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FACULDADES CATHEDRAL

FUNDAMENTOS DE TEORIA ECONÔMICA

Prof. Ronaldo Bezerra

AULAS 1,2,3,4,5 e 6:

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Seja em nosso cotidiano, seja através dos jornais, rádio e televisão,


deparamo-nos com inúmeras questões econômicas, como por exemplo:
 aumento dos preços
 período de crise econômica ou de crescimento
 desemprego
 setores que crescem mais do que os outros
 diferenças salariais, dissídios coletivos
crises no balanço de pagamentos
 valorização ou desvalorização da taxa de cambio
 déficit governamental
 elevação de impostos e tarifas públicas
 taxa de juros
 diferenças de renda entre as várias regiões do país

DEFINIÇÃO E OBJETO DA ECONOMIA

A palavra economia deriva do grego “oikosnomos” (de oikos, casa, nomos,


lei) e pode ser definida como sendo a ciência social que estuda como o indivíduo e a
sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços,
de modo a distribuí-los entre várias pessoas e grupos sociais, a fim de satisfazer as
necessidades humanas. Necessidade que são de certa forma ilimitadas e podem ser
classificadas em:
 Primárias (vestir, comer);
 Secundárias (supérfluos) ;
 Coletivas (segurança, transporte).

De posse dos elementos citados acima, podemos afirmar que ECONOMIA é


o processo que combina fatores de produção para criar bens e serviços.
Ela estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e
consumo de bens e serviços, e também a maneira como se administram os recursos
escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre
os membros da sociedade.
São diferentes tipos de sistemas econômicos que administram os limitados
recursos com a finalidade de produzir bens e serviços objetivando satisfazer as
necessidades da população.
Por outro lado, os economistas não se preocupam em atender todas as
necessidades humanas, devido algumas delas se situar além de suas habilidades, do ramo de
seu conhecimento.
Porém, não lhe negam importância, apenas eles são colocados além da
economia; exemplo disto é o amor, a sabedoria que são de extrema importância mas que
não fazem parte do campo de preocupação dos economistas, pois ninguém é capaz de
produzi-los capaz de satisfazê-los.
A economia pode ser representada pelo fato de termos que utilizar algo até o
seu desgaste total e só depois substituí-los quando realmente, necessário, ou seja, evitando
desperdício e lucrando com a diminuição dos gastos. podemos também citar o exemplo da
dona de casa no supermercado: comprando o produto de igual necessidade mas de valor
mais acessível, ela estará economizando no seu salário sem retirar o produto de seu
consumo.
Então, representada de várias maneiras em diversos exemplos, fica fácil
distinguir e relatar a Economia de acordo com o ponto de vista de cada um.
A Economia não se aplica apenas ao setor doméstico e pessoal; refiro-me ao setor nacional
e internacional quando refere-se a investimentos (ações da bolsa de valores; aplicações
fundos de investimentos...), moedas (compra e venda de dólar), títulos etc.

AS NECESSIDADES

Os indivíduos, considerados isoladamente, tem uma série de necessidades


individuais que precisam ser satisfeitas para garantir sua sobrevivência. Como exemplos
dessas necessidades, temos o ato de respirar e o de se alimentar, que neste caso, são de
natureza biológica.
Entretanto, como o ser humano vive em sociedade, em contato com outras
pessoas, surgem outros tipos de necessidades, decorrentes da vida gregária. É o caso da
educação , do transporte coletivo etc., que recebem o nome de necessidades coletivas.
Para satisfazer tais necessidades, as pessoas precisam consumir
determinados bens, como pão, roupas, casas etc. Entretanto, essa satisfação não se dá
apenas através de objetos materiais mas também de serviços, como educação, segurança,
atendimento médico, transportes etc.

Tipos de necessidades:

 Segundo o requerente:
- Necessidades do indivíduo
Natural : comer, tomar banho etc.
Social : Festas, ir ao cinema etc.

- Necessidades da Sociedade
Coletivas : O transporte etc.
Públicas : A ordem pública etc.

