UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Departamento de Antropologia e Arqueologia

DISCIPLINA:Ecologia Política e Justiça Ambiental CÓDIGO:

SEMESTRE: 2/2019 CARGA HORÁRIA: 60h CRÉDITOS: 04

EMENTA: Vertentes do ambientalismo, tendências hegemônicas e contra-hegemônicas que

problematizam as noções de desenvolvimento, modernização, desenvolvimento sustentável,
natureza versus cultura, etc. Institucionalização da temática ambiental (paradigma da
modernização ecológica). A crítica da Ecologia Política e da Justiça Ambiental.

PROGRAMA:
1. Introdução: O campo do ambientalismo
2. A Crítica da Ecologia Política (anos 80)
3. Institucionalização da temática ambiental – Paradigma da Modernização Ecológica.
4. Desenvolvimento como Sistema Ideacional. Crítica ao Desenvolvimento Sustentável
5. (Des) envolvimentos, Conflitos e Sustentabilidades Possíveis.
6. Justiça Ambiental

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
1. Introdução: O campo do ambientalismo

CARVALHO, Maria Isabel. A Invenção Ecológica. Editora da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul, 2001. Cap. 2.

DIEGUES, Antonio Carlos – “ Etnoconservação da natureza: Enfoques Alternativos” IN

Antonio Carlos Diegues (org.) Etnoconservação. Novos rumos para a proteção da natureza
nos trópicos. São Paulo, Hucitec, 2000.

Complementar:
PÁDUA, José Augusto. “Natureza e Projeto Nacional: As Origens da Ecologia Política no
Brasil” in José Augusto Pádua (org.) Ecologia e Política no Brasil, Rio de Janeiro: Espaço e
Tempo, 1987.
Complementar:
THOMAS, Keith O homem e o mundo natural. Mudanças de atitude em relação às plantas
e aos animais. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. (Cap. VI).
PÁDUA, José Augusto. ”Os dois momentos fundadores da política ambiental moderna:
Oportunidades, Dilemas e Lições para o Presente”, XX Encontro Anual da ANPOCS/GT:
Ecologia e Sociedade, Caxambu, 22-26 de outubro de 1996.

Avaliação 1: fichamento ( 10 pontos)

2.A Crítica da Ecologia Política (anos 80)

DUPUY, Jean-Pierre. Introdução à crítica da Ecologia Política. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1981.
ZHOURI, Andréa. “Amadurecendo o Verde: Construindo Redes Ambientalistas Globais”.
In Cidadania: Revista do Patrimônio, no. 24, 1996.

Complementares:
CHESNAIS, F; SERFATI, C. ‘Ecologia’ e Condições Físicas da Reprodução Social: alguns
fios condutores marxistas. Revista Crítica Marxista, Campinas, Centro de Estudos
Marxistas, n. 16, 2003.
CASTORIADIS, Cornelius e COHN-BENDIT - Da Ecologia á Autonomia. São Paulo:
Brasiliense, 1981.
O'CONNOR, James. Capitalism, Nature, Socialism: a theoretical introduction. IN John S.
Dryzek and David Schlosberg (eds.) Debating the Earth. The Environmental Politics
Reader. Oxford: Oxford University press, 1998.

Avaliação 2: fichamento (10 pontos)

3. Institucionalização da temática ambiental – Paradigma da Modernização

Ecológica –

LOPES, José Sergio Leite, Antonaz, Diana e Silva, Glaucia (orgs.). Ambientalização dos
Conflitos Sociais. Participação e controle público da poluição industrial. Rio de Janeiro,
Relume-Dumará, 2004 (Introdução).
SACHS, Ignacy. Estratégias de Transição para o Século XXI. Desenvolvimento e Meio
Ambiente. São Paulo, Studio Nobel, 1993.
VIOLA, Eduardo e Leis, Hector. “A evolução das políticas ambientais no Brasil, 1971-
1991: do bissetorialismo preservacionista para o multissetorialismo orientado para o
desenvolvimento sustentável”. In Hogan, Daniel e Vieira, Paulo Freire (orgs) Dilemas
socioambientais e desenvolvimento sustentável. Campinas: Unicamp, 1995.

