Você está na página 1de 7

BIOSSEGURANÇA E PROMOÇÃO DA SAÚDE

 Pelos hábitos
 Pelo estilo de vida
 Pela prevenção do contagio por agentes patogênicos (vírus, bactérias
e etc.)
Diversas políticas públicas e programas reconhecem e preveem a criação de
ambientes favoráveis à saúde, que atendam às necessidades de saúde através de
medidas intersetoriais, do empoderamento comunitário e do desenvolvimento de
habilidades pessoais favoráveis à saúde em todas as etapas da vida.
As ações de prevenção de doenças e promoção da saúde, atribuídas aos
profissionais, devem subsidiar a adoção de um estilo de vida saudável, sendo uma
maneira de integrar o indivíduo no gerenciamento de sua própria saúde. A oferta
dessas orientações pode conferir maior qualidade aos serviços e diminuição de
agravos vinculados à falta de promoção da saúde.
O profissional da área da saúde, por possuir um risco mais elevado de
contágio de doenças infectocontagiosas, em relação ao restante da população, deve
sempre estar devidamente imunizado. Segundo a ANVISA, as imunizações mais
importantes para os profissionais de saúde bucal, são contra a hepatite B, influenza,
tríplice viral e dupla tipo adulto, sendo preferencialmente administradas no serviço
público, para garantia do esquema vacinal, do lote e da correta conservação
(ANVISA).
 Nortear, revisar, atualizar protocolos operacionais com base nas
diretrizes de órgãos de referências.
Promover capacitação teórico-prática na prevenção da exposição e dos danos
decorrentes de agentes de riscos biológicos, físicos, químicos e ergonômicos. A
biossegurança em odontologia é um conjunto de medidas empregadas com a
finalidade de proteger a equipe odontológica, o indivíduo e o acompanhante em
ambiente clínico. Esse conjunto de medidas preventivas agrupa todos os princípios
de controle de infecção, as práticas ergonômicas no desenvolvimento do exercício da
profissão e o controle dos riscos físico e químico

Medida que devem ser sempre adotadas:

 Prevenir acidentes;
 Gerenciar acidentes notificações (sistema de informação);
 Prevenção e controle do impacto das atividades e serviços no meio
ambiente, gerenciamento de resíduos;
 Sistematizar o controle do impacto das atividades serviços no meio
ambiente, gerenciamento de resíduos;
 Sistematizar o controle da situação vacinal da comunidade envolvida.

Conhecer dos riscos


Rotina de avaliação de risco, seja qual for: físico, químico e biológico.
Os cirurgiões dentistas e toda a equipe de saúde bucal, na prática de suas
atividades laborais, estão expostos constantemente aos mais variados riscos
ocupacionais e a micro-organismos, encontrados principalmente na saliva, no sangue
e em outros fluídos orgânicos, podendo ocasionar doenças, desde a gripe, até mais
severas, como a hepatite e a AIDS.

Exposição a material biológico


Tipos de exposição: percutânea (lesão provocada por instrumentos perfuro-
cortantes); mucosa (contato com respingos na face envolvendo olhos, nariz e boca);
mordeduras humanas.
Na pele integra não há relatos de contaminação.

Prevenção
A melhor profilaxia é o respeito às normas de biossegurança e estar vacinado
contra hepatite B e tétano.
A prevenção e ocorrência de acidentes entre profissionais da área da saúde
é um tema discutido durante a formação profissional principalmente pelas disciplinas
que tratam da biossegurança e do controle de infecções. Muito embora pareça um
tema muito bem resolvido e entendido pelos profissionais numa abordagem inicial,
ficou muito claro, no decorrer das entrevistas que fizeram parte da coleta de dados
desta pesquisa, o quanto estes assuntos são cercados de dúvidas e muitas vezes
negligenciados. Embora a regulamentação das Medidas de Precaução Padrão esteja
clara na Norma Regulamentadora 32, os resultados deste trabalho apontam para
profissionais que em muitos casos não previnem os acidentes como deveriam, não
tem certeza de quais vacinas fazem parte do seu protocolo de imunização e ainda não
estão atentos às condutas necessárias em caso de acidentes, principalmente com
instrumentais perfuro cortantes. Neste aspecto, é importante ressaltar que a nem
todos os equipamentos de proteção individual que contam da NR 32 são utilizados
pelos profissionais, apenas 77% dos cirurgiões-dentistas e 52% das auxiliares fazem
uso adequado. Esta falta de critério na utilização dos equipamentos de proteção
individual também foi apontada como fator relacionado com a ocorrência de acidentes
com perfuro cortantes.

