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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
Caderno de Instrução
CONDUÇÃO DO TIRO DE
ARTILHARIA PELO COMBATENTE
DE QUALQUER ARMA
ÍNDICE DE ASSUNTOS
Pag
CAPÍTULO 1 – PRESSUPOSTOS BÁSICOS
ARTIGO I - INTRODUÇÃO
1-1. Finalidade ..........................................................................................1
1-2. Conhecimentos Fundamentais .........................................................1
ARTIGO II - TRABALHO GERAL DO OBSERVADOR .............................3
1-3. Requisitos para um Bom Posto de Observação ...............................3
1-4. Materiais, Instrumentos e Aparelhos utilizados na Observação .......3
1-5. Alvos Apropriados para Artilharia ......................................................3
1-6. Trabalho Preparatório .......................................................................4
1-7. Execução da Missão de Tiro .............................................................4
1-8. Precisão dos Elementos ...................................................................4
1-9. Determinação de Distâncias para Correções ...................................4
1-10. Regras de Observação ...................................................................5
CAPÍTULO 2 – CONDUTA DO TIRO
ARTIGO I - CONHECIMENTOS BÁSICOS ..............................................1
2-1. Generalidades ...................................................................................1
ARTIGO II - LOCALIZAÇÃO DE ALVOS, DETERMINAÇÃO DE DISTÂN-
CIAS E TRANSPORTE ..............................................................................1
2-2. Localização de Alvos ........................................................................1
2-3. Determinação de Distâncias .............................................................2
2-4. Transporte .........................................................................................4
2-5. Exemplo ............................................................................................5
ARTIGO III - TIRO SOBRE ZONA ............................................................5
2-6. Generalidades ...................................................................................5
2-7. Ajustagem .........................................................................................6
.............................................................................................6
2-9. Missão de Tiro sobre Zona ...............................................................8
2-10. Caso Esquemático ..........................................................................8
ANEXOS
“A” PRESCRIÇÃO AOS OBSERVADORES .........................................12
“B” LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA OBSERVADOR ..........................13
“C” GLOSSÁRIO ....................................................................................14
CAPITULO 1
PRESSUPOSTOS BÁSICOS
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
1-1. FINALIDADE
Este Caderno de Instrução trata dos conhecimentos básicos necessários
ao combatente de qualquer arma sobre a técnica dos tiros de artilharia, de
morteiro ou de qualquer arma, à qual se apliquem os preceitos de conduta
dos tiros observados, expostos no manual C 6-40 – TÉCNICA DE TIRO DE
ARTILHARIA DE CAMPANHA. Contém normas para a conduta dos tiros sobre
zona e de precisão; prescrições aos observadores; regras para a observação; e
uma indicação sobre as comunicações que o combatente pode utilizar para pedir
tiros à artilharia.
1-2. CONHECIMENTOS FUNDAMENTOS
a. Generalidades
1) A observação é o recurso principal de que se vale a artilharia para obter
informes sobre o inimigo e, em particular, para localizar alvos. A missão essencial
de um observador é observar e ajustar o tiro sobre elementos que possam
interferir no cumprimento da missão da unidade apoiada. A cada observador
será atribuído um setor de observação, que inclui regiões críticas, as vias de
acesso prováveis, as área de reuniões, os limites entre as unidades e as áreas
1-1
qualquer área sobre a qual o respectivo observador avançado não disponha de
vistas. No cumprimento de suas missões normais, muitas vezes, o combatente
terá oportunidade de ocupar um local favorável em que tenha condições propícias
para observar e ajustar o tiro de artilharia.
