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BREVE APRESENTAÇÃO TEOLÓGICO-HISTÓRICA SOBRE A DOUTRINA DO

ESPÍRITO SANTO

Esta apresentação tem como intuito esclarecer alguns pontos sobre as doutrinas
básicas do Espírito Santo e a história da consolidação dessas doutrinas. A apresentação está
dividida em duas partes. A primeira parte será dedicada à doutrina e à história da doutrina da
pessoa do Espírito Santo. A segunda parte será dedicada à doutrina e à história da doutrina da
obra do Espírito Santo, com ênfase para os primórdios da doutrina pentecostal.

A dificuldade de se estudar o Espírito Santo começa pelo fato de a Bíblia nos informar
que o Espírito da Verdade não fala de si próprio, sua função é a glorificação do Senhor Jesus
(Jo 16.13-14).

Divindade do Espírito Santo

Ao se estudar os primeiros credos da Igreja, percebe-se um desenvolvimento na ideia


da relação entre as três pessoas da trindade. No Concílio de Niceia, de 325, que procurou
tratar da relação da divindade de Jesus Cristo, se ele tinha uma substância semelhante ao Deus
Pai ou se era da mesma substância, afirmando esta última, declarou sobre o Espírito Santo o
seguinte: “Cremos no Espírito Santo”.

“Macedônio, bispo de Constantinopla de 341 a 360, ensinava que o Espírito Santo era
“ministro e servo” no mesmo nível dos anjos. Cria que o Espírito Santo era uma criatura
subordinada ao Pai e ao Filho. Isto era uma negação da verdadeira divindade do Espírito
Santo que seria tão maléfica à doutrina do Espírito Santo como foram as ideias de Ário acerca
de Cristo. O concílio ecumênico de Constantinopla condenou as ideias de Macedônio, em
381.

Quando o credo de Constantinopla, ou Credo Niceno, foi recitado no terceiro Concílio


de Toledo em 589, as palavras “e o Filho” (filioque) foram acrescentadas à declaração “que
procede do Pai”, que se refere ao relacionamento entre o Espírito Santo e o Pai e o Filho. As
igrejas ocidentais desde então têm insistido na verdadeira divindade e na personalidade do
Espírito Santo como co-igual, co-eterno e da mesma substância com o Pai e o Filho”.1

Na segunda metade do século IV, as questões cristológicas já estavam bastante


resolvidas, mas a doutrina do Espírito Santo ainda estava sendo compreendida. Os patriarcas
da Capadócia defenderam a divindade do Espírito Santo de forma tão persuasiva que lançou
os alicerces para que o último elemento da doutrina trinitária fosse estabelecido. A teologia
oriental tinha a tendência de enfatizar a individualidade distinta das três pessoas, e manter a
unidade enfatizando que tanto o Filho quanto o Espírito Santo eram provenientes do Pai, a
relação das pessoas da trindade era entendida de forma ontológica. “A abordagem oriental
pode dar a impressão de sugerir que a Trindade é constituída de três agentes independentes
que fazem coisas bastante diferentes. Essa possibilidade é excluída por dois avanços
posteriores que normalmente são chamados de ‘interpenetração mútua (pericorese)’ e
‘apropriação’”.2

“O termo grego perichoresis – encontrado com frequência em sua forma latina


(circumincessio – interpenetração mútua) se tornou uma expressão de uso geral no século 6º.
Refere-se à maneira como as três pessoas da Trindade se relacionam entre si. O conceito de
pericorese permite que a individualidade das pessoas seja mantida e, ao mesmo tempo,
enfatiza que cada pessoa compartilha da vida das outras duas. (...)

A ideia de ‘apropriação’ é relacionada à pericorese e derivada dela. A heresia


modalista (que será discutida a seguir) argumentava que era possível considerar que Deus
existiu em diferentes ‘modos de ser’ em diferentes pontos da economia da salvação, de modo
que, em um ponto, Deus existiu como Pai e criou o mundo; em outro, Deus existiu como
Filho e o redimiu. A doutrina da apropriação enfatiza que as obras da Trindade são uma só
coisa; cada uma das pessoas da Trindade está envolvida em todas as ações visíveis do Ser
Divino. Assim, Pai, Filho e Espírito estão todos envolvidos na obra da criação, que não deve
ser considerada uma obra apenas do Pai. (...) E, no entanto, é apropriado pensar na criação
como obra do Pai. Apesar do fato de as três pessoas da Trindade estarem implicadas na
criação, esta é vista propriamente como ação característica do Pai. (...)