 Segundo sua natureza:
- Necessidades Vitais ou primárias
Destas depende a conservação da vida.

- Necessidades Secundárias
São as que tendem a aumentar o bem estar do
indivíduo.

* Necessidade humana: é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la.

Quando buscam satisfazer suas necessidades, as pessoas procuram


normalmente, fixar suas preferências. Assim, os primeiros bens desejados são os que
satisfazem as necessidades básicas ou primárias, como a alimentação, o vestuário, e a
saúde.
Satisfeitas as necessidades primárias, os indivíduos passam a satisfazer
outras mais refinadas, como turismo, ou buscam melhor qualidade dos bens que satisfazem
suas necessidades primárias, como uma habitação melhor, roupas de determinadas marcas
etc.
Por isso, pode-se dizer que as necessidades são ilimitadas ou, de forma, que
sempre existirão necessidades que os indivíduos não poderão satisfazer, ainda que seja
somente pelo fato de os desejos tornarem-se “refinados”.
Em resumo, a satisfação das necessidades individuais e coletivas é feita com
o consumo de bens e serviços. Esses bens e serviços compõem, juntos, a produção
econômica, que é obtida com a combinação de recursos naturais, equipamentos e trabalho.
Tais elementos pelo fato de serem necessários à produção, recebem o nome
de fatores de produção e agrupam-se, tradicionalmente em três itens:

BENS E SERVIÇOS
TERRA CAPITAL TRABALHO

TECNOLOGIA + CAPACIDADE EMPRESARIAL

RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO

Pode-se dizer que os recursos produtivos apresentam como características


básicas o fato de serem limitados ou escassos, ou seja, não existe em quantidade suficiente
para produção de todos os bens necessários.
Os Recursos Produtivos são também denominados fatores de produção,
eles são elementos utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de
mercadorias as quais serão utilizadas para satisfazer necessidades. O trabalho, a terra,
matérias primas, combustíveis, energias e equipamentos são exemplos de recursos
produtivos.
Classificação:

 Terra ou Recursos Naturais: Utilizada para a agricultura, urbanização e retirada de


recursos minerais, hídricos etc.

 Capital ou Bens de Capital: Equipamentos de utilização e Dinheiro. O capital inclui


todos os edifícios, todo os equipamentos e todos os estoques de materiais dos
produtores.

 Trabalho: Força desenvolvida pelo ser humano. É trabalho constituído como economia
o serviços prestados por um médico, o trabalho de um operário empregado na
construção civil etc. Sendo esta o fator básico da produção.

Remuneração dos Proprietários de recursos

Terra Aluguel
Trabalho Salário
Capital Juros
Capacidade Empresarial Lucro

A satisfação de necessidades materiais ( alimentos, roupas ou habitação) e


não-materiais (educação, lazer etc.) de uma sociedade obriga seus membros a se ocuparem
de determinadas atividades produtivas. Por intermédio dessas atividades, produzem os bens
e serviços de que necessitam, e que posteriormente se distribuem para seu consumo entre os
membros da sociedade.
Nesse processo de produção e consumo, surgem e são solucionados muitos
problemas de caráter econômico: problemas nos quais se utilizam diversos meios para se
conseguir uma série de fins ou objetivos.

 Na Produção, por exemplo, a empresa tem de decidir que bens vai produzir e que meios
utilizará para produzi-los.

 Em relação ao Consumo, as famílias tem de decidir como vão gastar a renda familiar
entre os diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades. Assim, uma
família qualquer, na hora de decidir entre um televisor ou uma máquina de lavar, levará em
conta suas necessidades, os preços de ambos os bens e suas próprias preferências, de forma
que o resultado da escolha seja o mais apropriado.
OS BENS E OS SERVIÇOS

1. BEM:
É tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e necessidades
dos seres humanos. Inicialmente, os bens são classificados e materiais e imateriais. Vários
são os critérios adotados para as classificação dos bens. Os principais são:

 Quanto a raridade:
- Livres: são ilimitados em quantidade ou muito
abundantes e não são apropriáveis.