b. Características do material de artilharia de campanha
1) OBUS 105mm M101 AR
- Alcance máximo: 11.100m
- Calibre: 105mm
- Raio de ação da granada: 30m
2) OBUS 155mm M115 A1AR
- Alcance máximo: 15.000m
- Calibre: 155mm
- Raio de ação da granada: 50m
3) OBUS 105mm M56 OTO MELARA
- Alcance máximo: 10.000m
- Calibre: 105mm
- Raio de ação da granada: 30m
4) OBUS 105mm L118 LIGHT GUN
- Alcance máximo: 17.200m (com munição assistida pode chegar a
20.000m)
- Calibre: 105mm
- Raio de ação da granada: 30m
5) OBUS 105mm M108 AP
- Alcance máximo: 11.500m
- Calibre: 105mm
- Raio de ação da granada: 30m
6) OBUS 155mm M109 AP
- Alcance máximo: 14.000m
- Calibre: 155mm
- Raio de ação da granada: 50m
1-2
ARTIGO II
transferidor;
2) Instrumentos: goniômetro-bússola (GB), bússola, binóculos, binocular,
telêmetro laser, óculos de visão noturna (OVN) e Global Position System
(GPS);
1-4
1-10. REGRAS DE OBSERVAÇÃO
a. Durante a observação dos tiros, o observador deverá estar atento as
seguintes regras:
1) Os arrebentamentos só devem ser observados quando puderem ser
vistos;
2) Observar o primeiro tiro a olho nu;
3) Ter o binóculo sempre pronto para ser utilizado;
4) Não cansar os olhos muito cedo;
5) Observar rapidamente antes da dispersão da fumaça do
arrebentamento;
6) Nunca utilizar o instrumento duas vezes para observar o mesmo
tiro;
7) Materializar sempre a linha de observação (LO) no terreno;
8) Lembrar que o tiro de peça fria (o primeiro tiro da peça) é
sempre duvidoso quanto ao alcance e por isso não serve como limite de
enquadramento;
9) Estar sempre seguro quanto a direção do vento lembrando que o
vento perpendicular a LO facilita a observação em alcance e o vento oblíquo
ou coincidente em direção com a LO no sentido observador – alvo facilita,
pela observação da fumaça, a observação de tiros curtos e no sentido alvo –
observador facilita, pela observação da fumaça, a observação de tiros longos.
10) Estudar minuciosamente o terreno.
1-5
CAPITULO 2
CONDUTA DO TIRO
ARTIGO I
CONHECIMENTOS BÁSICOS
2-1. GENERALIDADES
de ajustagens efetuadas com tiros observados. Diz-se que o tiro está ajustado
quando o alvo recebe impactos de projetis ou estilhaços, ou está enquadrado
entre limites convenientes. O uso do binóculo graduado em milésimo permite
medir, com maior precisão, o desvio em direção (esquerda ou direita) do tiro em
relação ao alvo. Em conseqüência, o emprego da fórmula do milésimo ou da
fórmula dos fatores dos senos pode-se avaliar com maior precisão a distância
(afastamento) em metros. Não dispondo de binóculo o observador deve empregar
a mão ou os dedos para medir os desvios angulares em milésimos.
ARTIGO II
1) Coordenadas
EXEMPLO – Coord (76320-45880) L 1940’’’
2-1
EXEMPLO – L 1940’’’ D 3000 Ab 85
3) Transporte
EXEMPLO - Do PV L 1940’’’ Es 280 Ab 45 Enc 400
2-3. DETERMINAÇÃO DE DISTÂNCIAS
a. O observador deve estar apto a determinar rápida e precisamente
2-2
2) Cálculo da frente quando o desvio angular entre dois pontos é inferior
a 600’’’:
EXEMPLO – Suponhamos que o ponto de referência está a 2400 metros
do observador e que um alvo surgiu 300’’’ à direita. Por meio da fórmula do
milésimo chega-se ao valor da distância da frente (F):
2-3
EXEMPLO – Suponhamos que o ponto de referência está a 2500
metros do observador e que um alvo surgiu 900’’’ à direita. Utilizando-se o fator
seno chega-se ao valor da distância da frente (F).
2-4. TRANSPORTE
a. Realizar um transporte nada mais é que locar um ponto através de
outro já previamente estabelecido. Para isso, o observador poderá fazer uso
de concentrações já batidas, pontos nítidos no terreno ou pontos levantados
2-4
2-5. EXEMPLO
Suponhamos que você é um observador e um alvo surgiu 200’’’ à direita de
uma caixa d’água. A caixa d’água, que será seu ponto de referência, está a 3000
metros e o lançamento para este ponto é 5000’’’. Você estimou que a DO para o
alvo é de 3000 metros. Qual será a localização desse alvo utilizando o processo
do transporte?
ARTIGO III
2-6. GENERALIDADES
adequados.
2-7. AJUSTAGEM
a. Generalidades
Ajustar o tiro é levar os arrebentamentos para cima do alvo. Durante
a ajustagem, apenas as duas peças do centro realizam o tiro. Para isso, o
observador utilizará, como referência para suas correções, o centro dos dois
arrebentamentos. Após o tiro ajustado, é desencadeada a concentração do tiro,
correção de direção, MC, efeitos, correção de alcance, para que os dados sejam
relocados na prancheta da C Tir, com maior precisão, para maior uso no futuro.