1
CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos séculos: uma história da Igreja Cristã. 2 ed. São Paulo: Vida
Nova, 1995, p. 109.
2
MCGRATH, Alister E. Teologia Histórica: uma introdução à História do Pensamento Cristão. São Paulo: Casa
Editora Presbiteriana, 2007, p. 78.
Considerados em conjunto, os conceitos de pericorese e apropriação nos permitem
pensar no Ser Divino como uma ‘comunidade de existência’ na qual tudo é compartilhado,
unido e mutuamente intercambiado.”3

Já a tendência ocidental partia da unidade de Deus, e interpretava a relação das três


pessoas como comunhão mútua. “Os capadócios tiveram um papel fundamental no
estabelecimento da divindade plena do Espírito Santo, uma decisão endossada formalmente
pelo Concílio de Constantinopla em 381. (...) A abordagem capadócia à Trindade pode ser
entendida mais adequadamente como uma defesa da unidade divina em conjunto com um
reconhecimento de que o Ser Divino único existe em três ‘modos de existência’ diferentes.
(...) O Ser Divino único e indivisível é comum às três pessoas da Trindade. Esse Ser Divino
único existe simultaneamente em três ‘modos de existência’ diferentes – Pai, Filho e Espírito
Santo.

Uma das características mais claras dessa abordagem à Trindade é a prioridade dada
ao Pai. Apesar de os escritores capadócios enfatizarem que não aceitam que o Filho ou o
Espírito são subordinados ao Pai, ainda assim declaram explicitamente que o Pai deve ser
considerado a origem ou fonte da Trindade. O ser do Pai é comunicado ao Filho e ao Espírito,
ainda que de formas diferentes: o filho é “gerado” do Pai, o Espírito “procede” do Pai.”4

Para Agostinho, o Espírito Santo é o amor, o vínculo de ligação da trindade.

“Os escritores patrísticos gregos insistiam que havia apenas uma fonte de existência
dentro da Trindade. Somente o Pai era a causa única e suprema de todas as coisas, inclusive
do Filho e do Espírito dentro da Trindade. O Filho e o Espírito são derivados do pai, mas de
maneiras diferentes. Em sua busca por termos apropriados para expressar essa relação, os
teólogos acabaram se fixando em suas imagens bastante distintas: o Filho é gerado do Pai,
enquanto o Espírito procede do Pai. O objetivo desses dois termos é expressar a ideia de que
tanto o filho quanto o Espírito são derivados do pai, mas de maneiras diferentes.(...)

Para ajudar na compreensão desse processo complexo, os patriarcas gregos usaram


duas imagens. O Pai pronuncia sua palavra; ao mesmo tempo em que profere essa palavra, ele
a sopra a fim de que ela possa ser ouvida e recebida. A imagem usada aqui, firmemente
baseada na tradição bíblica, é a do Filho como Verbo/Palavra de Deus e do Espírito como
sopro de Deus. Surge aqui uma pergunta óbvia: por que os patriarcas da Capadócia e outros

3
MCGRATH, p. 79.
4
MCGRATH, p. 81.
escritores gregos gastaram tanto tempo e esforço fazendo essa distinção entre o Filho e o
Espírito? A resposta é importante. Caso não se diferenciasse a forma como o Filho e o
Espírito são derivados do Pai, a consequência seria a ideia de que Deus tem dois filhos, o que
criaria dificuldades intransponíveis”.5 No entanto, por essa ideia, era inviável se pensar que o
Espírito procedia do Filho, pois neste caso, o Filho compartilharia com o Pai a capacidade de
ser fonte exclusiva da divindade, deixando de ser exclusiva.

Agostinho, no entanto, defende que o Espírito procede do Filho, baseado em João


20.22. O Espírito era o vínculo de amor que ligava o Pai e o Filho.

Os gregos queriam manter a posição singular do Pai como fonte única de divindade.

