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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS


CURSO DE BACHARELADO EM ZOOTECNIA

STERFESON WALLYS LIMA PIMENTEL

PARAMÊTROS FISIOLÓGICOS COMO INDICADORES DE ESTRESSE


EM CAVALOS QUARTO DE MILHA SUBMETIDOS A PROVA DE TAMBOR NO
JÓQUEI CLUBE DE BOA VISTA - RORAIMA

BOA VISTA, RR
2019
STERFESON WALLYS LIMA PIMENTEL

PARAMÊTROS FISIOLÓGICOS COMO INDICADORES DE ESTRESSE


EM CAVALOS QUARTO DE MILHA SUBMETIDOS A PROVA DE TAMBOR NO
JÓQUEI CLUBE DE BOA VISTA - RORAIMA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como pré-requisito para conclusão do
Curso de Bacharel em Zootecnia do Departamento
de Zootecnia da Universidade Federal de Roraima.

Orientadora: Profª. Dra. Denise Ribeiro de Melo

BOA VISTA, RR
2019
STERFESON WALLYS LIMA PIMENTEL

PARAMÊTROS FISIOLÓGICOS COMO INDICADORES DE ESTRESSE


EM CAVALOS QUARTO DE MILHA SUBMETIDOS A PROVA DE TAMBOR NO
JÓQUEI CLUBE DE BOA VISTA - RORAIMA

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como pré-requisito para conclusão do
Curso de Bacharel em Zootecnia do Departamento
de Zootecnia da Universidade Federal de Roraima,
defendido em 10 de novembro de 2019 e avaliado
pela seguinte banca examinadora:

_______________________________________________________
Profa. Dra. Denise Ribeiro de Melo
Orientadora/Curso de Zootecnia – UFRR

_______________________________________________________
Prof. Dr. Jalison Lopes
Curso de Zootecnia - UFRR

_______________________________________________________
Profa. Dra. Gisele Maria Fagundes
Curso de Zootecnia - UFRR
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter orientado até o presente momento, dando forças para que
continuasse nessa jornada.
Ao meu pai Sebastião Mesquita Pimentel e minha mãe Maria Auxiliadora Lima
Pimentel, que nunca se indispuseram a me ajudar, mesmo nos momentos mais
difíceis entre faculdade e trabalho, estavam me dando apoio e toda assistência.
À minha irmã Stephanie Lima Pimentel Dói, que me ajuda e me inspira a cada
dia em sermos seres evoluídos, e dedicados no que fazemos e com nosso trabalho.
À minha namorada Juliane Vieira de Mendonça Sousa, que esteve sempre ao
meu lado, me dando apoio no que precisasse e força para vencer mais essa etapa
de nossas vidas
Enfim, a toda minha família...
Aos amigos que fizeram parte dessa jornada de faculdade, em especial Arthur
Clever, Hananda Hellen, Esther Brasil, Tamires Ramos, Gerson Sampaio, Jonathan
Oliveira, Suzany Ferreira, Gabriel Carlon, Helena Martins, Brunna Mello e Emilaine
Gomes, só tenho a agradecer por todo apoio e conselho dado.
Aos professores que tive e que sempre me incentivaram e me guiaram no
caminho certo.
À minha orientadora Profª. Dra. Denise Ribeiro de Melo que esteve sempre
presente, obrigado por toda ajuda.
Ao meu tutor do Programa de Educação Tutorial - PET Zootecnia ao qual faço
parte, Prof. Dr. Jalison Lopes.
Aos amigos do PET Zootecnia, em especial Ingrid, Matheus, Sollon e Jamil
que me ajudaram a recolher os dados e se dispuseram a ajudar em tudo que fosse
necessário.
Aos meus amigos do jóquei clube de Roraima que se dispuseram a ajudar me
emprestando os animais para coleta de todo conteúdo. Em especial, meu amigo que
hoje se encontra no céu Junior Prado, obrigado por me proporcionar os melhores
momentos no meio em que a gente vive e ama, o cavalo.
“Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não, não, não
Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir”

Tempos modernos (Lulu Santos)


RESUMO

A raça Quarto de Milha (QM) é a mais conhecida e difundida pelo mundo,


por conta da sua docilidade e versatilidade, e entre os esportes equestres com maior
número de competidores se destaca os três tambores, onde o conjunto (cavalo e
cavaleiro) contorna três tambores distribuídos de forma triangular ao longo de uma
pista de areia. Os sinais de estresse térmico em cavalos atletas são observados pelo
aumento das frequências cardíacas e respiratórias, e as temperaturas retal e
corpórea superficial; outra variável constante que causa estresse em animais é a
condição climática do local. O objetivo do trabalho foi medir os parâmetros
fisiológicos indicadores de estresse em equinos como frequência cardíaca (FC),
frequência respiratória (FR), temperatura retal (TR) e temperatura corpórea
superficial (TCS), indicadores de estresse em cavalos quarto de milha após a prova
de tambor. Foram utilizados 9 equinos e as coletas foram realizadas antes, durante
e após à prova. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados
(DBC), e utilizado o teste de Tukey a 5% de significância para comparar as médias
dos resultados. Não houve diferença estatística entre as variáveis em relação ao
sexo dos animais, e nem para os parâmetros observados (FC, FR, TR, TCS). No
entanto ao sair da pista (esforço físico) os parâmetros tenderam a ter uma elevação
e após 30 minutos houve uma queda indicando que animais com condições físicas
melhores e treinados periodicamente, retornam ao seu estado de repouso mais
rapidamente.

Palavras-Chave: Cavalo atleta, Esforço físico, Três tambores.


ABSTRACT

The Quarter Horse (QM) is the best known and most widespread in the
world, due to its docility and versatility, and among the equestrian sports with the
highest number of competitors stands out the three reels, where the set (horse and
rider) three barrels distributed triangularly along a sand track. Signs of thermal stress
in athlete horses are observed by increased heart and respiratory rates, and rectal
and body surface temperatures; another constant variable that causes stress in
animals is the climatic condition of the place. The objective of this study was to
measure the physiological parameters of stress in equines such as heart rate (HR),
respiratory rate (RF), rectal temperature (TR) and body surface temperature (HRC),
stress indicators in horses quarter of a mile after drum test 9 horses were used and
the collections were performed before, during and after the test. The experimental
design was a randomized block design (DBC), and the Tukey test at 5% significance
was used to compare the means of the results. There was no statistical difference
between the variables in relation to the sex of the animals, nor for the observed
parameters (FC, FR, TR, TCS). However, on leaving the track (physical exertion) the
parameters tended to increase and after 30 minutes there was a drop indicating that
animals with better physical conditions and periodically trained return to their resting
state more quickly.