Econômicos: são escassos em quantidade, dada sua procura, e apropriáveis. É o objeto de


estuda da economia.

 Quanto ao destino:
- de Capital: não atendem diretamente as necessidades.

- De consumo: destinam-se à satisfação direta das


necessidades.

- Duradouros: permitem o uso prolongado.

- Não-duradouros: acabam-se com o tempo.

 Segundo sua função:


- Intermediários: devem sofrer novas transformações antes
de se converterem em bens de consumo ou de capital.

- Finais: já sofreram as transformações necessárias para seu


uso ou consumo.

Além de econômicos e livres, os bens classificam-se em bens de consumo,


quando de destinam a satisfação direta das necessidades humanas, e em bens de capital
quando destinados a produção de Bens e Serviços, pois permitem produzir outros bens..
Dentro de bens de consumo, pode-se falar em bens de consumo duráveis,
que permitem um uso prolongado, como por exemplo, um eletrodoméstico, e bens de
consumo não duráveis ou perecíveis, com os alimentos.
Por outro lado, os bens podem ser intermediários (o cimento é um exemplo),
pois sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de
capital; ou bens finais, isto é, os que já sofrera m essas transformações. A soma total de
bens e serviços finais gerados em um período denomina-se produto total. Os bens
podem ainda ser classificados em Privados e Públicos:
 Bens privados: são os produzidos e possuídos privadamente;
 Bens públicos ou coletivos: são aqueles cujo consumo é feito simultaneamente por
vários sujeitos, por exemplo, um parque público.

Os Bens de Capital:

Enquanto os bens de consumo se orientam para a satisfação direta das


necessidades humanas, os bens de capital ou bens de investimento, não estão concebidos
para satisfazer diretamente as necessidades humanas, mas para serem utilizadas na
produção de outros bens.
Se dedicarmos uma certa quantidade de recursos para produzir bens de
capital, eles nos satisfarão necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de
bens de consumo.
O capital empregado na produção pode dividir-se em Capital Fixo e Capital
Circulante.
 Capital fixo consiste em instrumentos de toda a espécie, incluindo os edifícios,
maquinaria e equipamento.

 Capital circulante consiste nos bens em processo de preparação para o consumo,


basicamente matérias-primas e estoques de armazém.
Tipos de bens de capital:

 Capital Físico ou Real


- Capital Fixo: consiste em todo o tipo de instrumentos
empregados na produção, como edifícios e maquinaria.
Dura vários ciclos.

- Capital Circulante: consiste nos bens em processo de


preparação para o consumo, basicamente matérias-primas
e estoques.

 Capital Humano : em resumo, corresponde à educação, formação profissional e


experiência, em geral, tudo que eleva a capacidade produtiva dos seres humanos.

 Capital Financeiro: fundos disponíveis para a compra de capital físico ou ativos


financeiros.

2. SERVIÇOS

Serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais se destinam
direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas. Pode-se dizer que os serviços
são atividades intermediárias que concorrem para a produção, distribuição e consumo de
bens. Desse modo representam os serviços as atividades financeiras, administrativas,
publicitárias etc.
A RIQUEZA

