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1. Generalidades
A União Europeia é constituída por três comunidades, pela CECA (Comunidade
europeia do Carvão e do Aço), pela EURATOM (Comunidade europeia da Energia
Atómica) e pela CEE (Comunidade Económica Europeia), e mais duas
organizações de política externa (duas políticas inter-governamentais): Política
Externa e Segurança Comum Cooperação Policial e Judiciária em Matéria Penal.
A União Europeia foi criada em 1992, pelo tratado de Maastricht e entrou em
vigor em 1993.
O tratado da União Europeia institui a União Europeia, dizendo que estas são
constituídas pelas três comunidades mais duas de políticas externas (PESC e
CPJMP). Foram pelo tratado de Amesterdão em 1997 e pelo tratado de Nice em
2000.
Os Estados criaram as comunidades e transferem para elas certas
competências e assim auto-limitaram-se.
2. Instituições
a) Comissão
Composta por vinte comissários, é um órgão executivo, é a guardiã dos
tratados.1[1]
b) Parlamento Europeu
Só a partir de 1992 passa a ter poderes legislativos e apenas conjuntamente
com o Conselho, mas não tem poderes legislativos autónomos. Tem poderes
consultivos, e agora tem a função decisória mas só em conjunto com o Conselho.
Na função legislativa a Comissão apresenta a proposta, o Conselho vai decidir,
mas o Parlamento Europeu vai dar a sua opinião, o seu parecer, tem uma função
decisória, mas está subordinado ao Conselho. Controla politicamente as
instituições e tem funções próprias.
c) Conselho da União Europeia
É o órgão decisório (arts. 202º e 203º TCE). A presidência é rotativa pelos
Estados membros de seis em seis meses.
d) Conselho Europeu
Regulado pelo art. 4 TUE, a presidência varia de seis em seis meses, pelos
Estados membros, a presidência compete ao chefe de Estado que tem a
presidência do Conselho da União Europeia.
e) Tribunal de Justiça;
f) Tribunal de Contas.
3. Alargamentos
Inicialmente, em 1950, eram seis Estados: a França, a Alemanha, a Itália, a
Bélgica, a Holanda e Luxemburgo.
1[1]
O presidente em 2002 e Romano Prodi.
Em 1973, houve o primeiro alargamento, e entrou a Dinamarca, a Irlanda e o
Reino Unido.
Depois, houve um segundo alargamento em 1981, onde entrou a Grécia.
Em 1986, com o terceiro alargamento entraram Portugal e Espanha.
Por fim, em 1995, deu-se o quarto alargamento, entrando a Suécia, a Áustria e
a Finlândia.
Dos quinze Estados, o Reino Unido, a Dinamarca e a Suécia não fazem parte
da União Económica e Monetária, que funciona com doze Estados.
Direito comunitário originário, são todos os tratados que alterem ou modifiquem
os tratados de adesão2[2].
Direito comunitário derivado, são actos das instituições para dar cumprimento
aos tratados. Estes actos pode ser regulamentos3[3], directivas4[4], decisões,
recomendações e pareceres, vindo referidos no art. 249º TCE.
2[2]
Tratados de Paris, Roma, Maastricht, Amesterdão, Nice.
3[3]
Têm aplicabilidade directa e imediata, tem uma obrigação que os Estados têm de cumprir.
4[4]
Têm de ser transpostas para uma Lei ou Decreto-lei, obrigando a um resultado, e deixa liberdade quanto à forma e
aos meios, a directiva tem um prazo e os tratados têm de cumprir aquela data, senão a comissão pode intentar uma
acção de incumprimento no Tribunal de Justiça.~
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
4. Introdução histórica
A unificação europeia assentou na livre vontade dos Estados, e no livre
consentimento destes.
As circunstâncias que conduziram ao processo de integração são:
1) Necessidade de assegurar a paz duradoura entre os países da Europa
Ocidental;
2) Necessidade de estabelecer laços de coesão entre os países da Europa
Ocidental;
3) Necessidade de sobrevivência económica.
A Europa viveu durante séculos na balança de poderes, que assentava na ideia
de alianças entre Estados nacionais e na hierarquia de potências. A Europa
baseada na balança de poderes era geradora de conflitos e esta situação tinha de
ser alterada; reconhecendo a igualdade entre estados, esta ideia passava pelos
Estados aceitarem restrições à sua liberdade de acção. Era preciso estabelecer a
paz e organizar em novos modelos os Estados da Europa, fazendo com que os
Estados aceitassem restrições à sua liberdade de acção e foi aqui que assentou
o processo de integração.
Em 1947, em Haia, Churchill profere um discurso, dando a ideia de que era
necessário criar instituições capazes de organizar em novas bases o Estado
Europeu, havendo um denominador comum: estas organizações (a criar)
deveriam intensificar os laços de coesão entre os Estados da Europa Ocidental.
