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Letras Nélson Cavaquinho PDF
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Nélson Cavaquinho
Obra completa*
Pesquisa de áudios: Sérgio Moraleida / Colaboração: Vinicius Terror
Transcrição: Vinicius Terror
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Organizador: Vinicius Terror
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A FLORE E O ESPINHO
Nélson Cavaquinho, Alcides Caminha e Guilherme de Brito A VIDA
Intérprete: Nélson Cavaquinho Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito
Intérprete: Carlos Galhardo
Tire o seu sorriso do caminho
Que eu quero passar com a minha dor Se mais uma criança apareceu.
Hoje pra você eu sou espinho, espinho não machuca a flor Se pra felicidade alguém nasceu.
Eu só errei quando juntei minha alma a sua Eu sinto que a vida está mentindo,
O sol não pode viver perto da lua Pois nunca vi ninguém nascer sorrindo
É no espelho que eu vejo a minha magoa Aqueles que nascem porque é preciso
A minha dor e os meus olhos rasos d'agua Trazem uma lágrima em vez de um sorriso.
Eu na sua vida já fui uma flor Se viver é bom, como é que a vida diz:
Hoje sou espinho em seu amor “Tens que sofrer pra ser feliz”
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Amigo que era aquela criatura tão linda Não vou me utilizar de armas que são proibidas
Que há quatro dias estava com você Para me vingar de uma mulher que para mim for fingida
Espero que me responda com toda sinceridade Mesmo que ela seja infiel ou seja a perdição da minha vida
Bem sabe que entre nós existe amizade
Não é crime perguntar, talvez possa me ajudar Tenho outros meios para me vingar
A fazer a felicidade no meu lar Sei que o desprezo é capaz de matar
Se não é nada sua, até amanhã se Deus quiser Mas se eu falhar com os desejos meus
Mas não se esqueça de me apresentar aquela mulher Entregarei a Deus
BEIJA FLOR
AQUELE BILHETINHO Nélson Cavaquinho, Noel Silva e Augusto Thomás
Arnô Canegal, Augusto Garcêz e Nelson Cavaquinho Intérprete: Soraya Ravenle
Intérprete: Ciro Monteiro, 1945
Vai beija-flor beija a roseira
Aquele bilhetinho que você mandou pra mim Faz me lembrar o meu amor
Dizia simplesmente o nosso amor chegou ao fim Hoje sou triste sinto saudade
Você não imagina o grande mal que me fez Volta para mim felicidade
Estou sem amor outra vez
O tempo é aliado de quem sofre por amor Pobre de quem desiste da vida
Espero você, seja lá quando for Não quero ser um suicida
A dor me abraça, ah, tão cruel
Eu reconheço, terminou nossa amizade Minha esperança é Deus no céu
Eu fui culpado em dar-lhe tanta liberdade
Bem sei que não mereço mais os seus carinhos
Ai, ai, ai meu Deus
Minha vida tem sido um rosário de espinhos
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CARIDADE
Nélson Cavaquinho e Hermínio do Vale CHORO DO ADEUS
Intérprete: Nélson Cavaquinho Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito
Intérprete: Ademilde Fonseca
Não sei negar esmola a quem implora a caridade
Me compadeço sempre de quem tem necessidade Já não ouço o lamento do chorinho que eu cantava
Embora algum dia eu receba ingratidão Que feliz aquele tempo quando a flauta me acompanhava
Não deixarei de socorrer a quem pedir um pão Violões em meu caminho alegravam os dias meus
Eu nunca soube evitar de praticar o bem É tão triste cavaquinho que eu cante o choro do adeus
Porque eu posso precisar também
Não sei por que tudo acabou, chegou ao fim o que eu sonhava
Sei que a maior herança que eu tenho na vida Não sei por que silenciou o bandolim que eu adorava
É meu coração, amigo dos aflitos Bate em meu peito feito um bordão meu coração agradecido
Sei que não perco nada em pensar assim Pelos momentos que eu já vivi, ó meu chorinho eu choro por ti
Porque amanhã não sei o que será de mim
CINZA
Guilherme de Brito, Nelson Cavaquinho e Renato Gaetani
CHEIRO DE VELA Intérprete: Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito
Nélson Cavaquinho e José Ribeiro de Sousa
Intérprete: Ari Cordovil Eras o meu mundo, eras o meu bem
Mas agora tudo é cinza
Não sei nada a respeito dela Não tenho amor, não tenho ninguém
Porque jamais convivi com ela
Se ela sai a noite, volta ao amanhecer Tu vivias no meu ninho, e eu vivia muito bem
A mim não interessa, é o que deves fazer Mas perdendo o teu carinho, perdi o meu mundo também
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Vou abrir a porta mais uma vez, pode entrar Passei a mocidade esperando dar-te um beijo
É dia das mães e eu resolvi lhe perdoar Sei que agora é tarde, mas matei o meu desejo
É pena que os lábios gelados como os teus
Deus me ensinou praticar o bem Nao sintam o calor que eu conservei nos lábios meus
Deus me deu essa bondade.