Key words: Horse athlete, Physical exertion, Three drums


LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Diagrama oficial de três tambores................................................17


Figura 2: Frequência Cardíaca.....................................................................33
Figura 3: Frequência Respiratória.................................................................34
Figura 4: Temperatura retal..........................................................................35
Figura 5: Temperatura corpórea superficial..................................................36
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados ambientais......................................................................................27


Tabela 2: Médias de repouso....................................................................................28
Tabela 3: Médias de FC, FR, TR e TCS ao sair da pista (esforço físico)..................29
Tabela 4: Médias e desvio padrão de FC, FR, TR, TCS dos diferentes grupos
sexuais.......................................................................................................................32
ABREVIATURAS

ABQM – Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha


bpm – Batimentos por Minuto
Cº – Graus Celsius
FC – Frequência Cardíaca
FR – Frequência Respiratória
Kg – Quilograma
M1 – Momento 1
M2 – Momento 2
M3 – Momento 3
QM – Quarto de Milha
TCS – Temperatura Corpórea superficial
TR – Temperatura Retal
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 14
2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................................... 14
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO............................................................................ 14
3 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 15
3.1 EVOLUÇÃO, UTILIZAÇÃO E ASPECTO SOCIOECONÔMICO DO
CAVALO .................................................................................................................... 15
3.2 A RAÇA QUARTO DE MILHA, CRIAÇÃO E CHEGADA AO BRASIL ........ 16
3.3 PROVA DOS TRÊS TAMBORES ............................................................... 17
3.4 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO EM EQUINOS ATLETAS ............................ 18
3.5 PARÂMETROS FISIOLÓGICOS ................................................................ 19
3.5.1 Frequência cardíaca (FC) ................................................................ 19
3.5.2 Frequência respiratória (FR) ........................................................... 22
3.5.3 Temperatura corpórea superficial (TCS) ....................................... 23
3.5.4 Temperatura retal (TR) .................................................................... 24
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 27
4.1 ANIMAIS AVALIADOS ................................................................................ 28
4.2 DETERMINAÇÃO DOS PARAMETROS FISIOLÓGICOS .......................... 29
4.2.1 Frequência cardíaca (FC) ................................................................ 30
4.2.2 Frequência respiratória (FR) ........................................................... 30
4.2.3 Temperatura retal (TR) .................................................................... 30
4.2.4 Temperatura corpórea ou superficial do corpo (TC) .................... 30
4.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E ANÁLISE ESTATÍSTICA ................ 30
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 32
6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 38
7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................... 39
12

1 INTRODUÇÃO

No complexo agropecuário, o segmento de equinos utilizados em diversas


atividades esportivas movimenta valores da ordem de R$705 milhões e emprega
cerca de 20.500 pessoas, com a participação estimada de 50.000 cavalos atletas
(LIMA et al., 2006). A maior população brasileira de equinos encontra-se na região
Sudeste, logo em seguida aparecem as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e
Norte. Com destaque para o estado de Minas Gerais com 14,5% e São Paulo com
6,9% do rebanho nacional (IBGE, 2017).
Dentre as raças de equinos criadas no Brasil, destaca-se o Quarto de Milha
(QM), conhecido como o cavalo mais versátil do mundo, tendo como características:
extrema docilidade, partidas rápidas, paradas bruscas, grande capacidade de mudar
de direção e sentido e enorme habilidade de girar sobre si, possibilitando a sua
utilização tanto como meio de tração e transporte como nas modalidades esportivas
de Trabalho e Corrida (ABQM, 2011).
Dentre as provas de trabalho, a prova dos Três Tambores é considerada
uma modalidade de grande crescimento pelo fato de ser a prova com maior número
de inscrições dentre as modalidades em campeonatos e provas oficiais da ABQM
(Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Quarto de Milha), onde competem
homens, mulheres e crianças (ABQM, 2012).
Os sinais de estresse térmico, de acordo Oliveira (2008), são observados
pelo aumento das frequências respiratória e cardíaca, sudorese, vasos periféricos
aparentes na superfície corpórea e aumento da temperatura retal. Nos cavalos
atletas, a principal via para transferência de calor é a convecção, que se dá pelo
ajuste da circulação sanguínea, que direciona o calor do músculo para a pele e para
o sistema respiratório, fazendo desta forma, com que o sistema cardiovascular seja
o principal executor da termorregulação (DUKES, 2006)
Atletas de alto desempenho, sejam eles humanos ou cavalos, quase sempre
são compelidos a se exercitarem próximos ao limite máximo de esforço suportável
pelo seu organismo (MARC et al., 2000). Adicionando-se variáveis ambientais
desfavoráveis às condições de vida do animal, como poluição sonora, exposição à
temperatura ambiente, contato com outros animais desconhecidos, fornecimento de
13

alimento e água fora da rotina, entre inúmeros outros fatores, apresenta-se um


quadro que favorece as lesões físicas e psicológicas (ANGELI, 2005).
Considerando o bem-estar animal, podem ser observados alguns fatores
que estão relacionados ao comportamento nas pistas, como as relações homem–
animal, animal–meio ambiente (temperatura ambiente, umidade relativa, poluição
sonora), além dos sistemas de manejo, estado físico e outros (MOTA, 2000). Todos
esses agentes podem interferir no desempenho de um cavalo atleta, por serem
muitas vezes agressores, o que promove no organismo, reações não específicas de
adaptação e consequentemente alterações hormonais e fisiológicas requerendo,
portanto, cuidados especiais (DUKES 2006).
Informações sobre o comportamento e desempenho dos cavalos em
competição são escassas e nem sempre são precisas (MOTA, 2000). Exatamente
para suprir um pouco dessa escassez, em especial para a prova de três tambores
que vem ganhando volume a cada dia. O objetivo do trabalho foi avaliar os
parâmetros fisiológicos como indicadores de estresse em cavalos Quarto de Milha
após a prova de Tambor.
14

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a influência dos parâmetros fisiológicos (frequência cardíaca,


frequência respiratória, temperatura corpórea e temperatura retal) como indicadores
de estresse em equinos, Quarto de Milha após a prova de Tambor.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

 Avaliar em quais dos gêneros os parâmetros tem mais influência


 Avaliar se o clima/temperatura interfere nos parâmetros mensurados
 Avaliar o estresse dos equinos submetidos a este tipo de esporte
 Quantificar o tempo de recuperação dos animais pós prova
15

3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 EVOLUÇÃO, UTILIZAÇÃO E ASPECTO SOCIOECONÔMICO DO CAVALO

A introdução dos equinos na América, ocorreu em 1493 no Caribe por


Cristóvão Colombo, e no Brasil, ocorreu em 1534 chegando a primeira remessa
trazida por Martim Afonso de Souza em São Paulo na Vila de São Vicente,
posteriormente os equinos foram entrando no país pelas cidades de Olinda
(Pernambuco, 1535) e Bahia (1549) (JUNIOR; MURAD, 2016). Com o aumento da
demanda da população, o cavalo começou a ser usado com mais frequência no
trabalho cotidiano e com isso houve uma procura maior pelo animal o que resultou
na necessidade de organizar a cadeia produtiva desta espécie animal.
A primeira utilização do cavalo foi como fonte de alimento, posteriormente o
homem passou a utilizá-lo para o transporte, em batalhas e diversões e em
competições esportivas, vale ressaltar que a humanidade evoluiu com o auxílio do
animal, pois, até o século XX, as grandes conquistas foram alcançadas graças à
parceria de sucesso entre o homem e o cavalo (JUNIOR; MURAD, 2016).
O Brasil possui o maior rebanho de equinos da América Latina e possui
cerca de 5.500.000 equinos, sendo considerada a 4ª maior população no mundo,
ficando atrás apenas dos EUA, da China e do México (IBGE, 2017).
Estudos revelam que no Brasil, o CEPEA (Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada), em convênio com a CNA (Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil), tem realizado a mensuração do PIB (Produto Interno Bruto) do
Agronegócio, e observado que a participação do Agronegócio no total da renda
gerada no país tem se mantido entre 20% e 25% (MAPA, 2016). Como resultado, o
complexo do agronegócio equino no Brasil movimenta cerca de R$7,5 bilhões e gera
cerca de 3,2 milhões de empregos diretos e indiretos em vários segmentos;
ressaltando os fornecedores de insumos, produtos e serviços para a criação, como
medicamentos, rações, selas, acessórios, entre outros (IBGE 2017).
Neste aspecto econômico, os cavalos desempenham as funções tradicionais
de sela, carga e tração, e a partir da segunda metade do século XX, destacaram-se
no aspecto social, como o lazer, a equoterapia e principalmente, nas atividades de
esporte (LIMA; CINTRA, 2016).
16