EXEMPLO – esquerda 20 (Es 20), MC, infantaria neutralizada, repita
alcance (R Alc).
R Alc).
4) Se qualquer elemento não estiver preciso, de modo que o efeito
50).
IMPORTANTE – O observador, entretanto, não deve interromper a
2-7
2-9. MISSÃO DE TIRO SOBRE ZONA
Mensagem Inicial do Observador
}
.............................................
Tipo de ajustagem ................................................
Projetil .................................................................. Em geral omitidos
Ação da espoleta ..................................................
Controle ................................................................ AJUSTAREI
..................................VERMELHA
Número de rajadas ............................................... POR 4
Designação da concentração (alvo) ...................... CONCENTRAÇÃO (CON) AB 102
- A localização do alvo também pode ser feita por lançamento (L) e distância
(D), uma vez informada a localização do observador para a C Tir. Ex.: L 4850’’’
– D 5000
- Não se esqueça que, para obter o lançamento, é necessário subtrair a
declinação magnética, pois a bússola lhe dará um azimute magnético.
- A designação da concentração, fornecida pela C Tir ao observador, visa
o desencadeamento de novos fogos sobre a posição em questão. Ex.: AQUI
URUTU – MT – DESENCADEIE CON AB102
2-10. CASO ESQUEMÁTICO
a. Você é o tenente da 1ª Companhia de Fuzileiros e irá conduzir uma
2-8
Mensagem Inicial do Observador: Aqui Uturu MT – Coord 37540-81650 – L
6200’’’ Blindados em Z Reu – 150 x 100 – Ajustarei.
Informações da C Tir para o observador: Vermelha – Por 4 – CON AB 102.
2-9
2-10
IMPORTANTE:
REPITA EFICÁCIA
2-11
ANEXO A
aéreas.
2. Saber utilizar a bússola para, por meio dela, poder orientar as cartas e
localizar sua própria posição.
3. Preocupar-se permanentemente com as armadilhas e minas contra
pessoal e anticarro.
4. Procurar disfarçar sua função, pois o observador é mais visado que
qualquer outro combatente.
5. Ocupar um abrigo bem fundo e conservar seu material, inclusive rações
observadores de um P Obs:
1. Todo o pessoal está presente?
2. Seus homens têm armas e munições?
3. Pode-se ir ao P Obs durante o dia e durante a noite, com chuva ou
nevoeiro, sem ser visto pelo inimigo?
melhorá-lo?
16. Está preparado para funcionar com seu P Obs durante a noite?
17. Dispõe de todas as informações necessárias referentes à localização
das linhas de frente, das Unidades apoiadas e movimento das patrulhas
amigas?
18. Conhece os tipos de munição existentes e o tipo que deverá ser
empregado para bater os diferentes alvos?
19. O volume das informações disponíveis leva-o a necessitar de
convenientemente mantido?
20. Sabe como proceder em campos minados?
2-13
ANEXO C
GLOSSÁRIO
C-1. ABREVIATURA
a. O conhecimento dos termos e das abreviaturas de uso corrente na
Artilharia de Campanha, facilitará a compreensão dos assuntos explanados neste
sentido da frase.
b. As principais abreviaturas de uso mais comum são as que se
seguem:
conhecido, sobre o qual são, em regra, apontadas as baterias. Pode ser utilizado
como ponto de referência ou como ponto de ajustagem nas regulações, etc.
Rajada – Espécie de tiro no qual cada peça executa um número
determinado de tiros, sem esperar pelas demais.
Reduzir o enquadramento – Fracionar, sucessivamente, o
enquadramento obtido por meio de correções do alcance, até obter o
2-16
enquadramento desejado.
Reloque – O comando de tiro do observador avançado para a C Tir
visando a locação mais precisa de um alvo que foi batido durante uma missão
de tiro.
Ricochete – Quando a incidência determina ao projetil nova direção e,
geralmente, arrebentamento no ar.
Salva – Espécie de tiro na qual as peças atiram sucessivamente,
com intervalos de dois segundos, se outro intervalo de tempo não tiver sido
comandado.
Tempo – Observação de um arrebentamento no ar.
2-17