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Sub-bacia do rio Juruena, MT - Maio de 2019 - nº 02

LÍVIA ALCÂNTARA/OPAN
Feira Municipal de Juína.

A produção orgânica ainda é um desafio


“Toda a vida a gente usou agrotóxico de uma segundo a pesquisa realizada em 2018. Estes da- siderado orgânico, além da não utilização do
forma moderada, mas mesmo assim eles come- dos são principalmente o resultado dos cultivos agrotóxico, é preciso respeitar aspectos sociais,
çaram a prejudicar a saúde da minha família e a intensivos de soja ou milho, que empenham uma ambientais, culturais e econômicos. O Ministé-
minha”, relembra Ermínio José Morais do Pra- grande quantidade de químicos nas lavouras. rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
do, morador da comunidade de Santa Marta, Estes se dispersam pelo ar e pela terra chegan- (MAPA) é o órgão responsável pela concessão e
município de Juína, que decidiu zerar os agro- do até plantios menores. garantia do selo de produção orgânica entregue
tóxicos em seus plantios e se tornar produtor ao produtor. Para garantir que as exigências na
orgânico. Dos 125 feirantes, Prado é o único O estudo do Fórum encontrou resíduos de pro- plantação sejam cumpridas, a propriedade pas-
produtor com selo de orgânicos que o jornal dutos químicos na urina e no sangue dos mo- sa por inspeções regulares.
Juruena em Foco encontrou na Feira Municipal radores da zona rural de três cidades da bacia
de Juína, situada no centro da cidade. do Juruena: Campos de Júlio, Campo Novo do A pouca presença de cultivos orgânicos é o re-
Parecis e Sapezal. Os componentes de agrotó- sultado de uma política nacional que estimula
“Quando eu passo (agrotóxico) é o Decis, que é xicos contidos nos alimentos estão relacionados preferencialmente a agricultura com uso de
fraco. São três dias de carência”, explica Eugênio a diversas doenças, como cânceres, malforma- agrotóxico. Em janeiro de 2019 o Ministério da
Roque Gomes, outro dos vendedores da Feira ções congênitas, distúrbios endócrinos, neuro- Agricultura liberou o registro de 28 destes quí-
Municipal. A maioria dos feirantes questionados lógicos e mentais, segundo o Dossiê da Associa- micos. Dentre eles está o sulfoxaflor (polêmico
afirmam que usam poucos agrotóxicos. No en- ção Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). no Estados Unidos e ilegal até então no Brasil),
tanto, os dados do Fórum Mato-grossense de assim como o Metomil e o Imazetapir, também
Combate aos Impactos dos Agrotóxicos mos- Estar fora dessas estatísticas é motivo de or- considerados altamente tóxicos.
tram que Mato Grosso é o estado que mais uti- gulho para Prado: “a consciência da gente fica
liza agrotóxico no Brasil, o consumo chega a 46 tranquila, porque eu sei que o consumidor não
litros por ano, quantidade seis vezes maior que vai ter um câncer mais tarde por consumir meu
Daniela Tavares e Joice Urtado, 17 de março de
a média nacional que é de sete litros por ano, produto”. Para que um alimento possa ser con- 2019, Juína, MT.

AS BARRAGENS João Graeff, Juína, MT.


•  O Brasil é o país que mais consome
agrotóxico no mundo, utilizando 1/5 da
quantidade fabricada mundialmente.

•  As regiões do Brasil que mais utilizam


agrotóxicos são: 1º Centro-Oeste, 2º
Sul, 3º Sudeste, 4º Nordeste e 5º Norte.

•  Mato Grosso é o maior consumidor de


agrotóxico no Brasil.

Fonte: Atlas 2017 - Geografias do uso do agrotóxico no


Brasil e Conexões com a União Europeia (considerando
o período de 2007 a 2014).