3.2 A RAÇA QUARTO DE MILHA, CRIAÇÃO E CHEGADA AO BRASIL

A raça Quarto de Milha (QM) foi a primeira a ser desenvolvida na América


surgindo nos Estados Unidos por volta do ano de 1600; os primeiros animais foram
trazidos da Arábia e Turquia para a América do Norte pelos exploradores e
comerciantes espanhóis; os garanhões escolhidos eram cruzados com éguas que
vieram da Inglaterra, produzindo cavalos compactos, com músculos fortes, podendo
correr distâncias curtas mais rapidamente do que qualquer outra raça (ABQM,
2016).
O cavalo foi se especializando no trabalho com o gado e nos finais de
semana os colonizadores se divertiam promovendo corridas nas ruas das vilas e
pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distância de um quarto de
milha (402 metros), originando o nome da raça do cavalo (ABQM, 2016).
O padrão racial do QM consiste em ser versátil, dócil, rústico e inteligente,
com altura média de 1,52m, com cabeça pequena, e olhos grandes e bem
afastados; por ser um animal de grande referência no mundo dos equinos atletas,
ele possui membros fortes e providos de excelente musculatura (ABQM, 2016).
É adaptável a qualquer situação, transformando-se em instrumento de força,
transporte e difícil de ser derrotado em provas equestres, além de ser um excelente
melhorador de plantel; desde sua origem, a raça QM tornou-se ao longo dos anos
um ponto de referência mundial entre todas as espécies equinas, fruto de suas
inúmeras qualidades genéticas, como a marcante estrutura morfológica, velocidade,
docilidade e, principalmente, por sua versatilidade em executar funções atléticas nas
mais variadas modalidades, sendo usado nas modalidades de conformação,
trabalho e corrida (ABQM, 2016).
A chegada do QM no Brasil foi em 1995, quando a Swift-King Ranch (SKR)
importou seis animais dos Estados Unidos para o Brasil, vindos de sua matriz norte-
americana no Texas, a famosa King Ranch, à medida que vários pecuaristas e
outros homens de negócios tiveram a oportunidade de conhecer os animais QM
começaram a pressionar a SKR para que lhes vendessem alguns exemplares
(ABQM, 2016). A companhia atendeu a poucos criadores, vendendo um número
reduzido de potros. Em 15 de agosto de 1969, foi fundada a Associação Brasileira
de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), no Parque da Água Branca, em
São Paulo, onde se encontra atualmente (ABQM, 2016).
17

3.3 PROVA DOS TRÊS TAMBORES

A prova dos Três Tambores pode ser considerada uma modalidade esportiva
de precisão contra o cronômetro, na qual o conjunto (cavalo e cavaleiro) contorna
três tambores distribuídos de forma triangular (padrão de trevo) ao longo de uma
pista de areia, onde o melhor desempenho relaciona-se com a realização do
percurso no menor tempo (CARVALHO, 2015).
A montagem do percurso segue alguns critérios, de acordo com a ABQM, no
qual três tambores de aço (com capacidade de 200 L), vazios e apoiados
verticalmente no solo, formam um triângulo isósceles, com 27,5 m de comprimento
de base e 32 m de lados. A linha entre o 1° e o 2° tambor deve estar a uma distância
de 18,3 m da linha de partida e chegada, onde é posicionado o par de fotocélulas e
cada tambor deve estar pelo menos a 4 m de distância das cercas. O início da
cronometragem é definido quando o conjunto em aceleração dispara os sensores da
fotocélula em direção ao tambor 1, onde desacelera para contorná-lo da esquerda
para a direita, seguindo em direção ao 2° tambor e depois ao 3° tambor, os quais
devem ser contornados da direita para a esquerda, e então à linha de chegada
(CARVALHO, 2015).
Esse trajeto também pode ser percorrido pela esquerda, onde o conjunto
cruza a linha de partida em direção ao tambor 2, faz o seu contorno da direita para a
esquerda; em seguida, irá para o tambor 1, contornando-o da esquerda para a
direita; a seguir, para o tambor 3, virando novamente para a direita, seguindo pela
reta final rumo à linha de chegada (CARVALHO, 2015). As duas possibilidades de
percurso estão representadas na figura 1.

Figura 1: Diagrama oficial de três tambores.

Fonte: ABQM, 2013.


18

As penalidades podem ser pelo acréscimo de cinco segundos ao tempo final


para cada tambor derrubado, ou ao término do percurso, a desclassificação caso se
verifiquem vestígios de sangue no animal, seja na boca ou abdômen, pela
constatação da utilização de métodos não autorizados ou ainda pelo não
cumprimento do percurso.
As competições são organizadas em categorias de acordo com a idade do
cavalo e, idade, sexo e grau de profissionalização do cavaleiro. Pelas características
desta modalidade como a rápida aceleração e desaceleração além da mudança
brusca de direção, os animais da raça QM possuem grande potencial a um melhor
desempenho frente as outras raças (STRICKLIN, 1997).

3.4 FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO EM EQUINOS ATLETAS

A adaptação fisiológica associada ao condicionamento físico por meio de


exercício, é um mecanismo no qual a capacidade de exercício pode chegar a um
resultado ideal. O estresse progressivo dos animais em prova, produz adaptações,
capacitando o indivíduo a responder com demanda física aumentada e a alcançar
desempenho máximo (DUKES, 2006).
A capacidade atlética superior do cavalo tem sido atribuída a uma série de
adaptações anatômicas e fisiológicas dos sistemas orgânicos envolvidos no
exercício, e algumas destas adaptações ocorrem nos tecidos responsáveis pela
geração de movimento, na composição do tipo de fibra, na contração muscular e na
forma de obtenção de energia dos tecidos musculares (RIVERO; HILL, 2016).
O exercício físico repetitivo induz uma infinidade de adaptações fisiológicas e
anatômicas em equinos, essas adaptações trabalham afim de reduzir os efeitos que
o estresse fisiológico induzido pelo exercício é capaz de produzir (HINCHCLIFF;
GEOR, 2004).
O desempenho de um atleta equino é determinado por inúmeros e complexos
processos biológicos interdependentes. A compreensão de como esses processos
funcionam e se relacionam entre eles, se faz necessária para que o cavalo seja
treinado e manejado de forma adequada durante a sua vida de competidor, para que
tenham uma vida atlética satisfatória (HINCHCLIFF; GEOR, 2004).
19

