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Instrução de Serviço para Elaboração de Estudos de Viabilidade Econômica de Rodovias (Área Rural) PDF
Instrução de Serviço para Elaboração de Estudos de Viabilidade Econômica de Rodovias (Área Rural) PDF
1. OBJETIVO
Definir e especificar os serviços para execução de estudos de viabilidade econômica de rodovias (área rural)
a serem desenvolvidos nos projetos de engenharia rodoviária.
Como são necessárias verbas substanciais para implantar as ligações viárias ou os melhoramentos propostos,
o objetivo destes estudos é analisar se os benefícios resultantes de sua implantação excedem os custos
requeridos pela obra. Deve-se demonstrar também que a alternativa escolhida (traçado, características
técnicas e operacionais, etc.) oferece maiores benefícios do que as outras alternativas estudadas,
considerando as diferenças de custos.
Definição em conjunto com os estudos de tráfego do sistema de zonas de tráfego a ser adotado;
Análise da situação existente (clima, solos, dados demográficos, atividades econômicas, produção local,
produtividade, mercados);
Análise preliminar do potencial econômico da região, traçados e características funcionais alternativos para
a rodovia;
Definição dos parâmetros para as projeções de tráfego;
Definição das hipóteses para quantificação dos benefícios.
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Os processos mais utilizados para avaliação econômica de projeto rodoviário em áreas já desenvolvidas são
aqueles baseados diretamente na quantificação da redução nos custos de transporte. Nas regiões em
desenvolvimento, torna-se necessário a análise econômica com base também nos benefícios indiretos.
A definição dos benefícios dependerá dos dados disponíveis em cada caso e da importância relativa das
funções que a rodovia exercerá, servir o tráfego já existente comparada com os resultados previstos na
abertura de novas áreas, etc. Ao mesmo tempo, analisar cuidadosamente a possibilidade de dupla contagem
de benefícios ao definí-los e calculá-los. Por exemplo:
Os benefícios para o tráfego gerado não deverão ser somados ao valor líquido do incremento da
produção local, uma vez que são grandezas equivalentes;
Os benefícios decorrentes de aumento do valor das propriedades localizadas na zona de influência direta
da rodovia, somente deverão ser somados aos benefícios de redução dos custos operacionais e tempo
para tráfego de longa distância que tenham tanto o destino como origem fora dessa zona;
A maior parte dos benefícios citados, em termos de desenvolvimento sócio-econômico da região, é resultante
de quantificação inter-relacionada e interdependente.
Os benefícios serão calculados a partir da comparação dos custos operacionais dos veículos, tempo de
viagem e estimativas do custo de acidentes para cada alternativa, na situação sem a ligação rodoviária ou os
melhoramentos propostos. Ao se calcular estes benefícios, considerar os seguintes aspectos:
Apresentar em separado os benefícios para os usuários de cada modalidade de transporte;
Basear os custos operacionais dos veículos nos valores e metodologias estabelecidos na publicação
Especificação para o Cálculo do Cus to Operacional, DNER, sendo os valores unitários atualizados
conforme necessário para o ano-base do projeto em foco.
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Analisar cuidadosamente a importância dos custos de congestionamento nas travessias de grandes áreas
urbanas;
Calcular as reduções nos tempos de percurso para os usuários e levantar hipóteses sobre o valor
monetário que pode ser alocado a economias de tempo. Uma análise de sensibilidade ao final do estudo
deve considerar os efeitos das variações deste parâmetro sobre as conclusões finais;
Explicar e justificar as hipóteses adotadas para custos de acidentes através a comparação com estudos
para rodovias de características semelhantes, o aumento da segurança se apresenta como fator importante
no projeto de novas rodovias ou melhoramentos. Entretanto, é duvidoso que a redução no volume e a
gravidade dos acidentes possa quantificar com o grau de detalhamento de outros benefícios. Tanto para o
cálculo dos benefícios como para os custos, deve-se estudar a necessidade e possibilidade do uso de
"preços fantasmas" (shadow prices);
Calcular os benefícios para o ano de abertura, ano intermediário e horizonte de projeto (normalmente 20
anos após a abertura da rodovia), sendo os benefícios para os anos intermediários serão estimados por
interpolação. No caso do carregamento de tráfego para o horizonte de projeto, assegurar a exclusão de
benefícios decorrentes do tráfego excedente a capacidade absoluta das vias;
Analisar cuidadosamente as implicações de transferências modais, justificando as hipóteses adotadas;
Efetuar o cálculo dos benefícios aos usuários, utilizando tanto o tráfego normal como o desviado e o
gerado, excetuando as estradas pioneiras.
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atividades econômicas em centros afastados da área atravessada. Estes benefícios são estimados através
dos benefícios aos usuários para tráfego de longa distância. Os benefícios para o tráfego existente entre as
localidades situadas ao longo do traçado, não deverão ser somados àqueles medidos pelo aumento no
valor dos terrenos na região atravessada pela rodovia;
Considerar que o prazo para a realização de benefícios decorrentes do desenvolvimento sócio-econômico
poderá ser bastante longo. Portanto, analisar cuidadosamente as possíveis taxas de crescimento visando
estimativa realista.
O investimento necessário para cada alternativa deverá incluir os custos de construção (terraplenagem,
drenagem, obras-de-arte correntes e especiais, pavimentação, relocação de serviços públicos, iluminação
onde for necessário, sinalização e obras complementares), desapropriação da faixa-de-domínio, compra de
direitos de acesso, paisagismo e urbanização, obras temporárias para a manutenção do tráfego durante a
construção, custo do projeto de engenharia e a supervisão da construção, percentagem para eventuais e
custo de operação e manutenção da via para um período de vida útil a ser estabelecido conjuntamente com o
DNER.
A última etapa da análise econômica será a comparação entre os benefícios de cada alternativa e os custos
estimados para implantação. Implica na atualização dos benefícios e de alguns custos, utilizando taxa de
oportunidade de capital. Calcular a relação absoluta B/C (Benefício/Custo), as relações incrementais e a taxa
interna de retorno.
Apresentar análise de sensibilidade que considere o efeito, sobre o resultado final, das variações nos
principais parâmetros, tais como: as estimativas de tráfego, o valor alocado ao tempo dos usuários, a taxa de
oportunidade de capital e os custos de construção.
Dificilmente haverá dados suficientes para quantificar adequadamente o impacto de cada alternativa sobre a
área que a via atravessa. Porém, a poluição sonora e atmosférica decorrente do tráfego intenso, bem como o
efeito negativo sobre a segurança e a liberdade de movimento dos pedestres, a degradação de propriedades
adjacentes à via, o rompimento de comunidades urbanas, o desmatamento e a influência sobre a fauna e a
flora são fatores que merecem análise qualitativa e comparativa. Portanto, o estudo deverá incluir descrição
qualitativa das conseqüências estimadas de cada alternativa sobre o meio ambiente.
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Deverão ser descritas as medidas tomadas e/ou os critérios adotados para minimizar o impacto sobre o meio
ambiente. As medidas que requeiram trabalhos construtivos adicionais deverão ser incluídas no orçamento
dos custos de implantação.
4. APRESENTAÇÃO
A apresentação do relatório com conclusões obtidas nos estudos de economia constarão do Relatório Parcial
01, relativo ao término da fase de anteprojeto.