Complementar:
BRÜSEKE, Franz Josef. “O Problema do desenvolvimento sustentável” In Clóvis
Cavalcanti Desenvolvimento e Natureza. Estudos para uma Sociedade Sustentável. São
Paulo: Cortez. Fundação Joaquim Nabuco, 1995.
BECK, Ulrich. No Vulcão Civilizatório: os contornos da sociedade de risco. In. Sociedade
de Risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo: Editora 34, 2010. P. 21 – 60
VIOLA, Eduardo. “A multidimensionalidade da globalização, as novas forças sociais
transnacionais e seu impacto na política ambiental no Brasil, 1989-1995. In: Ferreira, l. C.;
 Viola, E. (orgs.). Incertezas de Sustentabilidade na Globalização. Campinas: Unicamp,
1996.

VIOLA, Eduardo; FRANCHINI, Matías. Sistema internacional de hegemonia

conservadora: o fracasso da Rio + 20 na governança dos limites planetários. Ambient. soc.
[online]. 2012, vol.15, n.3, pp.01-18. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1414-
753X2012000300002>

4. Desenvolvimento como Sistema Ideacional. Crítica ao Desenvolvimento

Sustentável –

SACHS, Wolfgang (ed.). "Introdução" e “Meio Ambiente”. O Dicionário do

Desenvolvimento. São Paulo: Editora Vozes, 2000.
ESTEVA, Gustavo. "Desenvolvimento" In. W. Sachs (org.) O Dicionário do
Desenvolvimento. São Paulo: Editora Vozes, 2000.
ZHOURI, Andréa, LASCHEFSKI, Klemens e PEREIRA, Doralice. “Introdução.
Desenvolvimento, Sustentabilidade e Conflitos Socioambientais. IN: ZHOURI, Andréa,
LASCHEFSKI, Klemens e PEREIRA, Doralice (orgs) A Insustentável leveza da Política
Ambiental. Desenvolvimento e Conflitos Socioambientais. Belo Horizonte, Autêntica, 2005.

ZHOURI, Andréa. O ativismo transnacional pela Amazônia: entre a ecologia política e o

ambientalismo de resultados. Horiz. Antropol., Porto Alegre , v. 12, n. 25, p. 139-169, June
2006. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
71832006000100008&lng=en&nrm=iso>.

Complementares:
CARNEIRO, Eder Jurandir. “Política ambiental e a ideologia do desenvolvimento
Sustentável”. In Zhouri, Andréa, Laschefski, Klemens e Pereira, Doralice (orgs) A
Insustentável leveza da Política Ambiental. Desenvolvimento e Conflitos Socioambientais.
Belo Horizonte, Autêntica, 2005.
LINS RIBEIRO, Gustavo. "Ambientalismo e desenvolvimento. A nova ideologia/utopia do
desenvolvimento" In Revista de Antropologia, Vol.34, 1991 (também em Lins Ribeiro:
Cultura e Política no Mundo Contemporâneo. Ed. UNB, 2000).

Avaliação 3 - Prova – (30 pontos)

Avaliação 4 - Entregar proposta síntese do trabalho final (10 pontos)

5. (Des) envolvimentos, Conflitos e Sustentabilidades Possíveis.

LEFF, Enrique. Saber Ambiental, Rio de Janeiro: Vozes, 2001 (caps.5, 9, 10).

ACSELRAD, Henri. Conflitos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2004

(cap. 1).

ZHOURI, Andréa e Laschefski, Klemens. “Conflitos Ambientais”, In Portal Mapa dos

Conflitos Ambientais. endereço: conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br

CARNEIRO, Eder. A oligarquização da “política ambiental” mineira. IN: ZHOURI, Andréa,

LASCHEFSKI, Klemens e PEREIRA, Doralice (orgs) A Insustentável leveza da Política
Ambiental. Desenvolvimento e Conflitos Socioambientais. Belo Horizonte, Autêntica, 2005.
6. Justiça Ambiental –

MARTINEZ-ALIER, Joan “Justiça Ambiental (local e Global)” in Clóvis Cavalcanti (org.)

Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e políticas públicas, São Paulo: Cortez,
1999.