Nos cavalos que realizam exercícios de resistência, as taxas metabólicas


podem aumentar de 10 a 20 vezes (FLAMINO; RUSH, 1998). É estabelecido que o
calor excessivo tenha um efeito ruim no desempenho da atividade física (GEOR;
McCUTCHEON, 1998), por isto, uma termorregulação eficiente é essencial para uma
boa prática esportiva.
O calor produzido fica retido no corpo do animal, e se o exercício continuar,
dependendo da intensidade e das condições ambientais, a temperatura corporal
pode aumentar até níveis críticos, situação na qual os mecanismos de dissipação de
calor são ativados para diminuir a carga térmica corporal, evitando assim o estresse
calórico e a fadiga por excesso de calor (ETCHICHURY, 2008).
A avaliação de alguns parâmetros durante o exercício pode direcionar a
intensidade e o tipo de esforço apropriado à capacidade atlética de cada animal.
Também através desta avaliação, pode-se analisar as variações de parâmetros
metabólicos, hematológicos, bioquímicos e fisiológicos frente a diferentes
intensidades de exercício e ainda traçar a tendência de tais parâmetros para um
grupo de animais (SANTOS; GONZÁLES, 2006).
Dentre as subdivisões da fisiologia do exercício, destaca-se a parte que avalia
o desempenho atlético por meio de testes físicos realizados tanto em esteiras
(FERRAZ et al., 2006) como a campo (LINDNER et al., 2006; ERCK et al., 2007),
que podem determinar a dinâmica de variáveis dos parâmetros fisiológicos, como a
frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura retal (TR), e
temperatura corpórea (TC). O emprego de testes para a avaliação do desempenho
atlético realizados a campo (pista), juntamente com as respostas fisiológicas obtidas
pela ação do exercício, pode ser uma valiosa ferramenta para maximizar o
desempenho dos animais em competições (FERRAZ, 2007).

3.5 PARÂMETROS FISIOLÓGICOS

3.5.1 Frequência cardíaca (FC)

O coração é um órgão localizado na cavidade torácica, com sua maior parte


localizado do lado esquerdo. Tem como função manter uma boa circulação
sanguínea, a qual deve ser adequada para o bom funcionamento de todos os órgãos
20

e tecidos do organismo. Essa circulação é que levará oxigênio a todas as células do


corpo. Nos cavalos de um modo geral, a projeção do coração dentro da cavidade
torácica vai do terceiro ao sexto espaço intercostal (EIC), além disso o coração
representa 0,7 a 1,1% do peso corporal do animal adulto, sendo maior em cavalos
de corrida que nos de outro uso (FEITOSA, 2014).
Quando o trabalho (exercício físico) é efetuado num ambiente quente, cargas
de calor são produzidas, impondo grandes demandas sobre a função termo
regulatória, necessitando de redistribuição do calor para a pele visando a perda de
calor, o que resulta num aumento da frequência cardíaca (McCONAGHY, 1994).
A dissipação de calor em cavalos expostos a estresse calórico ou ao exercício
exige por parte do sistema cardiovascular uma serie de adaptações, sendo que
estas modificações necessitam de maior quantidade de sangue circulante; para
atender estas exigências, o organismo dos cavalos reage aumentando a FC, assim,
para um mesmo volume sistólico, um aumento na frequência das contrações
cardíacas resulta em um aumento da quantidade de sangue bombeado por minuto
e, por conseguinte, uma manutenção da pressão arterial em patamares adequados
(McCONAGHY, 1994).
A frequência cardíaca em estado de repouso é relacionada com o tamanho
corporal, à taxa metabólica e às características de equilíbrio do sistema nervoso
autônomo das espécies, sendo que nos equinos encontra-se entre 28 e 40
batimentos por minuto (bpm) (DUKES, 2006). Observa-se então elevação linear da
FC proporcional ao aumento da velocidade do exercício até atingir 240 bpm.
A frequência cardíaca é um importante parâmetro de monitoramento de
desempenho atlético de equinos, sendo amplamente estudada no campo da
medicina esportiva equina (EVANS, 2000), com a vantagem da praticidade de sua
mensuração, podendo ser facilmente aplicada mesmo em estudos a campo
(OLIVEIRA et al., 2014). Em resposta ao exercício, o sistema cardiovascular
aumenta a frequência cardíaca com o objetivo de melhorar a disponibilização de
oxigênio e energia para o tecido muscular (LINDNER; BOFFI, 2006).
O tamanho do coração é determinante da capacidade máxima do rendimento
cardíaco e aeróbico do animal (HODGSON; ROSE, 1994; DETWEILER et al., 1996).
Alguns autores relatam que o escore cardíaco (EC), vem sendo relacionado com a
performance do animal, assim como descrevem Rose et al. (1979), que afirmam que
os animais mais velozes possuíam este índice maior que o dos outros competidores.
21

Há autores que indicam que o EC entre machos e fêmeas não difere (STEEL;
STEWART, 1974; AYALA et al., 1995).
Pesquisadores como KUBO, et. al. (1974) avaliando a relação entre o período
de treinamento e a hipertrofia cardíaca em animais mortos, observaram que os
animais submetidos a treinamento possuíam uma maior massa cardíaca quando
comparados aos não treinados. Neste mesmo trabalho notou-se que os animais
atletas submetidos a alguns meses de descanso tiveram, em média, uma massa
cardíaca inferior à dos cavalos bem condicionados. Este resultado levou estes
pesquisadores a presumirem que o exercício leva o cavalo a uma hipertrofia
cardíaca, enquanto o descanso leva a uma atrofia, mostrando que o
condicionamento físico do animal pode ser avaliado pelo tamanho do coração.
No Puro-Sangue treinado, são ocasionalmente encontradas frequências
cardíacas no estado de repouso nos 20 s médios; entretanto, a média é de
aproximadamente 30 batimentos por minuto (DUKES, 2006). Durante o exercício
máximo, a frequência cardíaca pode aumentar para 240 a 250 batimentos por
minuto no Puro-Sangue de corrida.
Em pôneis submetidos a temperatura ambientais elevadas (40 - 42ºC e 32 –
36% de UR) e provenientes de um ambiente termoneutro (15 - 17ºC e 60 – 65% de
UR) foi observado um aumento significativo na FC de 46,2 ± 0,9 para 63,2 ± 3,6
batimentos por minuto (McCONAGHY et al., 1996).
A resposta esperada ao exercício é evidenciada pela frequência cardíaca em
estado de repouso aumentada nos animais atletas e nos seres humano. Além disso,
a frequência cardíaca durante o exercício máximo é influenciada por apreensão e
ansiedade. O componente psicogênico associado à resposta da frequência cardíaca
a exercício é proporcionalmente maior em casos de cargas de trabalho
relativamente menores.
Quando a frequência cardíaca é inferior a 120 bpm no cavalo, pode haver
fatores psicogênico, como medo; frequências cardíacas superiores a 210 bpm dão
origem a um platô com o aumento progressivo da carga de trabalho à medida que a
frequência cardíaca máxima se aproxima. Por isso, a resposta da frequência
cardíaca ao exercício gradativo no atleta equino é crescente somente entre 120 e
210 bpm (DUKES, 2006). Após o exercício, a frequência cardíaca declina
rapidamente dentro do primeiro ou segundo minuto após a conclusão do esforço de
trabalho (DUKES, 2006).
22