A influência deste discurso levou a que no congresso de Haia se formem duas
correntes:
1) Corrente Federalista: a ideia era a criação dos Estados Unidos da Europa,
os estados continuavam a ser soberanos, tinha que haver unanimidade da
decisão;
2) Corrente pragmática: queria uma Europa unida com uma cooperação
entre os Estados soberanos.
Os esforços de reconstrução da Europa realizaram-se em duas frentes: da
cooperação e da integração, funcionando as duas em simultâneo.
Como característica importante das organizações de integração das
Comunidades Europeias, os Estados ao participarem nestas organizações há
determinadas competências que cabem às organizações, o que vai restringir a
liberdade de acção dos Estados.
Havia a ideia que as organizações deviam começar pelo terreno económico,
esta opção económica foi desenvolvida em dois modelos distintos:
1) Através de uma simples área de comércio livre4[5];
2) Através de um mercado comum4[6].
4[17]
É uma política inter-governamental que assenta na vontade dos Estados.
4[18]
As comunidades serem criadas por um tratado.
COMPETÊNCIAS DAS COMUNIDADES
19. Instituições
As três comunidades europeias4[20] são associações de Estados que
correspondem em larga medida ao conceito clássico de organizações
internacionais inter-governamentais4[21].
As três comunidades europeias dispõem, actualmente, dos seguintes órgãos:
a) Órgãos de direcção política: aos quais cabe, com a liberdade de
apreciação necessária a quem actua no plano político, fazer as opções e
tomar as grandes decisões sobre a evolução do processo de integração
europeia, estes órgãos políticos são três.
1) Conselho Europeu, constituído pelos chefes de Estado ou de Governo
dos países membros;
2) Conselho da União Europeia, constituído por representantes dos
Estados membros, de nível ministerial; e
3) Parlamento Europeu, composto por representantes (eleitos) dos povos
dos estados-membros.
b) Órgãos de direcção, decisão e execução: aos quais incumbe, com
inteira autonomia de apreciação e de decisão, no quadro de competências
que os próprios tratados lhes conferem, definir as orientações, adoptar os
actos de carácter normativo, realizar as acções necessárias e tomar, em
geral, as medidas adequadas à boa aplicação dos tratados. Esses órgãos
são:
1) Parlamento Europeu;
2) O Conselho da União Europeia;
3) A Comissão das comunidades europeias
c) Órgãos de controlo
1º De controlo orçamental e de controlo político da actividade comunitária
a cargo do Parlamento Europeu;
2º De controlo jurisdicional, a cargo do Tribunal das Comunidades
Europeias, a que está associado o tribunal de primeira instância,
incumbidos de “assegurar o respeito do direito na interpretação e
aplicação” dos tratados;
3º De controlo financeiro, a cargo do Tribunal de contas, ao qual compete
a fiscalização da cobrança de receitas e da regularidade da efectivação
das despesas das comunidades.
d) Órgãos auxiliares, órgãos consultivos, órgãos administrativos, e
órgãos de apoio financeiro de diversa índole.
COMISSÃO
25. Organização
A comissão funciona e delibera em colégio, o que significa que as
competências que lhe são atribuídas pelo direito comunitário pertencem ao
colectivo dos seus membros e devem exprimir-se sob a forma de actos-
decisões, directivas, regulamentos, recomendações, pareceres ou propostas
(art. 249º TCE) – resultantes de uma deliberação colegial adoptada em reunião
da Comissão formalmente convocada e na qual as deliberações são tomadas
por maioria dos membros que a compõem (art. 219º TCE).
A Comissão só pode deliberar validamente se na reunião estiver presente o
número mínimo de membros (quórum) fixado no seu Regulamento Interno (art.
219º TCE, art. 7º RI).
a) O sistema de deliberação por escrito
O Regulamento Interno da Comissão prevê que o acordo dos seus membros
em relação a qualquer proposta de um deles possa ser dado por escrito (arts. 4º-
b, 12º RI).
A deliberação por escrito efectua-se através de um texto escrito que é
transmitido aos comissários para eles manifestarem a sua opinião, se não
levantarem reservas deliberam por escrito ou então solicitam a inscrição para
uma deliberação de debate oral.
Uma proposta sobre a qual nenhum membro da comissão haja manifestado
reservas ou objecções durante o prazo fixado para o processo de deliberação
por escrito é considerada como aprovada pela comissão, do que se fará menção
na acta da reunião seguinte.
O funcionamento do sistema da deliberação por escrito exige, a unanimidade
(expressa ou tácita) dos membros da comissão (art. 12º RI).
b) Delegação de poderes
O Regulamento Interno (art. 13º) prevê que as actividades da comissão sejam
repartidas por sectores ou pelouros e que cada um destes, abarcando uma ou
mais direcções gerais, fique colocado sob a chefia de um comissário habilitado a
tomar, sob a responsabilidade da comissão, todas ou parte das medidas
exigidas pela preparação e execução das deliberações do órgão colegial.
