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Guaratinguetá
2007
WILLY ROGER DE PAULA MENDONÇA
Guaratinguetá
2007
UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá
BANCA EXAMINADORA:
Dezembro de 2007
DADOS CURRICULARES
Albert Einstein
MENDONÇA, W. R. P. Estudo e implementação de métodos de identificação de
parâmetros modais multi-modos. 2007. 110 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia
Mecânica) – Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá, Universidade
Estadual Paulista, Guaratinguetá, 2007.
RESUMO
Estruturas e máquinas em regime operacional usualmente são submetidos a
carregamentos dinâmicos ocasionados por vibração. Este fenômeno é em grande parte
prejudicial, tendo em vista que podem causar falhas por fadiga, ruídos indesejáveis, etc.
Com objetivo de minimizar e avaliar níveis de vibração em sistemas estruturais,
técnicas de modelagem teórica e experimental vêm sendo utilizadas com freqüência.
Dentre diferentes técnicas aplicadas à avaliação do comportamento dinâmico de
estruturas, à análise modal figura como uma das principais.O presente trabalho tem
como objetivo implementar um método de identificação de parâmetros modais no
domínio da freqüência, de estruturas com vários graus de liberdade (MDOF). O
método foi implementado em um ambiente computacional de baixo custo. O software
desenvolvido possibilita através de suas interfaces gráficas identificar os parâmetros
modais de dados experimentais de uma estrutura metálica ensaiada, simular os modos
de vibrar identificados da estrutura e permite de forma pratica que os usuários com
poucos conhecimentos em análise modal interajam com todo o processo de análise dos
dados experimentais. O trabalho se inicia com uma revisão bibliográfica dos métodos
de identificação modal no domínio da freqüência. Posteriormente é apresentada a
metodologia utilizada neste trabalho, onde é apresentado o método escolhido para
desenvolver a identificação do sistema e o procedimento de implementação do
software. Os resultados obtidos na validação do software, utilizando dados
experimentais e análises em elementos finitos são apresentadas na seqüência.
Fechando este trabalho são apresentadas discussões sobre pontos relevantes do
trabalho desenvolvido, seguido das conclusões finais.
ABSTRACT
Structures and machines in operational regime are usually submitted to dynamic loads
caused by vibration. This phenomenon is largely harmful, considering can cause
cracks for fatigue, undesirable noises, etc. With objective of minimize and evaluate
vibration levels in structural systems, techniques of theoretical and experimental
modeling have been used frequently. Among different techniques applied to the
evaluation of the dynamic behavior of structures, the modal analysis present as one of
the main. The present work has as objective implements a method of identification of
modal parameters in the domain of the frequency to structures with multi degrees of
freedom (MDOF). The method should be implemented in a low cost software. The
developed software had made possible through their graphic interfaces to identify the
modal parameters of experimental data of a rehearsed metallic structure, to simulate
the modes of vibration identified and make possible users with few knowledge in
modal analysis interact with the whole the process of analysis of the experimental data.
The work begins with a bibliographical review of the modal identification methods in
the frequency domain. Later is presented the methodology used in this work,
presenting the chosen method to develop the system identification and the procedure
of implementation of the software. The results obtained in the validation of the
software, using experimental data and finite elements analysis are presented in the
sequence. Closing this work discussions about relevant points of the developed work
are presented followed by the final conclusions.