Vou abrir a porta pra você entrar No teu funeral estás tão fria assim
Mas não demore que a outra pode lhe encontrar Ai de mim, e dos beijos meus
Eu te esperei, minha querida
Mas só te beijei depois da vida
DEGRAUS DA VIDA
Nélson Cavaquinho, Antônio Braga e César Brasil
Intérprete: Nélson Cavaquinho
DESCONSOLO
Sei que estou Nélson Cavaquinho, Maurício Tapajós e Herminio Bello
No último degrau da vida, meu amor Intérprete: Mônica Salmazo
Já estou envelhecido, acabado
Por isso muito eu tenho chorado Só, com os meus pesares e desabrigado eu vou
Eu não posso esquecer o meu passado Quem há de seguir os soltos passos meus
E me penetrar todo o pensamento
E me perdoar o ressentimento
Foram-se meus vinte anos de idade Nesse meu percurso hei de parar atormentado
Já vai muito longe a minha mocidade Sem localizar aonde o meu passado
Sinto uma lágrima rolar sobre meu rosto E vou lastimar, lastimar profundamente
É tão grande o meu desgosto Tudo o que eu fui e não sou mais
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Estás vendo esta árvore enjeitar Não sei, nem quero saber
Folhas que envelhecem caídas no chão Não vi, pago pra não ver
Até quando o vento quiser Eu não sou criança e não me serve esse jogo
Sei qual é o destino destas folhas caídas Não estou aqui para amanhã entrar no fogo
Vão rolar pelas ruas, não serão protegidas
Não gosto de encrenca com ninguém
Sei que há criaturas que até negam esmolas Assim vivo muito bem
Aos que vivem caídos e não são protegidos Se ela pinta o sete quando ele vai para o trabalho
Quanto ao teu egoísmo somente te aconselho Não me interessa, sou carta fora do baralho
Eu te mostro por que para mim também
Já serviu de espelho
FREIRA QUERIDA
Alfredo Português e Nélson Cavaquinho
Intérprete: Nélson Sargento
FOLHAS SECAS
Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito Morreu a freira mais querida
Intérprete: Nélson Cavaquinho Que durante a sua vida
Foi a badência que mais reinou
Quando eu piso em folhas secas caídas de uma mangueira Vivia sempre a rezar na frente do altar
Penso na minha escola e nos poetas da minha estação primeira Oh, Jesus, o seu coração me entregou
Não sei quantas vezes subi o morro cantando
Sempre o sol me queimando e assim vou me acabando. Morreu com todos os seus prantos
Nem anjos, nem santos, nem Cristo a salvou
Quando o tempo avisar que não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade ao lado do meu violão Quem professa a religião, diz a sagrada escritura
Da minha mocidade Que poucos se salvarão porque a matéria não é pura
Não se deve errar ao amor da devoção cristã
Se não te podes salvar para que rezas tanto irmão
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GARÇA
Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito HISTÓRIA DE UM VALENTE
Intérprete: Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito Nélson Cavaquinho e José Ribeiro de Souza
Intérprete: Nélson Cavaquinho
És uma garça vadia voando na orgia sem direção
Em busca de pérolas raras, Quem diz, não mente
De jóias bem caras pra tua ambição Na mão de um fraco
Fugida de um ninho pequeno Sempre morre um valente
De um lago sereno que foi todo teu
Mergulha nesse lodaçal Sou daquele tempo da Brancura
Procurando no mal o que o bem não te deu Que os fracos mandavam
Os fortes para a sepultura
Com gargalhadas alegres e perfumes
Levas os pacatos coitados ao fim Quando eu fui pra Mangueira
És uma garça sem ninho e pensas Noel Dizia, que o revólver veio
Que o lodo é o teu bom caminho Pra acabar com a valentia
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Meu deus amanhã cedo, se acaso ela voltar Tu manchaste meu nome
Me diga o que fazer pra gente não brigar Me levaste ao tribunal
Meu deus, meu coração vive a me torturar Tens piedade, confessa a verdade
Cansado de sofrer, de tanto te esperar A justiça divina me dará a liberdade
A insônia leva-me a loucura, faz da noite uma tortura Um juiz pode me condenar
Quando se espera por alguém voltar Mas um dia se abrirá a prisão