A delegação de poderes assim operada a favor dos membros da Comissão
poderá também ser conferida a funcionários superiores ou a órgãos
dependentes da comissão.
Tal delegação deverá, porém ser feita em termos que não impliquem a
transferência para o delegatário de poderes de decisão autónomos em relação à
Comissão.
28. Natureza
Tem uma dupla natureza: inter-governamental pela sua composição, é
composto pelos representantes dos Estados membros a nível ministerial que
participam no Conselho enquanto representantes do Estado; é também um
órgão comunitário porque o objectivo do Conselho é realizar os objectivos da
comunidade sendo que estes objectivos da comunidade vão contra os
interesses dos Estados, porque votam por maioria e mesmo que um Estado vote
contra, a decisão pode ser aprovada e começar a vigorar nesse estado.
O Conselho responde ao conceito tradicional de órgão inter-governamental de
carácter representativo, o que equivale a dizer que os seus membros participam
nas deliberações na qualidade de representantes dos Estados-membros – que
neles delegaram um poder de representação – e não, em nome pessoal (art.
203º TCE).
Este carácter de órgão representativo dos Estados é acentuado pela
circunstância de que algumas das suas deliberações obedecem à regra da
unanimidade.
O Conselho surge como uma instituição dotada de uma dupla natureza –
inter-governamental e comunitária – em que o carácter de órgão da União
Europeia ou de órgão da colectividade dos Estados que nele participam avulta
mais ou menos consoante os problemas de que se ocupa e os termos é
chamado a resolvê-los.
30. COREPER
É o comité dos representantes permanentes, o Conselho não é um órgão
permanente, daí que os Estados-membros tenham decidido instituir em Bruxelas
um representante assistido por um representante adjunto.
Vai preparar os trabalhos do Conselho e exercer os mandatos que o
Conselho lhe confiar (art. 207º TCE e 17º RI).
A criação do COREPER surge na década de 60, na mesma altura da fusão
dos executivos, é uma instância de diálogo e de controlo. São grupos de
trabalho constituídos por técnicos nacionais para análise do assunto em causa.
Não obstante o papel cada vez mais importante que o COREPER tem vindo a
desempenhar no processo comunitário de decisão, não se trata de um comité de
suplentes dos ministros, habilitados a decidir em seu nome. É que, tal como
acontece com a Comissão, não é permitido ao Conselho delegar os seus
poderes de decisão.
O COREPER apresenta-se simultaneamente como uma instância de diálogo
e um órgão de controlo.
O diálogo tem lugar, antes de mais, entre os próprios representantes
permanentes dos Estados-membros, que confrontam e tentam concertar os
diversos pontos de vista nacionais; a par disso, entre cada representante
permanente e o respectivo Governo, o qual apresenta os pontos de vista tanto
dos seus parceiros como da comissão, procurando obter uma clara definição da
posição nacional que o habilite a agir com segurança no quadro comunitário,
finalmente, entre o COREPER e a Comissão que com ele debate todas as
propostas que devam ser objecto de deliberação do Conselho.
CONSELHO EUROPEU
34. Introdução
Na versão originária dos tratados, não estava previsto a existência do
Conselho da Europa, estava previsto o Parlamento Europeu, a Comissão, o
Tribunal de Justiça e um Conselho (da União Europeia). Mas os Estados
começaram a sentir a necessidade de concretizar as políticas nacionais com as
políticas seguidas pela comunidade.
Os chefes de Estado e de Governo começaram a reunir-se (os mais altos
representantes do Estado), só que eram reuniões esporádicas, eram reuniões
importantes, mas o seu funcionamento fugia ao quadro comunitário, em que se
resolvia problemas comunitários.
Na década de 70, decidiu-se que era necessário um órgão para tomar estas
decisões de consertação comunitária, e na Cimeira de Paris em Dezembro de
1974 nasceu o conselho, que assentou na vontade dos Estados por sufrágio
universal e directo, tendo sido consagrado pelos tratados no Acto Único
Europeu.
PARLAMENTO EUROPEU
49. Introdução
A criação das comunidades fez nascer um direito novo, autónomo, destinado
a reger, no quadro multinacional da União Europeia, as relações recíprocas dos
cidadãos, das Instituições e dos Estados-membros.
O direito comunitário é, antes de mais, integrado pelo corpo de normas
constantes dos tratados – direito comunitário originário; mas também,
constituído pelas disposições dos actos normativos emanados das Instituições
Comunitárias – direito comunitário derivado.
Este ordenamento jurídico é comum a todos os Estados da comunidade.