LEROY, Jean-Pierre. Justiça Ambiental. In Portal Mapa dos Conflitos Ambientais.

endereço: conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br
http://conflitosambientaismg.lcc.ufmg.br/geral/anexos/txt_analitico/LEROY_Jean-Pierre_-
_Justi%C3%A7a_Ambiental.pdf

ZHOURI, Andréa e OLIVEIRA, Raquel. Quando o lugar resiste ao espaço In ZHOURI e

LASCHEFSKI (org) Desenvolvimento e Conflitos Ambientais. Belo Horizonte: Ed.
UFMG, 2010.
ZHOURI, Andréa ; TEIXEIRA, Raquel Oliveira Santos ; LASCHEFSKI, Klemens . A
supressão da vazante e o início do vazio: água e 'insegurança administrada' no Vale do
Jequitinhonha - MG. Anuário Antropológico, 2011
SANTOS, A.F.M.; FERREIRA, L.S.S.; PENNA, V.V. Impactos supostos, violências reais:
a construção da legalidade na implantação do Projeto Minas-Rio. In: ZHOURI, A. (org.)
Mineração, violências e resistências: um campo aberto à produção de conhecimento no
Brasil. Brasília/Marabá: ABA/Iguana, 2018.
ZHOURI, Andréa, OLIVEIRA, Raquel, ZUCARELLI, Marcos e VASCONCELOS, Max. O
desastre da mineracao no Rio Doce, Brasil: entre a gestao da crise e a politica das afetacoes.
In Andréa Zhouri (org.) Mineração, Violências e Resistências. ABA-Iguana, 2018
MATTOS, Mayara. O risco nas/das margens: a ocupação pomar do cafezal no discurso da
governabilidade. Menção honrosa, prêmio Heloisa Alberto Torres, 31a. RBA, 2018.
ZHOURI, Andréa. Desregulação Ambiental e a produção continuada de desastres .
Conferência proferida na 71ª. SBPC. Campo Grande, 25 de julho de 2019.

Complementar:
PROJETO AVALIAÇÃO DE EQUIDADE AMBIENTAL. FASE – Solidariedade e
Educação e ETTERN - Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza do Instituto de
Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (IPPUR/UFRJ)
ACSELRAD, Henri. Conflitos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 2004
(cap. 1).
ESCOBAR, Arturo. O Lugar da Natureza e a Natureza do Lugar: globalização ou pós-
desenvolvimento?.” In. A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais.
Perspectivas latino-americanas. Edgardo Lander (org). Colección Sur Sur, CLACSO,
Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. setembro 2005. pp.133-168.
PÁDUA, José Augusto. “Produção, Consumo e Sustentabilidade: o Brasil e o contexto
planetário” In. Cadernos de Debate. Brasil Sustentável e Democrático, N. 6, 2000.
LEROY, Jean-Pierre. “A dívida ecológica brasileira. Quem deve a quem?” In. Cadernos de
Debate. Brasil Sustentável e Democrático, N. 6, 2000.
LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. São Paulo, Cortez, 2002.
LEROY, Jean-Pierre et ali. Tudo ao mesmo tempo Agora. Desenvolvimento,
sustentabilidade, democracia: o que isso tem a ver com você? Petrópolis: Vozes, 2002.
ZHOURI, Andréa. "Ambientalismo e Antropologia. Descentrando a categoria de
Movimentos Sociais". Teoria & Sociedade, No. 8, 2001.
MORIN, Edgar. "Por uma reforma do pensamento". In Alfredo Pena-Vega e Elimar
Pinheiro do Nascimento (eds.) O Pensar Complexo. Rio de Janeiro: Garamond, 1999.
CARVALHO, Edgard de Assis. "Complexidade e Ética Planetária" In Alfredo Pena-Vega e
Elimar Pinheiro do Nascimento (eds.) O Pensar Complexo. Rio de Janeiro: Garamond,
1999.
ACSELRAD, Henri. Eixos de Articulação Territorial e Sustentabilidade do
desenvolvimento no Brasil. Rio de Janeiro, Fase, 2001.
ACSELRAD, Henri (org.) A Duração das Cidades. Sustentabilidade e Risco nas Políticas
Urbanas. Rio de Janeiro. DP&A, 2001.

Revisão:
Avaliação Final: Trabalho tema livre, mas com bibliografia do curso (40 pontos)