Os latinos queriam garantir que o Filho e o Espírito fossem distinguidos


adequadamente um do outro e, no entanto, ficasse claro que eram mutuamente relacionados.

“O montanismo surgiu na Frígia em 155 como uma tentativa da parte de Montano em


resolver os problemas de formalismo na Igreja e a dependência da igreja da liderança humana
quando deveria depender do Espírito Santo. Esta tentativa de combater o formalismo e a
organização humana levou-o a reafirmar as doutrinas do Espírito Santo e da Segunda Vinda.
Infelizmente, como geralmente acontece em movimentos desta natureza, ele caiu para o
extremo oposto e concebeu fanáticas e equivocadas interpretações da Bíblia.

No desenvolvimento de sua doutrina peculiar acerca da inspiração, Montano


concebeu-a como imediata e contínua e se colocou a si mesmo como parácleto ou advogado
através de quem o Espírito Santo falava à Igreja, do mesmo modo que falara através de Paulo
e dos outros apóstolos. Montano tinha uma escatologia extravagante. Cria que o reino celestial
de Cristo seria instaurado brevemente em Pepuza, na Frígia, e que nele teria um papel de
proeminência. Para que estivessem preparados para aquele acontecimento, ele e seus
seguidores praticavam um rigoroso ascetismo. Não se permitia novo casamento se um dos
cônjuges morresse; muitos jejuns deveriam ser feitos; a alimentação devia ser frugal.

A Igreja reagiu a estas extravagâncias, condenando o movimento. O Concílio de


Constantinopla, em 381, declarou que os montanistas deviam ser olhados como pagãos. No
entanto, Tertuliano, um dos maiores Pais da Igreja, atendeu aos apelos do grupo e tornou-se

5
MCGRATH, p. 85.
montanista. O movimento foi muito forte em Cartago e no oriente. O montanismo representou
o protesto perene suscitado dentro da Igreja quando se aumenta a força da instituição e se
diminui a dependência do Espírito de Deus”.6

“Os quakers apareceram no cenário religioso inglês no período caótico entre a Guerra
Civil e a Commonwealth. Eles se afastaram da igreja organizada, da crença na Bíblia como
revelação única e final da vontade de Deus, substituindo-as pela doutrina da luz interior,
através da qual o Espírito Santo daria conhecimento imediato e direto de Deus,
independentemente da Bíblia. Embora se assemelhassem aos montanistas, suas tendências
místicas foram equilibradas felizmente pela sinceridade moral e por um grande amor pelo
próximo.

(...)

Roberto Barclay (1648-1690) tornou-se o teólogo do movimento. Sua “defesa dos


quacres” (Apology for the Quakers), de 1678, dá a essência da teologia quacre. Era o Espírito,
o Revelador único de Deus e a Fonte da Luz Interior dentro do homem, que lhe iluminava a
alma. Como a Bíblia era mais uma regra acessória de fé, sua inspiração foi colocada no
mesmo nível da inspiração de Fox ou de qualquer quacre. As revelações a um Amigo não
contradiriam “nem a Bíblia nem a razão correta e perfeita”. Com esta Luz Interior, prescindia-
se do ministério profissional; os dois sacramentos, por serem interiores e espirituais, não
precisavam de símbolos e cerimônias materiais.”7

“Bem diferente do misticismo da luz interior foi o movimento pietista da Alemanha,


surgido como uma correção evangélica para a ortodoxia fria da igreja luterana do século
XVII. O pietismo acentuava um retorno subjetivo e individual ao estudo bíblico e à oração. A
verdade bíblica se manifestaria diariamente numa vida de piedade, a leigos e a ministros
indistintamente.

(...)

