Você está na página 1de 2

ESCLEROSE MÚLTIPLA

 Nomenclatura

A Esclerose Múltipla é uma doença crônica desmielinizante do Sistema Nervoso


Central, ela é autoimune, inflamatória e degenerativa, de etiologia ainda
desconhecida.

Esclerose: Cicatrização

Múltipla: Diversas

Compromete predominantemente o nervo óptico, a substância branca periventricular,


o tronco cerebral e a medula cervical.

 Epidemiologia

É difícil obter os dados de incidência, já que não se tem certeza do início da doença
(os sintomas são quase imperceptíveis e só são reconhecidos em retrospectiva). A
maioria dos estudos têm feito deduções com os dados de prevalência e/ou
mortalidade, ou só tem se limitado aos dados de prevalência.

A prevalência foi classificada por grupos de alto, meio e baixo risco. Zonas de alta
prevalência, com índices acima de 30/100.000 habitantes, incluem o norte de Europa
e dos Estados Unidos da América, o sul do Canadá e da Austrália e a Nova Zelândia.
Zonas de média prevalência com taxas de 5 a 25/100.000, compreendem o sul da
Europa e dos Estados Unidos e a maior parte da Austrália. Zonas de baixa
prevalência, com taxas inferiores a 5/100.000 habitantes, são representadas por
regiões da Ásia e da África. O Brasil é considerado um país de baixa prevalência

Em relação à distribuição por raça, a esclerose múltipla é mais comum em brancos,


sendo considerada rara entre os orientais, negros e índios. Quanto à distribuição por
sexo, a esclerose múltipla é mais comum nas mulheres e, levando-se em
consideração a faixa etária, é mais comum nos adultos jovens, sendo rara antes da
puberdade e após 60 anos.

 Formas clínicas
 Recorrente – Remitente
 Primariamente progressiva
 Secundariamente progressiva
 Recorrente progressiva

 Quadro clínico

Os sintomas iniciais mais comuns compreendem alterações piramidais, sensitivas e


cerebelares, conhecidas como sinais maiores, e manifestações visuais e
esfincterianas. Os sinais piramidais englobam fraqueza, espasticidade, sinais de
liberação piramidal (hiper-reflexia, sinal de Babinski, clônus uni ou bilateral). As
alterações cerebelares podem ser divididas em comprometimento do equilíbrio e da
coordenação.

Parestesias, como sintoma sensitivo, são descritas como “formigamento” ou


“adormecimento”, podem estar acompanhadas de hipoestesia superficial e profunda
em um ou mais membros.

Os principais distúrbios visuais são diminuição da acuidade visual, diplopia e


escotomas, quase sempre reconhecidos como embaçamento visual. O
comprometimento esfincteriano apresenta-se sob a forma de incontinência ou
retenção urinária e fecal. Além da alteração esfincteriana, observa-se também,
disfunção sexual.

 Referências:

SADOVNICK, A.D; EBERS, G.C. Epidemiology of Multiple Sclerosis: A Critical


Overview. The Canadian Journal Of Neurological Sciences.

SILVA, D.F; NASCIMENTO, V.M.S. Esclerose Múltipla: Imunopatologia,


Diagnóstico e Tratamento – Artigo de Revisão. Interfaces Científicas - Saúde e
Ambiente

OLIVEIRA, E.M.L; SOUZA, N.A. Esclerose Múltipla. Revista de Neurociências.

Você também pode gostar