c amortecimento
k constante da mola
e Erro quadrático
m Massa
s Operador Laplaciano
r Referência ao modo de vibrar
i Ponto de medição
k Ponto de medição
cc Coeficiente de amortecimento crítico
wd Freqüência natural amortecida
sk Autovalor
wn Freqüência natural não amortecida
A Resíduo
B Constante complexa
L Número de pontos
R Raio
N Graus de liberdade
f(t) Força de excitação aplicada ao sistema
x(t ) Deslocamento correspondente à força de excitação
x& (t ) Velocidade correspondente à força de excitação
&x&(t ) Aceleração correspondente à força de excitação
F(f) Transformada de Fourier do sinal de entrada x(t)
X(f) Transformada de Fourier do sinal de saída
H(f) Função resposta de freqüência do sistema
H(s) Função de transferência do sistema
[M] Matriz de massa
[K] Matriz de rigidez
[C] Matriz de amortecimento
[I] Matriz identidade
Re(α) Parte real da função de transferência
Im(α) Parte imaginária da função de transferência
[ `mr ` ] Matriz de massa modal NxN
[ `k r ` ] Matriz de rigidez modal NxN
NxN Ordem da matriz
ξ Fator de amortecimento
ε Constante
υ Constante
λ Autovalores complexos
θ Ângulo
Ω Freqüência escolhida
o Origem
{Ψ} Autovetores
[Φ] matriz modal de massa normalizada
[Ψ] Matriz modal
[cr] Matriz de amortecimento modal
α(ω) Receptância
[α(ω)] Matriz receptância
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 19
2 REVISÃO DA TEORIA DA ANÁLISE MODAL ................................... 21
2.1 FORMULAÇÃO PARA SISTEMA DE UM GRAU DE LIBERDADE
(SDOF) ............................................................................................................. 21
2.1.1 Análise de resposta livre do sistema de um grau de liberdade ......... 22
2.1.2 Função resposta em freqüência (FRF) ................................................ 24
2.2 FORMULAÇÃO PARA SISTEMAS DE VARIOS GRAUS DE
LIBERDADE ................................................................................................... 26
2.3 RESPOSTA LIVRE DO SISTEMA .......................................................... 28
2.3.1 Sistemas sem amortecimento ............................................................... 28
2.3.2 Sistema com amortecimento viscoso ................................................... 33
2.3.3 Sistemas com amortecimento histerético ............................................ 38
2.4 RESPOSTA FORÇADA DE SISTEMAS ................................................. 39
2.4.1 Modelo de amortecimento histerético ................................................. 41
2.4.2 Modelo de amortecimento viscoso ....................................................... 43
2.5 MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO DE PARÂMETROS MODAIS ....... 46
2.5.1 Método de ajuste de círculos ................................................................ 47
2.5.2 Método de Dobson ................................................................................ 53
2.5.3 Método de Ewins-Gleeson .................................................................... 54
2.5.4 Método da exponencial complexa ........................................................ 56
3 METODOLOGIA ....................................................................................... 60
3.1 MÉTODO DE IDENTIFICAÇÃO ESCOLHIDO PARA O
PROGRAMA ................................................................................................... 60
3.1.1 Aplicação do método de Ewins-Gleeson ............................................. 60
3.2 DESENVOLVIMENTO DO PROGRAMA ............................................. 65
3.2.1 Rotinas computacionais ........................................................................ 65
3.2.2 Utilização do programa ....................................................................... 66
4 RESULTADOS .......................................................................................... 80
4.1 DADOS EXPERIMENTAIS UTILIZADOS NA ANÁLISE ................... 80
4.1.1 Aparato experimental ........................................................................... 80
4.1.2 Vibrômetro a laser POLYTEC PSV 400 B ........................................ 81
4.1.3 Dados aquisitados ................................................................................. 82
4.2 ANÁLISE DAS FRFS EXPERIMENTAIS .............................................. 84
4.2.1 Preparação dos dados para análise ..................................................... 84
4.2.2 Ajuste de curvas com o programa ....................................................... 87
4.2.3 Parâmetros modais identificados pelo programa .............................. 90
4.3 VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................ 95
4.3.1 Análise efetuada no CTA ..................................................................... 95
4.3.2 Análise em elementos finitos ................................................................ 97
5 DISCUSSÕES .............................................................................................. 103
5.1 DADOS EXPERIMENTAIS ..................................................................... 103
5.2 AJUSTES EFETUADOS .......................................................................... 103
5.3 MELHORIAS PROPOSTAS PARA O PROGRAMA ............................. 104
6 CONCLUSÕES ........................................................................................... 105
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 108
19
1 INTRODUÇÃO
x(t ) = xe st (3)
&x&(t ) = s 2 xe st (5)
(ms 2 + cs + k ) xe st (6)
ms 2 + cs + k = 0 (7)
2
c c k
s1, 2 =− ± −
2m 2m m (8)
onde, c1 e c2 são constantes que dependem das condições iniciais dos sistema em
(t=0). Um caso particular de interesse na formulação do trabalho é o que gera raízes
complexas conjugadas, que ocorre quando (c / 2m) < k / m , condição denominada sub-
amortecida.