O pietismo provocou um novo interesse pelo estudo, discussão da Bíblia e aplicação


dela à vida diária e no cultivo de uma vida pia. A ênfase recaía sobre a função do Espírito
Santo como Iluminador da Bíblia e sobre as boas obras como expressão da verdadeira
religião.”8

6
CAIRNS, p. 82-83.
7
CAIRNS, p. 325-326.
8
CAIRNS, p. 327-328.
“John Darby (1800-1882), advogado e depois pároco auxiliar da Igreja da Irlanda,
formou em Dublin, por volta de 1830, os grupos conhecidos como Irmãos. Estes irmãos
pregavam o sacerdócio dos crentes e a orientação direta do Espírito Santo, razão por que não
aceitavam um ministério ordenado. (...) Edward Irving (1792-1834), pastor presbiteriano
escocês, cria que a Igreja ainda desfrutava os dons do Espírito Santo que recebera na era
apostólica. Seus seguidores ensinavam o ‘falar em línguas’ e a volta iminente de Cristo.”9

Os pentecostais clássicos enfatizam “o falar em línguas, de acordo com a experiência


da igreja primitiva, como a evidência inicial do batismo no Espírito Santo. (...) Provavelmente
foi a abertura do Bethel Bible College em Topeka, Kansas, dirigido por Charles Parham, em
outubro de 1900 que começou esse movimento. Em 1º de janeiro do ano seguinte os alunos
estavam estudando a obra do Espírito Santo, e uma das alunas, Agnes Ozman, pediu aos
outros que lhe impusessem as mãos para que ela recebesse o Espírito. Ela falou em línguas e,
mais tarde, outros estudantes também falaram em línguas.

Parham abriu outra escola em 1905, na cidade de Houston, Texas. William Seymour,
um aluno negro, tornou-se mais tarde o líder de uma missão no número 312 da rua Azuza em
Los Angeles, no ano de 1906. Falar em línguas tornou-se comum nessa missão. Pessoas que
vinham visitá-la tiveram experiências similares e lavaram a mensagem para outros países. A
atual Assembleia de Deus foi fundada em 1914 no Arkansas”.10

“O que o reavivamento não lhes deu foi um quadro de referências claro sobre a
terceira pessoa da Trindade; apenas o rev. José Manoel da Conceição encontro lúcido
entendimento do que significa o Espírito na Igreja: ‘o dom do Espírito Santo acompanha a
remissão dos pecados, ele é o autor da nova vida interior em que consiste a essência do
cristianismo. Ele é o santificador, e os sacramentos, a oração, a leitura e meditação das
palavreas de Deus são meios cuja utilidade depende de sua cooperação’”.11

“O que se verifica é que na mente dos editores da revista O Presbiteriano é grande a


confusão causada em torno do uso de termos. James H. McConkey, O Triplo Segredo do
Espírito Santo, que traduzem e publicam mês após mês em 1903 ensina que não nos cabe
tentar reproduzir a experiência dos apóstolos (que viveram antes, durante, e após a missao

9
CAIRNS, p. 383-384.
10
CAIRNS, p. 432.
11
RIBEIRO, Boanerges. Igreja evangélica e República brasileira (1889-1930). São Paulo: O Semeador, 1991,
p. 218.
redentora de Cristo), mas sim acatar o ensino dos apóstolos. Diz que eles ensinam que quem
crê em Cristo foi batizado com o Espírito Santo, e que essa experiência não se repete; que a
plenitude do Espírito Santo, porém, exige plena submissão do fiel a Cristo, e que a
permanência em poder espiritual exige a comunhão do fiel com Cristo.

No mês seguinte à série de McConkey, a mesma revista publica artigo de outro autor
(não nos dá seu nome) que afirma que o batismo do Espírito Santo é uma segunda bênção,
posterior à regeneração pelo Espírito; e que o batismo do Espírito é experiência que pode e
deve repetir-se frequentes vezes. (...) O próprio rev. Simonton, no Diário, manifesta seu
desejo de mais intensa espiritualidade aspirando a um “batismo do Espírito” ou a um “batismo
de fogo”. (...)

