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STHEFANI MAYER
PONTA GROSSA
2018
STHEFANI MAYER
PONTA GROSSA
2018
Ministério da Educação
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
STHEFANI MAYER
____________________________________
Profa. Ms. Ana Maria Bueno
Prof. Orientador
____________________________________
Prof. Dr. Aldo Braghini Junior
Membro titular
____________________________________
Prof. Dr. Fabio Jose Ceron Branco
Membro titular
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10
1.1 PROBLEMA ........................................................................................................ 11
1.2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 11
1.3 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 12
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 13
1.5 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14
2.1 HISTÓRICO DA MANUTENÇÃO ........................................................................ 14
2.2 TIPOS DE MANUTENÇÃO ................................................................................. 15
2.2.1 Manutenção Corretiva ...................................................................................... 16
2.2.3 Manutenção Preditiva ....................................................................................... 17
2.2.4 Manutenção Detectiva ...................................................................................... 18
2.3 INDICADORES DE MANUTENÇÃO ................................................................... 18
2.3.1 Tempo Médio entre Falhas (MTBF) ................................................................. 19
2.3.2 Tempo Médio para Reparo (MTTR) ................................................................. 19
2.4 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL................................................................. 20
2.4.1 Os Pilares do TPM ........................................................................................... 21
2.4.2 Pilar Melhorias Específicas .............................................................................. 22
2.4.3 Pilar Manutenção Autônoma ............................................................................ 22
2.4.4 Pilar Manutenção Planejada............................................................................. 23
2.4.5 Pilar Treinamento e Educação ......................................................................... 24
2.4.6 Pilar Controle Inicial.......................................................................................... 25
2.4.8 Pilar Administrativo ........................................................................................... 26
2.4.9 Pilar Segurança, Higiene e Meio Ambiente ...................................................... 27
2.5 IMPLEMENTAÇÃO DA MANUTENÇÃO AUTÔNOMA ....................................... 27
2.5.1 Pré-desenvolvimento da Manutenção Autônoma ............................................. 27
2.5.2 Desenvolvimento da Manutenção Autônoma ................................................... 31
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 39
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ...................................................................... 39
3.2 DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE COLETA DE DADOS..................................... 40
3.3 DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS .............................................................. 43
4 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 45
4.1 MANUTENÇÃO AUTÔNOMA PASSO 1 ............................................................. 45
4.2 MANUTENÇÃO AUTÔNOMA PASSO 2 ............................................................. 47
4.3 MANUTENÇÃO AUTÔNOMA PASSO 3 ............................................................. 49
4.4 MANUTENÇÃO AUTÔNOMA PASSO 4 ............................................................. 54
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 59
5.1 INDICADORES MTBF E MTTR .......................................................................... 59
5.2 REPERCUSSÃO E MELHORIAS GERADAS ..................................................... 65
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 70
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 71
10
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
1.2 JUSTIFICATIVA
2 REFERENCIAL TEÓRICO
que eventuais falhas possam vir a prejudicar estes processos e busca-se evitar que
falhas ocorram.
Diante disso, Viana (2002) define que a realização de uma manutenção
preventiva ocorre em períodos predeterminados e em equipamentos que
permanecem em modo operante, ou seja, sem a ocorrência de falhas. O intuito de
se realizar uma manutenção preventiva segundo Fogliatto e Ribeiro (2009) é
“aumentar a confiabilidade do equipamento retardando a ocorrência de falhas”.
A manutenção preventiva serve como apoio a manutenção corretiva, no qual
se pode aplicar um trabalho periódico o qual pode ou não suspender a produção de
forma planejada (SOUZA, 2007). A manutenção preventiva tem custos maiores do
que a manutenção corretiva, porém os benefícios adquiridos pelo processo são
muito maiores já que dessa forma, as falhas tendem a diminuir e consequentemente
evita-se paradas repentinas.
Xenos (1998) declara que a manutenção preventiva é o centro das
operações de manutenção, uma vez que, se torna uma das principais tarefas
realizadas de forma frequente nas empresas.