Riscos
Químicos: A classificação para riscos químicos inclui substâncias, compostos
ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, contato com a
pele ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão, como poeiras,
fumos, gases, vapores etc.
Físicos: Os riscos físicos são representados pelos ruídos, vibrações,
pressões, radiações, etc.
Ergonômico: A ergonomia tem como meta principal, a adaptação da equipe
de saúde bucal às condições de trabalho, propiciando o maior conforto, segurança e
desempenho eficientes. Reflete-se no planejamento, e execução do trabalho
odontológico, para minimizar os esforços, a exaustão e estresse a curto, médio e longo
prazos, prevenção de comprometimentos mais sérios da saúde como a doença óssea
relacionada ao trabalho (DORT), perturbações do sistema circulatório (varizes),
distúrbios do sistema nervoso ou problemas cardíacos. Aumento na qualidade de vida
de toda a equipe odontológica e o planejamento antecipado da instalação dos
equipamentos odontológicos, sistemas hidráulico e elétrico e mobiliário
Biológico: Por fim os riscos biológicos, que são representados pelas bactérias,
fungos, parasitas, vírus, entre outros. Sabe-se que as exposições ocupacionais a
materiais biológicos potencialmente contaminados constituem um sério risco aos
profissionais da saúde nos seus locais de trabalho

VIAS DE TRANSMISSÃO
Via área: ar, gotícula e aerossóis
Ocorre através do contato com o paciente, por gotículas eliminadas pela fala,
tosse, espirros e realização de procedimentos como a aspiração de secreções. As
gotículas de tamanho considerado grande (>5µ), atingem até um metro de distância e
rapidamente se depositam no chão. Exemplos: Doença meningocócica, Gripe,
Coqueluche, Difteria, Caxumba e Rubéola.
Ocorre também por partículas eliminadas durante a respiração, fala, tosse ou
espirro (<5µ) que quando ressecados permanecem suspensos no ar, podendo
permanecer por horas, atingindo outros ambientes, inclusive áreas adjacentes, pois
podem ser carreadas por correntes de ar. Como exemplos têm: M. tuberculosis,
Sarampo, Varicela, Herpes Zoster, SARS.
Procedimentos para diminuir o risco de transmissão por via aérea devem
sempre ser adotados.
Contaminação cruzada
Infecção cruzada em Odontologia, é a transferência de microrganismos de um
paciente para o outro, formando uma infecção. Aparelhos odontológicos são os
principais transmissores, independente de possuir uma estrutura mais simples ou
complexa.
O ambiente de uma Clínica Odontológica, corre muitos riscos de
contaminação, que se originam das bocas dos pacientes e mãos de Dentistas e
funcionários.
Contaminação cruzada direta e indireta
Contaminação cruzada direta é quando não existe a interferência de um
objeto na transferência de microrganismos, mas sim por intermédio de um contato
físico ou fontes de secreções nasais, vindas de um espirro por exemplo.
Na contaminação cruzada indireta, acontece a passagem de micróbios pela
mediação de algum objeto, no caso de clinicas dentárias, esse fenômeno ocorre
frequentemente com aparelhos odontológicos que não são esterilizados.

