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Sistemas
Bibliograa Básica:
• Sinais e Sistemas. HAYKIN, S.; VAN VEEN, B. 1ªEd., Bo-
okman, 2001.
• Apostila em http://pessoal.utfpr.edu.br/ebertonha.
1
Aplicações da Teoria de Sinais e Sistemas
Algumas áreas de aplicação:
- Sistemas de Comunicação (Tipos de Modulação)
- Sistemas de Controle (Modelagem e Síntese)
- Processamento de Sinais Biológicos;
- Instrumentação (Modelagem e Síntese)
- Processamento de Sinais (Audio, Video, etc)
2
Revisão de Números Complexos
Número Imaginário ou Operador Imaginário
O número ou operador imaginário, designado por j ou i (aqui
adotaremos j pois i já é usado para corrente elétrica), é denido
como:
j 2 = −1
√
Portanto: j= −1, j 3 = j.j 2 = −j , e ainda: j 4 = j 2 .j 2 = 1
Número Complexo
O número complexo é aquele que se constitui de uma compo-
nente real e outra imaginária, do tipo: A = a + jb, podendo ser
representado de 3 formas:
Forma Cartesiana: A = a + jb
√
Onde: j= −1, a = Re(A), b = Im(A)
Onde: a2 + b2 , e θ = arctan( ab )
p
C = |A| =
C =Módulo de A, e θ =Argumento de A
OBS: e = 2, 71828182...é a base natural ou neperiana.
Complexo Conjugado
O número A∗ = a − j.b, é denominado de conjugado de A.
3
Plano Complexo:
Divisão: A
B
= A.B ∗
B.B ∗
= (a+j.b).(c−j.d)
c2 +d2
= (ac+bd)+j(bc−ad)
c2 +d2
= C j(θ1 −θ2 )
D
.e
4
Propriedades do Complexo Conjugado
Considere: A e A*, então:
• A + A∗ = 2.Re(A)
• A − A∗ = 2.Im(A)
Exercícios
1. Dados: x1 = 2 + j3, x2 = 4 − j3, e x3 = 5∠0, 927
Efetuar as operações indicadas:
5
4. Calcule o módulo e o argumento dos seguintes números com-
plexos:
(a) (1 − j).(2
√ 6
+ j.2) (c) 3+j.3
1+j.2
(b) (1 + j. 3)
7. Escrever o número complexo: 1
1−j
− 1
j
na forma polar.
8. Representar os seguintes números complexos no plano com-
plexo, indicando o seus módulos e argumentos:
6
Estudos dos Sinais
Denições:
- Conjunto de Dados, ou Informações.
- Podem ser função do tempo, ou outra variável independente.
Ex.: Sinal de Densidade de Carga Elétrica - Função do Espaço.
1 {x(t) + x(−t)}
P ar{x(t)} = 2
Impar{x(t)} = 2 1 {x(t) − x(−t)}, x(t)⇔ x[n]
9
3. Sinais Periódicos e Aperiódicos
• Sinais Periódicos
Domínio Contínuo:
x(t) = x(t + mT ), ∀t, e com: m ∈ Z
Domínio Discreto:
x[n] = x[n + k.N ], com: k ∈ Z e N ∈ Z+
• Sinais Aperiódicos
- Aqueles que não são períódicos serão Aperiódicos !
10
4. Sinais Determinísticos e Aleatórios
11
Baseado no resultado anterior, podemos denir a Energia Total
e a Potência Média de um sinal de tempo contínuo como:
Energia Total de um Sinal de Tempo Contínuo:
Z T /2 Z ∞
2
E = limT →∞ x (t)dt = x2 (t)dt
−T /2 −∞
Z T /2
1
P = x2 (t)dt
T −T /2
N −1
1 X 2
P = x [n]
N n=0
12
- Um sinal é dito ser Sinal de Energia se: 0 < E < ∞
- Um sinal é dito ser Sinal de Potência se: 0 < P < ∞
- Estas classicações mutuamente exclusivas.
- Sinais aleatórios e periódicos são normalmente Sinais de
Potência.
- Sinais determinísticos e não-periódicos são Sinais de Energia.
6. Simetria Conjugada em Sinais Complexos
Dene-se o conjugado complexo como sendo: x(−t) = x∗(t)
Onde: x(t) = a(t) + jb(t), e x∗(t) = a(t) − jb(t)
Exercícios:
14
• Atraso (Deslocamento no Tempo)
x(t) ⇒ x(t − t0 ),com t0 > 0, e t0 ∈ <
x[n] ⇒ x[n − n0 ], com n0 > 0, e n0 ∈ Z
Exemplo:
15
2. Operações nas Variáveis Dependentes
Exemplos:
Amplicador Eletrônico com ganho k
Resistor, onde k, representa o valor do resistor e k.x(t),
a tensão nos seus terminais, sendo x(t), a corrente que
o atravessa.
• Adição
x1 (t), x2 (t) ⇒ y(t) = x1 (t) + x2 (t)
Exemplo:
Amplicador Somador de ganho unitário
• Multiplicação
x1 (t), x2 (t) ⇒ y(t) = x1 (t).x2 (t)
Exemplo:
Modulador AM, onde: x1 [n], x2 [n],
são os sinais modu-
lante de áudio, e uma portadora tipo senoidal.
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• Diferenciação
d x(t)
x(t) ⇒ dt
Exemplo:
Um Indutor realiza a diferenciação da corrente que o atra-
vessa, o que se traduz na tensão entre seus terminais.
d i(t)
v(t) = L dt
Onde L é a indutância do Indutor
• Integração
Rt
x(t) ⇒ −∞ x(τ )dτ
Exemplo:
Um Capacitor realiza a integração da corrente que o atra-
vessa, o que se traduz na tensão entre seus terminais.
