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A Santa Missa - Uma Breve Explicação Sobre o Santo Sacríficio - MONTFORT PDF
A Santa Missa - Uma Breve Explicação Sobre o Santo Sacríficio - MONTFORT PDF
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Catecismos
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Introdução
Primeira parte: O sacramento da Eucaristia
§ 1º Do que é a Santíssima Eucaristia e da presença real de Jesus Cristo neste Sacramento
Segunda parte: Do Santo Sacrificio da Missa
§ 1º Da essência, da instituição e dos fins do Santo Sacrificio da Missa
Terceira parte: O conhecimento e a compreensão das orações e cerimônias da Santa Missa
§ 1º Do conhecimento profundo da Santa Missa
§ 2º Da celebração da primeira Missa e da sua relação com a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo: as ações e palavras do sacerdote
§ 3o Da celebração da primeira Missa e da sua relação com a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo: as vestimentas do sacerdote
Introdução
A Igreja e os santos sempre ensinaram que as coisas ocorridas no Antigo Testamento são prefigurações
daquelas que aconteceriam no Novo Testamento. Isso quer dizer que Deus, para poupar a fraqueza doTopo
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Além de utilizar os fatos ocorridos no Antigo Testamento com a finalidade de preparar os homens para o
que seria revelado no Novo Testamento, Deus se utilizou também das profecias.
E é assim que vemos, no Antigo Testamento, a Santa Missa prefigurada por muitos fatos e também
predita pelos profetas.
Dentre os fatos do Antigo Testamento que são prefigurações do Santo Sacrifício da Missa estão:
1. o oferecimento de pão e vinho a Deus por Melquisedec, sacerdote e rei de Salém (Gen. 14, 18-20);
2. o maná, sustento milagroso que o Senhor fazia cair todas as manhãs em torno do campo dos
hebreus no deserto, depois de terem saído do Egito guiados por Moisés (Ex. 16, 4-36). O maná
era um alimento descido do céu. Nosso Senhor na Santa Eucaristia é o Pão vivo descido do céu. –
O maná substituía todos os alimentos, tendo nele todos os sabores. A Santa Eucaristia é o pão por
excelência: basta para todas as necessidades da alma. – O maná durou até que os hebreus
entrassem na terra prometida. A Santa Eucaristia nos será dada até que entremos no céu, onde
veremos face à face o Deus que recebemos, no Sacramento, sob o véu de pão.
Várias coisas a respeito da vinda e da obra de Jesus Cristo foram também preditas pelos profetas, e uma
delas é o Sacrifício da Missa, que seria instituído por Nosso Senhor e que se haveria de oferecer por toda
a terra.
O profeta Malaquias nos mostra Deus irritado com as negligências e as provas de má vontade dos
sacerdotes judeus da Antiga Lei quando ofereciam os sacrifícios:
“O filho honra seu pai, e o servo reverencia o seu senhor. Se eu, pois, sou vosso pai, onde está a minha
honra? E se eu sou o vosso Senhor, onde está o temor que se me deve? diz o Senhor dos exércitos.
Convosco falo, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome, e que dizeis: em que desprezamos nós o teu
nome? Vós ofereceis sobre o meu altar um pão imundo, e dizeis: Em que te profanamos nós? Nisso que
dizeis: A mesa do Senhor está desprezada. Se vós ofereceis uma hóstia cega para ser imolada, não é
isto mau? E se ofereceis uma que é coxa e doente, não é isto mau? Oferecei estes animais ao vosso
governador, e vereis se eles lhe agradarão, ou se ele vos receberá com agrado, diz o Senhor dos
Exércitos” (Mal. 1, 6-8).
Diante disto, Deus, pela boca do profeta, se mostra resolvido a rejeitar e abolir os sacrifícios antigos: “O
meu afeto não está em vós, diz o Senhor dos exércitos; nem eu receberei algum donativo de vossa mão”
(Mal 1, 10).
E passa a anunciar um Sacrifício Novo, oferecido em toda a terra: “Porque desde o nascente do sol até o
poente é o meu nome grande entre as gentes, e em todo lugar se sacrifica e se oferece ao meu nome
uma oblação pura” (Mal. 1, 11).