Os EPIs em odontologia são (ANVISA, 2006) :


1- Gorro (barreira mecânica contra secreções, aerossóis e produtos). Deve
ser de preferência descartável e, trocado a cada turno de trabalho e ser usado também
pelo usuário em procedimentos cirúrgicos.
2- Óculos de proteção: usados para proteção ocular, contra secreções,
aerossóis e insumos químicos durante os procedimentos, e na limpeza e desinfecção
de artigos, equipamentos e ambientes.
3- Máscaras descartáveis: ser de duplo filtro e tamanho ideal para
cobertura de toda a boca e todo nariz, com permissão de respiração normal e sem
irritar a pele. Devem ser trocadas a cada usuário ou se tiverem úmidas.
4- Avental: deve ser de mangas longas, descartável ou de tecido para
atendimento aos usuários, ou impermeável para limpeza e desinfecção de artigos,
equipamentos e ambientes. Deve ser todo fechado durante os procedimentos.
5- Luvas: Devem ser de boa qualidade e usadas em todos os
procedimentos. Utilizadas durante as atividades clínicas, sendo estéreis para
procedimentos cirúrgicos (látex). Devem ser descartadas a cada paciente. Luvas de
plástico devem ser usadas como sobreluvas quando houver necessidade de
manusear artigos fora do campo de trabalho e de amianto couro ou aramida, usadas
na esterilização, para o manuseio de artigos esterilizados.
6- Calçados: Devem ser fechados e antiderrapantes, sendo usados para
proteção dos pés contra: choques elétricos, impactos de quedas de objetos, agentes
térmicos, cortantes e escoriantes, umidade proveniente de operações com uso de
água e respingos de produtos químicos.

Procedimentos:
 Lavaras mãos com agua e sabão antes e após o uso das luvas;
 Antissepsia;
 Antissepsia previa a procedimentos cirúrgicos;
 Degermação.
Equipe:
 Retirar anéis, pulseiras, brincos, relógios e etc.. Guardar celular;
 Prender cabelos;
 Vestir o gorro e a máscara e colocar óculos de proteção.
Paciente:
 EPI
Equipamentos:
 Desinfetados e protegidos por barreira.
Ergonomia:
 Exercícios laborais.
Manuseio de artigos perfuro cortantes
 Após atendimento: transporte do instrumental à central de matérias
esterilizado e manuseio.

Para procedimentos cirúrgicos


Utiliza-se a lavagem com água e sabão e antissepsia das mãos, utilizando
soluções de antissépticos, tais como: solução de digluconato de clorexidina a 2 ou 4%
com detergente, solução de iodopovidona (PVPI) 10%, com 1% de iodo livre, com
detergente e/ou solução de álcool etílico 77% (v/v), contendo 2% de glicerina. A
técnica consiste na remoção de anéis, relógios, pulseiras, enfim tudo que possa ser
meio de contaminação usados nas mãos, prender os cabelos e posicionar
corretamente a máscara, abrir a torneira e regular a temperatura e fluxo da água, lavar
as mãos e antebraços com solução degermante, enxaguar, escovar as unhas durante
1 minuto com solução degermante, desprezar a escova, friccionar mãos e antebraços
com solução degermante por 4 minutos, seguindo uma seqüência sistematizada para
atingir toda superfície (tempo total de 5 minutos), enxaguar abundantemente as
mãos/antebraços com água corrente, deixando escorrer das mãos para os cotovelos,
secar as mãos e antebraços com compressa estéril, vestir avental e luvas estéreis
(ANVISA).
REFERENCIAS

 Prevenção e ocorrência de acidentes com materiais perfurocortantes entre os


profissionais da área odontológica da cidade de Vila Velha/ES -
http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
72722012000200007;

 Norma Regulamentadora 32 - Nr 32 - Segurança E Saúde No Trabalho Em


Serviços De Saúde - http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr32.htm.

 Protocolo de controle de infecção UFTM -


http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/148046/Precaucoes_Padrao_-
_Contato_Respiratorio.pdf/4bec1c5a-7f5e-4287-b132-e19d8fa3f380;

 Infecção Cruzada Em Odontologia: Riscos E Diretrizes -


http://w3.ufsm.br/endodontiaonline/artigos/%5BREPEO%5D%20Numero%203%
20Artigo%202.pdf;

 Agência Nacional De Vigilância Sanitária (ANVISA). Serviços Odontológicos:


Prevenção e Controle de Riscos.

Você também pode gostar