1 Rt
v(t) = C −∞ i(τ )dτ
Onde C é a Capacitância do Capacitor
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Integrais e Derivadas Importantes
• Integração
R
k.dx = k.x
R R
k.f (x).dx = k. f (x).dx
R R R
[f (x) ± g(x)].dx = f (x).dx ± g(x).dx
xn+1
, c/ n 6= −1
R n
x .dx = n+1
e .dx = 1b ebx
R bx
sen(ax).dx = − 1a cos(x)
R
cos(ax).dx = 1a sen(x)
R
R R
u.dv = u.v − v.du
R R
u.dv = u.v − v.du
• Diferenciação
d
dx
(k) =0
d
dx
[k.u(x)] = k.u0 (x)
d
dx
[u(x) ± v(x)] = v 0 (x) ± u0 (x)
d
dx
[u(x).v(x)] = u(x).v 0 (x) + u0 (x).v(x)
d
dx
(xn ) = n.xn−1
d
dx
(ex ) = ex
d
dx
sen(x) = cos(x)
d
dx
cos(x) = −sen(x)
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Sinais Importantes
1. Sinal Degrau Unitário
Degrau Unitário Contínuo: u(t)
0 , se : t < 0
u(t) =
1 , se : t > 0
0 , se : n < 0
u[n] =
1 , se : n ≥ 0
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No Matlab o degrau unitário pode ser denido usando-se o ope-
rador relacional '>=', que retorna 1 se verdadeiro:
u=inline('(t>=0)','t')
t=(-2:0.01:2)
plot(t,u(t))
0 , se : t < 0
r(t) =
t , se : t > 0
0 , se : n < 0
r[n] =
n , se : n ≥ 0
20
3. Sinal Impulso Unitário
21
- Interpretação do Impulso como um limite:
δ∆(t) = du∆
dt
(t)
= 1,
∆ 0<t<∆
⇒ δ(t) = lim4→0(δ∆(t))
ou ainda:
1 u(t) − 1 u(t−4)
δ∆(t) = 4 4
⇒δ(t) = lim4→0(δ∆(t))
Propriedade da Amostragem
Z +∞ Z +∞
3. x(t).δ(t − t0).dt = x(t0).δ(t − t0).dt =x(t0)
−∞ −∞
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4. Sinal Exponencial
Sinal Exponencial Contínuo
Onde: s = σ + j.ω0
⇒ x(t) = K.e(σ+j.ω0).t = K.eσt.ejωt
• s = σ + j.ω , e σ > 0
⇒ Senóide Crescente
• s = σ + j.ω , e σ < 0
⇒ Senóide Decresc.
• s = j.ω , e σ = 0
⇒ Senóide
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Casos Especícos: s = σ, ou seja: s∈R
• a > 0, C > 0
⇒ Exp. Crescente
• a < 0, C > 0
⇒ Exp. Decresc.
• a = 0, C 6= 0
⇒ Constante
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Exercícios:
a) x1(t)=-2.u(t) g) x7(t)=u(t)-u(t-2)
b) x2(t)=4.u(t-2) h) x8(t)=3[u(t+2)-u(t-2)]
c) x3(t)=2u(-t-3) i) x9(t)=u(t)-u(t-1)+u(t-1)-u(t-2)
d) x4(t)=5u(t+2) j) x10(t)=x7(2t)
e) x5(t)=-3u(-t) k) x11(t)=x8(0,5t)
f) x6(t)=-6u(-t+2) l) x12(t)=x7(2t-5)
a) x1[n]=2.u[-n] g) x7[n]=2u[n]-2u[n-3]
b) x2[n]=5.u[n-2] h) x8[n]=u[n+2]-u[n-2]
c) x3[n]=-3u[-n-3] i) x9[n]=u[n]-u[n-1]+u[n-1]-u[t-2]
d) x4[n]=-3u[n+2] j) x10[n]=x7[2n]
e) x5[n]=-2u[n] k) x11[n]=x8[0,5n]
f) x6[n]=-6u[-n+2] l) x12[n]=x7[2n-5]
b) x1[n] = 2x[2n]
c) x2[n] = 3x[ 21 n]
d) x4[n] = 2δ[n + 2] − 3δ[n] + 2δ[n − 2] + 3δ[n − 3] + δ[n − 4]
e) x3[n] = 2x[n] − u[n − 2]
25
Exercícios Complementares:
b) x(t) = t + 2 ,t ≤ 0
−t + 2 , t ≥ 0
26
Estudo dos Sistemas
Sistema: Entidade que processa um ou mais sinais de entrada,
para realizar uma função, resultando em outros sinais de saída.
=> Produz uma transformação em um sinal.
- A saída poderá ser a modicação da entrada ou extração de
informações desta entrada.
- Pode ser construido com componentes físicos (realização em
hardware), ou pode ser um algoritmo (realização em software).
- Pode ser do tipo Contínuo ou Discreto .
Matematicamente: É uma transformação ou interconexão
de operações que mapeia um sinal (ou uma sequência) de en-
trada: x(t) (ou x[n]) em um sinal (ou uma sequência) de saída
y(t) (ou y[n]).
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Sistemas como Interconexão de Operações:
Visto como uma interconexão de operações pode-se chegar a um
operador global do sistema: H , onde este operador transformará
o sinal de entrada de algum modo.
Exemplo:
Considere um sistema de tempo discreto cujo sinal de saída y[n]
que seja a média dos três valores mais recentes do sinal de en-
trada x[n], ou seja:
y[n] = 13 (x[n] + x[n − 1] + x[n − 2]).
28
Alguns tipos de Sistemas:
• Sistemas de Comunicações
• Sistemas de Controle
1. Sistema de Comunicação
Um sistema de comunicação é constituido de 3 blocos bá-
sicos: Transmissor, Canal de Comunicação, e Receptor.
Canal de Comunicação: Proporciona um meio físico entre
o transmissor e o receptor. É neste canal que o sinal (ou
mensagem, ou ainda informação) sofre inuências de inter-
ferências, e ruídos.
Transmissor: Tem a função de Processar o sinal a ser
transmitido em uma forma de sinal apropriado à transmissão
através do canal. Esta operação é chamada de modulação.
Receptor: Processa o sinal recebido através do canal, de
modo a produzir um sinal que seja de algum modo próximo
do sinal original transmitido. Esta operação é chamada de
detecção ou demodulação.
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2. Sistema de Controle
Um sistema de controle é um sistema responsável por controlar
uma variável de controle de um processo, e em geral é realimen-
tado, conforme a gura a seguir.
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Propriedades dos Sistemas
- Estabilidade
- Memória
- Causalidade
- Invertibilidade
- Invariancia no Tempo
- Linearidade
1. Sistema Estável e Instável
Diz-se que um sistema é do tipo Entrada-Limitada-
Saída Limitada - BIBO (Bounded Input/Bounded
Output), Estável , se para uma Entrada limitada re-
sultar uma saída também limitada.