Onde anda aquela criatura E o remorso que há de te acompanhar
A minha triste figura é o retrato da desilusão Deste não terás libertação
Dói no peito a ingratidão, eu não merecia isso não
Volta meu amor, tens o meu perdão
Não há motivo pra nossa separação
Por isso volta meu amor, tens o meu perdão LÁGRIMA SEM JURI
Ainda há tempo pra reconciliação Nélson Cavaquinho e Fernando Mauro
Intérprete: Nélson Cavaquinho
A minha mágoa quase deformou meu rosto Eu sinto que o nosso amor hoje caiu no esquecimento
Repare bem que não é pouco o meu desgosto Seus olhos só querem ver meu sofrimento
Depois de tantos anos perdi meu grande amor Enquanto você sorri eu vou chorando em minha prece
Não cante agora que é demais a minha dor Implorando ao criador pra ver se você me esquece
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Na hora da mesa farta não se julga a companheira Quando eu morrer deixarei minha fama
Às vezes por uma carta se perde a fortuna inteira Deixarei no mundo quem me ama
Pois quando nos falta o vinho e quando se falta o pão As lágrimas que rolam em meu rosto
É que se vê que um carinho é feito de coração Não sabem dizer qual é o meu desgosto
Vai por mim, que encontrarás no meu caminho Graças à Deus minha vida mudou
Flores e bondade, amor e paz Quem me viu, quem me vê, a tristeza acabou
Sofri com resignação Contigo aprendi a sorrir
Mas hoje em dia eu não sofro mais Escondeste o pranto de quem sofreu tanto
Só posso agradecer a Deus o Criador Organizaste uma festa em mim
Que me deu tudo que mereço É por isso que eu canto assim
Estou tranqüila com o meu amor
Meu coração é terra que ninguém passeia Agora que eu paro pra pensar
Tu és igual a quem traiu Jesus na ceia Mas deixe a vida caminhar
Minha honestidade vale ouro É muito tarde pra pedir perdão
Foi Deus quem me deu este tesouro O amor eu maltratei no meu passado
Sou companheiro, não mereço Quanto peito magoado há de sorrir da minha solidão
Ser trocado por dinheiro Bem sei que é por isso que padeço
Com o desprezo que mereço
O remorso algum dia vem te procurar Dos corações que sempre magoei
Serei teu amigo, hei de te perdoar Que Deus perdoe os pecados meus
Tu nunca soubeste ser bom companheiro Porque a vida está me dizendo adeus
És como Judas que trocou Cristo por trinta dinheiros
Sei que já paguei os erros do passado
Tanto desprezei que vivo desprezado
MINHA PAZ Só o que desejo agora no meu fim
Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito É que alguém venha chorar por mim
Intérprete: Guilherme de Brito
Fui tão bom pra ela, dei meu nome a ela Se você soubesse esconder a sua mágoa
Tudo no princípio eram flores Os seus olhos não estariam rasos d água
Sem saber que eu era demais entre seus amores Quando eu sinto vontade de chorar
Quase passei fome para honrar seu nome Finjo me alegre pra ninguém me criticar
Tropecei nos erros de uma mulher sem alma Não é só você que não tem felicidade
Mas eu não perdi a calma Eu também estou me acabando
E não gozo a mocidade
Eu não sei por que isso acontece em minha vida
Mais uma ferida no meu peito a sangrar Sempre me afastei de quem nasceu pra reclamar
Só a minha fé é que me traz consolação Não vem falar, não vem chorar perto de mim
Pra tanta humilhação que eu vivo a suportar Escondo a minha dor pois eu não sei o mal que fiz
Eu gosto de fingir que estou feliz
NAIR
Nélson Cavaquinho
Intérprete: Galo Preto NÃO FAÇA A VONTADE A ELA
Nélson Cavaquinho
Choro Intérprete: Nélson Cavaquinho
Pelo amor de deus não me olhes assim Quando eu estava na flor da idade
Vejo nos seus olhos humilhação Sei que me tinhas amizade, sempre sorrias para mim
Já sei que não gostas mais de mim Sinto saudades daqueles beijos de outrora
Zombas por eu ter perdido a mocidade
Aceito teu adeus,como se aceitasse a paz Não tardas em me dizer que vais embora
Não será surpresa se não me quiseres mais
Nesse mundo de deus tudo pode acontecer Eu faço tudo para não te ver contrariada
Porque que eu não posso te esquecer Sempre soube te prezar, ó minha doce amada
Não te dói a consciência em eu ser sacrificado?
