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INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA

CAMPUS CAJAZEIRAS

Estradas e transportes II – Aula 1


Professora: Cinthya Santos
Uma vez elaborado o Projeto Geométrico da estrada no
escritório, passa-se à Locação, que é a materialização do
Projeto no campo. Assim como o Projeto, também a Locação
é feita em duas fases:

... (Exploração→) Projeto Básico→ Locação →Projeto Final


de Engenharia→ Relocação (→Construção)
Considerações gerais

• Nas rodovias de pista simples e mão dupla, o projeto geométrico é


realizado com o traçado do eixo longitudinal posicionado no meio da
pista (entre as faixas de tráfego de sentidos diferentes), o qual
chamamos de “linha de projeto” ou simplesmente “LP”; é este eixo que
será locado, denominando-se “linha locada” ou “LL”.
• Normalmente adota-se a locação “seguida” (uma só equipe
executa o serviço estaca após estaca, locação “a vante”), sendo que a
única exceção é a locação dos ramos de transição (ver no item
específico).
• A distancia entre as estacas a serem locada varia segundo o grau
de precisão requerido.
Projeto Básico Projeto Definitivo

Locação de:
Nas tangentes Estacas inteiras Estacas inteiras e +10,00m
(20/20m) (10/10m)
Nos ramos de Est. frac.(10/10m) RC.CIRC ≤ 100m, Est. frac. (5/5m)
transição
RC.CIRC > 100m, Est. Frac. (10/10m)
Nas curvas R ≤ 300m, estacas R ≤ 100m, est. int., +5,00, +10,00 e +15,00m
circulares int. e + 10,00m (5/5m)
(10/10m)

100m < R ≤ 300m, estacas int. e +10,00m


(10/10m)
R > 300m, estacas R > 300m, estacas int. e +10,00m (10/10m)
int.(20/20m)

Nas curvas Estacas int. e Estacas inteiras e +10,00m (10/10m) (*)


verticais +10,0m (10/10m)
Locação das tangentes

A primeira providência é a amarração, no campo, das


estacas-estação, a partir das quais se procederá à
locação das demais. Naturalmente deve haver, no
campo, elementos (marcos, elementos que estejam
também indicados na planta do Projeto, etc) que
possibilitem sua locação.
Locação das curvas simples

Existem dois processos: “locação por deflexão”e


“locação por interseção”. No Brasil o comumente
adotado é o primeiro, tanto nos traçados rodoviários
como ferroviários. Além disso, o segundo método
necessita da locação dos PIS , a partir dos quais serão
locados os PCS e PTS ; essa situação nem sempre é
possível de se efetuar, mas apenas em caso especiais,
onde o primeiro método também pode ser utilizado.
Traçado do perfil

Terminada a locação, faz-se o nivelamento e o


contranivelamento (para a verificação do primeiro) das
estacas de centro (piquetes) marcadas no terreno; tais
serviços deverão ser realizados por equipes e aparelhos
diferentes.
É possível, então, traçar-se o perfil do terreno a partir
dos valores das cotas em cada estaca, obtidos
diretamente da caderneta de nivelamento .
Offsets

Terminada a locação do eixo da estrada (L.L.), feito o


nivelamento (e contranivelamento) das estacas de centro
(piquetes de locação), procede-se ao levantamento de
seções transversais; em cada estaca, a extensão para
cada lado do eixo dependerá da altura do corte/aterro e
da inclinação transversal do terreno em relação ao eixo
longitudinal da estrada.
Offsets

Com os elementos retirados do campo desenham-se, na


escala 1/100, todas as seções da locação marcando,
nelas, a plataforma da estrada (com a superlargura e a
superelevação, nos trechos em curva).
Não esquecer de marcar, também, as banquetas de
visibilidade (cortes) e os escalonamentos dos taludes
(cortes e aterros), onde for necessário.
Offsets
Offsets
Prepara-se , então, a seguinte caderneta de campo:
Offsets

- Sequência dos trabalhos:



locação

nivelamento e contranivelamento dos piquetes de locação da
linha de eixo (L.L.)

traçado do perfil do terreno

traçado do greide de locação

levantamento de seções transversais

marcação dos offsets de corte e aterro.

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