A expressão “do nascente do sol até o poente” é usada nas Escrituras para significar o mundo inteiro. A
palavra “gentes” é sempre empregada na Escritura para significar os gentios, os povos que não são o
povo israelita.
Esta oblaçãoa que o profeta se refere não é tomada no sentido metafórico de oração ou sacrifício
espiritual ou esmola: ela vem substituir os sacrifícios dos sacerdotes da Antiga Lei.
E não se refere diretamente ao Sacrifício cruento da Cruz, pois este foi oferecido em um só lugar, uma
vez só, no monte Calvário, ao passo que aqui se trata de um sacrifício oferecido em todo lugar, de modo
a tornar o nome do Senhor engrandecido entre as gentes: a Santa Missa, renovação incruenta Topo
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O fato de Deus ter usado de figuras e profecias no Antigo Testamento com a finalidade de preparar o
povo escolhido para aceitar o Sacrifício da Missa mostra-nos a grande importância deste mesmo
Sacrifício e a grande estima que Deus tem por ele. A finalidade deste pequeno trabalho é tornar mais
conhecido este Sacrifício tão estimado por Deus e que tem tão grande valor, expondo seu significado e
as verdades que ele exprime, e que estão contidas em cada palavra e ação do sacerdote.
2. Na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na terra, da
Santíssima Virgem?
Sim, na Eucaristia está verdadeiramente o mesmo Jesus Cristo que está no Céu e que nasceu, na
terra, da Santíssima Virgem.
3. Por que acreditais que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus
Cristo?
Eu acredito que no Sacramento da Eucaristia está verdadeiramente presente Jesus Cristo porque
Ele mesmo o disse, e Ele, sendo Deus, não pode mentir. E assim no-lo ensina a Santa Igreja.
9. Que é a consagração?
A consagração é a renovação, por meio do sacerdote, do milagre operado por Jesus Cristo na
Última Ceia, quando mudou o pão e o vinho no seu Corpo e no seu Sangue adorável, por estas
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10. Como é chamada pela Igreja a miraculosa conversão do pão e do vinho no Corpo e no
Sangue de Jesus Cristo?
Esta miraculosa conversão, que todos os dias se opera sobre os nossos altares, é chamada pela
Igreja de transubstanciação.
12. Deve-se adorar a Eucaristia? A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque Ela contém
verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor.
Referências: Extraído do Catecismo Maior de São Pio X ± Quarta parte, Capítulo IV.
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8. Quem oferece a Deus o Santo Sacrificio da Missa? O primeiro e principal oferente do Santo
Sacrifício da Missa é Jesus Cristo, e o sacerdote é o ministro que em nome de Jesus Cristo
oferece este sacrifício ao Pai Eterno.
9. Quem instituiu o Santo Sacrificio da Missa? Foi o próprio Jesus Cristo quem instituiu o Santo
Sacrifício da Missa, quando instituiu o Sacramento da Eucaristia, e disse que ele fosse feito em
memória de sua paixão.
11. Se a Santa Missa se oferece só a Deus, por que se celebram tantas Missas em honra da
Santíssima Virgem e dos Santos?
A Missa celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos é sempre um sacrifício oferecido
só a Deus; diz-se, porém, celebrada em honra da Santíssima Virgem e dos Santos para louvar a
Deus neles pelos dons que lhes concedeu, e para alcançar, pela intercessão deles, em maior
abundância, as graças de que necessitamos.
Referências:
Extraído do Catecismo Maior de São Pio X ± Quarta parte, Capítulo IV.
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Missa
7. Por acaso a Igreja ocultaria aos fiéis algum mistério da Santa Missa?
Não. Na Igreja nada há de oculto e Ela jamais pretendeu ocultar qualquer mistério aos fiéis, seja
da Santa Missa ou de qualquer outra cerimônia litúrgica.
§ 2º Da celebração da primeira Missa e da sua relação com a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo: as ações e palavras do sacerdote
1. Quando foi celebrada a primeira Missa? Pode-se e deve-se crer que a primeira Missa foi
celebrada no Cenáculo, à véspera da morte de Salvador.