=> A saída do sistema não diverge se a entrada não
divergir.
Matematicamente:
32
3. Sistema Causal e Não-Causal
Um sistema é Causal ou Não-Antecipativo se a saída depender
somente de valores presentes e/ou passados do sinal de entrada.
Um sistema será Não-Causal ou Antecipativo se depender de
valores futuros do sinal de entrada.
Exemplo 1:
O Sistema de Média Móvel: y[n] = 31 (x[n] + x[n − 1] + x[n − 2])
é causal, e depende de 2 valores no passado e um no presente.
Exemplo 2:
O Sistema: y[n] = x[n + 1] + x[n] + x[n − 1])
é não-causal, já que depende de 1 valor no futuro.
4. Sistema Invertível
Um sistema é Invertível se a entrada aplicada a este pode ser
recuperada da saída.
Matematicamente:
⇒ O Sistema é Invertível se: H −1H = I
Sendo:
I o Operador Identidade, produz a saída idêntica à entrada.
H −1 é o Operador Inverso, associado é o Sistema Inverso.
Simbolicamente:
Exs:
1- Em Sistemas de Comunicações, Modulação x Demodulação.
2- y(t) = 4x(t) ⇒ z(t) = 1
4 y(t)
33
5. Sistema Invariante no Tempo
Um sistema é Invariante no Tempo se um retardo ou avanço
de tempo no sinal de entrada, levar a um deslocamento de tempo
idêntico na saída.
Isto implica que um sistema Invariante no Tempo sempre reage
da mesma maneira, independente do instante em que a entrada
seja aplicada.,
Ou seja, as características do sistema não se modicam com o
tempo, caso contrário este será Variante no Tempo .
Considere um sistema de tempo contínuo representado por:
y(t) = H{x(t)}
Suponha que a entrada seja deslocada no tempo de t0 segundos:
x(t − t0) = S t0 {x(t)}
Onde: S t0 representa o operador deslocamento no tempo de t0
segundos.
Se yi(t) for a saída do sistema para a entrada x(t − t0), então
pode-se escrever:
H.S t0 = S t0 .H
34
6. Sistema Linear e Não-Linear:
Um sistema é Linear se satiszer os princípios da homogenei-
dade e da superposição. Isto implica que a resposta do sistema
a uma soma ponderada de sinais é igual a soma ponderada das
saídas individuais de cada um dos sinais.
Matematicamente:
35
Representações no Domínio do Tempo
de Sistemas Lineares e Invariantes no
Tempo
=> Domínio do Tempo => Sinais de Entrada e Saída são
funções do tempo.
h[n] = H{δ[n]}
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=> A somatória da expressão: x[k].δ[n−k], para todo e qualquer
deslocamento k resulta em:
x[n] = ... + x[−2].δ[n + 2] + x[−1].δ[n + 1] + x[0].δ[n]+
+x[1].δ[n − 1] + x[2].δ[n − 2] + ...
Ou de forma mais concisa:
∞
X
x[n] = x[k].δ[n − k]
k=−∞
1, n = ±1
h[n] = 2, n = 0
0, outros
2, n = 0
3, n = 1
x[n] =
−2, n = 2
0, outros
Solução:
Escrevendo x[n] como uma soma ponderada de impulsos ponde-
rados e deslocados no tempo:
x[n] = 2δ[n] + 3δ[n − 1] − 2δ[n − 2]
39
Da expressão de y[n]:
∞
X
y[n] = x[k].h[n − k] = 2h[n] + 3h[n − 1] − 2h[n − 2]
k=−∞
Gracamente:
+ +
O que resulta:
0, n ≤ −2
2, n = −1
7, n=0
y[n] = 6, n=1
−1, n = 2
−2, n = 3
0, n≥4
Exemplo 1
Determine a saída de um sistema LTI, que tenha resposta ao
impulso, e entrada conforme abaixo:
1/2, n = 0
1, 0 ≤ n ≤ 2
h[n] = x[n] = 2, n=1
0, outros 0, outros
Solução:
a) Inicialmente inverter h[k], produzindo h[−k]
b) Deslocar h[−k], produzindo h[−k + n]
c,d) Multiplicar e somar através da tabela abaixo:
k -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 y[n]
n=-1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 y[-1]=0
n=0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 y[0]=0,5
n=1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 y[1]=2,5
n=2 0 0 0 1 1 1 0 0 0 y[2]=2,5
n=3 0 0 0 0 1 1 1 0 0 y[3]=2,0
n=4 0 0 0 0 0 1 1 1 0 y[4]=0
x[k] 0 0 0 0,5 2 0 0 0 0 x[k]
41
Exemplo 2
Suponha um sistema H do tipo LTI, cuja resposta ao impulso
seja a seguinte:
2, −2 ≤ n ≤ 4
h[n] =
0, outros
Solução:
a) Inicialmente inverter h[k], produzindo h[−k]
b) Deslocar h[−k], produzindo h[−k + n], ver tabela abaixo:
n\k -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 y[n]
0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 0 4
1 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 0 10
2 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 0 18
3 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 0 28
4 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 0 40
5 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 0 40
6 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 2 40
7 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 2 36
8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 2 30
9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 2 22
10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 2 12
11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 2 0
x[k] 0 0 0 0 0 0 0 2 3 4 5 6 0 0 x[k]
42
Exercício 3
Suponha um sistema H do tipo LTI, cuja resposta ao impulso
seja a seguinte:
1, 0 ≤ n ≤ 2
h[n] =
0, outros
Solução:
a) Inicialmente inverter h[k], produzindo h[−k]
b) Deslocar h[−k], produzindo h[−k + n], ver tabela abaixo:
n\k -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 y[n]
-1 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
1 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 2
2 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 3
3 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 2
4 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 1
5 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 1
6 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 2
7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 2
8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1
9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0
x[k] 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 x[k]
43
O enfoque da soma de todas as respostas ao impulso ponderadas
e deslocadas no tempo para k, só é viável se a entrada é de curta
duração, viabilizando assim a soma. Porém quando a entrada
tem uma duração longa, este enfoque já não é mais prático,
assim uma nova alternativa será apresentada.
