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Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:

Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.


Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori
INTRODUÇÃO:

Forma Geral dos Relatórios


Referências:

É muito desejável que seja um caderno 1. G.L. Squires, "Practical Physics"


grande (formato A4) pautada com folhas (Cambridge University Press, 1991), capítulo
enumeradas ou com folhas enumeradas e 10, pp. 139-146; e D.W. Preston, "Experiments
quadriculadas, do tipo contabilidade, de in Physics" (John Wiley & Sons, 1985), pp.
capa dura preta, brochura. 2-3.
Chamaremos de Caderno de 2. C. H. de Brito Cruz, H. L. Fragnito, Guia 1
Laboratório, individual. para Física Experimental Caderno de
No verso deste caderno você pode Laboratório, Gráficos e Erros, Instituto de
fazer o rascunho a lápis. Na parte Física, Unicamp, IFGW1997.
enumerada fará o relatório com a seguinte 3. D.W. Preston, "Experiments in
estruturação: Physics" (John Wiley & Sons, 1985), pp. 21-
32; G.L.
No mínimo, para cada experimento o 4. C.E. Hennies, W.O.N. Guimarães
Caderno de Laboratório deve sempre conter: e J.A. Roversi, "Problemas Experimentais
em Física" 3ª edição, (Editora da Unicamp,
1. Título do experimento data de 1989), capítulo V, pp.168-187.
realização e colaboradores. Nome do autor.

2. Objetivos do experimento;

3. Roteiro dos procedimentos


experimentais;

4. Esquema do aparato utilizado;

5. Descrição dos principais


instrumentos;