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3. O que fizeram Jesus e os apóstolos após a Ceia? Os apóstolos saíram do Cenáculo com o seu
Mestre, e se dirigiram ao Horto das Oliveiras, para serem testemunhas da renovação e da
consumação do grande sacrifício da Cruz, da mesma forma que o sacerdote se dirige ao santuário,
subindo ao altar.
4. Que paralelo podemos estabelecer entre a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Santa
Missa?
Podemos estabelecer o seguinte paralelo:
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Referências:
Extraído do Catecismo da Santa Missa
§ 3o Da celebração da primeira Missa e da sua relação com a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo: as vestimentas do sacerdote
2. Estas vestes que o sacerdote deve usar para rezar a Santa Missa nos remetem ao que
sofreu Nosso Senhor em sua Paixão e em sua Morte na Cruz?
Sim, as vestes que o sacerdote deve usar na Santa Missa nos remetem ao que Nosso Senhor
sofreu em sua Paixão e em sua Morte na Cruz.
5. O que é o amito?
O amito é um véu branco que o sacerdote passa sobre a cabeça e com que cobre os ombros.
Remete a coroa de espinhos com a qual Nosso Senhor Jesus Cristo foi coroado. O amito recorda-
nos que devemos sempre ter pensamentos puros, combatendo sobretudo aqueles que nos vêm
contra a castidade. Lembra-nos também a modéstia das palavras e o cuidado que devemos ter de
não conversar inutilmente na Igreja.
6. O que é a alva?
A alva é uma túnica branca, larga e que desce até os pés do sacerdote. Remete à túnica branca
com a qual Herodes mandou vestir a Cristo, para dizer que era louco. A alva recorda-nos de que
seremos chamados de loucos pelo mundo se formos fiéis a Nosso Senhor, seguindo-Lhe os
passos e renunciando às ilusões deste mundo para alcançarmos nossa recompensa no Céu. O
fato da alva descer até os pés significa que devemos perseverar nas boas obras. E o símbolo da
pureza que o padre deve ter ao rezar a Santa Missa e que os fiéis dever também ter ao assisti-la.
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7. O que é o cíngulo?
O cíngulo é uma corda com a qual o sacerdote aperta a alva na altura da cintura. Remete-nos aos
açoites da flagelação de Nosso Senhor, bem como a corda com a qual amarraram Nosso Senhor
para puxá-lo. Lembra-nos as virtudes da fortaleza e da castidade.
8. O que é o manípulo?
O manípulo é um pano que o sacerdote traz no braço esquerdo. Sua origem está no fato de que os
filósofos gregos levavam no braço um pano para enxugarem o suor do rosto quando ensinavam
nas praças; bem como no fato de que os trabalhadores também levavam um pano no braço para
enxugarem o suor do rosto enquanto trabalhavam. Remete-nos às cordas que ataram as mãos de
Nosso Senhor. Lembra-nos a autoridade que o sacerdote tem para pregar a verdade, bem como
de que devemos trabalhar para conseguirmos o Céu, fazendo boas obras.
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9. O que é a estola?
A estola é um ornato que o sacerdote traz em torno do pescoço e que cruza sobre o peito.
Remete-nos à Cruz que Nosso Senhor carregou. Ela é o símbolo da dignidade e do poder do
sacerdote, e nos lembra o respeito que devemos ter para com os padres. O fato da estola ser
cruzada no peito do sacerdote significa também a troca que os judeus e gentios fizeram na
crucificação de Jesus Cristo, passando os judeus da mão direita para a esquerda e os gentios da
mão esquerda para a direita de Deus.
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Referências:
Extraído do “ Catecismo de Perseverança” ± Quarta parte,lição XII ± Abade Gaume ± Porto, Livraria
Chardron, 1901, 4ë Edição.
Anexo:
Bula Quo primum tempore
Papa S. Pio V
14 de Julho de 1570
Pio Bispo
Servo dos Servos de Deus
Para perpétua memória
1. Desde que fomos elevados ao ápice da Hierarquia Apostólica, de bom grado aplicamos nosso zelo
e nossas forças e dirigimos todos os nossos pensamentos no sentido de conservar na sua pureza
tudo o que diz respeito ao culto da Igreja; o que nos esforçamos por preparar e, com a ajuda de
Deus, realizar com todo o cuidado possível.
