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ELETROTÉCNICA E COMANDOS

ECOM2

Turma : Técnico em Controle e Automação


2º semestre 2019
Professora Suzy Nogueira
Potencial Elétrico
 Consideremos um campo elétrico originado por uma
carga puntiforme Q. Define-se como potencial elétrico
VA , num ponto A desse campo, o trabalho realizado pela
força elétrica, por unidade de carga, para deslocá-la
desse ponto A até o infinito
Diferença de Potencial
 Por exemplo, dois reservatórios que tenham diferentes
níveis de água interligados por uma mangueira
apresentam uma diferença de potencial (ddp).
 Para termos um movimento de água, é necessário um
desnível de água (pressão).
Diferença de Potencial
 A carga elétrica tem a propriedade de atração ou
repulsão entre prótons e elétrons;
 Devido à propriedade de atração e repulsão, quando
oferecemos um potencial positivo, este tende a atrair os
elétrons, causando um movimento ordenado deles em
um único sentido e direção;
 Quando uma carga for diferente da outra, haverá entre
elas uma diferença de potencial (ddp).
Movimento dos Elétrons
 Nos metais, os elétrons das últimas camadas são
fracamente ligados a seu núcleo atômico, podendo
facilmente locomover-se pelo material. Geralmente, este
movimento é aleatório, ou seja, desordenado, não
seguindo uma direção privilegiada
 Quando o metal é submetido a uma diferença de
potencial elétrico (ddp), como quando ligado aos dois
pólos de uma pilha ou bateria, os elétrons livres do metal
adquirem um movimento ordenado.
Corrente elétrica
 A esse movimento ordenado de elétrons damos o nome
de corrente elétrica.
Intensidade da Corrente elétrica
 Se você conseguisse contar a quantidade de elétrons (n) que
atravessa uma região plana de um fio em 1 segundo poderia
afirmar que a intensidade da corrente elétrica é dada por:

Onde :
Δq é a quantidade de carga que atravessa
a secção reta do condutor num
determinado intervalo de tempo (Δt).

A unidade padrão no SI para medida de


intensidade de corrente é o ampère (A = C/s).
Sentido da Corrente elétrica
 Uma corrente convencional é
Sentido Convencional
tratada como um fluxo de
cargas positivas. As cargas se
movem no sentido do campo
elétrico.
 Em um condutor metálico, as
Sentido Real
cargas em movimento são
elétrons – mas a corrente
ainda aponta no sentido do
movimento de cargas
positivas.
Corrente elétrica
 Como obter uma corrente elétrica?
 Para obtermos uma corrente elétrica precisamos de um circuito
elétrico, composto por:
 Gerador;
 Condutor e
 Carga
Circuito Elétrico
Orienta o movimento
GERADOR dos elétrons

Assegura a transmissão
CONDUTOR
da corrente elétrica.

CARGA Utiliza a corrente elétrica


(transforma em trabalho)

Para que haja corrente elétrica


Gerador é necessário Carga
que o circuito esteja fechado.
Circuito Elétrico
 O sistema formado por um fio condutor com as
extremidades acopladas aos polos de um gerador é
considerado um circuito elétrico simples, no qual a
corrente elétrica se dá através do fio.
 No fio condutor os elétrons se deslocam do polo
negativo para o pólo positivo. Nesse deslocamento há
perda de energia elétrica, devido a colisões dos elétrons
com os átomos do material.

A figura mostra a representação


gráfica de um circuito elétrico
contendo um gerador, uma
lâmpada e fios condutores.
Tipos de Corrente Elétrica
 Existem dois tipos de corrente elétrica:
Corrente Alternada e Corrente
Contínua:
 A corrente alternada ou CA, como o
próprio nome diz, é a corrente elétrica
na qual a intensidade e a direção são
grandezas que variam ciclicamente com o
passar do tempo, ao contrário da
corrente contínua, CC, que tem direção
bem definida e não varia com o tempo.
Em outras palavras, na corrente contínua,
o fluxo de elétrons se dá em um único
sentido, já na corrente alternada, a
corrente circula ora num sentido, ora no
outro.
Resistores
 De onde provém o calor fornecido por aparelhos como ferro
elétrico, torradeira, chuveiro e secadora elétrica? Por que a
lâmpada fica quente depois de acesa?

 Condutores com essa característica são denominados resistores.