Realização: Patrocínio: Parceiros:


2 JURUENA EM FOCO - MAIO/2019

Associação Nova Conquista: geração de renda e


cuidado com o meio ambiente
VIVIAN FERNANDES E WILLIAN RIBEIRO
A Associação Nova Conquista de Juína (ANJU), (papel, plástico e alumínio). Lembrando sempre
atuante desde 13 de julho de 2009, tem um papel de higienizar os resíduos como as caixas de lei-
fundamental na geração de renda para 11 famílias te”, explica a presidenta da ANJU, Maria Anaélia
e na redução do lixo comum destinado ao aterro Braga de Almeida. Ela destaca que a conscienti-
sanitário. Um trabalho que com quase uma déca- zação é o fator mais importante para melhorar a
da de realização ainda não é amplamente reco- reciclagem em Juína.
nhecido na sociedade.
Além do esforço, muitos dos trabalhadores da
Juína possui aproximadamente 40 mil habitantes, associação afirmaram ter recebido tratamentos
segundo os últimos dados do censo do Instituto discriminatórios durante a coleta do lixo. “Em
Brasileiro de Estatística (IBGE) 2010, e produz alguns lugares somos até xingados pelos mora-
em torno de 30 toneladas de lixo por dia. Destes, dores”, afirma Célia Batista de Paula. Já outras
35% é reciclável, um total de 10.500 toneladas. pessoas consideram que a associação ajuda na
Porém, no ano de 2018, a ANJU só conseguiu conscientização do cuidado com o meio am-
recolher 223 toneladas de lixo, o que equivale a biente e na economia da cidade, explica Renilda
apenas 610 kg por dia, de acordo com os dados Golo, moradora entrevistada.
da própria associação. “A população pode ajudar
Willian Ribeiro e Vivian Fernandes - 17 de março,
fazendo a separação do que pode ser reciclado Juína, MT. Associação Nova Conquista de Juína.

RESENHA

Publicação aborda locais sagrados do Juruena ANTONIO GARCIA


O livro “Paisagens Ancestrais do Juruena” explora
cinco locais sagrados dos povos indígenas da bacia
do Juruena: Ponte de Pedra, Salto Utiariti, Salto das
Mulheres, Salto Ytu’u e Salto Augusto.

Juliana de Almeida, autora da obra em parceria com


a Operação da Amazônia Nativa (OPAN), apresen-
ta as histórias e a luta de indígenas que habitam o
noroeste de Mato Grosso. Recupera também as
narrativas ancestrais das várias etnias.

A história destes povos e a importância dos seus lu-


gares sagrados são geralmente ignoradas quando se
trata de planejar e implantar hidrelétricas, expandir
a monocultura de soja, algodão, milho e intensificar
as atividades de pecuária. “Estão matando as antas
para colocar bois no lugar. Não é só o índio que
está morrendo. Primeiro eles matam a terra, de-
pois o índio morre também”, declara um represen-
tante do povo Kawaiwete, citado no livro.
João Graeff, 17 de março de 2019, Juína, MT.
Morada de Kyawre, Salto Utiariti.

Fontanillas pela regularização fundiária CAROLINA DE OLIVEIRA


Fontanillas foi um lugar com muitos ditar que juntos podemos revitalizar Por que a AMF está na frente da
recursos até a década de 90, graças esse lugar”, relata Elani Lobato dos regularização do levantamento
ao movimento gerado pela balsa de Anjos, professora e presidenta da topográfico de Fontanillas?
transporte fluvial que conectava as Associação de Mulheres para os Mo- A AMF está cobrindo os custos desse
duas margens do rio Juruena. Com a radores e Veranistas de Fontanillas levantamento para 107 proprietários
construção da estrada MT-170, que (AMF), que concedeu uma entrevista e 197 propriedades. O objetivo é en-
passa por Juína, e da ponte sobre o ao jornal sobre a luta da associação tregar esse material à Prefeitura para
rio Juruena no ano 2000, Fontanillas pela regularização fundiária. lutar pela regularização fundiária.
deixou de ser uma cidade de cone-
xão e a balsa parou de servir como Como e por que surgiu a necessi- Qual é o principal desafio que en-
meio principal de transporte entre dade da criação da AMF? frenta hoje Fontanillas?
os dois lados do rio. Em consequên- Diante da diminuição da população, A defesa do nosso lugar, a defesa do
cia, algumas empresas quebraram e do isolamento e pela própria falta de nosso chão. Nós estamos em um
a falta de emprego provocou a saída recursos, resolvemos nos organizar. lugar privilegiado da Amazônia Le-
dos moradores. A AMF pode fazer com que as pesso- gal, mas sabemos que tem inúmeros
as reconheçam que organizadas po- grandes projetos que atingirão áreas
Hoje só restam 20 famílias em Fon- derão conseguir garantir seus direitos como a nossa.
tanillas que enfrentam a falta de sa- de educação, saúde, bem estar social,
neamento básico e de atendimento saneamento básico e defesa das ri-
à saúde, assim como ausência de ati- quezas naturais que nós temos. Um
vidades geradoras de renda. “Nossa coletivo tem muito mais força do que Carolina de Oliveira e Maria Elani Lobato dos Anjos, presidenta
população fontanillense precisa acre- um cidadão isolado. Aparecida de Oliveira, 17 de março
de 2019, Juína - MT. da AMF.
JURUENA EM FOCO - MAIO/2019 3