É evidente a falta que fazia uma definição do assunto na Confissão de Fé de


Westminster. E nem foi essa falta suprida pelo capítulo acrescido à Confissão
posteriormente”.12

“Em meu próprio progresso pouco existe a assinalar. Temo que o fato de viver sem os
privilégios para crescimento em graça que têm os que vivem em países cristãos se toma
evidente em minha falta de espiritualidade, na frieza e no formalismo de minhas orações, e no
pouco prazer que me traz a leitura das Escrituras. Mais do que qualquer coisa, preciso do
batismo do Espírito Santo. Mais do que qualquer coisa, preciso do batismo do Espírito Santo.
Se agora enquanto espero, na iminência de iniciar o trabalho ativo de pregação do Evangelho
de Cristo, pudesse receber o dom do Espírito para habilitar-me para o trabalho, como ficaria
feliz. Desejo pregar Cristo mais em termos de experiência, ser capaz de falar do que sei
porque Cristo o mostrou a mim. Não posso conceber chamado mais alegre e exaltado que o
daquele que, cheio de Cristo pela comunhão íntima e diária com ele, trabalha diariamente para
trazer uma nação à mesma felicidade”.13

a) Não possui nomes revelados como o Pai e o Filho, mas títulos descritivos de sua
natureza e missão no mundo. Ele é Espírito, isso fala de sua natureza. Ele é Santo, isso fala de
sua principal missão.

b) Ele age de maneira multiforme (I Co 2.4-12; 12.4-11);

12
RIBEIRO, p. 219.
13
20 de janeiro de 1861. MATOS, Alderi Souza de (org.). O diário de Simonton 1852-1866. 2ª ed. São Paulo:
Editora Cultura Cristã, p. 145.
c) Ele é onipotente (Sl 104.30). Seu poder é evidenciado na conversão do pecador (At
2.37,38); no batismo com o Espírito Santo para os novos crentes (At 10.44); na expulsão dos
espíritos malignos (At 8.6,7; Lc 11.20); na cura divina dos enfermos (At 3.6-8); na obediência
dos crentes ao Senhor. Ver um versículo

d) Ele é onisciente (I Co 2.10-11);

e) Ele é onipresente (Sl 139.7-10);

f) Ele é eterno (Hb 9.14);

g) Ele é Senhor (II Co 3.16-18);

h) Ele é Criador (Jó 26.13);

Personalidade do Espírito Santo

a) Seu intelecto (I Co 2.11);

b) Sua sensibilidade (Ef 4.30);

c) Sua vontade (I Co 12.11) e intenção (Rm 8.27).

Seu papel na trindade

Deus é um eternamente existente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (Gn
1.1,26; 3.22; 11.7; Dt 6.4; I Jo 5.7).

O Pai planejou a criação de tudo (Ef 3.9), o Filho executou o plano (Jo 1.3; Cl 1.16;
Hb 1.2; 11.3), o Espírito Santo vivifica, preserva e sustenta (Jó 33.4; Jo 6.63; Gl 6.8; Sl 33.6;
Tt 3.5).

A atuação do Espírito Santo a partir do Pentecostes

O que faz com que mantenhamos o fogo do Espírito Santo aceso em nossas vidas:

a) Obediência à vontade do Senhor (Lc 24.49; At 1.12-14).


b) União e unidade entre os crentes (At 1.14; 2.1; Ef 4.3).

c) Oração perseverante e unânime (At 1.14).

Ministrações do Espírito Santo aos crentes

a) O novo nascimento pelo Espírito (Jo 3.3-8).

b) A habitação do Espírito no crente (Jo 14.16-17; Rm 8.9).

c) O testemunho do Espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.15,16).

d) A fé pelo Espírito Santo para a salvação (Rm 1.17; Gl 5.5).

e) A santificação posicional do crente (I Co 1.2; Hb 10.10; Cl 2.10; I Jo 4.17; Fp 1.1).

f) O batismo do ou pelo Espírito Santo (I Co 12.13; Gl 3.27; Rm 6.3): o batizador é o


Espírito Santo, o batizando é o novo convertido, o meio onde é batizado é a Igreja, o corpo
místico de Cristo.

g) O batismo com ou no Espírito Santo (At 1.4-8; 2.1-4; 10.44-46; 11.16; 19.2-6). O
batizador é o Senhor Jesus, o candidato é o crente e o meio onde é batizado é o Espírito Santo.

h) A santificação progressiva do crente (I Pe 1.15-16; II Co 7.1; 3.17,18).

i) A oração no Espírito (Jd 20; Rm 8.26-27; Ef 6.18; Zc 12.10; I Co 14.14-15).

j) O Espírito Santo como selo e penhor (II Co 1.22; Ef 1.13-14; 4.30; II Co 5.5)

k) A unção para o serviço (At 10.38; Lc 4.18,19; II Co 1.21-22).