Será que tens coragem de me deixar abandonado
Não conte com amigos, amigos não são todos O nome de mulher é tão sagrado
Alguns só sabem lhe chamar para beber Mulher é nome pra ser respeitado
Mas se lhe encontrarem com fome fogem de você A cobra não morde uma mulher gestante
Porque respeita seu estado interessante
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Todos nós erramos, mas é bom não errar Palavras mal ditas, aquelas que eu ouvi de ti
É um conselho que eu vou te dar Da mesma boca que me fez sonhar
Não devo me humilhar, Deus não me ensinou assim Dos mesmos lábios que eu gostava de beijar
Talvez aprenda a ser igual a mim Agora vá em bora, não quero mais te ouvir falar
Sempre eu falei a vida muda, aqui vai a minha ajuda
Vamos juntos caminhar até o fim Eu não perdôo a sua ingratidão pro nosso coração
Não me ouviu um só minuto e no desespero eu escuto Nem tudo é como se deseja
Você chamando por mim Eu não errava quando te dizia
A mão que acaricía é a mesma que apedreja
Os teus olhos cansam de chorar Foi um fracasso quando subiste ao palco iluminado
E me fazem admirar as tuas faces que não tem cor Sem ter ninguém para erguer teu braço
Que será que te faz penar querendo assassinar o teu valor Nesse teu show tão vaiado
Se eu te pudesse valer não te deixava morrer Da tua fama só resta um pouco de melancolia
Nos braços de algum sedutor Tu tinhas que te levantar da cama
Hoje o teu nome não dá bilheteria
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Caiu o pano sobre o cenário que era multicor Vai, antes que os vizinhos saibam
Como empresário desse nosso amor Vai, antes que tu me enganes outra vez
Fui teu amigo e te avisei O teu nome deve ser pecado
Te vi sozinha sem ter ninguém para te acompanhar Se eu pudesse, esqueceria o teu passado
Quando senti que iam te vaiar em vez de rir, chorei
Vai antes que os outros me apontem
Antes que eu morra de vergonha de te perdoar
PALHAÇO Vai, antes que o sol transforme em pedra
Nélson Cavaquinho, Washington e Oswaldo Martins O lamaçal que tu trouxeste para dentro do meu lar
Intérprete: Nélson Cavaquinho
Assim como nasce uma flor, que ninguém consegue explicar Hoje não é dia primeiro de abril
Nasce também o amor que não devia acabar Com essa cara, outra vez você mentiu
Eu como não sei de onde vim e também não sei pra onde eu vou Não sou otário, nasci na Lapa
Vivo indeciso assim, mas vou cantando onde estou Você não pode me enganar
Mentir assim é de amargar
Sei que existe a força do mal habitando mil corações Eu não mereço tanta ingratidão assim
Existe também o carnaval me mostrando um rei de ilusões Parece até que você quer ver o meu fim
Mas o que é bom ninguém faz, o bem ninguém quer praticar Não faça mais isso comigo senão eu lhe darei castigo
E se existe a pomba da paz, os homens vão matar Quando me zango sou um perigo
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Mas depois que o tempo passar QUEM CHORA TEM SEMPRE RAZÃO
Sei que ninguém vai se lembrar que eu fui embora Guilherme de Brito e Nélson cavaquinho
Por isso é que eu penso assim Intérprete: Nélson Cavaquinho
Se alguém quiser fazer por mim que faça agora
Chorar não é vergonha não
Me dê as flores em vida, o carinho, a mão amiga Quem chora sempre tem razão
Para aliviar meus ais Alguns choram de alegria
Depois que eu me chamar saudade E outros por não terem
Não preciso de vaidade, quero preces e nada mais O pão de cada dia
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Saudade és a minha inimiga mais perigosa Se eu sorrir meu pranto nunca virá
Saudade abandones o meu peito, não sejas teimosa Se eu cantar minha alegria virá
Sofri o revés pela primeira vez na vida Hei de resistir essa paixão que me domina
Vivo tão distante da minha querida Chega de chorar, pois sofrer é minha sina
Saudade seja minha amiga
Meu criador olhai o meu sofrer