Uma sobe e puxa a O ‘Coletivo Mulheres que Movem


Juína: umas pelas outras’ está forma-
Juntas, elas lutam por igualdade de
gênero e para que todas tenham visi-

outra: mulheres de
do por quase 50 mulheres. Foi criado bilidade, vez e voz. O Jornal Jurue-
por uma frente de sete participantes na em Foco entrevistou algumas das
em dezembro de 2018, depois de fundadoras do coletivo.

Juína em movimento sentirem a necessidade de um cole-


tivo que abraçasse todas mulheres.
Paula de Farias, Melissa Vieira,
Larissa Silva.

PAULA DE FARIAS

PAULA DE FARIAS

MELISSA VIEIRA
PAULA DE FARIAS

Abenil Rubenich, enfermeira. Ernesta da Silva Araújo, pedagoga. Aline Pereira da Silva, psicóloga. Sônia Rogoski, advogada e pedagoga.

Qual o objetivo do Coletivo Mu- Como vocês dialogam com mu- Dentro da sua área de forma- Qual a sua contribuição enquan-
lheres que Movem Juína? lheres que não simpatizam com ção, qual a sua contribuição to pessoa da área jurídica no co-
Abenil: Defender os direitos das movimentos feministas? para o coletivo? letivo?
mulheres e lutar contra a violência Ernesta: Acredito que a forma mais Aline: Sempre me interessei por Sônia: Pretendo dar auxílio e amparo
que elas sofrem. eficaz é não ficar tentando conven- psicologia social. Aprendi que o pri- jurídico, acompanhando as mulheres
cer as companheiras de que elas meiro passo é reconhecer, fortale- vítimas de violência nas audiências e
Por que você sentiu necessida- são feministas, o feminismo é algo cer e, aos poucos, elaborar estraté- depoimentos na delegacia, fazendo o
de de criar o coletivo? que se desperta dentro da gente e gias de intervenção. papel de advogada voluntária.
Abenil: Eu trabalhei em vários Pos- não é imposto.
tos de Saúde, no contato com a co- Que percepção você teve com o O que a motivou a se unir ao co-
munidade e, mais especificamente, Qual mensagem você quer di- primeiro encontro do coletivo? letivo?
com as mulheres. Ouvindo os re- fundir através do coletivo? Aline: Todas as mulheres que esta- Sônia: Sou professora há 20 anos,
latos daquelas que sofrem, senti a Ernesta: Que somos iguais, que a vam lá tinham algo a dizer e talvez sempre estive presente nos movi-
necessidade de agir. nossa luta por igualdade é de todas não tinham a oportunidade. O co- mentos sociais, fui uma das líderes
independente das bandeiras. Que- letivo é um espaço para comparti- nos movimentos grevistas. Então
remos mostrar que nós, enquanto lhar experiências de vida, sonhos e isso de ter um coletivo de mulheres
coletivo, não queremos encaixar as traumas. Quando elas se juntam e estava dentro de mim.
companheiras dentro de caixinhas, escutam as experiências de outras,
cada uma é livre. percebem que não estão sozinhas. Ninguém solta a mão de ninguém!

