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O Representante

Comercial
e o CORE Se Conselho
Profissional
fosse bom,
ninguém seria
obrigado a
pagar por ele.

A minha opinião que você

não pediu sobre assuntos

que podem te interessar.


Esse deve ser o tema mais
polemico entre os representantes
comerciais e motivo das maiores
queixas e discussões em todos os
grupos das redes sociais.

Afinal,
o que é e para que serve o CORE?
O que dizooo
a legislação

LEI Nº 4.886, DE 9 DE DEZEMBRO DE


1965
Regula as atividades dos representantes
comerciais autônomos.

Art . 1º Exerce a representação comercial


autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa
física, sem relação de emprêgo, que
desempenha, em caráter não eventual por
conta de uma ou mais pessoas, a mediação
para a realização de negócios mercantis,
agenciando propostas ou pedidos, para,
transmití-los aos representados, praticando
ou não atos relacionados com a execução
dos negócios.

Art . 2º É obrigatório o registro dos que


exerçam a representação comercial
autônoma nos Conselhos Regionais criados
pelo art. 6º desta Lei.
Vamosooo
entender:

No Brasil, existem
apenas 79 profissões
regulamentadas pelo
Ministério do Trabalho,
ou seja, que podem
exigir formação técnica,
cursos superiores ou diplomas
específicos para o seu exercício.

Este
número equivale a
3,26%
das 2.422 ocupações catalogadas
no país.
Vamosooo
entender:
Quando uma profissão é classificada
como regulamentada, ela tem em sua
legislação quais as obrigações a
exercer e também os direitos e
deveres que possui em determinado
exercício.
Em contrapartida,
a profissão não regulamentada não quer
dizer que não é reconhecida.

Porque elas exigem, sim,


preparo e técnica, mas não
necessariamente precisam
de uma formação formal.
Vamosooo
entender:

Vale lembrar que a


Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT)
abrange todas as profissões,
regulamentadas ou não.
ooo
Vale questionar:

O que o Representante
ganha com a atividade
sendo regulamentada?

Quem realmente ganha


com a regulamentação
da atividade do
Representante
Comercial?
Em tese, a função do CORE
é registrar, fiscalizar e
disciplinar a profissão dos
Representantes
Comerciais.

Na prática,
não passa de uma
"autarquia especial ou corporativa"
que usufrui poderes monopolistas
garantidos pelo governo federal por meio
de uma lei antiga e ultrapassada.
Falando mais claramente,
o CORE impõe que só pode
exercer a profissão de
Representante Comercial
o indivíduo devidamente
registrado e que esteja com as
anuidades em dia.
(a anuidade é obrigatória)

Qualquer pessoa não filiada ao CORE


— ou seja, que não paga anuidade —
está proibida de ser Representante
por mais qualificada que seja.
Portanto,
podemos dizer,
que o CORE é uma
entidade coerciva que utiliza
o estado para impedir os
não-afiliados de exercerem
sua profissão.
Lastreado numa
legislação antiquada e
nunca atualizada, filha
de um estado
paternalista, sancionada
logo após a revolução militar de 1964
pelo Marechal-Presidente Humberto
Castelo Branco em dezembro de 1965,
o CORE tenta justificar sua existência
com a alegação de que a sociedade
não disporia de informações suficientes
a respeito da qualificação de um
profissional.
Cabendo portanto
a ele, como Conselho
de Classe, registrar os
representantes
qualificados para
o exercício da
profissão, assim
como fiscalizar
a atuação desses
profissionais.
Por trás de um objetivo tão nobre o
que se vê na prática é uma
corporação usufruindo de uma
reserva de mercado nem sempre
com o objetivo de fortalecer a
categoria profissional,
mas acima de tudo, a si própria:

afinal, o CORE é regiamente


financiado pela anuidade
compulsória paga pelos
Representantes
Comerciais
afiliados.
Como o CORE não nasceu por iniciativa
dos próprios Representantes, mas de
um estado paternalista, o que se vê é
uma inversão de papéis digna de uma
tragicomédia kafkiana:

não é o CORE que existe para


servir ao Representante,
mas o Representante que parece
existir para suportar o CORE
porque as anuidades pagas
sustentam uma burocracia que
parece existir apenas para garantir
que o Representante continue
pagando as anuidades.
O financiamento compulsório
sempre acaba criando
entidades ricas e nem sempre
politicamente relevantes como
o CORE, muitas vezes tomado
por interesses particulares que
não necessariamente
coincidem com os dos
Representantes que o financia.
Numa atividade sem qualificação
acadêmica exigida, o argumento
que o Representante Comercial
necessita de regulamentação
estatal para proteger o contratante
contra maus profissionais é falho
por pressupor que, em um
ambiente de livre mercado, seria
inexistente qualquer tipo de auto-
regulação ou certificação
profissional.
A situação é especialmente
lamentável pois com uma área de
atuação profissional tão
abrangente como a do
Representante Comercial,
é de definição
complexa
e fiscalização
praticamente
impossível.
Na prática, as considerações envolvidas
no registro do CORE não têm qualquer
relação com a competência profissional.
Isso não é de surpreender.
Se alguns poucos indivíduos vão decidir
se outros podem ou não exercer
determinada profissão, todo tipo de
considerações irrelevantes pode muito
bem ser levado em conta

Pensando bem,
você já ouviu falar
de alguém que
teve seu registro
negado pelo
CORE?
o CORE
ooo
protege o Representante?

Este argumento é bastante


questionável.
O problema é que dificilmente essas
regulações de fato protegem o
profissional num sentido mais amplo,
como também defendem políticas
restritivas para que novos
profissionais venham a entrar
mercado. Ou seja, nem sempre é
melhor para quem já está dentro,
mas impede novos profissionais
de entrar e se destacar na
atividade.
Por isso,
faz muito mais sentido uma livre
associação dos Representantes.
Invés de ter uma entidade com poder
outorgado pelo Estado, várias
Associações coexistindo e o
Representante podendo escolher, de
forma voluntária, se filiar àquela que
melhor defende seus pontos de vista e
área de interesse.
A melhor forma de valorizar a profissão
do Representante Comercial não é pela
lei, mas através do resultado do
trabalho.

É mostrando à sociedade,
ao Estado
e ao mercado
que o serviço prestado por bons
profissionais são de maior qualidade,
vendem melhor,
valorizam as representadas
e são feitos de forma mais eficiente.
A regulamentação
reduz a competição no setor.
Menos competição significa que menos
pessoas vão poder praticar a atividade
livremente e como em qualquer
mercado, menor concorrência reduz a
qualidade do serviço prestado.

Mesmo
quando parece bom,
é ruim
Mesmo
quando parece bom,
é ruim

Como essa redução na competição foi


artificial, criada na canetada, a
formação de um mercado informal é
previsível.

Esses Representantes informais vão ter


muito menos proteção de direitos que
se não houvesse a regulamentação da
profissão, além de que esse mercado
informal auxilia a desvalorizaração
ainda maior da área.
No caso de muitos COREs,
aquela máxima
a respeito dos conselhos
"se conselho fosse bom,
ninguém dava, vendia"
é invertida:
se
Conselho Profissional
fosse bom,
não seríamos obrigados,
por lei,
a pagar por eles.
Nos últimos anos, posicionamentos
contrários aos privilégios concedidos a
determinados grupos vêm ganhando força
no debate público.
O "imposto sindical", por exemplo, que
financia entidades de trabalhadores e
empregadores, tornou-se facultativo com a
aprovação da reforma trabalhista.

Não seria
também a hora de se
questionar a
contribuição
compulsória
ao CORE?
E você?
O que acha?

Discorda?
Concorda?

Manifeste
a sua
Prazer,
eu sou o Eugênio Alvim
e sou representante Comercial de Confecção em Minas
Gerais.

Graduado em Desenho Industrial e Pós graduado em


Marketing de Serviços.

Na São Paulo Alpargatas S/A, participei da elaboração


das estratégias de marketing, merchandising e
coordenação da participação das marcas Rainha e
Topper nas maiores feiras nacionais do setor calçadista.

Na Couromoda, maior evento calçadista das Américas,


por 14 anos consecutivos fui o responsável pelo
atendimento comercial das empresas do setor coureiro
calçadista dos estados de MG, ES, GO, DF, BA, PE, PB.

Como Promotor de feiras comerciais realizei 18 edições


da Minas Calçados em Belo Horizonte-MG e 8 edições
da Nordeste Calçados em Fortaleza-CE, Recife-PE e
Salvador-BA

Atuei como professor de Eventos no curso de


Administração, Esportes,e Eventos da Faculdade
Promove e no curso de Turismo da FEAD-MG
Pitaco,
não é um palpite sem fundamento,
mas uma opinião,
ainda que não solicitada.

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