De forma a obter um parâmetro adimensional de análise é também importante
discutir o caso em que (c / 2m) = k / m , condições que o sistema é denominado
amortecido criticamente. Com base nesta relação pode ser mostrado que o valor do
amortecimento critico é:
cc = 2mwn (10)
c
ξ=
cc (11)
s1, 2 = − wnξ ± 1 − ξ 2
(12)
wd = wn 1 − ξ 2 (14)
(ms 2 + cs + k ) = F ( s ) (15)
Assim,
x( s ) = B( s ) −1 F ( s ) (16)
onde, (ms 2 + cs + k ) −1 = B( s) −1
A componente (ms 2 + cs + k ) −1 = H ( s) caracteriza a função de transferência do
sistema, função que pode ser manipulada através da álgebra matricial na forma;
25
adj[ B( s)]
H ( s ) = B( s ) −1 =
det{B( s)] (17)
det[ B( s )] = ( s − s1 )( s − s 2 ) (18)
s k = −σ k ± jwk 1 − ξ 2 (19)
wkd = wk 1 − ξ 2 .
Ak Ak*
H ( s) = +
( s − s k ) ( s − s k* ) (20)
2
c c k
s k ,k * = − ± −
2m 2m m (21)
1
( s − s1 )
A1 = m
( s − s1 )( s − s 2 ) (22)
com s= s1 tem-se;
1
m
A1 =
( s1 − s 2 ) (23)
[[ K ] − ω 2 [ M ]] = {0} (29)
desta forma fica claro que se {X} é solução γ{X} também será. Para a solução não
trivial têm-se:
det[[ K ] − ω 2 [ M ]] = 0 (30)
ω12 0 L 0
ω 22
[ω ]
` 2
=
M
0 L 0
O M
r`
M
0 0 L ω N2
(31)
ψ 11 ψ 12 L ψ 1n
ψ ψ L ψ 2 n
[Ψ ] = 21 22
M M O M
ψ N 1 ψ N 2 L ψ NN
(32)
modos de vibrar envolvem deflexões produzidas por forças de inércia que agem como
forças atuantes no sistema [Varoto, 1991].
Partindo de dois particulares modos r e s, pode-se escrever;
que é igual a;
devido ao fato que [M] e [K] serem simétricas. Combinando (35) e (37) produz-se
{ψ s }T [ M ]{ψ r } = 0 (r ≠ s ) (39)
{ψ s }T [ K ]{ψ r } = 0 (r ≠ s ) (40)
ou
{ψ r }T [ K ]{ψ r } k r
ω =2
r =
{ψ r }T [ M ]{ψ r } mr (42)
31
[Ψ ]T [ M ][Ψ ] =[ `mr ` ]
[Ψ ]T [ K ][Ψ ] =[ `k r ` ]
(43)
onde;
[`mr`] matriz de massa modal NxN
[`kr`] matriz de rigidez modal NxN
As matrizes [`mr`] e [`kr`] não são únicas para um determinado modo de vibrar,
sendo constante apenas a freqüência natural do modo correspondente r;
kr
ωr =
mr
(44)
[Φ ][ M ][Φ] = [ I ] (45)
onde [I] é a matriz identidade e [Φ] é a matriz modal de massa normalizada formada
pelos vetores dos modos de vibrar {φ r } = γ r {ψ r } que obedecem a relação
1 1
γr = =
{ψ r }T [ M ]{ψ r } mr
(47)
[Φ ]T [ M ][Φ ] = [ I ]
[Φ ]T [ K ][Φ ] =[ `ω r2 ` ] (48)
32
Na equação (49) utilizando a matriz [Φ], foi possível realizar uma transformação
linear das equações das coordenadas normais {x(t)} para as coordenadas geométricas
{q(t)} do sistema, realizando assim o desacoplamento das equações. As equações
desacopladas são equivalentes a sistemas SDOF, os quais podem ser solucionados
separadamente. Assim, o principio da superposição pode ser aplicado para obter a
solução total para o sistema.