OPINIÃO
Minhas raízes estão em Juara De São Paulo para Mato Grosso
A mudança de rotina é algo que nhas notas começaram a cair, eu Meados dos anos 90, quando Constituí minha família, atual-
mexe com a vida de todos e não tinha vontade de fazer nada. ainda eu era uma criança, meus mente resido na referida cidade,
quando é na vida de crianças ou pais se mudaram para a cidade sinto-me juarense e não me vejo
adolescentes deve ser tratada de Um dia vi uma esperança: ir para de Juara. Deslumbrados com as morando em outro local. Pode
forma delicada. uma escola em outra cidade, notícias sobre o estado de Mato ser que aconteça comigo o mes-
com mais oportunidades. Fiz a Grosso, principalmente com mo que aconteceu com meus
Na minha adolescência meus matrícula. Gostava das pessoas, o melhor desenvolvimento da pais, pois também tenho sonhos
pais se mudaram diversas vezes. me sentia bem naquele lugar. Só cidade e na esperança de uma e talvez para realizá-los tenha,
Quando eu já estava me acostu- tinha um problema: tive que me maior qualidade de vida para um dia, que me mudar.
mando com a escola, com os no- separar dos meus pais. nossa família, deixaram seus pa-
vos amigos, a gente ia para outra rentes e suas vivências na cidade Joice Urtado - 16 de março de
fazenda. Mudei umas três vezes Durante essa minha estadia estu- de Ferraz de Vasconcellos, no 2019, Juína, MT.
entre os anos de 2005 a 2015, e dando fora, eu sonhava com ex- estado de São Paulo.
a última mudança não foi tão fá- plorar lugares novos, morar em
cil. Eu estava feliz, não queria ir outras cidades. Mas agora mudei Chegaram à “princesinha do
de novo. Fomos morar afastados com a minha família de volta para Vale do Arinos”, como Juara é “[...] a coragem dos
de tudo porque era o lugar onde Juara, o lugar onde eu nasci. Sinto chamada pelos seus moradores. meus pais em sair e
meus pais tinham trabalho. que meu lugar é aqui, que só tive Compraram uma chácara e cons- lutar por um futuro
que explorar novos caminhos truíram um comércio, que per- melhor em um lugar
Acabei ficando sozinha, sem ami- para encontrar meu lugar e voltar manece aberto até os dias atuais.
gos, sem ninguém para conver- às minhas raízes.
desconhecido me faz
sar. Não gostava de ir para esco- A coragem dos meus pais em sair compreender que
la, chorava todos os dias, eu me e lutar por um futuro melhor em não podemos desistir
sentia odiada, abandonada em um um lugar desconhecido me faz dos nossos sonhos.”
lugar onde todos me olhavam di- Daniela Tavares - 16 de março de pensar que não podemos desistir
ferente. Parecia um pesadelo. Mi- 2019, Juína, MT. dos nossos sonhos.
4 JURUENA EM FOCO - MAIO/2019

UHE Castanheira: a porta de entrada para uma


centena de hidrelétricas na bacia do Juruena
JOÃO CARLOS V. PEREIRA DA SILVA/MAB
tervenção no curso do rio. “Certa- “Resistir a Castanheira
mente essa região rica em terras in- é resistir não apenas
dígenas, áreas de conservação, será ao alagamento das
transformada sob a lógica do capi- comunidades Pedreira
tal”, explica Jefferson Nascimento, e Palmital. Se você faz
integrante do Movimento dos Atin- uma hidrelétrica em
gidos por Barragens (MAB).
uma bacia você abre
possibilidades para
“Resistir a Castanheira é resistir não
apenas ao alagamento das comuni-
outras.”
dades Pedreira e Palmital. Se você
deral que aconteceu em Juara no 28
faz uma hidrelétrica em uma bacia
de fevereiro para apresentar o pro-
Associação Pedreira/Palmital e Movimento dos Atingidos por Barragens você abre possibilidades para ou-
jeto, nem prefeito, nem vereador e
(MAB) antes de uma audiência pública. tras”, declarou Nascimento. Um
nem os investidores haviam infor-
levantamento, realizado pela Opera-
mado à população que seria atingi-
A usina hidrelétrica Castanheira é preendimento. A hidrelétrica, que ção Amazônia Nativa para a RJV em
da, segundo explica Genir Piveta de
um grande empreendimento ener- está prevista para ser construída a 2019, identificou 138 usinas na bacia
Souza, moradora da comunidade
gético previsto para ser instalado noapenas 120 km da foz do rio, pode- do Juruena, sendo que dessas 32 es-
Pedreira. “Convoco a população,
rio Arinos, sub-bacia do rio Juruena ria interromper o fluxo de peixes tão em operação, 10 em construção
para que fiquemos atentos e parti-
a 30 Km do município de Juara. migratórios, além de comprome- e 96 em fase de planejamento. “O
cipem das reuniões para que essa
ter inúmeras propriedades rurais que se pensa para a região do Jurue-
usina não venha para cá, pois se vier
Segundo o projeto das obras, esta que seriam diretamente alagadas na é transformar o rio num espaço
vai ser o maior desastre para nós e
central alagaria 9.470 hectares para pelo reservatório. para produção de eletricidade, essa
para a população de Juara”, afirma
gerar 140 MW, dos quais se apro- é a grande disputa. Castanheira se-
Souza, que também relata os possí-
veitaria 98 megawatts (MW), que Embora os responsáveis pelo pro- ria, segundo nossa análise, a porta de
veis impactos nos cursos de água e
equivale a menos do 1% do que jeto, junto com a Empresa de Pes- entrada para mudar completamente
na vegetação.
é consumido em Mato Grosso. O quisa Energética (EPE), assegurem este território”, alerta Nascimento.
Arinos, que é o rio com mais peixe que não haverá alagamento de ter-
da sub-bacia do Juruena, sofreria ras indígenas, alguns povos também Até o momento da audiência con- Cleiton Silvestrim, Fernanda
Taborda e Jair Volpato - 17 de
diretamente os impactos do em- podem sofrer consequências da in- vocada pelo Ministério Público Fe- março de 2019, Juína - MT.

