.9 Ele dá atenção especial ao
contexto literário e demonstra que a Bíblia mostra divórcios por outros motivos que não o adultério, como no
caso relatado no livro de Esdras. Dessa forma, Richards chega aos seguintes princípios: (1) o casamento
intencionado por Deus é para toda a vida; (2) por causa da dureza do coração humano pecaminoso, às vezes
o divórcio é a melhor coisa que um casal pode fazer; (3) essa dureza de coração pode apresentarse de
diferentes formas, como abuso físico e mental, abuso sexual, adultérios repetidos e abandono espiritual e
emocional; (4) é responsabilidade exclusiva dos cônjuges determinar quando e se o casamento realmente
acabou; (5) pessoas que se divorciam por qualquer razão têm o direito de se casar novamente e (6) pessoas
que se divorciam e casam novamente têm o direito de ter pleno envolvimento na igreja.
Sendo esse um debate muito antigo na história da igreja, com diversos argumentos e muitas propostas de
interpretação dos textos bíblicos, devemos antes mesmo de adentrar a discussão mais específica admitir que:
(1) deve haver grande respeito entre os cristãos quanto à posição assumida pelo outro, especialmente no que
concerne às posições mais defendidas na história da igreja; (2) nenhum estudo será suficientemente
exaustivo e lidará de forma justa com todos os argumentos já levantados; (3) deve haver grande sensibilidade
ao lidar com um assunto que impacta de forma tão profunda a vida de tantos cristãos; (4) as denominações
devem chegar às suas próprias conclusões, após aprofundado estudo bíblico, a fim de lidarem com a vida das
pessoas em aconselhamento, instrução e aplicação da disciplina e (5) não podemos anular a graça por causa
da lei, nem viceversa. Com isso em mente, aproximemonos do texto.
Textos bíblicos
Gênesis 2.18, 2125: Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; farlheei uma
auxiliadora que lhe seja idônea. […] Então, o SENHOR Deus fez cair pesado sono sobre o homem, e este
adormeceu; tomou uma das suas costelas e fechou o lugar com carne. E a costela que o SENHOR Deus
tomara ao homem, transformoua numa mulher e lha trouxe. E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus
ossos e carne da minha carne; amarseá varoa, porquanto do varão foi tomada. Por isso, deixa o homem pai
e mãe e se une à sua mulher, tornandose os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher,
estavam nus e não se envergonhavam.
Deuteronômio 24.1–4: Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos
seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na
mão, e a despedir de casa; e se ela, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem; e se este a
aborrecer, e lhe lavrar termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir da sua casa ou se este último
homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, então, seu primeiro marido, que a despediu, não
poderá tornar a desposála para que seja sua mulher, depois que foi contaminada, pois é abominação
perante o SENHOR; assim, não farás pecar a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança.
Esdras 10.13: Enquanto Esdras orava e fazia confissão, chorando prostrado diante da Casa de Deus,
ajuntouse a ele de Israel mui grande congregação de homens, de mulheres e de crianças; pois o povo
chorava com grande choro. Então, Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão, tomou a palavra e disse a
Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras, dos povos de
outras terras, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o
nosso Deus, de que despediremos todas as mulheres e os seus filhos, segundo o conselho do Senhor e o dos
que tremem ao mandado do nosso Deus; e façase segundo a Lei.
Isaías 50.1: Assim diz o SENHOR: Onde está a carta de divórcio de vossa mãe, pela qual eu a repudiei? Ou
quem é o meu credor, a quem eu vos tenha vendido? Eis que por causa das vossas iniquidades é que fostes
vendidos, e por causa das vossas transgressões vossa mãe foi repudiada.
Jeremias 3.1: Se um homem repudiar sua mulher, e ela o deixar e tomar outro marido, porventura, aquele
tornará a ela? Não se poluiria com isso de todo aquela terra? Ora, tu te prostituíste com muitos amantes;
mas, ainda assim, torna para mim, diz o SENHOR.
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Oséias 3.1: Disseme o SENHOR: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo e adúltera, como o
SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses e amem bolos de passas.
Malaquias 2.16: Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de
violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.
Mateus 5.3132: Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dêlhe carta de divórcio. Eu, porém, vos
digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornarse
adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
Marcos 10.212: Vieram a ele alguns fariseus e o experimentavam, perguntando: É lícito ao marido repudiar
a sua mulher por qualquer motivo? Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os
fez homem e mulher e que disse:
Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornandose os dois uma só carne?