3.5.2 Frequência respiratória (FR)

O sistema respiratório é capaz de desenvolver várias funções no organismo


do animal. A mais importante está relacionada com as trocas gasosas, por meio das
quais são realizadas a oxigenação sanguínea e a liberação de gás carbônico nos
alvéolos pulmonares (FEITOSA, 2014). Em tese, a função principal do sistema
respiratório é a troca de oxigênio e dióxido de carbono em frequência cardíaca
correlacionada com o metabolismo. Os cavalos são dotados de alcance aeróbico
bastante bom, eles têm a capacidade de aumentar seu consumo de oxigênio em
cerca de 30 a 40 vezes entre repouso e exercício mínimo (DUKES, 2006).
Assim como ocorre na FC, o aumento da frequência respiratória corresponde
a fim de suprir as trocas gasosas e também ajudar na dissipação do calor
(AINSWORTH, 2004). A frequência respiratória aumenta com a temperatura do ar,
acentuando-se acima de 29°C à 30°C, a contribuição proporcional da atividade
respiratória diminui face ao aumento da perda de calor por evaporação de água na
superfície corporal, via sudorese (SILVA et. al. 2005).
O principal objetivo da regulação da FR nos equinos, e nos mamíferos em
geral, é manter uma troca de gases adequada aos processos vitais, tanto em
repouso quanto em exercício, garantindo a oxigenação necessária ao metabolismo
dos diversos órgãos e tecidos, retirando do sangue o dióxido de carbono resultante
da combustão de diversos substratos energéticos (ETCHICHURY, 2008).
O exercício e outras formas de esforço impõem estresse ao sistema
respiratório; durante o exercício, aumenta-se o consumo do oxigênio e a produção
do dióxido de carbono, com isto, a taxa de ventilação aumenta para igualar essas
alterações. Portanto, durante o exercício moderado com o condicionamento físico
bom, pouca mudança pode ser notada (FEITOSA, 2014)
A respiração nos animais é estabelecida pelo ciclo respiratório, o ciclo
consiste em inspiração que resulta no aumento de volume do tórax e pulmões com
influxo de ar acompanhante. O tórax é aumentado de volume pela contração do
diafragma e por movimento das costelas no sentido cranial e para fora. E expiração
que é a diminuição no tamanho do tórax e dos pulmões com o fluxo de saída do ar.
Os músculos previamente contraídos se relaxam, e o tórax aumentado bem como o
23

abdômen distendido retornam à posição prévia com a ajuda graduada dos músculos
expiratórios, conforme o estado da respiração (DUKES, 2006).
A frequência respiratória refere-se ao número de ciclos ou o número de
respirações a cada minuto. Todos os animais domésticos aumentam a FR, à medida
que a temperatura ambiente se eleva, auxiliando dessa forma a termo regulação, o
que frequentemente não atinge o estágio de respiração ofegante, mas pode
aumentar significativamente a ventilação no espaço morto (FEITOSA, 2014)
Os equinos em condição de repouso contêm uma variação de 10 – 14
respiração/ciclo/minuto, sendo a média de 12. Já os equinos atletas, em repouso a
variação pode ser entre 15 e 45 respirações por minuto, dependendo do grau de
repouso pré - exercício do animal, e durante um exercício físico os cavalos respiram
até 120 a 140 vezes por minuto (DUKES, 2006).
Muitos mamíferos usam o sistema respiratório para perder calor por
resfriamento evaporativo. Para aumentar essa perda de calor, eles espiram através
da boca mais que pelo nariz, e hiperventilam por aumento da FR. Os equinos,
devido as suas características anatômicas, não podem respirar pela boca, mas a
vascularização dos turbilhões nasais, da mucosa nasal, e da árvore bronquial
evidenciam que o sistema respiratório tem papel importante na termorregulação,
durante o exercício e na recuperação do mesmo (DUKES, 2006)
Nesta espécie, a FR também é influenciada pela temperatura, tanto ambiente
como corporal; em pôneis exposto a condições de calor moderados a partir de um
ambiente termoneutro (15 – 17 e 60 – 65% de UR), foi observado um aumento na
FR de 5 vezes (12 60 respirações por minuto), indicando assim a importância
desta via na termólise e no mecanismo de esfriamento (McCONAGHY et al., 1995).

3.5.3 Temperatura corpórea superficial (TCS)

Durante exercício, a sobrecarga da produção aumentada de calor metabólico


está sob a incumbência dos mecanismos termorreguladores. A via evaporativa é o
meio mais eficiente de perda de calor durante exercício e pode ser o único recurso
de dissipação de calor em ambientes quentes. À medida que o nível de calor
corporal se eleva em resposta ao metabolismo aumentado, associado ao exercício,
os vasos sanguíneos se dilatam.
24

A circulação aumentada eleva a temperatura da pele, facilitando a perda de


calor tanto por convecção quanto por radiação, desde que a temperatura do
ambiente seja inferior à da pele. Em temperaturas ambientais extremamente altas, a
perda de calor por evaporação pode não ser capaz de manter o ritmo com o nível de
calor induzido por exercício, e o animal ganhará calor ambiente; o suor é o principal
recurso de resfriamento por evaporação em cavalos submetidos ao exercício
(DUKES, 2006).
Segundo Paludo, (2002), os quatro elementos ambientais que mais afetam a
temperatura corporal são: temperatura do ar, umidade do ar, radiação e vento.
A manutenção da temperatura interna dos homeotérmicos se faz por
intermédio de seu aparelho termorregulador, que comanda o aumento das perdas de
calor pelo organismo através de mecanismo de controle que são ativados pelo
estresse térmico (SILVA, 2000). Durante um trabalho muscular intenso ou exercício,
pode ocorrer aumento da temperatura de até um grau Celsius (GÜRTLER et al,
1987).
Entre os mecanismos utilizados para perda de calor estão a sudorese e a
respiração. Sendo que a sudorese é mais importante nos equinos (CUNNINGHAM,
2004). Segundo Silva (2000), a sudorese ocorre a partir de dois tipos de glândulas
sudoríparas situadas na derme. Durante a evaporação da água perdida no suor
ocorre a troca de calor entre os animais e o ambiente.
De acordo com Dukes, (2006) a maioria das espécies terrestres,
endotérmicas, tem uma temperatura corporal preferida, geralmente acima de 33ºC e
vai até 40ºC, com média de 38ºC.