FOTO CEDIDA

Reflorestamento das
margens do rio Perdido
A microbacia do rio Perdido dis- le, localizada na linha 06, comuni-
põe de recursos hídricos de grande dade Cristo Rei.
importância para o município de
Juína, porém sofre com as degra- Os proprietários da chácara já ti-
dações de suas matas ciliares. Isso nham tentado reflorestar a área, mas
se deve às práticas irregulares de o trabalho foi feito “sem uma análi-
exploração de recursos naturais. se de solo, simplesmente colocando
plantas nativas em linhas. Com esse
Pensando neste problema, em método se perde uma grande parte
março de 2017, os geógrafos e das mudas”, explica Paiva. Da esquerda para direita: José Franco, Josemir Paiva, Alexssandro de Jesus,
Robson Silveira.
professores Josemir Paiva e José
Franco, junto com os alunos do Depois dessa experiência de pou- Paiva. Alguns dos métodos empre- de práticas de produção agrícola
Instituto Federal de Mato Grosso co sucesso, o projeto buscou gados são: formação de galharias consorciada com a preservação do
(IFMT), campus Juína, desenvol- métodos alternativos de reflores- e poleiros, transposição de solo, meio ambiente.
veram o projeto: “Recuperação de tamento. “Em dois anos já obtive- plantio de mudas nativas em núcle-
área degradada em afluente do rio mos resultados. Eliminamos dois os, muvuca de sementes, utilização
Perdido”, em torno de um peque- competidores: o gado e o capim de compostagem e adubo. Além Tharlls Magalhães, 17 de março de
no córrego na Chácara da Lagoa, braquiária, e conseguimos aumen- disso, o grupo de trabalho de re- 2019, Juína - MT.
propriedade de Glória Lúcia Mah- tar a qualidade ambiental”, afirma florestamento planeja a integração

JURUENA EM FOCO
Expediente - Edição: Luna Gámez e Lívia Alcântara.
Jornalista responsável: Lívia Alcântara (16821/MG).
Repórteres: Carolina de Oliveira, Cleiton Silvestrim,
Daniela Tavares , Fernanda Taborda, Jair Volpato,
João Graeff, Joice Urtado, Larissa Silva, Maria
Aparecida de Oliveira, Melissa Vieira, Paula de Farias,
Tharlls Magalhães, Vivian Fernandes, Willian Ribeiro.
Projeto gráfico e Diagramação: Talita Aquino. Equipe
Berço das Águas: Artema Lima, Tarcísio Santos,
Este jornal é o resultado da oficina de introdução ao jornalismo comunitário, Edemar Treuherz, Liliane Xavier, Lívia Alcântara.
que aconteceu entre os dias 15 a 17 de março de 2019 em Juína, Mato Grosso.

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