33
[C ] = ε [ K ] + υ[ M ] (54)
da qual vem;
ou
ou
fazendo a analogia com o sistema SDOF, pode se escrever a equação (59) como;
onde,
υ εω
ξr = + r
2ω r 2 (r=1,2,...,N) (62)
ou
cr
ξr =
2 mr k r
(63)
{x(t )} = { X }e st (64)
{x(t )}
u (t ) =
{x& (t )} (66)
[C ] [ M ] [ K ] [0]
[ M ] [0] {u& (t )} + [0] − [ M ]{u (t )} = {0}
(67)
ou simplificando;
{ X } st
{u (t )} = e = {U }e
st
(69)
s{ X }
s{ X } st
{u& (t )} = 2 e = s{U }e
st
(70)
s { X }
{ψ r }
{ψ r } = (72)
{ψ r }s r
,* {ψ r* }
{ψ } = * *
r
{ψ r }s r (73)
onde {Ψr} e {Ψr*} correspondem aos autovalores complexos Nx1 correspondente aos
vetores das coordenadas espacial {x}.
Igualmente no caso de sistemas sem amortecimento ou com amortecimento
proporcional, os autovetores obedecem as propriedades ortogonais já discutidas. Disto
definiu-se agora uma transformação de coordenada;
{u (t )} = [Ψ , ]{q(t )} (74)
em que [Ψ’] é uma matriz modal complexa 2Nx2N. Com a substituição em (68) e pré-
multiplicando por [Ψ’]T, obtém-se;
o qual torna-se;
q r (t ) = Qr e sr t (77)
onde Q r depende das condições iniciais. Substituindo (75) e (76), obtém-se a vibração
livre em termos das coordenadas de espaço de estado;
2N
{u (t )} = ∑ {ψ r, }Qr e sr t
r =1 (78)
s r = −ω r ξ r + iω r 1 − ξ r2 (79)
{ψ p }T [ s 2p [ M ] + s p [C ] + [ K ]] = {0}
(81)
{ψ p }T [ s r2 [ M ] + s r [C ] + [ K ]]{ψ r } = 0
(82)
{ψ r }T [ s p [ M ] + s p [C ] + [ K ]]{ψ r } = 0
2
(83)
Por outro lado, multiplicando (82) por sp e (83) por sr e subtraindo uma da outra
conduz;
s r s p {ψ p }T [ M ]{ψ r } − {ψ p }T [ K ]{ψ r } = 0
(85)
{ψ r* }T [C ]{ψ r } c r
= = 2ω r ξ r
{ψ r* }T [ M ]{ψ r } mr (86)
{ψ r* }T [ K ]{ψ r } k r
= = ω r2
{ψ r } [ M ]{ψ r }
* T
m r (87)
[ D ] = ε [ K ] + υ[ M ] (89)
Com estas afirmações leva-se a escrever λ2r através das freqüências naturais do
sistema;
λ2r = ω r2 (1 + iη r ) (92)
kr
ω r2 =
mr (93)
υ
ηr = ε +
ω r2 (94)
{ψ r }T [[ K ] + i[ D]]{ψ r } k r
λ2r = =
{ψ r }T [ M ]{ψ r } mr (95)
e conseqüentemente;
ou
γ r k r − ω 2γ r mr = {ψ r }T {F } (103)
{ψ r }T {F }
γr =
k r − ω 2 mr (104)
ou
Xj N ψ jrψ kr
α jk (ω ) = =∑
r =1 m r (ω r − ω + iη r ω r )
2 2 2
Fk (108)
onde ψjr e ψkr são elementos j e k, respectivamente do vetor de modo de vibrar {ψr}.