Quando o amor chega a saudade logo vem Não perco a esperança de vencer
E a gente é feliz por ter aquilo que convém Eu amei tanto e não venci
Mas o amor se foi e não deseja mais voltar Só Deus sabe o que eu sofri
E a saudade não quer me abandonar Vou dar por terminada esse minha triste sina
Porque amar foi a minha ruína
SE EU BEBO
Nélson Cavaquinho SE ME DER ADEUS
Intérprete: É com esse que eu vou Nélson Cavaquinho e Amado Régis
Intérprete: Jorge Veiga
Se eu bebo é porque posso beber
Se eu gasto é por que posso gastar Se me der adeus
Bebida não me atrasa É um favor que você faz
Se eu caio na Na minha vida, criança louca
Sempre você foi demais
A bebida é um prazer, só quem bebe pode dizer
Uns bebem por alegria, outros bebem até pra sofrer Na sua juventude só me trouxe amargor
Bebida foi a mulher que ficou Gostei de uma criança que só me trouxe amargor
No lugar daquela que me abandonou Adeus, adeus, adeus, aceito sem pesar
Dê o seu rosto para quem quiser beijar
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SINAL DE PAZ
Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito
SEMPRE ALGUÉM Intérprete: Jurema
Nélson Cavaquinho e Joaquim Vaz de Carvalho
Intérprete: É com esse que eu vou Teu sorriso me traz tanta alegria
É um sinal de paz que eu quero todo dia
Um dia como a flor caí Te perdi com os olhos rasos d´água
E como um pecador menti Mas felizmente agora não tenho mágoa
Tal qual um perdedor fugi
Com medo da verdade, tão cego e sem razão Apelei pra tua consciência
Sofri demais na tua ausência
Não desejo a ninguém todo o mal que passei Pensei em me vingar
Nem a dor que sofri Mas a tua volta me transformou
Mas pro erro e pro mal sempre resta o perdão Meu anjo bom vamos viver em paz
E sempre alguém pra oferecer a mão Que é bem melhor do que brigar
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TENHA PACIÊNCIA
Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito
Intérprete: Clara Nunes VELHICE
Alcides Malandro Histórico e Nélson Cavaquinho
Tenha paciência meu amor Intérprete: Pedro Miranda
A fé é tudo nesse mundo
Estamos com nosso Senhor Vejo você hoje em dia acabada
Deus o Criador do céu, da terra e do mar Quem te viu quem te vê quando eras amada
Há de dar forças para a gente caminhar Hoje a velhice apoderou-se de você
Vamos pra bem longe da maldade Eu não sinto saudade da mocidade
Deus que nos guie em direção à bondade E nem vivo a sofrer
Assim diz você, assim diz você
Vai por mim, é sempre assim
Quando se é feliz tem sempre alguém Vá te mirar no espelho e veja como estás velha
Para nos invejar e aconselhar Estas no último degrau da vida
Mas essa gente só quer nos separar Não vou zombar de você porque também vou pra lá
Mais tarde a velhice de mim vai se apoderar
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Os meus amigos não respeitam minha mágoa Vou partir não sei si voltarei
Eu sinto os meus olhos rasos d'água Tu não me queiras mal, hoje é carnaval
O meu sorriso vai e a saudade vem
Eu não sou o primeiro a sofrer por alguém Partirei para bem longe, não precisas te preocupar
Já vem a saudade outra vez me visitar Só voltarei pra casa quando o carnaval acabar,acabar
Que visita triste, só me faz chorar
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Eu já vi o Tiburcio, um dia sereno contar seu passado A arma do covarde é o suicídio, eu sei
Tão triste coitado, lembrou seus amores É um erro que eu sempre condenei
Nos dias de flores que o tempo destrói Existe sempre alguém que troca a vida pela morte
O Tiburcio maluco hoje carrega água tão cheio de mágoa Peço sempre a Deus pra não me dar essa sorte
Com a garotada lhe dando pedrada Quiseram viver eternamente
Sem saber que na guerra ele foi um herói Servindo de exemplo a essa gente
Eu vivo sempre só, tão desgostoso
Mas acho meu viver tão precioso
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