44
Exemplo: Considere um sistema LTI de tempo discreto repre-
sentado pela resposta ao impulso abaixo:
3
h[n] = ( )n u[n]
4
Se a entrada do sistema for: x[n] = u[n], determine a saída
em: n = −5, n = 5, e n = 10.
Solução:
Usando a equação abaixo:
P∞
y[n] = k=−∞ wn [k]
∞ 10 10 4
X X 3 10−k 3 10 X 4 k 3 10 1 − ( 3 )11
y[10] = w10 [k] = ( ) =( ) ( ) =( ) .
k=−∞ k=0
4 4
k=0
3 4 1 − ( 43 )
45
Integral de Convolução - Convolução Contínua
A Soma de Convolução para os Sistemas de Tempo Discreto,
tem a sua contrapartida para os Sistemas de Tempo Contínuo,
que é a Integral de Convolução, em que a somatória de todas as
respostas ao impulso ponderadas e deslocadas no tempo para k,
agora se converte em uma integral em τ , de −∞ a +∞, conforme
mostrado a seguir:
+∞
Z
y(t) = x(t) ∗ h(t) = x(τ )h(t − τ )dτ
−∞
+∞
Z
y(t) = H{x(t)} = H{ x(τ )δ(t − τ )dτ }
−∞
46
Exemplo 1: Considere um sistema LIT de tempo contínuo re-
presentado pela resposta ao impulso abaixo:
1, 0 < t < 1
h(t) = −1, 1 < t < 2
0, outros
1, −1 < t < 1
x(t) =
0, outros
Solução:
47
2ºTrecho:R −1 < τ < t, e −1 < t R< 0
+∞ t
⇒ y(t) = −∞
x(τ )h(t − τ )dτ = −1
1.1dτ = τ |t−1 = t + 1
48
5ºTrecho:R t − 2 < τ < 1, e 2 < t < 3
1
⇒ y(t) = t−2
(−1).1dτ = −τ |1t−2 = t − 3
Resposta nal:
t + 1, −1 ≤ t ≤ 0
y(t) = −t + 1, 0 ≤ t ≤ 2
t − 3, 2≤t≤3
49
Exemplo 2: Considere um sistema LIT de tempo contínuo re-
presentado pela resposta ao impulso abaixo:
t, 0 < t < 2T
h(t) =
0, outros
1, 0 < t < T
x(t) =
0, outros
Solução:
50
2R ºTrecho: 0 < τ < t, e 0 < t < T ⇒ y(t) = −∞ x(τ )h(t − τ )dτ =
R +∞
t Rt
0
1.(t − τ )dτ = 0 1.(t − τ )dτ = t.τ − τ 2 /2|t0 = t2 − t2 /2 = t2 /2
51
Exercicio Propostos
1) Considere um sistema LIT de tempo contínuo representado
pela resposta ao impulso abaixo:
Determine a saída do sistema
−1 < t < 1 para a seguinte entrada:
t,
−1, −2 < t < −1
h(t) =
1, 1<t<2
1, 0 < t < 4
0, outros x(t) =
0, outros
−1, 0 < t < 1
t, 0 < t < 1
h(t) = x(t) = 1, −1 < t < 0
0, outros 0, outros
52
Resolução do Exercicio 4 no Matlab/Octave
dt=0.001;
t=0:dt:7;
x=(exp(-t).*(t>=0));
plot(t,x);
pause;
h=(exp(-2*t).*(t>=0));
plot(t,h);
pause;
y=conv(x,h)*dt;
plot(t,y(1:length(t)));
title('y(t)=\int x(\tau).h(t-\tau)d\tau');
xlabel('t');
ylabel('y(t)');
53
Sistemas Interconectados
Interconexão Paralelo
Resposta ao Degrau
Z t
g(t) = h(τ )dτ
−∞
Resposta à Rampa
Z t
f (t) = g(τ )dτ
−∞
54
Propriedades da Convolução
• Propriedade Comutativa
x(t) ∗ h(t) = h(t) ∗ x(t)
• Propriedade Distributiva
x(t) ∗ [y(t) + z(t)] = x(t) ∗ y(t) + x(t) ∗ z(t)
• Propriedade Associativa
x(t) ∗ [y(t) ∗ z(t)] = [x(t) ∗ y(t)] ∗ z(t)
• Propriedade de Deslocamento
Se: x(t) ∗ y(t) = c(t)
Então: x(t) ∗ y(t − t0) = x(t − t0) ∗ y(t) = c(t − t0)
• Propriedade da Largura
Se: x(t) tem largura T1e y(t) largura T2,
Então: x(t) ∗ y(t) terá largura T = T1 + T2
55
Análise de Fourier
Representação em Série de Fourier de Sinais Pe-
riódicos
Como visto um sinal de tempo contínuo periódico é do tipo:
x(t) = x(t + mT ), ∀t, e com: m ∈ Z
Sendo o Período Fundamental (T0), o menor valor de T p/ o
qual: x(t) = x(t + T ),∀t
Dois exemplos de sinais periódicos básicos são:
x(t) = cos(ω0 t + φ) x(t) = ejω0 t
∞
ck .ejkω0t
X
x(t) =
k=−∞
1
Z
ck = x(t).e−jkω0tdt
T0 T0
0, k = par
sen(kπ/2)
ck = k.π
= ±1/kπ, k = ±1, ±5, ±9, ... c0 = a0 /2 = 1/2
∓1/kπ, k = ±3, ±7, ±11, ...