Viana (2002) define o tempo médio entre falhas como sendo a soma das
horas de disponibilidade do equipamento na operação (HD) dividido pelo número de
intervenções corretivas realizadas no mesmo (NC). Considerando o mesmo período
de tempo para ambos.
𝐻𝐷
MTBF = (1)
𝑁𝐶
Através deste indicador consegue-se avaliar o comportamento dos
equipamentos de acordo com seu número de falhas. Quanto maior o valor do MTBF
menos intervenções corretivas são realizadas no equipamento e consequentemente
o equipamento fica mais tempo disponível.
𝐻𝐼𝑀
MTTR = (2)
𝑁𝐶
Quanto menor for o tempo médio de reparo significa que são realizados
poucos reparos no equipamento, e dessa forma, os planos de manutenção são
eficientes quando os reparos possuem pouco impacto no processo.
Assim como a qualidade busca zero falhas este pilar procura dizimar e
prevenir qualquer situação que prejudique a segurança dos colaboradores, além de
sempre buscar o aumento da qualidade de vida. Outro tópico abordado por este pilar
diz respeito a garantia da preservação do meio ambiente, no qual a preocupação
pelo ciclo de vida dos produtos se evidencia e a utilização de recursos
ambientalmente corretos se torna algo intrínseco ao processo da empresa.
Ribeiro (1994) citado por Rodrigues (2017) evidência que as normas e leis
devem ser seguidas severamente para que este pilar alcance sucesso. Como forma
de auxiliar no controle das leis bem como manter a segurança de seus
colaboradores, é necessário a realização de auditorias e monitoramentos contínuos
nos processos da organização, além de programas para conscientizar tanto a parte
interna quanto externa da empresa quanto a preocupação com o meio ambiente.
(SINOTSUKA apud TONDATO, 2004).
Furlan e Leão (2010), alegam que este pilar juntamente com os pilares da
manutenção autônoma e manutenção planejada devem ser executados
simultaneamente e seus objetivos quanto a segurança, higiene e meio ambiente
devem ser apresentados por meio de indicadores.
para a mudança cultural a qual a empresa sofrerá por meio da implementação desta
metodologia. Vale ressaltar que cada empresa possui suas próprias características,
sendo ou não necessária a adoção de todas as ferramentas como: 5s, apoio da alta
direção, padronização dos procedimentos e desenvolvimento da manutenção
autônoma.
2.5.1.1 5S
Para que o pilar seja implementado de maneira satisfatória e com uma alta
eficiência deve-se procurar uma atenção especial aos colaboradores da empresa,
pois são eles que dão o andamento e a continuidade na aplicação. Logo, é
fundamental que a organização invista na capacitação e em treinamentos para seus
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realizar a detecção das falhas ocasionadas pelas más condições dos equipamentos
e locais de trabalho. Rodrigues (2017) evidência que estas atividades são muito
simples e podem ser realizadas por qualquer operador e, além disso, é necessário
que eles procurem levantar todas as anomalias imperceptíveis devido a sujeira bem
como todas as dificuldades inerentes a limpeza para que dessa maneira seja
possível acompanhar diariamente a evolução desta etapa.
O intuito desta etapa é a identificação dos locais que são difíceis de realizar
a limpeza bem como as fontes que dão origem a sujeira. Estes locais devem ser
inspecionados além de estarem bem explicados, pois o reconhecimento dos locais
juntamente com as fontes de sujeira é essencial para desenvolver um plano de
limpeza para cada equipamento. Se não identificadas podem fazer com que o
material não possua avanço e permaneça com condições baixas de funcionamento
(GOMES, 2015).
Após identificadas as fontes de sujeiras e locais de difícil acesso podem ser
realizadas melhorias no layout do local de trabalho bem como na posição dos
equipamentos, tudo como forma de aumentar a eficiência da operação e por
consequência diminuir as falhas e quebras de equipamento.