Então se chega a uma expressão geral para os elementos da matriz receptância, em
termos das propriedades modais, que se assemelha a um sistema SDOF. Em termos
físicos (108) pode ser interpretado como sendo a resposta total da somatória de
contribuições das respostas de N sistemas SDOF separados.
Dentro de um caso geral de amortecimento não proporcional o numerador de
(108) é complexo, enquanto que no caso não amortecido ou com amortecimento
proporcional este é real. Considerando a normalização da massa pelo vetor dos modos
de vibrar;
Xj N φ jr φ kr
α jk (ω ) = =∑
Fk r =1 ω r2 − ω 2 + iη r ω r2 (109)
ou
Xj N A jk
α jk (ω ) = =∑
r
Fk r =1 ω − ω + iη r ω r2
2
r
2
(110)
onde
43
i ϕ jk
r A jk = r A jk e r
(111)
ψ jrψ kr
r A jk = = φ jrφ kr
mr
(112)
ψ jrψ kr
r ϕ jk = arg = arg(φ jr φ kr )
mr (113)
são constantes para um dado r, j e k. Duas importantes conclusões podem ser extraídas
desta derivação. Primeiro, é evidente que a matriz receptância é simétrica e por essa
razão;
Xj Xk
α jk = = α kj =
Fk Fj
(114)
r A jk = φ jr φ kr
A jj = φ 2 jr
ou r Akk = φ kk
2
r
(115)
Estas conclusões deixam, claro que se uma linha ou coluna da matriz [α(ω)] é
conhecida, então toda a matriz pode ser avaliada.
onde
{ f (t )}
{ f ´(t )} =
{0} (117)
a qual apresenta um grupo de 2N equações desacopladas, cada qual pode ser escrita
igual;
1 { f (t )}
q& r (t ) − s r q r (t ) = {ψ ´ r }T
ar {0} (120)
onde sr = -br/ar é usualmente escrita sobre a forma (79). Para uma excitação harmônica
o vetor força tem a forma;
{ f (t )} = {F }e iωt (121)
{q (t )} = {Q }e iωt (122)
1 {F }
(iω − s r )Qr = {ψ r´ }
ar {0} (123)
1 1 {F } iωt
Qr = {ψ r´ } e
iω − s r ar {0} (124)
2N
1 1 {F } iωt
{u (t )} = ∑ {ψ r´ } {ψ r´ }T e
r =1 iω − s r ar {0} (125)
ou
2N
1 ´ T {F } iωt
{u (t )} = ∑{φ r´ } {φ r } e
r =1 iω − s r {0} (126)
1
{φ r´ } = {ψ r´ }
ar
(127)
{φ }
{φ r´ } = r
{φ r }s r (128)
ou
{ X } 2 N {φ r } 1
= ∑ {φ r }T {F }
iω{ X } r =1 {φ r }s r iω − s r (130)
2N
1
{ X } = ∑ {φ r } {φ r }T {F }
r =1 iω − s r (131)
X 2 N φ jr φ kr
α jk (ω ) = =∑
F r =1 iω − s r (132)
X N
φ jr φ kr φ * jr φ * kr
α jk (ω ) = = ∑ +
F r =1 iω − s r iω − s * r (133)
N A jk A* jk
α jk (ω ) = ∑
r r
+
ω ξ + i (ω − ω 1 − ξ 2 ) ω r ξ r + i (ω − ω r 2
1− ξr )
r =1
r r r r
(134)
s =1 ω − ω + iη sω s2 ,
2
s
2
(135)
A jk N A jk
α jk (ω ) = +∑
r s
ω − ω + iη r ω