Então:
P∞ jkω 0t
P∞ 1
x(t) = k=−∞ ck .e = k=−∞ [ kπ .sen(kπ/2).ejkt ]
∞
a0 X
x(t) = + [ak .cos(kω0t) + bk .sen(kω0t)]
2 k=1
2
Z
ak = x(t).cos(kω0t)dt
T0 T0
2
Z
bk = x(t).sen(kω0t)dt
T0 T0
a0 1 1
c0 = ck = .(ak − jbk ) c−k = .(ak + jbk )
2 2 2
ak = 2.Re[ck ] bk = −2.Im[ck ]
58
Série Trigonométrica de Fourier de Sinais Perió-
dicos Pares e Ímpares
Se o sinal periódico x(t) com período T0 for Par, então bk será
zero, e a série de Fourier ca:
∞
a0 X
x(t) = + [ak .cos(kω0 t)] ω0 = 2π/T0
2
k=1
Z Z
2 2
ak = x(t).cos(kω0 t)dt bk = x(t).sen(kω0 t)dt
T0 T0 T0 T0
a0 p
bk
c0 = ck = a2 k + b2 k θk = arctg( )
2 ak
59
Convergência da Série de Fourier
Um sinal periódico x(t) terá uma representação em série de Fou-
rier se atender às condições de Dirichlet
ck = |ck |.ejθk
R π/2
⇒ ak = T20 T0 x(t).cos(kω0 t)dt = 2π
2
R
−π/2
1.cos(kt)dt =
1 π/2 1
= kπ
sen(kt)| −π/2
= ( k.π ).[sen( k.π
2
) − sen(− k.π
2
2
)] = ( k.π ).sen( k.π
2
)
1 2 1 1 1
x(t) = + [cos(t) − cos(3t) + cos(5t) − cos(7t) + ...]
2 π 3 5 7
bk 0
θk = arctan( ) = arctan( ) = 0
ak ak
61
Exemplo: Determine a série trigonométrica de Fourier do sinal
periódico x(t) mostrado:
Então: x(t) = 12 + π1 ∞ 1
P
k=1 { k [1 − cos(kπ)](1 − cos(kπ).sen(kt)}
1 2 1 1
x(t) = + [sen(t) + sen(3t) + sen(5t) + ...]
2 π 3 5
62
Exemplo: Determine a série trigonométrica de Fourier do sinal
periódico x(t) mostrado:
2
= − .(0, 2079 − 1) = 0, 504
π
Z π
2 2
ak = e−t/2 .cos(2kt)dt = 0, 504.( )
π 0 1 + 16.k2
Z π
2 8.k
bk = e−t/2 .sen(2kt)dt = 0, 504.( )
π 0
1 + 16.k2
Então:
∞
a0 X
x(t) = + [ak .cos(kω0 t) + bk .sen(kω0 t) =
2
k=1
∞
X 2 8.k
= 0, 504[1 + [( 2
).cos(kω0 t) + ( 2
)sen(kω0 t)] =
1 + 16.k 1 + 16.k
k=1
∞
X 2
= 0, 504[1 + [( ).(cos(kω0 t) + 4k.sen(kω0 t))]
1 + 16.k2
k=1
63
Exercicios Propostos
Determine a série Trigonométrica de Fourier dos sinais periódi-
cos x(t) abaixo, esboçando os espectros de amplitude e fase:
a)
b)
c)
Z ∞
1 2
X
P = |x(t)| dt = |ck |2
T0 T0 k=−∞
Se: T0 → ∞, teremos:
lim x0(t) = x(t)
T0 →∞
∞
x0(t) = ck .ejkω0t
X
k=−∞
1 T0/2 0
Z
ck = x (t).e−jkω0tdt
T0 −T 0/2
65
Mas como: x0(t) = x(t), para |t| < T0 /2, e como x(t) = 0 fora
deste intervalo, então:
Z T0 /2 Z ∞
1 1
ck = x0 (t).e−jkω0 t dt = x(t).e−jkω0 t dt
T0 −T 0 /2 T0 −∞
∞ ∞
X 1 ω0
X
x0 (t) = X(kω 0 ).ejkω0 t = X(kω 0 ).ejkω0 t
T0 2π
k=−∞ k=−∞
Mas,
∞ Z ∞
1 X 1
lim { X(k∆ω).ejk∆ωt ∆ω} = X(ω).ejωt dω
4ω→0 2π 2π −∞
k=−∞
66
Pares de Transformadas de Fourier
A função X(ω) é chamada de Transformada de Fourier de x(t),
e a expressão anterior é a Transformada Inversa de Fourier, e
formam o par de transformadas de Fourier, sendo denotado por:
x(t) ↔ X(ω).
como ret( τt ) = 1, | t |< τ /2 R τ /2
⇒ X(ω) = −τ /2 1 · e−jωt dt
0, | t |> τ /2
67
mas: e−ax dx = − 1a · eax , assim teremos:
R
1 τ /2 1
X(ω) = − · e−jωt |−τ /2 = − · (e−jωτ /2 − ejωτ /2 )
jω jω
sen(ωτ /2)
X(ω) = τ · = τ · sinc(ωτ /2)
(ωτ /2)
68
Pares de Transformadas Importantes
x(t) ↔ X(ω) Condição
e−atu(t) ↔ 1 a>0
a+jω
eatu(−t) ↔ 1 a>0
a−jω
e−a|t| ↔ 2a a>0
a2 +ω 2
t.e−atu(t) ↔ 1 a>0
(a+jω)2
δ(t) ↔ 1
1 ↔ 2πδ(ω)
u(t) ↔ 1
πδ(ω) + jω
u(−t) ↔ 1
πδ(ω) − jω
69
Propriedades da Transf. de Fourier
1. Linearidade
a1 .x1 (t) + a2 .x2 (t) ↔ a1 .X1 (ω) + a2 .X2 (ω)
2. Deslocamento no Tempo
x(t − t0 ) ↔ e−jωt0 .X(ω)
3. Deslocamento de Frequência
e−jω0 t .x(t) ↔ X(ω − ω0 )
5. Inversão de Tempo
x(−t) ↔ X(−ω)
6. Dualidade ou Simetria
X(t) ↔ 2π.x(−ω)
10. Convolução
x1 (t) ∗ x2 (t) ↔ X1 (ω).X2 (ω)
11. Multiplicação
1
x1 (t).x2 (t) ↔ .X 1 (ω) ∗ X2 (ω)
2π
Z ∞ Z ∞
1
x1 (t).x2 (t)dt = X1 (ω)X2 (−ω)dω
−∞ 2π −∞
Z ∞ Z ∞
1
|x(t)|2 dt = |X(ω)|2 dω
−∞ 2π −∞
71
Resposta em Frequência de Sistemas de Tempo
Contínuo LIT
Um sistema LIT de tempo contínuo, c/ resposta ao impulso
h(t), terá uma saída y(t) em resposta a x(t):
72
Transmissão sem Distorção
Para que a transmissão através de um sistema LIT não produza
distorção, o sinal de saída deve ter o mesmo formato do sinal de
entrada, exceto pela amplitude, e estar atrasada no tempo.