3.5.4 Temperatura retal (TR)

Embora a temperatura retal não represente sempre uma média da


temperatura corporal profunda, é melhor medi-la nesse local do que em vários locais
e chama-la de temperatura corporal.
Além disso, como a temperatura retal atinge o equilíbrio mais lentamente do
que as temperaturas em outros locais, é uma boa indicadora de um estado
estacionário (SWENSON; REECE, 1993). De acordo com Dukes (2006), nos
equinos a temperatura retal pode variar de 37,2 a 38,2ºC; sendo nos garanhões a
25

média de 37,6ºC com variação de 37,2 – 38,1ºC, e nas éguas a média de 37,8ºC
com variação de 37,3 – 38,2ºC.
Alguns fatores podem alterar a real temperatura do corpo, a idade é um deles
no qual quanto mais jovem for o animal, mais elevada é a sua temperatura interna,
em virtude de o centro termorregulador não estar completamente desenvolvido e
pelo elevado metabolismo que esses animais apresentam (FEITOSA, 2014)
O sexo pode interferir na temperatura, visto que fêmeas no cio e em gestação
apresentam uma temperatura mais elevada. A temperatura ambiental, mudanças
bruscas e acentuada da temperatura externa são acompanhadas por alterações na
temperatura interna dos animais; equinos em ambientes quentes podem ter
variações de até 2ºC, e se observado o inverso, a temperatura esfria (FEITOSA,
2014). O esforço físico eleva a temperatura de maneira significativa. O retorno ao
normal poderá ocorrer entre 20 e 120 minutos, conforme a intensidade do esforço.
Quando o exercício físico é realizado no frio ou em condições ambientais brandas,
os mecanismos termorreguladores mantêm a temperatura corporal dentro de
variações satisfatórias (FEITOSA, 2014).
Contudo, quando o animal é incentivado a se exercitar em ambientes com
temperaturas elevadas, a capacidade para a perda de calor é muito prejudicada,
fazendo com que a temperatura se eleve em até 2,5ºC. O exercício prolongado
conduz a hipertermia (elevação da temperatura corporal, com maior produção de
calor, sem que haja aumento correspondente em sua perda), grave e prejuízos no
desempenho físico (FEITOSA, 2014).
O rápido retorno destes parâmetros aos seus valores basais, indica que o
animal está bem condicionado e foi submetido a um bom programa de treinamento
(KRUMRYCH, 2006). A mensuração destes parâmetros é muito utilizada em
associação a outras variáveis, devido à rápida resposta do organismo à alteração
destes parâmetros afim de buscar adaptações, possibilitando a avaliação do
condicionamento físico do animal (CARVALHO FILHO et al., 2012).
Além disso, poucos também são os trabalhos que envolvem equinos Quarto
de Milha usados em provas de três tambores, exercício este, de alta intensidade e
curta duração (DABAREINER et. al., 2005; COELHO, et. al., 2011; SILVA et. al.,
2013; LÉGUILLETTE et. al., 2016, PATELLI et. al., 2016).
Segundo Hodgson e Rose (1994) a capacidade em se recuperar, após o
término do exercício, pode ser determinada pelo acompanhamento da frequência
26

cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura retal (TR) e temperatura


corpórea (TC).
O desempenho atlético é melhor quanto mais rápido o animal retornar as
frequências e temperaturas basais. Parâmetros fisiológicos associados ao exercício
físico, FC, FR, TR e TC, são bons indicadores de eficiência atlética dos equinos.
27

4 METODOLOGIA

O experimento foi realizado nos dias 9 e 10 de novembro de 2018, durante o


período de competições de três tambores no Jóquei Clube, localizado no município
de Boa Vista, Roraima, Brasil (latitude 02º 49’N, longitude 60º 39’W). Segundo a
classificação de Koppen-Reiger (1900) o clima da região é classificado como tropical
chuvoso (AW), com temperatura média anual de 27,2ºC, umidade relativa do ar
média em 75%, precipitação média anual 1.534 mm, altitude relativa ao nível do mar
de 82 m, com predominância dos ventos no sentido Leste Nordeste.
Segundo dados obtidos na estação meteorológica de Boa Vista, no momento
da coleta pela manhã a temperatura ambiental variou de 32,2º C a 25,2º C, com
ventos de 3,0 a 4,0 m/s e 14 km/h com predominância no sentido nordeste, e
umidade relativa de 66%, precipitação pluviométrica de 0 mm. No segundo momento
a noite os dados variaram conforme a temperatura ambiental foi de 38,5º C a 29,6º
C, com ventos de 3,0 m/s e 12 km/h com predominância no sentido nordeste, e
umidade relativa de 67%, precipitação pluviométrica de 0 mm, representado na
Tabela 1.

Tabela 1 - dados ambientais coletados na estação meteorológica de Boa Vista

DADOS AMBIENTAIS
Manhã
Temperatura máx. 32,2º C
Temperatura min. 25,5º C
Velocidade do vento 3.0 a 4.0 m/s 14 km/h
Precipitação 0 mm
Umidade relativa 66%
Noite___________________ _______________________
Temperatura máx. 38,5º C
Temperatura min. 29,6º C
Velocidade do vento 1.0 m/s 12 km/h
Precipitação 0 mm
Umidade relativa 67%
28

Os dados ambientais de acordo com a Estação meteorológica de Boa Vista,


afirmam que a temperatura pela parte da manhã, no horário entre 7:00 à 9:00, variou
chegando a máxima de 32,2º C com ventos de 14 km/h, indicando uma menor
temperatura com incidência de ventos elevada comparado com os dados coletados
à noite. Pela parte da noite os dados foram coletados no horário das 19:00 até às
23:00 fechando o ciclo de coleta de parâmetros nas cocheiras. Pode – se observar
que no período da noite a temperatura está mais elevada, e a velocidade do vento
menor.

4.1 ANIMAIS AVALIADOS

Foram acompanhados 9 (nove) equinos, atletas em campanha, da raça


quarto de milha, sendo 3 fêmeas, 3 machos castrados e 3 garanhões, com idades
variando entre 3 a 8 anos nas fêmeas, 7 a 17 nos machos castrados e de 5 a 11 nos
garanhões, pesando em torno de 450 a 500 kg cada animal, provenientes de 4
cocheiras diferentes, com manejo alimentar, reprodutivo, sanitário e sistemas de
treinamento diferentes entre si.
Em cada animal aferiram-se os parâmetros clínicos fisiológico (frequência
cardíaca (FC), frequência respiratória (FR), temperatura corpórea (TC) e
temperatura retal (TR)) em três momentos:
1º momento (M1), em suas atividades cotidianas, o que inclui seu ambiente
de moradia, convívio natural com outros animais e pessoas, condições de sanidade
e conforto que lhe são naturais, no período matutino, antes de qualquer exercício, o
animal em repouso (Tabela 2).

Tabela 2 - Média de Repouso


MÉDIAS DE DADOS DO REPOUSO
ANIMAL FC FR TR TC

FÊMEAS 32 36 37,2 36,6

CASTRADOS 32 32 37,3 34,7

GARANHÕES 36 28 37,7 35,6


29

2º momento (M2), após a execução das provas e sob as possíveis condições


de estresse, decorrente da condição ambiental (poluição sonora, convívio com
outros animais) e do esforço físico da atividade esportiva em si, visto que a
movimentação de pessoas e animais aumentam no local (Tabela 3).

Tabela 3 - Média de FC, FR, TR e TCS, ao sair da pista (esforço físico).