2
r
2 2
r s =1 ω − ω + iη sω s2
2
s
2
s≠r
, (136)
quando se faz uma aproximação para um grau de liberdade, considera-se que numa
vizinhança próxima de ωr a segunda parcela da equação (136) pode ser tomada como
uma constante, procedendo com esta aproximação para o modo r tem-se;
A jk
α jk (ω ) =
r
+ r B jk
ω r2 − ω 2 + iη r ω r2 , (137)
onde rBjk é uma constante complexa associada com o modo r, foi demonstrado que o
gráfico de Nyquist de 1/(ωr2 - ω2 + iηr ωr2) é um círculo [Maia, 1997]. Observando a
equação (137), pode-se dizer que a constante Ajk corresponde a uma translação do
círculo. Na verdade ao plotar a equação (135) obtém-se uma curva total que não é um
círculo exato, para cada freqüência natural, o que observa são seções de arcos para
cada freqüência como ilustrado na Figura 3 -;
x 10
-3 Gráfico de Nyquist
2.5
1.5
1
Imagem H(w)
0.5
-0.5
Assumindo que os dados são pontos representados num plano por coordenadas xj, yj. O
processo se dá de forma a ajustar um círculo procurando fazer o erro e1 mínimo.
[ ]
L 2
e1 = ∑ R0 − ( x j − x0 ) + ( y j − y 0 ) 2 2
j =1
(138)
Esta estimação de erro não conduz a um cálculo explicito de x0, y0 e R0. Para
solucionar este problema cria-se uma nova função erro e novamente ajusta-se o melhor
círculo ao conjunto de L pontos, assim tem-se;
2
{ [ ]}
L
e2 = ∑ R − ( x j − x0 ) + ( y j − y0 )
2
0
2 2
j =1 , (139)
[ ]
L
e2 = ∑ c − ( x + ax j + by j + y )
2
j
2
j
j =1
, (140)
onde
∑ x 2j ∑x y j j − ∑ x j a − (∑ x 3j + ∑ x j y 2j )
∑ x j y j ∑y j − ∑ y j b = − (∑ y 3j + ∑ y j x 2j )
− ∑ xj
−∑y L c ∑ x 2j + ∑ y 2j )
j
, (142)
e2 ≈ 4R02e1 (143)
d d (ω 2 )
= 0 ⇒ ω = ωr
dω d θ r
(145)
onde;
f (v0 , v1 , K , v L −1 ) − f (v1 , v 2 ,K , v L )
f (v0 , v1 , K , v L ) =
v0 − v L (147)
com,
θ 0 − θ1
(θ 0 ,θ 1 ) =
ω 02 − ω 12
(θ ,θ ) − (θ 1 ,θ 2 )
(θ 0 ,θ 1 ,θ 2 ) = 0 12
ω 0 − ω 22
(θ ,θ ,θ ) − (θ 1 ,θ 2 ,θ 3 )
(θ 0 ,θ 1 ,θ 2 ,θ 3 ) = 0 1 2 2
ω 0 − ω 32 (149)
1 (θ 0 ,θ 1 ,θ 2 )
ω r2 = ω 02 + ω 12 + ω 22 −
3 (θ 0 ,θ 1 ,θ 2 ,θ 3 )
(150)
ηr
tan θ a =
ω a2
1 − 2
ωr
ηr
tan θ b =
ω 2
1 − b2
ωr (151)
∆γ a
∆θ a = = θa −θr
2
∆γ a
∆θ b = = θb −θ r
2 (152)
∆γ a π 1 1 ω a2
tan = tanθ a − = − = − 1 − 2
2 2 tan θ a η r ω r
∆γ π 1 1 ω2
tan b = tanθ b − = − = − 1 − b2
2 2 tan θ b η r ω r (153)
e segue-se,
ω a2 − ω b2 1
ηr =
ωr2
tan(∆θ a ) + tan(∆θ b ) (154)
Ar