Portanto se x(t) representar o sinal de entrada do sistema, e y(t)
a sua saída, esta saída será do tipo:
y(t) = K.x(t − t0 )
73
Resposta em Frequência de Circuitos RC
Usando a Transformada de Fourier
Filtro Passa-Baixas (FPB) tipo RC de 1ª Ordem
Um ltro do tipo Passa-Baixas causal pode ser implementado
como o circuito RC mostrado abaixo, onde x(t) representa a
entrada do ltro e y(t) a sua saída:
iR = iC ⇒ x(t)−y(t)
R = C dy(t)
dt
Y (ω) 1
Y (ω).(RC.jω + 1) = X(ω) ⇒ X(ω) = 1+jωRC = H(ω)
Fazendo-se ω0 = RC
1
na expressão anterior, ca:
1
H(ω) = 1+jω/ω
0
⇒ Resposta em Frequência do FPB Real.
Então, a Resposta de Amplitude e de Fase serão dadas por:
1
|H(ω)| = |1+jω/ω = 1
0|
p
1+(ω/ω0 )2
θ(ω) = − arctan(ω/ω0)
74
Filtro Passa-Altas (FPA) tipo RC de 1ª Ordem
Um ltro do tipo Passa-Altas causal pode ser implementado
como o circuito RC mostrado abaixo, onde x(t) representa a
entrada do ltro e y(t) a sua saída:
iR = iC ⇒ C d[x(t)−y(t)]
dt = y(t)
R
R.C.jω.X(ω) = Y (ω).(R.C.jω + 1)
Y (ω) RCjω 1
X(ω)
= jωRC+1 = 1+1/(jωRC)
Y (ω) 1
X(ω)
= 1+1/(jωRC)
= H(ω)
Fazendo-se ω0 = RC
1
na expressão anterior, ca:
1
H(ω) = 1+1/(jω/ω ⇒ Resposta em Frequência do FPA
0)
Real.
Então, a Resposta de Amplitude e de Fase serão dadas por:
1
|H(ω)| = |1+1/(jω/ω = p 1
0 )| 1+1/(ω/ω0 )2
θ(ω) = − arctan(1/(ω/ω0))
75
Análise de Sistemas usando a
Transformada de Laplace
A Transformada de Laplace Bidirecional de um sinal x(t) de
tempo contínuo, é denida como:
Z∞
L{x(t)} = X(S) = x(t).e−st dt
−∞
c+j∞
Z
1
L−1 {X(s)} = x(t) = x(s).est ds
2πj
c−j∞
76
Região de Convergência da Transformada
de Laplace (RDC)
O intervalo de valores da variável complexa s para o qual a
integral da expressão da Transformada de Laplace converge é
chamado de Região de Convergência (RDC).
Exemplo 1: Consideremos o sinal x(t) = e−atu(t), com a ∈ <
1 ∞ 1 1
X(S) = − e−(s+a)t |0 = − (0 − 1) =
s+a s+a s+a
Isto considerando-se que:
limt→∞ e−(s+a)t = 0
ou ainda: σ+a>0
1 0 1 1
X(S) = e−(s+a)t |−∞ = (1 − 0) =
s+a s+a s+a
78
Conclusão sobre a RDC:
Como os sinais: e−atu(t), causal, e −e−atu(−t), não-causal, pos-
suem a mesma transformada de Laplace, porém com regiões de
convergência distintas, a conclusão que se tira é:
79
Daí podemos ter uma tabela de pares de transformadas de La-
place, como temos para a transformada de Fourier.
δ(t) ↔ 1
u(t) ↔ 1
s
t.u(t) ↔ 1
s2
tn.u(t) ↔ n!
sn+1
e−at.u(t) ↔ 1
s+a
t.e−at.u(t) ↔ 1
(s+a)2
cosω0t.u(t) ↔ s
s2 +ω02
ω0
senω0t.u(t) ↔
s2 +ω02
s+a
e−at.cosω0t.u(t) ↔
(s+a)2 +ω02
ω0
e−at.senω0t.u(t) ↔
(s+a)2 +ω02
80
Propriedades da Transf. de Laplace
1- Linearidade da Transformada de Laplace
Se temos: x1(t) ↔ X1(s) e x2(t) ↔ X2(s)
Então: a1x1(t) + a2x2(t) ↔ a1X1(s) + a2X2(s)
2- Deslocamento no Tempo
x(t − t0 ) ↔ e−st0 .X(s)
3- Deslocamento no Domínio s
es0 t .x(t) ↔ X(s − s0 )
5- Inversão de Tempo
x(−t) ↔ X(−s)
7- Diferenciação no Domínio s
d
−t.x(t) ↔ ds
X(s)
Pólos e Zeros
Usualmente X(s) será uma função racional do tipo:
a0 sm + a1 sm−1 + ... + am a0 (s − z1 )...(s − zm )
X(s) = =
b0 sn + b1 sn−1 + ... + bn b0 (s − p1 )...(s − pn )
Onde: ak e bk são constantes reais, e m e n são inteiros positivos.
As raízes do numerador zk são chamados zéros de X(s), por
levarem X(s) a zero, e serão representados por um o.
As raízes do denominador pk são chamados pólos de X(s) por
levarem X(s) ao innito, e serão representados por um x.
Portanto os pólos de X(s) carão fora da RDC porque X(s) não
converge nos pólos.
Os zeros por sua vez podem car dentro ou fora da região de
convergência.
Exemplo: X(s) = s +4s+3
2s+4
2
s+2
= 2 (s+1)(s+3) .
82
Métodos de Inversão da Transformada
Inversa de Laplace
Existem vários métodos para se achar a Transformada Inversa
de Laplace, os quais serão apresentados a seguir:
83
3- Expansão em Frações Parciais
Se X(s) for expressa como uma função racional da forma:
N (s) (s − z1 )...(s − zm )
X(s) = = k.
D(s) (s − p1 )...(s − pn )
Onde:
ck = (s − pk )X(s)|s=pk
Exemplo:
Encontre a transformada de Laplace inversa de X(s) = s +4s+3
2s+4
2
s+2
ck = (s − pk )X(s)|s=pk ⇒ c1 = (s + 1)X(s)|s=−1 = 2 |s=−1 = 1
s+3
s+2
c2 = (s + 3)X(s)|s=−3 = 2 |s=−3 = 1
s+1
Logo:
X(s) = 1
s+1
+ 1
s+3
⇒ x(t) = e−t u(t) + e−3t u(t).