6. Dados medidos;

7. Cálculos;

8. Gráficos;

9. Resultados e conclusões.

O formato de apresentação destes 9 itens


não é rígido. O mais indicado é usar um
formato seqüencial, anotando-se à medida que
o experimento evolui.
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Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
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 Teoria
Sistemas de unidades. Velocidade Pressão Energia
Erros sistemáticos e aleatórios. 1m/s=3,27ft/ 1Pa= 1N/m2 1J=107erg=0,239cal=
Propagação de erros nas medidas. s=2.24mi/h 0.738ft-lb
1km/h=0.27 1Pa=1dyne/cm2 1kWh=3,6.106J
 Descrição: 8m/s
 Paquímetro. 1km/h=0.62 1Pa=1,45.10-4lb/in2 1cal=4,19J
 Micrômetro. 1mi/h
o (Vide notas de aula e manuais). Força 1atm=1,01.105Pa 1eV=1,60.10-19J
1N=105dyne 1atm=14,7lb/pol2 Potência
1lb=4,45N 1atm=76cm- 1
Sistema de unidades: Hg=760mm-Hg horsepower=746W=5
50 ft.lb/s
SISTEMA INTERNACIONAL DE Observações: inch: polegada; feet: pé
UNIDADES DE MEDIDA (SI);
a light-year: ano-luz, distância que a luz percorre em
1971 – 14 conferência geral de pesos e medidas –
um ano;horsepower: cavalovapor 2
Sistema Internacional de unidades (SI).
 Notação Científica:
Quantidade Nome da Símbolo
Resultados obtidos em calculadoras ou
Fundamentais unidade
computadores , possuem formatos do tipo dos
Comprimento metro m
exemplos abaixo:
Massa kilograma kg Exemplo 1-
Tempo segundo s Visor:
 Prefixos para o sistema SI: 126,096E+06=126,096.106
Escrito em notação científica:
Fator Prefix Símbolo Fator Prefix Símbolo 1,26096.108
1024 yotta Y 10-24 yocto y Exemplo 2-
1021 zetta Z 10-21 zepto z Visor:
1018 exa  10-18 Atto a 0,0108E-08=0,0108.10-8
1015 peta P 10-15 femto f Escrito em notação científica:
1012 tera T 10-12 Pico p 1,08.10-10
109 giga G 10-9 Nano n O SI também é conhecido como sistema métrico.
106 mega M 10-6 micro  As grandezas derivadas do SI são dadas em
103 kilo k 10-3 Milli m termos das fundamentais.
102 hecto h 10-2 centi c As grandezas fundamentais são:
101 deka da 10-1 Deci d
 Metro: (m)
O metro foi definido, em 1792 na França,
 Prefixos mais usados:
como 1 décimo de milionésimo da distância do pólo
Fator Prefix Símbolo norte para o equador. Atualmente é definido como a
106 mega M distância entre duas linhas finas gravadas em uma
103 kilo k barra de platina-irídio, mantida no International
10-2 centi c Bureau of Weights and Measures próximo à Paris.
10-3 Milli m Em 1960 foi adotado um novo padrão para o
10-6 micro  metro, baseado no comprimento de onda da luz.
10-9 Nano n Especificamente, o metro foi redefinido como
Alguns fatores de conversão: 1650763,73 comprimentos de onda de uma particular
Massa Comprimento Volume luz vermelho-alaranjada emitida por átomos de
1kg=1000g=6.02.1023 1m=100cm=39.4in 1m3=1000l=35,3 Kriptônio-86.
u =3.28ft ft3=264gal
1slug=14,6kg 1mi=1.61km=5280 Tempo
ft
1u=1,66.10-27kg 1 in=2.54cm 1d=86400s COMPRIMENTOS TÍPICOS m
Densidade 0 1 Distância ao mais afastado quasar (1990) 2.1026
1year= 365 4 d
1nm=10-9m=10 A Distância à galáxia de Andrômeda 2.1022
=3,16.107s Distância à mais próxima estrela (Próxima 4.1016
3 -3 3
1kg/m =10 g/cm 1 light- Medida Angular Centauri)
year=9,46.1015m Distância ao mais afastado planeta (Plutão) 6.1012
1rad=57,30=0,15 Raio da Terra 6.106
9rev Altura do monte Everest 9.102
rad=1800=1/2 Espessura dessa página 1.10-4
rev Comprimento de onda da luz 5.10-7
Comprimento de um vírus típico 1.10-8
Raio do átomo de hidrogênio 5.10-11
Raio de um próton 10-15
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 Tempo: (s)  Análise de Equações e variáveis em Física.


Para medir tempo-padrão, os relógios  (Análise dimensional):
atômicos foram desenvolvidos em diversos países. Muitas vezes em problemas e medidas é de
A 13a conferência geral de pesos e medidas extrema utilidade analisar a dimensão da grandeza a
adotou o segundo padrão baseado no relógio ser medida ou da variável em questão. Para isso
atômico de césio. (NIST- Colorado USA) representamos as grandezas fundamentais como:
Em princípio, dois relógios de Césio Medida Nome da Símbolo Dimensão
funcionando por 6000 anos não atrasariam 1s em unidade
relação ao outro. Comprimento metro m [L]
Intervalo de Tempo (s) Massa kilograma kg [M]
Tempo de vida de um próton 1039
Tempo segundo s [T]
Idade do universo 5.1017
Idade da pirâmide de Quéops 1.1011 Exemplo 3 – Analisar a dimensão da
Expectativa de vida humana (EUA) 2.109 grandeza pressão: 3
Duração de um dia 9.104 P=F/A ; F=ma
Tempo entre duas batidas do coração 8.10-1 Grandeza (unidade SI) Dimensão
humano Aceleração a (m/s2) [L][T]-2
-6
Tempo de vida de um múon 2.10 Massa (kg) [M]
Menor pulso luminoso no laboratório (1989) 6.10-15 Força (1N=kgm/s2) [M][L][T]-2
Tempo de vida da mais instável partícula 10-23 Pressão (N/m2) [M][L][T]-2/[L]2=[M][L]-1[T]-
Constante de tempo de Planck 10-43 2

Assim, a análise dimensional para a Pressão


nos dá: =[M][L]-1[T]-2
Definições do sistema de unidades básicas do SI:

Unidade de metro É o comprimentoatravessado


comprimento pela luz no vácuo num intervalo
de 1/299 792 458 de um
segundo.