Uma boa parte dos bens e serviços é consumida, mas há outra parte que não
é, permanecendo muito tempo entre as pessoas, algumas vezes por gerações e, mesmo, por
séculos. Como exemplos desses bens, temos as instalações industriais, as linha telefônicas,
as estradas, as pontes, as obras de arte, os edifícios históricos etc.
Tais bens são produzidos através da combinação de fatores de produção, mas
permanecem por longo tempo entre as pessoas, formando um acervo, um estoque de bens
que podem ser usufruídos por muitos anos. Essas observações são importantes para que se
possa introduzir um novo conceito, o de riqueza.
A riqueza de um país, num determinado momento, é formado pelos fatores
de produção disponíveis, pelos bens que estão sendo produzidos e pelos que já o foram,
mas ainda não desapareceram.
A riqueza compõe-se, ainda, de elementos como a população do país (seu
fator trabalho), os recursos naturais (a terra agricultável, as reservas minerais e de petróleo
e os mananciais de água), os equipamentos ( máquinas e instalações das empresas), as redes
de energia, a distribuição de água, as estradas, as pontes, os edifícios públicos, as
habitações, os monumentos históricos, as obras de arte, as bibliotecas e outros, além dos
bens correntemente produzidos, como alimentos, roupas etc.
A riqueza, portanto, é um conceito bastante geral, que agrega as
disponibilidades de recursos naturais do país, sua população e tudo que foi preservado.
Os elementos que participam do processo econômico levam o nome de
agentes econômicos e são representados por pessoas que desempenham diferentes papéis
na economia.
Como exemplos de agentes econômicos temos o consumidor, que adquire
bens e serviços, o empresário, que organiza os fatores de produção, e o trabalhador, que
vende sua força de trabalho, um fator de produção.

OS PROBLEMAS DE NATUREZA ECONÔMICA

1. A ESCASSEZ

O problema econômico por excelência é a escassez. Surge porque as


necessidades humanas são virtualmente ilimitadas e os recursos econômicos, limitados,
incluindo também os bens. Esse não é um problema tecnológico, e sim de disparidade entre
os desejos humanos e os meios disponíveis para satisfazê-los.
A escassez é um conceito relativo, pois existe o desejo de adquirir uma
quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade.

Existem países em que a população possui níveis de vida mais elevados do que em outros.
Nesses países, há alimentos e bens materiais abundantes. Enquanto em alguns países
atrasados existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza, onde muitos
chegam a morrer de fome.
Então podemos afirmar que o problema fundamental da economia é
impossibilidade de se produzir bens e serviços em quantidades ilimitadas para satisfazer as
necessidades humanas permanentemente ampliadas, pois os fatores de produção existem
Em quantidades limitadas. Este fato é conhecido também como a Lei da escassez.

* Resumindo:
A Escassez é a preocupação básica da Ciência Econômica. Sendo o maior
problema econômico de qualquer sociedade, se não houvesse a escassez não haveria
necessidade da existência da economia.
Devido as necessidades do ser humano serem ilimitadas, através dos
consumos dos mais diversos bens (moradia, vestuário, alimentação) e de serviços
(transportes, assistência médica...) no mesmo instante em que os recursos produtivos,
através das máquinas, fábricas, terras e matérias primas estão a disposição da sociedade e
são insuficientes para produção de bens necessários para satisfação das necessidades
humanas.
Por isso temos que utilizar a escolha, ou seja não se pode produzir tudo o
que todos desejam e por isso criam-se mecanismos que ajudem a sociedade a decidir quais
bens serão produzidos e necessidades atendidas. Em relação as escassez de recursos, temos
sempre que nos preocuparmos em utilizá-los de maneira racional e eficientes quanto
possível.

2. AS QUATRO PERGUNTAS FUNDAMENTAIS DA ECONOMIA

Diante da impossibilidade do atendimento pleno das necessidades humanas


em virtude da escassez de recursos, quatro questões são levantadas, sendo que suas
respostas envolvem o problema fundamental da economia, isto é, o problema da escassez.
 O que produzir? – indica que é necessário identificar a natureza das necessidades
humanas, para saber quais bens e serviços a produzir.

 Quanto produzir? – reconhece a limitação existente na disponibilidades dos fatores de


produção.

 Como produzir? – é uma questão técnica, que indica que há várias maneiras de se
combinarem os fatores de produção para se obterem bens e serviços.

 Para quem produzir? – envolve uma questão da distribuição dos bens e dos serviços
produzidos entre os elementos as sociedade.

