Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ESTÍMULO A MOTIVAÇÃO
ANUÁRIO DA PRODUÇÃO DE
INICIAÇÃO CIENTÍFICA DISCENTE
Vol. 13, N. 17, Ano 2010
Correspondência/Contato
Alameda Maria Tereza, 2000
Valinhos, SP - CEP 13278-181
rc.ipade@unianhanguera.edu.br
pic.ipade@unianhanguera.edu.br
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
O presente artigo tem como objetivo evidenciar a relação entre a adoção da Administração
Participativa e o nível motivacional dos colaboradores, através da conceituação dos
termos: Administração Participativa e Motivação; descrição das principais teorias
motivacionais (Maslow, Herzberg e McGregor); relato da influência da Administração
Participativa em cada teoria motivacional proposta.
3. METODOLOGIA
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 291
A Administração Participativa foi amplamente divulgada nos anos 60, pois foi
nessa época que o pesquisador americano Rensis Likert fez uma comparação do modelo
tradicional com o modelo participativo. Como resultado, foi criado um modelo de
administração composto por 4 sistemas dividido:
Sistema 1
Sistema 2
"Autoritário Coercitivo"
"Autoritário Benevolente"
É um sistema administrativo autocrático e forte,
É um sistema administrativo autoritário que
coercitivo e arbitrário, que controla rigidamente tudo
constitui uma variação atenuado do sistema 1. No
o que ocorre dentro da organização. É o sistema
fundo, é um sistema 1 mais tolerante e menos rígido.
mais duro e fechado.
Sistema 3
Sistema 4
"Consultivo"
"Participativo"
Trata-se de um sistema que pende mais para o lado
participativo do que para o lado autocrático e É o sistema administrativo democrático por
impositivo. Representa um gradativo abrandamento excelência. É o mais aberto de todos os sistemas.
da arbitrariedade organizacional.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
292 Administração participativa como estímulo a motivação
Não se pode esquecer que a alta gestão abre mão de poderes para administrar a
descentralização. Para tanto, é preciso que as pessoas estejam preparadas, tendo as
informações certas, avaliando cada alternativa, deixando seus próprios desejos e
benefícios de lado para a melhoria e proveito da organização. O gestor fica mais livre para
desenvolver novos negócios, dando espaço aos colaboradores para autogerenciarem as
atividades do dia a dia.
5. MOTIVAÇÃO
A palavra motivação deriva do latim motivus, movere, que significa mover. “Em seu
sentido original, a palavra indica o processo pela qual o comportamento humano é
incentivado, estimulado ou energizado por algum tipo de motivo ou razão.”
(MAXIMIANO, 2007, p. 201). No contexto geral, motivação está categoricamente ligada ao
comportamento humano, sendo assim, motivação representa o comportamento humano
em busca de algo, movimentando-se para sua realização.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 293
persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. A
motivação concebe a ação de forças ativas e impulsionadoras as necessidades humanas.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
294 Administração participativa como estímulo a motivação
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 295
Para a Teoria Y, as pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer; as pessoas
não são por natureza passiva ou resistente as necessidades organizacionais; as pessoas
têm motivação básica, potencial de desenvolvimento, capazes de assumir
responsabilidade e as pessoas são criativas e competentes.
Não se pode dizer que a Teoria Y seria liberdade excessiva ou falta de controle
nas organizações. A Teoria Y é uma forma diferenciada de administrar os recursos
humanos dentro do ambiente organizacional.
Mas para que isso ocorra com eficácia e se torne um instrumento útil e preciso
para a empresa, o colaborador deve se sentir motivado com seu trabalho ao ponto de ser
responsável pelas atribuições e decisões que a ele pertencem.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
296 Administração participativa como estímulo a motivação
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
Ana Carolina Santos Gugliotti, Gabriella Batista de Oliveira, Camila Macedo Ribeiro, Deivid Elias de Almeida, Lucilene Regina Marques Herculano 297
Da mesma forma como ocorre no último nível, o colaborador tem sua auto-
realização, para desenvolver seu potencial como ser humano e sua criatividade ele terá
mais disposição e motivação para tomar decisões e para opinar para o bom
funcionamento da empresa.
É de suma importância ressaltar que se o estímulo salarial não vem o trabalho não sai.
Contudo o salário passa a ser o único estímulo válido para a Teoria X, pois prevalece
sempre o ambiente de desconfiança, de vigilância e de controle, tirando-se das pessoas
qualquer possibilidade de iniciativa ou de escolha sobre a maneira de trabalho ou
realização de tarefas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298
298 Administração participativa como estímulo a motivação
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Eunice M.L. Soriano de. Psicologia: introdução aos princípios básicos do
comportamento. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Psicologia aplicada a administração de empresas: psicologia do
comportamento humano na empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1976.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 3. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2004.
FERREIRA, Ademir Antônio; REIS, Ana Carla Fonseca Reis; PEREIRA, Maria Isabel. Gestão
Empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de
empresa. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
FIORELLI, J. O. Psicologia para administradores. São Paulo: Atlas, 2004.
HERSEY, Paul; BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para administradores:a teoria e as técnicas
da liderança situacional. E.P.U. Pedagógica e Universitária LTDA,São Paulo,1986.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução a administração. São Paulo: Atlas, 2008.
______. Fundamentos de administração: manual compacto para as disciplinas TGA e introdução à
administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
______. Teoria geral da administração: da escola científica à competitividade na economia
globalizada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
______. Introdução à administração. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
ROBBINS, S. P. A verdade sobre gerenciar pessoas. São Paulo: Pearson Education, 2003.
SAWREY, J. M.; TELFORD, C. W. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Livro Técnico e
Científico, 1976.
TEIXEIRA, Hélio Janny; ANDREWS, Cristina Windsor. Participação da comunidade e qualidade
de ensino: algumas considerações sobre o papel do poder público. São Paulo: Revista de
Administração, 1998.
Anuário da Produção de Iniciação Científica Discente • Vol. 13, N. 17, Ano 2010 • p. 289-298