Relógio de Césio padrão, - NIST, Boulder-


Colorado-USA. Unidade de kilograma Massa de um protótipo padrão
massa internacional.

 Massa: (kg)
A unidade padrão para a massa é um Unidade de segundo O Segundo é a duração de 9 192
tempo 631 770 períodos da radiação
cilindro de platina-irídio guardada no International correspondente para a transição
Bureau of Weights and Measures , próximo à Paris, de dois níveis hiperfinos do
França, como mostramos na figura estado fundamental do átomo de
abaixo:corresponde a uma massa de 1kg, de acordo Césio 133.
internacional.
Unidade de ampere O ampére é uma corrente a
corrente qual, mantidos dois fios
elétrica condutores de comprimentos
infinitos e paralelos e de
negligenciável área de seção reta
circular, s separados por 1 metro
no vácuo, produzir-se-á entre
esses condutores uma força de 2
Algumas massas típicas: x 10-7 newton por metro de
Massa kg comprimento.
Universo conhecido 1053
Nossa galáxia 2.1041 Unidade de kelvin O kelvin, unidade de
Sol 2.1030 temperatura temperatura termodinâmica, é a
termodinâmica fração de 1/273.16 da
Lua 7.1022 temperatura do ponto triplo da
Asteróide Eros 5.1015 água.
Pequena Montanha 1.1012
Periferia do Oceano 7.107 Unidade da mole 1. O mole é a quantidade de uma
Elefante 5.103 quantidade de substância de um sistema o qual
uma substância contém quantidades elementares
Grampo 3.10-3 existentes em 0,0012 kg de
Grão de Areia 7.10-10 carbono 12, simbolizando o
Molécula de Penicilina 5.10-17 "mol."
2. Quando n mole é usado, as
Próton 2.10-27 entidades elementares devem ser
Elétron 9.10-31 especificadas, podendo ser
átomos ou moléculas, íons,
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elétrons ou outras partículas. Note que o efeito desta definição é fixar a
velocidade de luz no vácuo a exatamente 299 792
Unidade de candela A candela é a intensidade 458 m·s-1. O protótipo internacional original do
quantidade luminosa, em uma dada direção, metro que foi sancionado pelo 1º CGPM em 1889
luminosa de uma fonte que emite radiação ainda é persistido no BIPM debaixo das condições
monocromática de frequência
540 x 1012 hertz e que tem uma especificadas em 1889.
intensidade de radiação na Unidade de massa Acrônimos: CGPM,
direção of 1/683 watt por (kilograma) CIPM, BIPM
estereoradiano. Ao término do 18º século, um quilograma era a
massa de um decímetro cúbico de água. Em 1889, o
Unidade de comprimento Acrônimos: CGPM, CIPM, 1º CGPM sancionou o protótipo internacional do
(metro) BIPM quilograma, feito de platina-irídio, e declarou: Será
As origens do metro voltam para o 18º século. considerado daqui em diante que este protótipo é a
Naquele momento, havia duas aproximações unidade de massa. A figura anterior mostra o bloco 4
competindo à definição de uma unidade standard de platina-irídio, um protótipo internacional, como
(padrão) de duração. O astrônomo Christian está na Agência Internacional de Pesos e Medidas
Huygens sugestionou definindo o metro como a debaixo de condições especificadas pelo 1º CGPM
duração de um pêndulo que tem um período de um em 1889.
segundo; outros sugestionaram definindo o metro O 3d CGPM (1901), em uma declaração
como um décimo de milionésimo da duração do pretenderam terminar a ambigüidade em uso popular
meridiano da terra ao longo de um quadrante (um relativo ao palavra " peso, " confirmou isso:
quarto a circunferência da terra). Em 1791, em O quilograma é a unidade de massa; é
seguida a Revolução francesa, a Academia francesa igual à massa do protótipo internacional do
de Ciências escolheu a definição meridiana em cima quilograma.
da definição de pêndulo porque a força de gravidade Unidade de tempo Acrônimos: CGPM,