2. Ora, entre outros decretos do Santo Concílio de Trento cabia-nos estabelecer a edição e correção
dos livros santos: Catecismo, Missal e Breviário.
3. Com a graça de Deus, já foi publicado o Catecismo, destinado à instrução do povo, e corrigido o
Breviário, para que se tributem a Deus os devidos louvores. Outrossim, para que ao Breviário
correspondesse o Missal, como é justo e conveniente (já que é soberanamente oportuno que, na
Igreja de Deus, haja uma só maneira de salmodiar e um só rito para celebrar a Missa), parecia-nos
necessário providenciar, o mais cedo possível, o restante desta tarefa, ou seja, a edição do Missal.
4. Para tanto, julgamos dever confiar este trabalho a uma comissão de homens eruditos. Estes
começaram por cotejar cuidadosamente todos os textos com os antigos de nossa Biblioteca
Vaticana e com outros, quer corrigidos, quer sem alteração, que foram requisitados de toda parte.
Depois, tendo consultado os escritos dos antigos e de autores aprovados, que nos deixaram
documentos relativos à organização destes mesmos ritos, eles restituíram o Missal propriamente
dito à norma e ao rito dos Santos Padres.
5. Este Missal assim revisto e corrigido, Nós, após madura reflexão, mandamos que seja impresso e
publicado em Roma, a fim de que todos possam tirar os frutos desta disposição e do trabalho
empreendido, de tal sorte que os padres saibam de que preces devem servir-se e quais os ritos,
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6. E a fim de que todos, e em todos os lugares, adotem e observem as tradições da Santa Igreja
Romana, Mãe e Mestra de todas as Igrejas, decretamos e ordenamos que a Missa, no futuro e
para sempre, não seja cantada nem rezada de modo diferente do que esta, conforme o Missal
publicado por Nós, em todas as Igrejas: nas Igrejas Patriarcais, Catedrais, Colegiais, Paroquiais,
quer seculares quer regulares, de qualquer Ordem ou Mosteiro que seja, de homens ou de
mulheres, inclusive os das Ordens Militares, igualmente nas Igrejas ou Capelas sem encargo de
almas nas quais a Missa conventual deve, segundo o direito ou por costume, ser celebrada em voz
alta com coro, ou em voz baixa, segundo o rito da Igreja Romana, ainda quando estas mesmas
Igrejas, de qualquer modo isentas, estejam munidas de um indulto da Sé Apostólica, de costume,
de um privilégio, até de um juramento, de uma confirmação apostólica ou de quaisquer outras
espécies de faculdades. A não ser que, ou por uma instituição aprovada desde a origem pela Sé
Apostólica, ou então em virtude de um costume, a celebração destas Missas nessas mesmas
Igrejas tenha um uso ininterrupto superior a 200 anos. A estas Igrejas Nós, de maneira nenhuma,
suprimimos nem a referida instituição, nem seu costume de celebrar a Missa; mas, se este Missal
que acabamos de editar lhes agrada mais, com o consentimento do Bispo ou do Prelado, junto
com o de todo Capítulo, concedemos-lhes a permissão, não obstante quaisquer disposições em
contrário, de poder celebrar a Missa segundo este Missal.
7. Quanto a todas as outras sobreditas Igrejas, por Nossa presente Constituição, que será válida para
sempre, Nós decretamos e ordenamos, sob pena de nossa indignação, que o uso de seus missais
próprios seja supresso e sejam eles radical e totalmente rejeitados; e, quanto ao Nosso presente
Missal recentemente publicado, nada jamais lhe deverá ser acrescentado, nem supresso, nem
modificado. Ordenamos a todos e a cada um dos Patriarcas, Administradores das referidas Igrejas,
bem como a todas as outras pessoas revestidas de alguma dignidade eclesiástica, mesmo
Cardeais da Santa Igreja Romana, ou dotados de qualquer outro grau ou preeminência, e em
nome da santa obediência, rigorosamente prescrevemos que todas as outras práticas, todos os
outros ritos, sem exceção, de outros missais, por mais antigos que sejam, observados por costume
até o presente, sejam por eles absolutamente abandonados para o futuro e totalmente rejeitados;
cantem ou rezem a Missa segundo o rito, o modo e a norma por Nós indicados no presente Missal,
e na celebração da Missa, não tenha a audácia de acrescentar outras cerimônias nem de recitar
outras orações senão as que estão contidas neste Missal.