84
(b) Pólos Múltiplos: Se os pólos de X(s) forem múltiplos, ou
seja conter fatores (s − pi)r , onde o pólo pi tem multiplicidade r,
então a expansão em frações parciais cará:
c1 c2 cn
+ + ... +
s − pi (s − pi )2 (s − pi )r
Exemplo:
Encontre a transformada de Laplace inversa de X(s) = (s+3)(s+5)
s +2s+5 2
Solução:
s2 +2s+5 A B C
X(s) = (s+3)(s+5)2
= s+3
+ s+5
+ (s+5)2
Então:
A B C A(s+5)2 +B(s+3)(s+5)+C(s+3)
X(s) = s+3
+ s+5
+ (s+5)2
= (S+3)(S+5)2
Logo: X(s) = 2
s+3
− 1
s+5
− 10
(s+5)2
85
2º Caso: Quando X(s) for uma função racional imprópria
ou seja: m ≥ n
Neste caso por divisão de polinômios, pode-se escrever X(s)
como: X(s) = N (s)
D(s)
= Q(s) + R(s)
D(s)
Onde:
Q(s) é o polinômio quociênte, de grau m − n
R(s) é o polinômio resto de grau menor que n.
Pode-se agora achar a transformada inversa de Q(s), através
da tabela de pares de transformada, e R(s)/D(s) sendo uma
função racional própria pode ser resolvida como no item (a), ou
seja por frações parciais.
Solução:
s2 +1 s+3 s+3 A B
X(s) = s −s−2
2 =1+ s2 −s−2
=1+ (s−2)(s+1)
=1+ s−2
+ s+1
5/3 2/3
X(s) = 1 + s−2
− s+1
⇒ x(t) = δ(t) + (5/3)e2t − (2/3)e−t
86
3º Caso: Quando X(s) for uma função racional com pólos
complexos:
Suponha agora que σ − jω, e σ + jω, sejam um par de pólos com-
plexos conjugados, neste caso a expansão por frações parciais de
X(s) permite escrever os seguintes termos associados ao par de
pólos:
C1 C1 B1 s+B2 B1 s+B2
+ = =
s−σ−jω0 s−σ+jω0 (s−σ−jω0 )(s−σ+jω0 ) (s−σ)2 +ω02
B1 s + B2 Aω0 B(s − σ)
= +
(s − σ)2 + ω02 (s − σ)2 + ω02 (s − σ)2 + ω02
Bω0 σt
↔ Be sen(ω0 t).u(t)
(s − σ)2 + ω02
.
Exemplo:
Ache a Transformada de Laplace inversa x(t) de X(s) = s +s+1)
s+1
2
Solução: √
X(s) tem um par de pólos complexos conjugados, − 2 ± j 23 .
1
87
Assim o numerador de X(s) cará:
√
N (s) = A(s + 1/2) + B( 3/2) = s + 1
√
N (s) = As + A/2 + B( 3/2) = s + 1
√ √
Então: A = 1, e A/2 + B 2
3
= 1 ⇒ B = 1/ 3
Y (s)
H(s) =
X(s)
Filtragem
Operação básica em qualquer sistema de processamento de si-
nais, permite alterar/eliminar componentes de frequência inde-
sejáveis de um sinal.
Filtros do tipo Passa-Baixas são requeridos em sistemas de aqui-
sição de dados, na etapa anterior à amostragem do sinal de
entrada, de modo a limitar da largura de faixa do espectro de
frequências deste sinal, evitando o problema de sobreposição de
espectros.
Filtros Passa-Altas são requeridos em sistemas de aquisição de
dados, na etapa posterior à conversão de digital para analógico,
de modo a suavizar o sinal de saída analógico.
89
Filtros Seletivos de Frequências Ideais
Filtro Passa-Baixas Ideal (FPB)
1, |ω| < ωc
|H(ω)| =
0, |ω| > ωc
90
Respostas de Amplitude e Fase
Denições Importantes
1. Largura de Faixa do Filtro BW (Bandwidth)
A largura de faixa BW de um ltro ideal é denido para cada
tipo de ltro como:
FPB: BW = ωC
FPF: BW = ω2 − ω1
Para o FPF se BW ω0 = ω −ω , então este será de faixa es-
2 1
treita. 2
92
Filtros Seletivos de Frequências Não-Ideais
(Causais ou Práticos)
Filtro Passa-Baixas (FPB) tipo RC de 1ª Ordem
Um ltro do tipo Passa-Baixas causal pode ser implementado
como o circuito RC mostrado abaixo, onde x(t) representa a
entrada do ltro e y(t) a sua saída:
iR = iC ⇒ x(t)−y(t)
R = C dy(t)
dt
Y (s) 1
Y (s).(R.C.s + 1) = X(s) ⇒ X(s) = 1+sRC = H(s)
Fazendo-se ω0 = RC
1
na expressão anterior, ca:
1
H(s) = 1+s/ω
0
⇒ F. T. do FPB RC 1ªOrdem.
Então, a Resposta de Amplitude e de Fase serão dadas por:
1
|H(s)|s=jω = |1+jω/ω = 1
0|
p
1+(ω/ω0 )2
θ(ω) = − arctan(ω/ω0)
93
Filtro Passa-Altas (FPA) tipo RC de 1ª Ordem
Um ltro do tipo Passa-Altas causal pode ser implementado
como o circuito RC mostrado abaixo, onde x(t) representa a
entrada do ltro e y(t) a sua saída:
iR = iC ⇒ C d[x(t)−y(t)]
dt = y(t)
R
R.C.s.X(ω) = Y (s).(R.C.s + 1)
Y (s) RCs = 1
X(s)
= sRC+1 1+1/(sRC)
Y (s) 1
X(s)
= 1+1/(sRC)
= H(s)
Fazendo-se ω0 = RC
1
na expressão anterior, ca:
1
H(s) = 1+1/(s/ω ⇒ F. T. do FPA RC 1ªOrdem.