varia ligeiramente em cima da superfície da terra e (segundo) CIPM, BIPM
afeta o período do pêndulo. A unidade de tempo, o segundo, foi definida
Assim, era pretendido que o metro igualava 10- originalmente como a fração 1/86 400 do dia solar
7 ou um décimo de milionésimo da duração do médio. A definição exata de "dia " solar médio
meridiano por Paris para o equador. Porém, o permaneceu sob as teorias astronômicas. Porém, a
primeiro protótipo era pequeno através de 0.2 medida mostrou que não pudessem ser levadas em
milímetros porque os investigadores calcularam mal conta irregularidades na rotação da Terra pela teoria e
o aplainando da terra devido a sua rotação. Ainda tem o efeito que esta definição não permite alcançar a
esta duração se tornou o padrão. ( gravura à certos precisão exigida. Para definir a unidade de tempo
espetáculos de arremesso da liga de platina-irídio mais justamente, o 11º CGPM (1960) adotou uma
chamado a " 1874 Liga ".) Em 1889, um protótipo definição dada pela União Astronômica Internacional
internacional novo foi feito de uma liga de platina que estava baseado no ano tropical. Porém, um
com 10 % de irídio, para dentro de 0.0001, isso seria trabalho experimental já tinha mostrado que um
medido ao ponto de derretimento do gelo. Em 1927, padrão atômico de intervalo de tempo, baseado numa
o metro foi definido mais justamente como a transição entre dois níveis de energia de um átomo ou
distância, a 0°, entre os machados das duas linhas uma molécula, poderia ser reproduzida muito mais
centrais marcados na barra de platina-irídio justamente. Considerando que uma definição muito
persistida no BIPM, e declarou Protótipo do metro precisa da unidade de tempo é indispensável para o
pelo 1º CGPM, esta barra que está sujeito a pressão Sistema Internacional, o 13º CGPM (1967) decidiu
atmosférica standard e apoiada em dois cilindros de substituir a definição do segundo pelo seguinte
pelo menos um diâmetro de centímetro, (afirmou pelo CIPM em 1997 que esta definição se
simetricamente colocadas no mesmo plano refere a um átomo de césio em seu estado
horizontal a uma distância de 571 mm de um ao fundamental à uma temperatura de 0 K):
outro. A definição de 1889 do metro, O segundo é a duração de 9 192 631 770
fundamentada no protótipo internacional de platina- períodos da radiação que corresponde à transição
irídio, foi substituída pelo CGPM em 1960 usando entre o dois níveis hiperfinos do estado fundamental
uma definição fundada em um comprimento de onda do átomo de césio 133.
de radiação kryptônio-86. Esta definição foi adotada
para reduzir a incerteza com que o metro pode ser Unidade de corrente Acrônimos: CGPM,
percebido. Em 1983 o CGPM substituiu esta elétrica (ampere) CIPM, BIPM
definição posterior pela seguinte definição: Unidades de corrente elétrica, chamada "
O metro é a duração do caminho internacional, " para corrente e resistência foi
percorrido pela luz no vácuo durante um intervalo introduzida pelo Congresso Elétrico Internacional em
de tempo de 1/299 792 458 de um segundo. Chicago em 1893, e as definições do " ampère
internacional " e o " ohm internacional " eram
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confirmadas pela Conferência Internacional de substância (mole) CIPM, BIPM
Londres em 1908. Seguindo a descoberta das leis fundamentais de
Embora já era óbvio na ocasião do 8º CGPM química, as unidades foram chamadas, por exemplo,
(1933) que havia um desejo unânime para substituir “átomo-grama" e "molécula-grama”, foram usadas
essas " unidades internacionais " através de unidades para especificar quantias de elementos químicos ou
absolutas " denominadas ", a decisão oficial para combinações. Estas unidades tiveram uma conexão