MÉDIA DE DADOS AO SAIR DA PISTA (ESFORÇO FÍSICO)


SEXO FC (BPM) FR (MPM) TR (Cº) TCS (Cº)

FÊMEA 124 52 38,7 37,7

CASTRADO 128 60 39,4 37,5

GARANHÃO 148 68 39,4 38,1

MÉDIA 133,3 60 39,2 37,8

3º momento (M3), após o término do animal na prova, de 30 em 30 minutos,


até completar o total de duas horas, com o animal já instalado em seu ambiente
familiar.
Para todos os momentos M1, M2 e M3, foram utilizados os mesmos animais,
para não comprometer o resultado final da avaliação. Foram coletados os dados nos
animais, em repouso, isto é, 24h antes do início da prova, ou seja, no dia anterior
denominado como momento 1 (M1), e no dia da competição durante o esforço físico
denominado como momento 2 (M2) foram feitas 2 avaliações por animal e tirado a
média, e após o término do esforço físico denominado como momento 3 (M3), foi
feito as coletas de 30 em 30 minutos.

4.2 DETERMINAÇÃO DOS PARAMETROS FISIOLÓGICOS

Os parâmetros fisiológicos frequência cardíaca (FC), frequência respiratória


(FR), temperatura retal (TR) e temperatura corpórea superficial (TCS) foram aferidos
antes, durante e após a execução das provas.
30

4.2.1 Frequência cardíaca (FC)

A frequência cardíaca foi verificada pela auscultação dos batimentos


cardíacos, utilizando-se o estetoscópio (Rappaport ER100) na região do lado
esquerdo do animal (melhor posicionamento do coração), atrás do cotovelo e
pressionando o estetoscópio contra a axila.
Após localizar o batimento que consiste em dois sons, conta-se 15 segundos
com o auxílio de um cronômetro, e esse número multiplicado por quatro, assim
obtendo o número em batimentos cardíacos por minuto.

4.2.2 Frequência respiratória (FR)

A frequência respiratória (FR) foi obtida pela avaliação visual das narinas,
contabilizado por 15 segundos com auxílio de cronômetro, e multiplicado por 4
dando um total de um minuto

4.2.3 Temperatura retal (TR)

A temperatura retal foi aferida com o auxílio de um termômetro clínico digital


TERMO MED 1.0, introduzido a 5 cm de profundidade aderido à parede do ânus, o
termômetro foi limpo com uma toalha úmida e lubrificado com vaselina a cada nova
aferição.

4.2.4 Temperatura corpórea ou superficial do corpo (TC)

As temperaturas superficiais do corpo foram aferidas em graus Celsius


através do termômetro digital a laser Infrared Thermometer, nas regiões do pescoço,
dorso e garupa. Após a aferição das temperaturas superficiais nos 3 locais, foi
retirado a média e anotado na planilha.

4.3 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL E ANÁLISE ESTATÍSTICA

O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados (DBC) com


medidas repetidas no tempo, onde se avaliaram três grupamentos sexuais (Fêmea,
31

Macho castrado e Garanhão) e cinco tempos de recuperação pós-prova (0, 30, 60,
90 e 120 minutos), com três repetições, totalizando 45 parcelas experimentais. Os
dados foram submetidos à análise de variância por intermédio do software SISVAR
(FERREIRA, 2008).
O teste utilizado foi o de Tukey a 5% de significância, que tem como
finalidade comparar as médias entre os agrupamentos sexuais. Já os tempos de
recuperação pós-prova foram submetidos ao estudo de regressão ao nível de 5% de
significância.
32

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não houve efeito do sexo sobre as variáveis analisadas (P>0,05). Visto que
na espécie equina os animais não diferem em termos de condição física, podendo
realizar atividades igualitárias para ambos os sexos, e a performance dos animais
neste trabalho, não diferenciou quando comparados aos parâmetros fisiológicos FC,
FR, TR, TCS.
Não houve efeito da interação grupamento sexual x tempo de recuperação,
sobre as variáveis analisadas (P>0,05) (Tabela 4).

Tabela 4 - Médias e desvio padrão de FC, FR, TR e TCS, dos diferentes grupos
sexuais nos diferentes tempos de avaliação.

SEXO FC (BPM) FR (MPM) TR (Cº) TCS (Cº)

FÊMEA 63,5 ± 33,2a 39,7 ± 14,1a 37,2 ± 1,1a 36,2 ± 1,6a

CASTRADO 67,2 ± 34,5a 45,1 ± 12,2a 37,8 ± 1,0a 36,6 ± 1,1a

GARANHÃO 66,4 ± 42,8a 46,9 ± 12,9a 38 ± 0,9a 36,3 ± 1,1a

MÉDIA 65,7 43,9 37,7 36,4

CV (%) 13,0 17,9 0,63 1,9

Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem pelo teste de tukey a 5%.

Entretanto, todas as variáveis fisiológicas analisadas se ajustaram ao estudo


de regressão (P<0,05), como pode ser observado nas figuras 2, 3, 4 e 5:
A FC média aos 120 minutos foi de 44,9 bpm, sendo superior aos valores
observados para a FC de repouso para os três grupos sexuais (Figura 2).
33

Figura 2: Frequência Cardíaca

140
Frequência cardíaca

120

Bat/min 100

80

60

40

20
0 20 40 60 80 100 120
Tempo pós-prova (minutos)

M 0’= 30’ 60’ 90’ 12


édia FC 133,3 = 54,6 = 46,6 = 44 0’ = 44

A frequência cardíaca elevou-se, sendo que a média máxima da frequência


cardíaca neste trabalho atingiu valores próximos aos 135 batimentos por minuto
(bpm) imediatamente após o exercício. Resultados de elevação na frequência
cardíaca pós-teste, também foram mencionados por (LOPES et al. 2009; SANTIAGO
et al. 2010; GOMES et al. 2015), porém todos avaliaram cavalos de vaquejada que
sofrem com o mesmo tipo de esforço físico em competições. A elevação da
frequência cardíaca pode ser entendida como uma resposta fisiológica que
potencializa o transporte do oxigênio para ser utilizado pelas rotas metabólicas
(LINDNER; BOFFI, 2006). Aos 30 minutos a frequência cardíaca já apresentou uma
drástica queda, sendo que esse resultado corrobora com Silva et al. (2013), quando
os mesmos sugerem que cavalos bem condicionados devem apresentar queda na
frequência cardíaca por volta de 15 a 20 minutos após o exercício, chegando
próximo a basal, indicando que não houve superaquecimento devido ao incremento
calórico proveniente do exercício.
Ferraz et al. (2009), apontaram que a frequência cardíaca apresenta uma
relação proporcional com a intensidade do exercício em questão, podendo ser
influenciada pelas variáveis climáticas no momento da sua execução. Independente
da intensidade do exercício a frequência cardíaca atinge um limiar, que chamamos
de frequência cardíaca máxima (FC máxima), gira em torno de 215 batimentos por
34

minuto (GRAWKOW; EVANS, 2006). No presente trabalho a frequência máxima não


foi alcançada, caracterizando uma situação na qual o preparo físico influenciou o
desempenho. A frequência máxima não pode ser alterada com o treinamento,
todavia o estímulo físico orientado pode retardar a FCmáxima. De acordo com
McConaghy, 1994, a FC aumenta devido a temperatura ambiente elevada,
consequentemente o volume de sangue bombeado é aumentado.
Na figura 3 pode-se verificar a frequência respiratória do cavalo e o impacto
que causou no animal durante o percurso.