De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o
homem. Replicaramlhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeulhes
Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto,
não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de
relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete
adultério]. Disseramlhe os discípulos: Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não
convém casar. Jesus, porém, lhes respondeu: Nem todos são aptos para receber este conceito, mas apenas
aqueles a quem é dado. Porque há eunucos de nascença; há outros a quem os homens fizeram tais; e há
outros que a si mesmos se fizeram eunucos, por causa do reino dos céus. Quem é apto para o admitir
admita. (Mateus 19.39)
E, aproximandose alguns fariseus, o experimentaram, perguntandolhe: É lícito ao marido repudiar sua
mulher? Ele lhes respondeu: Que vos ordenou Moisés? Tornaram eles: Moisés permitiu lavrar carta de
divórcio e repudiar. Mas Jesus lhes disse: Por causa da dureza do vosso coração, ele vos deixou escrito esse
mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem
a seu pai e mãe [e unirseá a sua mulher], e, com sua mulher, serão os dois uma só carne. De modo que já
não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
Em casa, voltaram os discípulos a interrogálo sobre este assunto. E ele lhes disse: Quem repudiar sua
mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro,
comete adultério.
Lucas 16.18: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a
mulher repudiada pelo marido também comete adultério.
Romanos 7.13: Porventura, ignorais, irmãos (pois falo aos que conhecem a lei), que a lei tem domínio sobre
o homem toda a sua vida? Ora, a mulher casada está ligada pela lei ao marido, enquanto ele vive; mas, se o
mesmo morrer, desobrigada ficará da lei conjugal. De sorte que será considerada adúltera se, vivendo ainda
o marido, unirse com outro homem; porém, se morrer o marido, estará livre da lei e não será adúltera se
contrair novas núpcias.
1 Coríntios 7.116, 3940: Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas,
por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido. O marido
conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não
tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder
sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo
consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que
Satanás não vos tente por causa da incontinência. E isto vos digo como concessão e não por mandamento.
Quero que todos os homens sejam tais como também eu sou; no entanto, cada um tem de Deus o seu
próprio dom; um, na verdade, de um modo; outro, de outro.
E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo.
Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado.
Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier
a separarse, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua
mulher. Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar
com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe
o marido. Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada
no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas,
se o descrente quiser apartarse, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem
a irmã; Deus vos tem chamado à paz. Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes,
ó marido, se salvarás tua mulher?
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[…] A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem
quiser, mas somente no Senhor. Todavia, será mais feliz se permanecer viúva, segundo a minha opinião; e
penso que também eu tenho o Espírito de Deus.
Hebreus 13.4: Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus
julgará os impuros e adúlteros.
Posicionamento das Confissões de Fé
Poucas confissões de fé posicionamse sobre o assunto, sendo a mais notável a de Wetminster (confissão
oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil).
Confissão de Fé de Guanabara (1558)
XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não se pode fazer senão
por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não somente se pode fazer a separação
por essa causa, mas também, bem examinada a causa perante o magistrado, a parte não culpada, se não
podendo conterse, deve casarse, como São Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos
Coríntios. O magistrado, todavia, deve nisso proceder com madureza de conselho.
Segunda Confissão Helvética (1566)
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os ensinos de demônios a doutrina dos que proíbem o casamento e abertamente o criticam ou indiretamente
o desacreditam, como se não fosse santo e puro.
Execramos também, a vida impura dos solteiros, a lascívia secreta ou às claras, e a fornicação dos hipócritas,
que simulam continência, sendo os mais incontinentes de todos. A todos estes julgará Deus. Não
desaprovamos as riquezas dos que as possuem, quando são piedosos e fazem bom uso delas. Mas,
rejeitamos a seita dos Apostólicos, etc.
Confissão de Fé de Westminster (1646)
CAPÍTULO XXIV: DO MATRIMÔNIO E DO DIVÓRCIO
I. O casamento deve ser entre um homem e uma mulher; ao homem não é licito ter mais de urna mulher nem
à mulher mais de um marido, ao mesmo tempo.
Gen. 2:24; Mat. 19:46; Rom. 7:3.
II. O matrimônio foi ordenado para o mútuo auxílio de marido e mulher, para a propagação da raça humana
por uma sucessão legítima e da Igreja por uma semente santa, e para impedir a impureza.
Gen. 2:18, e 9:1; Mal.2:15; I Cor. 7:2,9.
III. A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar; mas é dever dos cristãos
casar somente no Senhor; portanto, os que professam a verdadeira religião reformada não devem casarse
com infiéis, papistas ou outros idólatras; nem devem os piedosos prenderse desigualmente pelo jugo do
casamento aos que são notoriamente ímpios em suas vidas ou que mantém heresias perniciosas.