O Batismo com o Espírito Santo

a) É uma promessa do Antigo Testamento (Jl 2.28-32).

b) É uma promessa do Novo Testamento (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.32,33; At 11.
16).

c) O cumprimento da promessa (At 2.1-4).


d) O batismo com o Espírito Santo é: uma ditosa promessa da parte de Deus (At 1.4);
uma dádiva celestial inestimável (At 2.38); uma imersão do crente no espiritual e sobrenatural
de Deus (At 1.5); um revestimento de poder do alto (Lc 24.49).

e) As línguas estranhas, o meio pelo qual o crente edifica a si próprio (I Co 14.4).

f) O batismo é para quem já possui o Espírito Santo (Jo 14.17; 20.22; At 2.39).

g) É preciso crer na promessa divina do batismo (Lc 24.49; At 1.4; 2.16,32,33).

h) Buscando com sede em oração (At 1.4,14; Jo 7.37-39; Lc 1.13).

i) Cuidando o crente da sua espiritualidade (Jo 15.2).

j) Perseverando em unidade fraternal (At 1.14).

k) Os resultados do batismo com Espírito Santo: edificação espiritual pessoal (I Co


14.4,15); maior dinamismo espiritual (At 4.6-20); maior desejo de orar e interceder (At 2.42;
3.1; 4.24-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26).

l) Maior glorificação do nome do Senhor “em espírito e em verdade” (Jo 4.24).

Princípios doutrinários sobre os dons espirituais

a) Não são dados por méritos ou são indicativos de perfeição cristã (Rm 12.6).

Dons de manifestação do Espírito

a) Dons que manifestam o saber de Deus (I Co 12.8-10): palavra de sabedoria, palavra


de ciência, dom de discernir os espíritos.

b) Dons que manifestam o poder de Deus (I Co 12.9-10): a fé (não a fé no sentido


salvífico (Ef 2.8), nem a fé como fruto do Espírito (Gl 5.22), nem a fé como corpo de
doutrinas (Gl 1.23), nem a fé espiritual da vida cristã (II Co 13.5)), essa fé como dom é a fé
especial, miraculosa.

c) dons de curar.

d) operações de maravilhas.
Dons que manifestam a mensagem de Deus (I Co 12.10)

a) Profecia.

b) Variedade de línguas.

c) Interpretação de línguas.

Dons de ministérios práticos (Rm 12.6-8; I Co 12.28-30)

a) Ministério.

b) Ensinar.

c) Exortar.

d) Repartir.

e) Presidir.

f) Exercitar misericórdia.

g) Socorros.

h) Governos.

Dons na área do ministério

a) Alvos e resultados dos dons espirituais: A glorificação do Senhor Jesus em escala


muito além da natural e humana (Jo 16.14). Confirmação da Palavra de Deus anunciada,
pregada e ensinada (Mc 16.17-20; Hb 2.3,4). O crescimento constante e real, em quantidade e
qualidade, da obra de Deus na igreja, na evangelização e nas missões (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm
15.19). A “edificação” espiritual da igreja de Deus como um corpo e como membros
individualmente (I Co 12.12-27). O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12). Isso jamais será
possível por parte do homem, ou das coisas desta vida, mas é possível para Deus (Lc 18.27).

O exercício dos dons do Espírito


Responsabilidade quanto aos dons:

a) Conhecer os dons (I Co 12.1);

b) Buscar os dons (I Co 12.31);

c) Zelar pelos dons (I Co 14.1);

d) Ser abundante nos dons (I Co 14.12);

e) Ter autodisciplina nos dons (I Co 14.32);

f) Ter decência e ordem no exercício dos dons (I Co 14.40).

Plenitude do Espírito Santo

a) Enchei-vos do Espírito (Ef 5.18).

b) Devemos nos encher continuamente do Espírito para cultuar a Deus (Ef 5.19).

c) O fruto do Espírito (Gl 5.22-23).

d) O homem natural não é salvo (Rm 6.11; Gl 2.19,20).