O SISTEMA ECONÔMICO

É a forma como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades


econômicas de produção, circulação, distribuição e consumo de bens e serviços.
Podemos dizer que todas as leis, regulamentos, costumes e práticas tomadas
em conjunto, e suas relações com os componentes de uma economia, incluem-se as
empresas com o fornecimento de bens e produtos diversificados, as famílias que são
geradoras de consumo e prestação de serviços e o governo com a arrecadação de impostos
constituindo-se assim um Sistema Econômico.

Um sistema econômico pode ser definido como a reunião dos diversos elementos
participantes da produção de bens e serviços que satisfazem as necessidades da sociedade,
organizados não apenas do ponto de vista econômico, mas também social, jurídico,
institucional etc.
Em toda comunidade organizada, mesclam-se, em maior ou menor medida,
os mercados e a atividade dos governos. O grau de concorrência dos mercados é variado,
indo do monopólio, em que apenas uma empresa opera, à economia de livre mercado, que
apresenta uma verdadeira concorrência, com várias empresas operando.
O mesmo ocorre quanto à intervenção pública, que engloba desde uma
intervenção mínima em impostos, crédito, contratos e subsídios até o controle dos salários e
os preços dos sistemas de economia centralizada que imperam nos países comunistas.
Entretanto, em ambos os sistemas ocorrem divergências: no primeiro,
existem somente monopólios estatais, sobretudo nas linhas aéreas e na malha ferroviária;
no segundo, somente concessões à empresa privada.
As principais diferenças entre a organização econômica centralizada e a
capitalista reside em quem é o proprietário das fábricas, fazendas e outras empresas, assim
como os diferentes pontos de vista sobre a distribuição da renda ou a forma de estabelecer
os preços.
Em quase todos os países capitalistas, uma parte importante do produto
nacional bruto (PNB) é produzida pelas empresas privadas, pelos agricultores e pelas
instituições não governamentais, como universidades e hospitais particulares, cooperativas
e fundações.
Os problemas mais importantes enfrentados pelo capitalismo são o
desemprego, a inflação e as injustas desigualdades econômicas. Os problemas mais graves
das economias centralizadas são o subemprego, o maciço emprego informal, o
racionamento, a burocracia e a escassez de bens de consumo.
Em uma situação intermediária entre a economia centralizada e a economia
de livre mercado, encontram-se os países social-democratas ou liberal-socialistas. A
atividade econômica recai, em sua maior parte, sobre o setor privado, mas o setor público
regula essa atividade, intervindo para proteger os trabalhadores e redistribuir a renda. É a
chamada economia mista.

A empresa e os fatores de produção

Demanda
Ofertas das
Empresas Mercado de dos
Bens Consumidores
de serviços
Preços dos Bens
e Serviços
( trigo, automóveis, viagens etc.)
Empresas Preços dos Fatores Famílias
Mepreço
salário, rcaddao terra,
de
Demanda Oferta de
Derivada Fainteresses
tipo de tores fatores
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO

No sistema econômico de uma nação, encontramos um grande diversificado


número de unidades produtoras, cada qual organizando os fatores de produção para a
obtenção de um determinado produto ou para a prestação de um serviço. Entretanto, apesar
da diversidade de objetivos da inúmeras unidades produtoras, podemos classificá-las de
acordo com as características fundamentais de sua produção.
Utilizando esse critério, veremos que as unidades produtoras podem ser
agrupadas em três setores básicos, que compõe o sistema econômico:
 Setor primário: constituído pelas unidades produtoras que utilizam intensamente os
recursos naturais e não introduzem transformações substanciais em seus produtos.

 Setor secundário: constituído pelas unidades produtoras dedicadas às atividades


industriais, através das quais os bens são transformados. Caracteriza-se pela intensa
utilização do fator de produção capital, sob a forma de máquinas e equipamentos.

 Setor terciário: esse setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser
tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema econômico.

Poderemos ter idéia do grau desenvolvimento de um país se observarmos a


importância relativa dos três setores em seu sistema econômico. Uma economia em que o
setor primário tem maior peso revela quase sempre, um nível de desenvolvimento não
satisfatório, enquanto aquelas em que o setor secundário é preponderante apresentam maior
grau de desenvolvimento.