0)
Então, a Resposta de Amplitude e de Fase serão dadas por:
1
|H(s)|s=jω = |1+1/(jω/ω = p 1
0 )| 1+1/(ω/ω0 )2
θ(ω) = − arctan(1/(ω/ω0))
94
Filtros RLC de 2º Ordem
A partir da resposta ao impulso dos ltros pode-se obter as ca-
racterísticas destes, bem como sua curva de resposta em frequên-
cia, pólos, e zeros.
Y (s)
H(s) = X(s) = Y (s)
95
Onde:
ξ é o fator de amortecimento do ltro;
ωc a freq. de corte.
Então:
1/LC 1/LC 1/LC
H(jω) = −ω 2 +jω RL + LC
1 = 1
( LC −ω 2 )+jω RL
⇒H(ω) = √ 1
( LC
−ω 2 )+(ω RL )2
1
H(ω) = q
(1 − ω 2) + ω 2
96
Filtro Passa-Altas de 2ªOrdem
Considere o circuito RLC abaixo:
Y (s)
H(s) = X(s) = Y (s)
H(s) = Z V+Z
i (s).ZL = 1.SL = S 2L
L +ZR 1 1
S 2 L+SR+ C
SC +SL+R
C
S 2
H(s) = s2+2ξω
c s+ωc2
√
Onde: ωc = 1/ LC , 2ξωc = R/L,e Q = 1/2ξ
A curva de resposta em frequência deste ltro será dada por
H(ω) obtida como:
97
Então:
√
−ω 2 −ω 2 (−ω 2 )2
H(jω) = −ω 2 +jω RL + LC
1 = 1
( LC −ω 2 )+jω RL
⇒H(ω) = √ 1
( LC −ω 2 )+(ω RL )2
H(s) = Z V+Z
i (s).R = 1
R = SR
1
L +ZR S 2 L+SR+ C
SC +SL+R
C
99
Síntese de Filtros
Para se poder sintetizar um ltro Passa-Baixas deve-se partir da
Resposta em Magnitude Quadrática: A2(ω), e sabendo-se que:
A2 (ω) = |H(jω)| = H(jω).H ∗ (jω) = H(s).H(−s)|s=jω
deriva-se a função de transferência H(s).
Ex: Determine A2(ω) se a função de transferência é:
s2 + 1
H(s) = 2
s + 4s + 2
Solução:
s2 + 1
H(−s) = 2
s − 4s + 2)
Então: H(s).H(−s) = s2 +1
. s2 +1
s2 +4s+2 s2 −4s+2)
= s4 +2s2 +1
s4 −12s2 +4
2 16(−ω 2 + 1)
A (ω) =
(ω 2 + 4)(ω 2 + 9)
Solução:
16(s2 +1)
H(s).H(−s) = A2 (ω)|ω2 =−s2 = (−s2 +4)(−s2 +9)
1
HN (ω) = p
1 + ω6
1
H(s).H(−s) =
1 − s6
√ √
Cujos pólos se localizam em: s = ±1, s = ± j , s = ± j 23 .
− 21 2
3 1
2
102
De forma sistematizada, os polinômios de Butterwoth normaliza-
dos, que constituem o denominador da F.T., podem ser obtidos
com a expressão:
Y
Bk (s) = P (s). (s2 + 2cos(θN )s + 1)
Sendo: P (s) =
1, k = par
s + 1, k = ı́mpar
• Se k =Par ⇒ θ = ±90º/k;
625
H(s) =
(s2 + 3, 827s + 25)(s2 + 9, 239s + 25)
O conduzirá a seguinte função de transferência:
625
H(s) =
(s4 + 13, 066s3 + 85, 385s2 + 326, 650s + 625)
104
Projeto de Filtros Ativos
Filtro Passa-Baixas tipo Butterwoth de 1ªOrdem
R3
A=1+ (1)
R2
R2.R3
R1 = (2)
R2 + R3
1
R1 = (3)
2.π.fC .C
105
Isolando R3 em (1), e substituindo em (2), obtém-se:
A
R2 = ( ).R1 (4)
A−1
R3 = A.R1 (5)
Se: A = 1, R2 = ∞, e R3 = 0
fc , (em µF )
O valor de C deverá ser: C = 10
Procedimento de projeto:
1- Estabelecer o ganho A;
3- Com: C = 10
fc = 10 = 10−3 µF = 1nF
10k
Se obtém: 1
R1 = 2.π.f c .C
= 1
2.π.104 .10−9
= 15, 9kΩ
107
Projetos de Filtros Ativos usando a Estrutura
Sallen-Key
A estrutura Sallen-Key se deve aos seus idealizadores, os pes-
quisadores do Lincon Laboratory do MIT, R.P.Sallen e E.L.Key.
A estrutura geral com ganho unitário e conguração inversora é
mostrada abaixo:
Z3 (s).Z4 (s)
H(s) =
Z1 (s).Z2 (s) + Z4 (s)[Z1 (s) + Z2 (s)] + Z3 (s).Z4 (s)
108
Filtro Passa-Baixas tipo Buttherwoth de 2ªOrdem
Sallen-Key
ωc2
H(s) = 2
s + ωQc + ωc2
Para o ltro ser do tipo Butterworth o ganho (A) deverá ser de:
Logo:
RB R
A=1+ = 1, 586 ⇒ B = 0, 586
RA RA
109
E a frequência de corte (fC ) será:
1
fc = √ (6)
2.π. R1.R2.C1.C2
1
fc = (7)
2.π.R.C
110
Filtro Passa-Altas tipo Buttherwoth de 2ªOrdem
Sallen-Key
s2
H(s) = 2
s + ωQc + ωc2
Mais uma vez, para o ltro ser do tipo Butterworth o ganho (A)
deverá ser de:
A = 1, 586
RB = 27kΩ.
A
1
fc = (8)
2.π.R.C
111
Filtro Passa-Faixa tipo Buttherwoth de 2ªOrdem
Sallen-Key
s
1 (R1 + R2 )
fc = (9)
2.π.C R1 .R2 .R3
Simplicando-se:
Q
R1 = (10)
2.π.f0 .A0 .C
Q
R2 = (11)
2.π.f0 .C.(2Q2 − A0 )
Q
R3 = (12)
π.f0 .C
112
Combinando-se as equações (10), e (11), obtém-se o ganho na
frequência central:
R3
A0 = (13)
2.R1
113