Diâmetro =
ω r2η r , (155)
x0 − x D
φ r = tan −1
y
0 − y D
(156)
53
C r eφr
αr =
ω r2 − ω 2 + iη r ω r2 , (157)
1 ω r2 − ω 2 + iη r ω r2
=
αr C r e iφ r , (158)
1 ω r2 − ω 2 + iη r ω r2
=
αr Ar + iBr , (159)
1 ( Ar + Brη r )ω r2 − Ar ω 2
Re =
αr Ar2 + Br2
1 ( Arη r + Br )ω r2 − Br ω 2
Im =
αr Ar2 + Br2
(160)
1
Re = m R + n Rω 2
αr
1
Im = m I + n I ω 2
αr (161)
com
( Ar + Br n r )ω r2 Ar
mR = nR = −
Ar2 + Br2 A + Br2
2
r
( Ar n r + Br )ω r2 Br
mI = nR = −
Ar2 + Br2 A + Br2
2
r (162)
− mR nR − mI nI mR nI − mI nR
ωr = ηr =
n R2 + n I2 − mR nR − mI nI
1 nI
Cr = φ r = tg −1 −
n +n
2
R
2
I nR (163)
ou na forma matricial,
{C} = [ R] Re{α~}
( Nx1) NxN Nx1
(167)
|C |
ηr ≈ ~ r 2
| α (ω r ) | ω r (168)
Ar′ e sr kT
2N
α (ω ) = ∑
r =1 iω − s r
k=1,2,...,N (172)
1
A1′e
iω − s1
s1T
A2′ e s 2T
L A2′ N e s2 N T
s1T s@ n T 1
{α (ω )} = 1
A′e A2′ e s2T L A2′ N e
M M O M iω − s 2
s1T
s2 N T
M
A1′e A2′ e s 2T
L A2′ N e 1
iω − s 2 N
(173)
ou na forma matricial,
[α ] = [ AT ][∧] (175)
2N
Ar′ e sr kT e sr ∆t
α k′ (ω ) = ∑
r =1 iω − s r k=1,2,...,N (176)
2N
Ar′ e sr kT e sr 2 ∆t
α k′′(ω ) = ∑
r =1 iω − s r k=1,2,...,N (177)
e s1∆t 0 L 0
s2 ∆t
0 e L 0
[α ′] = [ AT ] [∧] = [ AT′ ][∧]
M M O M
0 0 L e s2 N ∆t (178)
e s1 2 ∆t 0 L 0
0 e s2 2 ∆t L 0
[α ′′] = [ AT ] [∧] = [ AT′′][∧]
M M O M
0 0 L e s2 N 2 ∆t (179)
[α ] [ AT ]
[α ′] = [ A′ ][∧]
T ou [α A ] = [ AA ][∧] (180)
[α ′] [ AT′ ]
[α ′′] = [ A′′][∧]
T ou [αˆ A ] = [ Aˆ A ][∧] (181)
[ AA ] −1 [α A ] = [∧] (182)
[αˆ A ] = [ Aˆ A ][ AA ] −1 [α A ] (183)
59
[ AS ] = [αˆ A ][α A ] −1 = [ Aˆ A ][ AA ] −1
(184)
onde [AS] é conhecida como matriz sistema, pós-multiplicando (184) por [AA],
chega-se;
[ AS ][ AA ] = [ Aˆ A ]
(185)
mas cada coluna r de [ÂA] é relacionado com uma correspondente coluna da matriz
[AA] por;
{ Aˆ A }r = { AA }r e sr ∆t r=1,2,...,2N (186)
3 METODOLOGIA
freqüências é ajustar um número suficiente de modos além dos desejados para desta
forma minimizar o erro existente nos modos em análise.
A escolha da fase das freqüências de ajuste do método também podem ter uma
grande influência nos resultados obtidos. Os exemplos a seguir ilustra este erro quando
aquisição “OUT”. Lembrando que os dois últimos campos definem a FRF que será
analisada:
Número de colunas da placa;
Número de linhas da placa;
Ponto de excitação (IN);
Ponto de aquisição (OUT).