aboli-los só foi levada pelo 9º CGPM (1948) que direta com "pesos" atômicos e "pesos moleculares"
adotou o ampère para a unidade de corrente elétrica que eram de fato massas relativas. Referiram “pesos"
e segue a definição proposta pelo CIPM em 1946: atômicos originalmente ao peso atômico de oxigênio,
O ampère é aquela corrente de constante por acordo geral levado como 16. Mas considerando
que, se manter diretamente em dois condutores os isótopos físicos separados no espectrógrafo de
paralelos e infinitos, de seção circular transversal massa, atribuiu o valor 16 a um dos isótopos de
desprezível, colocados paralelamente a 1 metro no oxigênio; os químicos atribuíram aquele mesmo valor
vácuo, produziria entre estes condutores uma força para o (ligeiramente variável) mistura de isótopos 16, 5
igual para 2 x 10-7 newton por metro de 17, e 18 que eram para eles o oxigênio de elemento
comprimento. naturalmente acontecendo. Finalmente, um acordo
A expressão " unidade de MKS de força " que entre a União Internacional de Puras e Aplicadas
acontece no texto original foi substituída aqui Físicas (IUPAP) e a União Internacional de Pura e
através de " newton, " o nome adotou para esta Aplicada Química (IUPAC) trouxe esta dualidade
unidade pelo 9º CGPM (1948). Note que o efeito para um fim em 1959/60. Os Físicos e Químicos
desta definição é fixar a constante magnética concordaram nomear o valor 12, exatamente, desde
(permeabilidade do vácuo) a exatamente 4 x 10-7 H · então para o "peso atômico" corretamente a massa
m-1 . atômica relativa, do isótopo de carbono com massa
número 12 (carbono 12, 12C). A balança unificada
Unidade de temperatura Acronimos: CGPM, assim obtida dá valores de massa atômica relativa.
termodinâmica (kelvin) CIPM, BIPM Permaneceu definir a unidade de quantidade de
A definição da unidade de temperatura substância fixando a massa correspondente de
termodinâmica era determinada em substância pelo carbono 12; por acordo internacional, esta massa
10º CGPM (1954) que selecionou o ponto triplo de esteve fixa em 0.012 kg, e a unidade da quantidade
água como o ponto fixo fundamental e nomeou a de “substância" era determinada de nome mole
isto a temperatura 273.16 K, definindo a unidade (mol de símbolo).
assim. O 13º CGPM (1967) adotou o kelvin de As Propostas seguintes da IUPAP, IUPAC, e a
nome (símbolo K) em vez de " grau Kelvin " Organização Internacional para Padronização (ISO),
(símbolo °K) e definiu a unidade de temperatura o CIPM cedeu 1967, e confirmou em 1969, a
termodinâmica como segue: definição de mole, eventualmente adotados pelo 14º
O kelvin, unidade de temperatura CGPM (1971):
termodinâmica, é a fração 1/273.16 da temperatura 1. mole é a quantia de substância de um
termodinâmica do ponto triplo da água. sistema que contém tantas entidades elementares
Por causa das escalas termométricas de quanto há átomos em 0.012 quilograma de carbono
temperatura, permanece prática comum para 12; seu símbolo é " mol ".
expressar temperatura termodinâmica, símbolo T, 2. quando o mole é usado, as entidades
em termos de sua diferença da referência elementares devem ser especificadas e podem ser
temperatura T0 = 273.15 K, o ponto de gelo. Esta átomos, moléculas, íons, elétrons, outras partículas,
diferença de temperatura é chamada uma ou especificados grupos de tais partículas.
temperatura Celcius (em graus Centígrados, A sua 1980 reunião, o CIPM aprovou a proposta de
símbolo t, e é definido pela equação de quantidade 1980 pelo Comitê de Consultas em Unidades do
t = T – T0 . CIPM que especifica isso nesta definição, é
A unidade de temperatura Celcius é o grau compreendido que átomos não ligados de carbono 12,
Centígrado, símbolo °C que é por definição igual em em repouso e no estado de solo deles/delas, se refere.