Aos tribunais nacionais em geral foi atribuída competência para interpretar e
aplicar o direito comunitário. Mas sentiu-se a necessidade de confiar a uma
jurisdição especializada a missão de garantir em última instância a correcta
interpretação das normas comunitárias, comuns a uma colectividade de
Estados, e bem assim de controlar e sancionar os comportamentos – tanto dos
órgãos da comunidade como dos seus Estados-membros e eventualmente dos
próprios particulares – atentatórios do respeito devido à ordem jurídica
comunitária.
Essa jurisdição especializada é o Tribunal de Justiça das Comunidades
Europeias – competente nos termos do art. 220º TCE, para assegurar “o
respeito do direito na interpretação e aplicação do presente tratado”.
55. Introdução
Os sucessivos alargamentos da comunidade, a ampliação das competências
do Tribunal de Justiça e a crescente inclinação dos tribunais nacionais e dos
sujeitos de direito comunitário em geral a recorrer ao Tribunal de Justiça
determinam um apreciável aumento do número de casos que essa alta
jurisdição é chamada a julgar.
Esse crescente afluxo de processos haveria necessariamente de implicar um
certo congestionamento do tribunal e demoras inconvenientes no julgamento
dos litígios.
O aumento do número de juízes e de advogados-gerais, matéria sobre que o
Conselho está habilitado a deliberar, é uma solução que tem os seus limites e
que, não sendo a única, também não era necessariamente a mais adequada;
até porque muitos dos casos submetidos à justiça comunitária não tem
importância que se justifique que deles se ocupe, salvo para os julgar eventual
recurso limitado a questão de direito, a suprema instância jurisdicional da
comunidade.
Por outro lado, a criação de um segundo tribunal comunitária poderia
melhorar a protecção judiciária das pessoas envolvidas em processos que
exijam um exame aprofundado de factos complexos, permitindo ao mesmo
passo que o Tribunal de Justiça concentrasse a sua actividade na função
essencial a seu cargo, que consiste em assegurar a interpretação uniforme do
direito comunitário (arts. 230º e 234º TCE) – condição da plena eficácia de uma
ordem jurídica comum aos Estados-membros – e de controlar o respeito por
parte das instituições comunitárias e dos Estados-membros.
Estas as razões que ditaram a criação do Tribunal de Primeira Instância e das
Câmaras Jurisdicionais.
59. Introdução
O Tratado de Bruxelas de 2 de Julho de 1975, tendo em vista reforçar o
controlo da cobrança de receitas e da satisfação das despesas comunitárias,
instituiu um Tribunal de Contas ao qual passou a competir, em geral, a
responsabilidade pelo controlo da legalidade e da regularidade das receitas
comunitárias, bem como a correcção da gestão financeira no âmbito das três
comunidades.
O Tratado da União Europeia reconhecendo a importância crescente da
função de controlo confiada ao Tribunal de Contas entendeu dever reforçar a
sua posição e consequentemente a sua autoridade e prestigio no quadro
institucional, alcandorando-o à condição de instituição das Comunidades
Europeias a par do Parlamento Europeu, do Conselho, da Comissão e do
Tribunal de Justiça (art. 7º TCE).
Pelo art. 246º TCE vem dispor que “a fiscalização das contas é efectuada
pelo Tribunal de Contas”.
CONTENCIOSO COMUNITÁRIO
PROCESSOS ESPECIAIS
82. Introdução
As fontes de direito são os modos de formação e revelação de regras jurídicas.
Os Estados criaram uma organização nova e atribuíram-lhe competências,
dotaram a comunidade de objectivos e atribuíram-lhe competências para
realizarem esses objectivos, método funcional da atribuição de competências.
Um dos poderes da comunidade é a criação de normas jurídicas, surgiu com
as comunidades um ordenamento jurídico novo, autónomo e hierarquizado; tem
regras próprias que deriva de órgãos comunitários, sem haver intervenção directa
por parte dos Estados. É um ordenamento jurídico novo que entra em relação com
o ordenamento jurídico interno.
Acepção estrita de fontes de direito comunitário, integra o direito
comunitário originário e o direito comunitário derivado. Esta acepção estrita de
direito comunitário está presente em alguns artigos dos tratados, como por ex.,
arts. 10º e 234º TCE.
A acepção ampla de fontes de direito comunitário compreende todas as
regras, normas aplicáveis na ordem jurídica comunitária, mesmo que a sua origem
lhe seja exterior às próprias comunidades. Inclui-se aqui não apenas o direito
comunitário originário e derivado mas também o direito internacional e o direito
complementar.
- Direito Internacional, geral ou complementar;
- Direito complementar, convenções estabelecidas entre os Estados-
membros para aplicação dos tratados e princípios gerais de direito não
escritos mas conhecidos pelo Tribunal de Justiça.