3 METODOLOGIA
RECEPÇÃO
PASTEURIZAÇÃO CONCENTRAÇÃO
MISTURA EXPEDIÇÃO À
GRANEL
VTIS
ALSAFE
ENVASE
EXPEDIÇÃO
UHT
Fonte: Autoria própria
O setor de envase é composto por sete máquinas TBA, sendo quatro TBA’s
responsáveis pelo envase de bebidas de 200 mililitros, duas TBA’s responsáveis
pelo envase de bebidas de 1 litro e uma TBA responsável pelo envase de bebidas
de 190 mililitros.
por meio de uma injeção de calor. O produto já devidamente embalado segue por
meio de esteiras ao próximo setor.
PASSO 2:
Medidas Contra Fontes Geradoras de
Sujeira e Locais de Dificil Acesso.
PASSO 3:
Elaboração dos Planos de Limpeza e
Lubrificação para as máquinas do setor.
PASSO 4:
Elaboração do Plano de Inspeção e e a
realização da Inspeção Geral.
4 DESENVOLVIMENTO
Este plano foi utilizado como rotina no processo de limpeza geral do setor
para que dessa forma nada passe despercebido ou não seja realizado. Como forma
de melhorar a visibilidade do plano o mesmo também foi fixado junto com os demais
informativos presentes no setor. Além disso, os operadores foram submetidos a um
treinamento inicial com a explicação de todas as atividades presentes no plano de
limpeza geral.
Além disso, similar aos passos anteriores foi aplicado um novo treinamento
com todos os operadores dos três turnos, com o intuito de repassar e explicar tudo o
que consta neste plano, bem como realizar o esclarecimento de eventuais dúvidas
que possam surgir inicialmente.
Quando for identificada uma não conformidade ela deve ser descrita e
posteriormente identificada à ação corretiva a ser realizada, seguida do prazo desta
ação, o responsável e por fim como está o andamento da resolução do problema o
qual foi denominado como status. Este check list deve ser feito pelo autor do
presente trabalho e suas considerações devem ser repassadas aos operadores,
como forma de lhes fornecer um feedback a respeito da execução de suas
atividades.
59
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nas duas primeiras TBA’s percebe-se que houve uma melhoria progressiva,
com uma redução de em média 12 minutos do MTTR. Já as TBA’s 3 e 4 nota-se um
pequeno aumento, porém por se tratar de um aumento de em média 35 segundos,
não foi algo que gerou um muito impacto no indicador. Da mesma forma que as
primeiras TBA’s, a 5, 6 e 7 apresentaram um aumento progressivo com uma média
de 8 minutos. Por fim, a TBA 7 durante os quatro meses de implementação obteve
uma melhoria de apenas 1 minuto, enquanto as demais diminuíram os tempos em
média de 5 minutos.
Quanto as melhorias presentes de forma mais significativa em determinadas
máquinas podem-se atribuí-las aos fatores mencionados anteriormente, tanto ao
comprometimento dos operadores quanto às falhas inevitáveis e necessárias e a
idade diferente das máquinas do setor.
Um dos objetivos da manutenção autônoma é proporcionar aos operadores
uma maior autonomia para com o seu equipamento, algumas causas tornam os
reparos mais demorados o que acarreta em um aumento do MTTR. A autonomia
proporcionada aos operadores, fez com que os próprios realizassem reparos em
alguns dos problemas apresentados e consequentemente não houve a necessidade
de gastar um tempo de espera por um mantenedor. Além disso, o operador passou
a conhecer melhor sua máquina e com isso, o tempo de reparo das paradas também
se tornou mais rápido.
No Gráfico 16 consegue-se avaliar a porcentagem de redução do MTTR nas
sete máquinas do setor, levando em conta o tempo de MTTR do mês de setembro
em comparação ao mês de abril.
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hidráulico e lubrificantes nas máquinas era algo muito comum, com o plano de
lubrificação as atividades se padronizaram e com o auxílio do controle presente no
plano de inspeção essas paradas diminuíram significativamente. No Gráfico 18
pode-se avaliar a média das paradas apresentadas pelas máquinas.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo, v. 5, p. 61,
2002.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas,
1999.
SUZUKI, Tokutaro. TPM for Process Industries. Portland: Productivity Press, 1994.
388 p.