Figura 3: Frequência Respiratória

65 Frequência respiratória
60

55
Mov/min

50 y = 59,327 - 0,4855x + 0,0025x2


R² = 0,96**
45

40

35

30
0 20 40 60 80 100 120
Tempo pós-prova (minutos)

A frequência respiratória não apresentou diferença estatística, a mesma se


manteve constante logo após os 60 min. pós prova (esforço físico), ocorreu uma
elevação imediatamente após a prova seguido de um declínio após 30 minutos. A
frequência respiratória antes da prova com o animal em repouso equivale à média
de 32 mpm. Quando em atividade física a frequência respiratória pode se elevar,
influenciada principalmente pela intensidade do exercício. Essa é uma resposta
fisiológica e adaptativa, que tem por objetivo dissipar o incremento calórico extra,
advindo do exercício, maximizar as trocas gasosas bem como atender déficit de
oxigênio, mantendo a via aeróbica em funcionamento.
Pereira et al. (2015), descreveram que durante o exercício de alta
intensidade, as demandas por oxigênio e a produção de dióxido de carbono podem
se elevar em até 30 vezes, consequentemente o aumento da frequência respiratória
35

é uma resposta imediata, que tem por finalidade potencializar a velocidade das
trocas gasosas, e aumentar a dissipação de calor. Silva et. al. (2005), afirmaram que
a FR aumenta de acordo com a temperatura ambiente acentuando-se acima de
29°C à 30°C proporcionando o aumento de calor interno, para a diminuição da FR
há necessidade de perda de calor via sudorese. Neste presente trabalho a
temperatura ambiental no momento M2 (imediatamente após o esforço físico) é de
aproximadamente 29ºC à 38ºC, isto explica a elevação da FR frente ao exercício, e
as temperaturas ambientais elevadas diminuem a perda de calor através da
dissipação no animal.
A TR médias aos 120 minutos foi de 36,5°C, interessante observar que no
repouso os valores analisados foram maiores por motivo do estudo ter sido realizado
no período da manhã, a qual leva-se em consideração o clima antes de tomar
medidas de decisão, para não comprometer as informações da pesquisa. Nos
equinos a temperatura retal pode variar entre 37,2 e 38,2ºC (figura 4).

Figura 4: Temperatura retal

Temperatura retal
39,5
39,0 y = 39,2294 - 0,069x + 0,001x2 - 0,000004x3
Temperatura (°C)

38,5 R² = 0,99**

38,0
37,5
37,0
36,5
36,0
0 20 40 60 80 100 120
Tempo pós-prova (minutos)

Assim como na FC a TR aumenta após o esforço físico, estando de acordo


com as observações de Allen (1962) citado em Elias et. al. (2011), que observaram
maior produção de calor endógeno devido ao aumento da taxa metabólica muscular,
bem como um maior requerimento de oxigênio, manifestado pela elevação na
frequência cardíaca, principalmente em condições de alta temperatura e umidade
ambientais; que neste trabalho apresentou-se elevada no momento M2.
36

Apesar da variação que a temperatura ambiente apresentou no decorrer dos


dois dias, não ocorreu diferença estatística significativa entre as temperaturas retais
em repouso e após o exercício. Provavelmente, isso se deve ao fato de que os
animais já estão habituados aos treinos diariamente.
Observa-se que os valores da temperatura retal em repouso e ao término
das avaliações aos 120 minutos apresentam-se dentro da faixa de normalidade, ou
próximo a ela, sem sinais de hipertermia. De acordo com Hodgson & Rose (1994)
durante os primeiros minutos de atividade, a produção de calor excede a dissipação
e a temperatura corporal aumenta proporcionalmente à intensidade do exercício. As
alterações na temperatura retal e frequência cardíaca são entendidas como
tentativas orgânicas dos animais para saírem da condição de estresse térmico.
Na figura 5 foi avaliado a temperatura corpórea superficial como
demonstra abaixo:

Figura 5: Temperatura corpórea superficial

Temperatura corpórea superficial


38,0

37,5 y = 37,82 - 0,0912x + 0,0016x2 -0,000008x3


R² = 1**
Temperatura (°C)

37,0

36,5

36,0

35,5

35,0
0 20 40 60 80 100 120

Tempo pós-prova (minutos)

A temperatura normal de um cavalo adulto é de 38°C e de potros nos


primeiros dias de vida é de 37°C a 39°C. Com estas informações os cavalos foram
avaliados conforme uma variação de 34º C a 38º C.
Não houve diferença significativa estatística entre as temperaturas corporal
superficial, entre as médias aos 120 minutos e o estado de repouso dos equinos
avaliados; a TCS aos 120 min. foi de 35,2°C, parecidos com os resultados achados
por Etchichury, 2008, que apontam que aos 30 minutos após o exercício físico os
cavalos conseguem regular sua temperatura corpórea superficial. Vale ressaltar que
37

existem acessórios que podem contribuir de maneira significativa para o aumento da


temperatura corporal superficial como, por exemplo, manta e sela; que fazem com
que a temperatura superficial no momento da atividade dificulte sua dissipação.
Outra observação interessante é que nos primeiros 30 minutos há uma
queda significativa em todas as variáveis fisiológicas analisadas, conforme pode-se
observar nos gráficos. Os mesmos resultados foram encontrados por Paludo et. al.,
2002, onde a temperatura ambiental influencia diretamente nos parâmetros
fisiológicos mensurados.
Contudo, pode-se sugerir que os equinos de três tambores avaliados
apresentaram variações que podem estar associadas ao tipo de treinamento de
exercício físico e as condições ambientais do jóquei clube de Roraima. A variação
da frequência respiratória e temperatura retal apresentam o mesmo comportamento
e estão relacionadas às condições climáticas locais e termo regulação.
O esforço físico durante a prova de três tambores causou impactos para o
cavalo levando o aumento dos parâmetros fisiológicos nos animais atletas. Embora
as médias não tenham diferido estatisticamente, com exceção da FC, onde percebe-
se que a variação em comparação com as outras frequências elas aumentam
gradativamente proporcional.
38

6 CONCLUSÕES

De acordo com as condições experimentais, pode-se concluir que para os


parâmetros observados de FC, FR, TR e TCS não houve diferença quanto ao sexo
dos animais utilizados nas provas de três tambores, visto que em esporte com
equinos o sexo não interfere no desenvolvimento do animal.
Os animais condicionados e treinados para este tipo de exercício, logo após
o esforço, retornaram ao estado de repouso dentro de minutos.
O clima interferiu diretamente na mensuração de dados, pois quanto maior a
temperatura ambiente, maiores são os níveis de estresse em decorrência dos
parâmetros fisiológicos, uma vez que a dissipação de calor depende totalmente da
condição climática do local.
Entretanto pode-se determinar que os parâmetros climáticos fisiológicos
levam um impacto no dia a dia do cavalo atleta, pois o mesmo submete a influências
significativas do clima.
39

7 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

ABQM – Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha. 2014. Disponível em:


http://abqm.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=219&Itemid=3.
Acesso em: 10. Jan. 2018.

ABQM – Associação Brasileira do Cavalo Quarto de Milha. 2012. Disponível em:


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