Efeito Joule
 Efeito Joule O efeito Joule é a transformação da energia
elétrica em energia térmica, quando corrente elétrica
atravessa um condutor. Este efeito é provocado pelos choques
entre os elétrons em movimento ordenado e a restante
estrutura do condutor elétrico. Este energia térmica é
transferida para o exterior do condutor através de calor.
 É o mesmo principio utilizado para aquecer a água do nosso
chuveiro ou aquecer um forno elétrico. Porém em muitos
casos na eletrônica, esse efeito torna-se uma perda para o
sistema em forma de calor.
Resistência
 A oposição à passagem de corrente é chamada de resistência
elétrica. Todo material possui uma certa resistência elétrica,
isso ocorre devido ao “choque” dos elétrons nos átomos
durante a movimentação. O efeito causado por essa oposição
é o calor. Determinados átomos oferecem maior resistência à
passagem dos elétrons, produzindo mais calor.
 A unidade de Resistência elétrica é o Ohm cujo o símbolo é
representado pela letra grega “Omega” (Ω).
Resistência
 A resistência elétrica R depende de três fatores:
 comprimento do condutor ℓ;
 área da secção reta transversal do condutor A;
 material que ele é feito (resistividade ρ)

ℓ característica do material
R=ρ (não depende das dimensões
A do mesmo)
resistividade
varia com a temperatura
Resistores
 O resistor é construído de tal forma que tenha uma
resistência conhecida para que possa ser aplicado no circuito.
Além da resistência conhecida, o resistor também é
construído para uma potência desejada. Isso vai depender do
material e tamanho do resistor.
Exemplos de resistores
Lei de Ohm
 Georg Simon Ohm (1789-1854) fez diversos testes para verificar a
relação entre tensão, corrente e resistência. A primeira lei de Ohm é
formulada como:

 “A corrente que flui por um resistor é proporcional à


tensão aplicada e inversamente proporcional ao valor de sua
resistência”.
Lei de Ohm
 O físico e professor universitário alemão Georges Simon Ohm
(1787-1857) verificou experimentalmente que para alguns
condutores, o quociente entre a ddp U e a correspondente
intensidade i da corrente elétrica é constante e que essa constante
é a resistência R do resistor.
 Define-se como resistência elétrica R do resistor o quociente da
ddp U aplicada pela corrente i que o atravessa.
Primeira Lei de Ohm
 A relação U=Ri se transformou na primeira lei da
eletrodinâmica, conhecida como Lei de Ohm. Todo
resistor que obedece à Lei de Ohm é denominado
resistor ôhmico, cujo gráfico U x i é o seguinte:
Primeira Lei de Ohm
 Para resistores que não obedecem à 1a Lei de Ohm,
conhecidos como condutores não-ôhmicos ou não-
lineares, o gráfico U x i pode ser representado como a
seguir:
Potência elétrica
 Num chuveiro elétrico em funcionamento, que quantidade
de energia elétrica é transformada em calor por segundo?
Será que tanto no inverno quanto no verão essa quantidade é
a mesma?
 Em Eletrodinâmica, a quantidade de energia transformada
por unidade de tempo é denominada potência elétrica.
Potência elétrica
 A partir de P = U2/R pode-se
entender o que acontece no
chuveiro elétrico quando a chave é
mudada da posição de inverno para
a de verão.

 No inverno, a potência dissipada


pelo resistor do chuveiro deve ser
maior que no verão, portanto, como
U é constante, a resistência do
chuveiro é menor.

 Observe que nesse caso circula pelo


resistor do chuveiro uma corrente
maior do que aquela que circula com
a chave na posição de verão.
Lei de Ohm
 Podemos relacionar matematicamente a Lei de Ohm :

Lembrando que V=U, ou seja a tensão elétrica


Associação de resistores
Resistores em Série
Nesse tipo de associação, a corrente elétrica percorre todos os
resistores antes de retornar à tomada.
Resistência equivalente de um circuito em
série
A introdução da resistência equivalente em um circuito não modifica o
valor da corrente elétrica, temos:

U=Ri
Sabendo que U = U1+ U2 + U3, temos:

Req .i = R1 .i + R2 .i+ R3 .i

Dividindo os membros da igualdade pela corrente i, temos:


Req = R1 + R2 + R3
Em geral, numa associação de resistores em série,
a resistência equivalente Req é igual à soma das
resistências individuais.
Resistores em paralelo
• Quando vários resistores estão associados em paralelo, a ddp entre os
terminais de cada resistor é a mesma e, conseqüentemente, a ddp
entre os terminais da associação também é a mesma. Nesse tipo de
associação, os elétrons retornam à tomada cada vez que passam por um
resistor.
 De acordo com a 1ª Lei de Ohm, a corrente que atravessa
cada um dos resistores é inversamente proporcional à
respectiva resistência.
 E a corrente total que atravessa o conjunto de resistores em
paralelo é igual à soma das correntes que atravessam cada
resistor individualmente.
Resistência equivalente de um circuito em
paralelo
Corrente elétrica
 AMPERÍMETRO é o instrumento que fornece o valor da intensidade da
corrente elétrica. Quando a corrente elétrica é muito pequena, o
aparelho usado para a sua medida é o galvanômetro. Trata-se de um
aparelho semelhante ao amperímetro, só que bem mais sensível, com
capacidade para efetuar

Montagem de um
Amperímetro de Alicate amperímetro num circuito
Bancada amperímetro elétrico

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