OS FLUXOS DO SISTEMA ECONÔMICO

Durante o processo de produção, em que são obtidos bens e serviços, as


unidades produtoras remuneram os fatores de produção por elas empregados: pagam
salários aos seus trabalhadores, aluguel pelas instalações que ocupam, juros pelos
financiamentos obtidos e distribuem lucros aos seus proprietários. Essa remuneração é
recebida pelos proprietários dos fatores de produção e permite-lhes adquirir os bens e os
serviços de que necessitam.
Este é o aspecto fundamental do sistema econômico, e que garante sua
eficiência: as unidades produtoras, ao mesmo tempo em que produzem bens e serviços,
remuneram os fatores de produção por elas empregados, permitindo que as pessoas
adquiram bens e serviços produzidos por todas as outras unidades produtoras.
Uma pessoa que trabalha numa fábrica de roupas, por exemplo, não vai
adquirir apenas o produto de seu trabalho (as roupas) com o salário que recebe. Precisa
também, comprar alimentos, alugar ou comprar uma casa, tomar condução etc.
É através da remuneração de sua força trabalho (fator de produção que
concorreu para a produção das roupas) que ela poderá adquirir as coisas de que necessita
para viver.
Pode-se dizer, portanto, que num sistema econômico existem dois fluxos. O
fluxo Real e o Nominal.
 O fluxo real é formado pelos bens e serviços produzidos no sistema econômico, que
também recebe o nome de produto.

 O fluxo nominal ou monetário, é formado pelo pagamento que os fatores de


produção recebem durante o processo produtivo, também denominado renda

Esses dois fluxos dois fluxos tem um significado muito importante para a
teoria econômica. O fluxo real, formado pelos bens e serviços produzidos, constitui a
oferta da economia, ou seja, tudo aquilo que foi produzido e está a disposição dos
consumidores.
O fluxo monetário, formado pelo total da remuneração dos fatores
produtivos, é a demanda ou a procura da economia, ou seja, aquilo que as pessoas
procuram para satisfazer suas necessidades e desejos.
A oferta e a procura são as duas funções mais importantes de um sistema
econômico. Essas duas funções formam o mercado onde as pessoas que querem vender se
encontram com as pessoas que querem comprar.
É importante observar que o termo Mercado, na Teoria Econômica, não
significa apenas o lugar físico onde as pessoas estão localizadas, como uma feira livre, por
exemplo. Seu significado é muito mais amplo.
O termo mercado se refere a todas as compras e vendas realizadas no sistema
econômico, tanto de bens de consumo, intermediários e de capital como de serviços.
Em suma, sintetiza a essência do sistema econômico, em que as necessidades
são satisfeitas através da venda e da compra de mercadorias e serviços.

A CIRCULAÇÃO NO SISTEMA ECONÔMICO

É importante observar que, na realidade, os fluxos monetário e real estão,


ao mesmo tempo, tanto com as famílias e empresários como no mercado, não sendo
necessário haver uma volta completa para que os mesmo se reiniciem.
Portanto, cumpre destacar o caráter dinâmico do sistema econômico, em que
todos os agentes econômicos exercem seu papel ininterruptamente.
Essa movimentação dos fluxos é o processo de circulação do sistema
econômico, que é importantíssimo para que o sistema econômico cumpra o seu papel,
produzindo bens e serviços e fazendo-os chegar às pessoas para satisfazer suas
necessidades.
O processo de circulação no sistema econômico está esquematizado na
figura a seguir.
A alocação de recursos em uma economia de mercado
Mercado de Produtos
Demanda dos Demanda e oferta de produtos em função Oferta de
produtos dos preços produtos

Famílias Empresas

Mercado de Fatores

Demanda e oferta dos fatores em função


dos preços
Oferta Demanda
de de
fatores fatores

 O QUÊ?
 QUANTO?
 COMO?
 PARA QUEM?

Fluxo de fatores Fluxo monetário

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