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Capítulo 9

O Crédito e o Sistema Financeiro


Capítulo 9
Crédito e o Sistema Financeiro

1. O CRÉDITO E SUAS MODALIDADES

Crédito: é a troca de um bem, ou a concessão de uma quantia de


moeda, pela promessa de pagamento futuro.

Credor: é quem empresta a quantia em moeda, sob a promessa de


recebê-la no futuro.

Devedor: é quem deve pagar o empréstimo.

Financiamento: crédito no qual se empresta um objeto por uma


promessa de pagamento.

Empréstimo: troca de dinheiro sob a promessa de pagamento futuro.

Crédito de produção: é concedido às empresas para que possam arcar


com as despesas decorrentes da produção.
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Crédito de consumo: é concedido às pessoas para que possam adquirir


bens de consumo.

Crédito para o Estado: é aquele que o governo utiliza para despesas de


investimento ou consumo.

Crédito a curto prazo: é aquele cujo prazo para pagamento é igual ou


inferior a cinco meses.

Crédito a médio prazo: é o crédito cujo prazo para pagamento é


superior a cinco meses e inferior a cinco anos.

Crédito a longo prazo: é o crédito cujo prazo para pagamento é


superior a cinco anos.
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2. O SISTEMA FINANCEIRO

Intermediação financeira: é o processo de transferência de recursos


dos agentes superavitários para os deficitários, realizado pelo sistema
financeiro.

Sistema financeiro: é o conjunto de instituições privadas e públicas que


transferem recursos dos agentes superavitários para os deficitários.
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Qual o interesse dos agentes superavitários em transferir recursos


aos agentes deficitários?

O interesse está no fato de que o processo de intermediação financeira


tem um custo, que é a taxa de juros ou o preço da moeda.

Spread: é a diferença entre a taxa de juros cobrada pelo sistema


financeiro dos agentes deficitários e a taxa de juros paga aos agentes
superavitários. Constitui a remuneração do sistema financeiro.

3. ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

A Lei no 4.595, de 21 de dezembro de 1964 e, depois, a Lei no


4.728, de 14 de julho de 1965 organizam o sistema financeiro
brasileiro.
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Banco comercial: instituição financeira pública ou privada especializada


em operações de crédito de curto e médio prazos, com o objetivo de
proporcionar crédito.

Banco de investimento: instituição financeira privada especializada em


operações de crédito de médio e longo prazos, que atendem às empresas
que precisam de recursos para arcar com as despesas de investimento.

Sociedade financeira: são instituições financeiras privadas


especializadas em operações de crédito para financiar a compra de
bens e serviços do consumidor.

Bancos oficiais: são instituições financeiras cujo objetivo principal é o


repasse e a aplicação dos fundos oficiais.

Conselho Monetário Nacional: coordena o sistema financeiro brasileiro,


tanto as políticas monetárias, creditícia, fiscal e da dívida pública.
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Crédito e o Sistema Financeiro

Banco Central do Brasil: é a autoridade monetária que fiscaliza e


executa as normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional.

Ele foi criado em 31 de dezembro de 1964, por meio da transformação da


antiga SUMOC – Superintendência de Moeda e Crédito -. Algumas de
suas atribuições são:

• Emitir papel-moeda;
• Cuidar de tudo aquilo que diz respeito às instituições financeiras;
• Regular o serviço de compensação de cheques;
• Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais;
• Realizar operações de crédito à federação;
• efetuar o controle dos capitais estrangeiros;
• Cuidar do funcionamento regular do mercado cambial e do equilíbrio
do balanço de pagamentos;
• Comprar e vender títulos de sociedade de economia mista e de
empresas do Estado.
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Banco do Brasil: foi criado em 1808 e, atualmente, tem a função de


banco comercial e de agente financeiro do governo federal, influenciando
a economia do país. Algumas de suas atribuições são:

• Ser agente do governo federal;


• Adquirir e financiar estoques de produção exportável;
• Executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris;
• Ser agente pagador e recebedor fora do País;
• Executar o serviço de compensação de cheques e de outros papéis;
• Realizar operações de compra e venda de moeda estrangeira;
• Dar execução à política de comércio exterior;
• Financiar as atividades industriais e rurais e difundir e orientar o
crédito, inclusive as atividades comerciais, suplementando a ação da rede
bancária.
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Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE): foi criado


em 1952 para financiar a criação e expansão dos investimentos em
energia elétrica, portos, transportes, armazéns, frigoríficos e indústrias de
base. Atualmente, é chamado de Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).

Programa de Integração Social (PIS): é de onde vem parte dos


recursos do BNDE e é administrado pela Caixa Econômica Federal.

Patrimônio do Servidor Público (Pasep): também fornece recursos


para o BNDE e é administrado pelo Banco do Brasil.

Financiamento de Investimento Social (Finsocial): contribuição feita


pelos empresários de produtores de mercadorias, equivalente a 0,5% do
faturamento bruto de suas empresas.
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Banco Nacional da Habitação (BNH): criado em 1964, compunha o


Sistema Financeiro de Habitação junto com as sociedades de crédito
imobiliário. O Sistema foi criado para executar a política habitacional do
governo federal.

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS): criado em 1966,


com ele, o BNH passou a ter recursos para aplicar na construção de
moradias.

Extinção do BNH: ocorreu em 21 de novembro de 1986 e suas atribuições


foram absorvidas pela Caixa Econômica Federal.

Banco Nacional de Crédito Cooperativo (BNCC): era originalmente


vinculado ao Ministério da Agricultura e foi o principal instrumento de
execução da política cooperativista do país. Ele foi extinto em 1990 e o
Banco do Brasil assumiu suas atividades.

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