Definido os parâmetros do ensaio é necessário “Carregar” a FRF que será
analisada. Este procedimento é efetivado através dos dois botões localizados no canto
inferior esquerdo da tela. O primeiro botão a ser acionado é o “LOCALIZAR
AMOSTRAS”. Após o acionamento uma janela de procura aparecerá como a ilustrada
na Figura 14 -, nela deverá ser indicado a localização da pasta que contém os arquivos
das FRF’s preparados previamente. Ao término da localização deverá ser acionado o
botão “OK”. A FRF selecionada no campo será carregada com o acionamento do
botão “Carregar FRF”.
Matriz de amplitudes
Freqüência
representada
Modo de vibrar
representado
No canto inferior direito da tela se localizam dois botões que permitem regredir a
tela anterior ou seguir para a última parte da análise. Abaixo do botão “Ajustar Modo”
existe um campo de entrada, neste campo deverá ser inserido o número do modo cujas
amplitudes representadas nos gráficos necessitam de ajustes.
Na última tela do programa Figura 26 -, o usuário poderá ajustar estatisticamente
os pontos que fogem do padrão e depois gravá-los, melhorando desta forma o
visualização do modo obtido.
77
Descontinuidade
Ponto fora da
trajetória
4 RESULTADOS
excitação utilizado foi gerado pelo sistema de vibrômetro a laser Polytec PSV 400 B,
que também foi o responsável pela aquisição e processamento dos dados. A Figura 32
- apresenta o aparato experimental utilizado.
Inicio do arquivo
Discretização da
freqüência de aquisição
Freqüência inicia
Saída
Entrada
Número de pontos da
Coluna parcela
imaginária da FRF
Coluna parcela real
da FRF
Foi escolhida dentre as 121 FRF’s a obtida no ponto 89 da AME. Com esta
amostra foram executados os procedimentos de análise descritos no Capítulo 3 deste
trabalho. Posicionando as freqüências segundo os critérios especificados pelo Método
de Ewins-Glesson e com o auxilio dos recursos computacionais do programa, o ajuste
para a identificação de parâmetros dos 10 primeiros modos da estrutura ensaiada foram
efetuado.
As figuras a seguir ilustram os ajustes realizados para cada freqüência na FRF do
ponto 89, onde as linhas amarelas representam a FRF experimental e as linhas azuis
ilustram o ajuste efetuado utilizando os recursos do método.
Figura 37 - Ajuste para a primeira freqüência Figura 38 - Ajuste para a segunda freqüência
88
Figura 39 - Ajuste para a terceira freqüência Figura 40 - Ajuste para a quarta e quinta
freqüência
Figura 42 - Ajuste para a nona freqüência Figura 43 - Ajuste para a décima freqüência
O mesmo não ocorre com modos de vibrar mais complexos como, por exemplo,
o oitavo modo de vibrar, onde as discrepâncias se apresentavam por toda forma modal.
No entanto o modo de vibrar evidencia as simetrias existentes, desta forma foi possível
com um pouco mais de trabalho estatístico conseguir ótimos resultados. A Figura 55 -
ilustra a correção efetuada para o oitavo modo de vibrar.
Com base nos resultados obtidos pelo critério MAC é possível verificar que os
primeiros dois modos vibracionais foram estimados corretamente independentes do
ponto de excitação escolhido, no entanto para os demais modos o ponto 91 apresentou
uma maior coerência entre o resultado obtido experimentalmente e o teórico. A
96
5 DISCUSSÕES
Neste capítulo são apresentadas discussões sobre alguns pontos importantes para
a continuação do desenvolvimento deste trabalho.
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
LJUNG, L., System identification toolbox: for use with Matlab, The Math Work
Inc.,1991.
DILLON, M. J.; BONO, R. W.; BROW, L. D. Sound and Vibration, Scaling Use
of photogrammetry for sensor location and orientation, Cincinnati, November
2004.