Heb. 13:4; I Tim. 4:3; Gen.24:5758; I Cor. 7:39; II Cor. 6:14.
IV. Não devem casarse as pessoas entre as quais existem os graus de consagüinidade ou afinidade
proibidos na palavra de Deus, tais casamentos incestuosos jamais poderão tornarse lícitos pelas leis
humanas ou consentimento das partes, de modo a poderem coabitar como marido e mulher.
I Cor. 5:1; Mar. 6:18; Lev. 18:24, 28.
V. O adultério ou fornicação cometida depois de um contrato, sendo descoberto antes do casamento, dá à
parte inocente justo motivo de dissolver o contrato; no caso de adultério depois do casamento, à parte
inocente é lícito propor divórcio, e depois de obter o divórcio casar com outrem, como se a parte infiel fosse
morta.
Mat., 1: 1820, e 5:3132, e 19:9.
VI. Posto que a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de indevidamente
separar aqueles que Deus uniu em matrimônio, contudo só é causa suficiente para dissolver os laços do
matrimônio o adultério ou uma deserção tão obstinada que não possa ser remediada nem pela Igreja nem
pelo magistrado civil; para a dissolução do matrimônio é necessário haver um processo público e regular. não
se devendo deixar ao arbítrio e discrição das partes o decidirem seu próprio caso.
Mat. 19:68; I Cor. 7:15; Deut. 24:14; Esdras 10:3.
Confissão de Fé Batista de Londres (1689)
Capítulo 25 – Matrimônio
1. O casamento é para ser entre um homem e uma mulher. Não é lícito ao homem ter mais de uma esposa, e
nem à mulher ter mais de um marido ao mesmo tempo.[1]
1 Gênesis 2:24; Malaquias 2:15; Mateus 19:56.
2. O casamento foi ordenado para o auxílio mútuo entre marido e mulher,[2] para a propagação da
humanidade por uma descendência legítima,[3] e para impedir a impureza.[4]
2 Gênesis 2:18.
3 Gênesis 1:28.
4 I Coríntios 7:2,9.
3. O casamento é lícito para todos os tipos de pessoas, desde que possam dar o seu consentimento racional.
[5] Porém, o dever dos cristãos é casaremse somente no Senhor.[6] Por isso os que temem a Deus e
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professam a verdadeira religião não devem casarse com incrédulos ou idólatras, para que, casandose, não
se ponham em jugo desigual com uma pessoa iníqua, ou com quem defenda uma heresia condenável.[7]
5 Hebreus 13:4; I Timóteo 4:3.
6 I Coríntios 7:39.
7 Neemias 13:2527.
4. Não devem casarse pessoas entre as quais existam graus de parentesco ou consangüinidade que sejam
proibidos na Palavra de Deus.[8] As uniões incestuosas jamais poderão ser legitimadas por qualquer lei
humana ou pelo consentimento das partes, pois não é correto tais pessoas viverem juntas, como marido e
mulher.[9]
8 Levítico 18:130.
9 Marcos 6:18; I Coríntios 5:1.
Declaração de Fé da Fraternidade Reformada Mundial (2011)
4. Ética matrimonial e sexual
O casamento como monogamia heterossexual foi instituído por Deus, com o marido e a mulher deixando suas
próprias famílias e unindose um ao outro num relacionamento para toda a vida. Os desejos sexuais devem
ser satisfeitos dentro dessa união, e os filhos nascidos nela devem ser cuidados e nutridos no conhecimento e
na prática cristãs. Em razão da pecaminosidade humana, ocorrem desvios desse padrão. A Bíblia desautoriza
os relacionamentos sexuais fora dos laços do casamento, bem como as uniões de mesmo sexo. A dissolução
do casamento pelo divórcio é permita em caso de adultério ou se os incrédulos abandonarem
irreversivelmente seus cônjuges cristãos. O homem é descrito na Escritura como o “cabeça” da mulher, assim
como Cristo é o “cabeça” do homem e Deus o “cabeça” de Cristo. A autoridade na família e na igreja é
demonstrada amandoas como Cristo amou a igreja.
Posicionamento de Pregadores e Pastores
Reunimos vídeos e artigos nos quais diversos pregadores e pastores apresentam suas diferentes opiniões.
Augustus Nicodemus
Fernando Almeida
Hernandes Dias Lopes
John MacArthur
John Piper
Luiz Sayão
Walter MacAlister
Por: Jaime Marcelino, Joel Theodoro e Tiago Santos. © 2015 Ministério Fiel. Original: Opiniões Sobre Divórcio
e Novo Casamento – Jaime Marcelino, Joel Theodoro e Tiago Santos.
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