8. Além disso, em virtude de Nossa Autoridade Apostólica, pelo teor da presente Bula, concedemos e
damos o indulto seguinte: que, doravante, para cantar ou rezar a Missa em qualquer Igreja, se
possa, sem restrição seguir este Missal com permissão e poder de usá-lo livre e licitamente, sem
nenhum escrúpulo de consciência e sem que se possa incorrer em nenhuma pena, sentença e
censura, e isto para sempre.
10. Não obstante todas as decisões e costumes contrários anteriores, de qualquer espécie:
Constituições e Ordenações Apostólicas, ou Constituições e Ordenações, tanto gerais como
especiais, publicadas em Concílios Provinciais e Sinodais; não obstante também o uso das Igrejas
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acima enumeradas, ainda que autorizado por uma prescrição bastante longa e imemorial, mas que
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11. Queremos e, pela mesma autoridade, decretamos que, depois da publicação de Nossa presente
Constituição e deste Missal, todos os padres sejam obrigados a cantar ou celebrar a Missa de
acordo com ele: os que estão na Cúria Romana, após um mês; os que habitam aquém dos Alpes,
dentro de três meses; e os que habitam além das montanhas, após seis meses ou assim que
encontrem este Missal à venda.
12. E para que em todos os lugares da Terra este Missal seja conservado sem corrupção e isento de
incorreções e erros, por nossa Autoridade Apostólica e em virtude das presentes, proibimos a
todos os impressores domiciliados nos lugares submetidos, direta ou indiretamente, à Nossa
autoridade e à Santa Igreja Romana, sob pena de confiscação dos livros e de uma multa de 200
ducados de ouro, pagáveis à Câmara Apostólica, bem como aos outros domiciliados em qualquer
outro lugar do mundo, sob pena de excomunhão ipso facto e de outras penas a Nosso alvitre, se
arroguem, por temerária audácia, o direito de imprimir, oferecer ou aceitar esta Missa, de qualquer
maneira, sem nossa permissão, ou sem uma licença especial de um Comissário Apostólico por
Nós estabelecido, para estes casos, nos países interessados, e sem que antes, este Comissário
ateste plenamente que confrontou com o Missal impresso em Roma, segundo a impressão típica,
um exemplar do Missal destinado ao mesmo impressor, que lhe sirva de modelo para imprimir os
outros, e que este concorda com aquele e dele não difere absolutamente em nada.
13. E como seria difícil transmitir a presente Bula a todos os lugares do mundo cristão e levá-la
imediatamente ao conhecimento de todos, ordenamos que, segundo o costume, ela seja publicada
e afixada às portas da Basílica do Prrincipe dos Apóstolos e da Chancelaria Apostólica, bem como
no Campo de Flora. Ordenamos igualmente que aos exemplares mesmo impressos desta Bula,
subscritos pela mão de um tabelião público e munidos, outrossim, do Selo de uma pessoa
constituída em dignidade eclesiástica, seja dada, no mundo inteiro, a mesma fé inquebrantável que
se daria à presente, caso mostrada ou exibida.
14. Assim, portanto, que a ninguém absolutamente seja permitido infringir ou, por temerária audácia,
se opor à presente disposição de nossa permissão, estatuto, ordenação, mandato, preceito,
concessão, indulto, declaração, vontade, decreto e proibição.
Se alguém, contudo, tiver a audácia de atentar contra estas disposições, saiba que incorrerá na
indignação de Deus Todo-poderoso e de seus bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo.
Dado em Roma perto de São Pedro, no ano da Encarnação do Senhor mil quinhentos e setenta, no dia
14 de Julho, quinto de Nosso Pontificado.
Pio Papa V
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