Pecados contra o Espírito Santo

a) Resistir ao Espírito Santo (At 7.51).

b) Insultar ao Espírito Santo (Hb 10.29).

c) Tentar ou mentir ao Espírito Santo (At 5.3).

d) Entristecer o Espírito Santo (Ef 4.30-31).

e) Apagar o Espírito Santo (I Ts 5.19).

f) Blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31,32; Mc 8.28-30; Lv 24 .11-14). Ela é


resultado do acúmulo de outros pecados como o de resistir ao Espírito Santo e apagar o
Espírito Santo que resulta no endurecimento do coração para ação do Espírito Santo (2 Tm
3.8).
Avivamento pelo Espírito

a) A necessidade de avivamento: devido a calmaria espiritual, indiferença e


comodismo (Ez 37.9); devido à sonolência espiritual (Ef 5.14); insensibilidade espiritual,
moral e social (Ef 4.19; Pv 23.35; I Tm 4.2); secularismo (Rm 12.2); postura apenas defensiva
do crente sobre o pecado e não de aversão total; hibernação espiritual da igreja (Ap 3.11).

Características do verdadeiro avivamento

a) Estado de arrependimento e contrição (II Cr 7.14).

b) Perdão e reconciliação (Ez 37.7,17).

c) Generosidade e abundância financeira (At 4.32-37).

d) Santidade interior e exterior (I Pe 1.15; I Ts 5.23).

e) Evangelização e missões (At 1.8; 5.42; 8.4; 13.1-4).

f) Louvor e adoração (Ef 5.19).

g) Renovação e batismo com o Espírito Santo (At 2.42,43).

h) Intercessão e jejum (At 2.42; 2 Cr 7.14).

i) Palavra de Deus (Ne 8-10; Ed 8-10).

j) Destruição de ídolos (Ez 14.3-7).

O Espírito Santo na obra missionária

a) A grande comissão (At 2.17).

b) A urgência da evangelização (At 1.6-8; Lc 24.47-49).

c) A urgência da obra missionária (I Co 9.20-22; Cl 3.11).

d) O desafio principal da igreja (At 17.6).

e) Assistência do Espírito na evangelização pessoal (Jo 4.7-29; I Co 2.1-5).


f) Assistência do Espírito na pregação em público (At 2.41; 4.4).

g) Assistência do Espírito na obra missionária (At 13): escolhendo, enviando,


capacitando e dirigindo.

A renovação pelo Espírito

A renovação é a restauração operada pelo Espírito na vida do crente (SI 103.5; Rm


12.2; Ap 2.4,5; SI 51.10; Cl 3.10).

a) Retornar às expectativas espirituais do passado (Is 40.28-31).

b) Restabelecer as bênçãos perdidas A Palavra de Deus nos diz que podemos perder o
amor (Ap 2.4), a alegria da salva..o (SI 51.12), a f. ( I Tm 6.10), a firmeza em Deus (2 Pe
3.17), o poder (Jz 16.20) e muitas outras b.n..os do Alto. E por isso que somos advertidos a
guardar o que temos (Ap 2.25; 3.11).

c) Receber novas bênçãos. Na renovação espiritual, o Senhor nos dá as bênçãos


prometidas que até então não tínhamos recebido (Is 45.3), e nos anima a conquistarmos muito
mais (Js 18.3).

A renovação deve ser diária (2 Co 4.16), consciente e desejada (Rm 12.2; I Co 3.10; Sl
72.6,7; Os 6.3).

d) A renovação aprofunda o crente na Palavra de Deus (Jo 6.63; Rm 10.17; 2 Ts 1.3).

e) A renovação dá poder ao crente (Is 40.31).

f) A renovação torna o crente sensível à direção do Espírito (At 16.6,7; 10.19).

O Espírito Santo na santificação do crente (2 Ts 2.13)

O que não é santificação: exterioridade (Mt 23.25-28; I Sm 16.7); maturidade; batismo


com o Espírito Santo.

a) Santificação posicional (Hb 10.10; Cl 2.10; I Co 6.11).

b) Santificação progressiva (2 Co 7.1).


c) Santificação futura (I Ts 5.23).

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