magnitude para o kelvin. Uma diferença ou intervalo Unidade de intensidade Acrônimos: CGPM,
de temperatura podem ser expressados em kelvins luminosa (candela) CIPM, BIPM
ou em graus Centígrado (13º CGPM, 1967). O valor Originalmente, cada país teve seu próprio, e
numérico de uma temperatura t graus Celcius é bastante mal reprodutível, unidade de intensidade
determinada por luminosa; era necessário esperar até as 1909 para ver
t/°C = T/K - 273.15. um começo de unificação no nível internacional,
O kelvin e o grau Centígrado também são quando os laboratórios nacionais dos Estados Unidos
também unidades de Temperatura Internacional. A da América, França, e Grã Bretanha decidiram adotar
Escala de 1990 (ITS-90) adotou pelo CIPM em a vela internacional representada por luminárias de
1989. filamento de carbono. Ao mesmo tempo, a Alemanha
Unidade de quantidade de Acrônimos: CGPM, ficou com a vela de Hefner, definida por um padrão
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de chama, e igual para aproximadamente nove
décimos de uma vela internacional. Mas um padrão Teoria dos erros:
baseado em luminárias incandescentes, e
conseqüentemente dependente na sua estabilidade,  Erros aleatórios e Sistemáticos
nunca teria sido completamente satisfatório e Na medição de grandezas físicas, como
poderia ser então só provisional; por outro lado, as comprimentos, intervalos de tempo, voltagem entre
propriedades de um corpo negro proveram uma dois pontos, carga elétrica, etc, há fontes de erros que
solução teoricamente perfeita e, já em 1933, foi a afetam. As medidas são afetadas por erros
adotado o princípio que unidades de fotometria experimentais classificados em dois grandes grupos:
novas estariam baseado na emissão luminosa de um  Erros sistemáticos
corpo negro na temperatura de fusão da platina  Erros aleatórios
(2045 K). Os erros sistemáticos são causados por
As unidades de intensidade luminosa eram fontes identificáveis, podendo ser eliminados ou
baseadas em chama ou padrões de filamento compensados. Prejudicam a exatidão (“accuracy”) da 6
incandescentes e foram substituídas em uso em medida.
vários países antes de 1948 inicialmente pela "vela" Causas dos erros sistemáticos:
baseado no luminance da radiação de corpo negro  Instrumento que foi utilizado.
(Teoria feita por Planck) à temperatura de platina  Método de observação utilizado.
citada acima. Esta modificação tinha sido preparada  Efeitos ambientais.
pela Comissão Internacional em Iluminação (CIE) e  Simplificação do modelo teórico utilizado.
pelo CIPM antes das 1937, e foi promulgado pelo Ao realizar as medidas, deve-se identificar e
CIPM em 1946. Foi ratificado então em 1948 pelo eliminar o maior número possível de fontes de erros
9º CGPM que adotaram um nome internacional sistemáticos.
novo para esta unidade, candela (cd de símbolo); em Os erros aleatórios são flutuações para cima
1967 o 13º CGPM deu uma versão emendada da ou para baixo, que fazem com que aproximadamente
definição de1946. a metade das medidas realizadas de uma mesma
Em 1979, por causa das dificuldades grandeza numa mesma situação experimental esteja
experimentais que ocorriam na radiação de corpo desviada para mais e a outra metade esteja desviada
negro (Teoria de Planck) a temperaturas altas e as para menos, afetando portanto a precisão.
possibilidades novas ofereceu através da Algumas fontes de erro típicas:
radiometria, i.e., a medida de poder de radiação  Métodos de observação.
óptico, o 16º CGPM (1979) adotou uma definição  Flutuações ambientais.
nova para o candela:
O candela é a intensidade luminosa, em Os erros aleatórios podem ser tratados
uma determinada direção, de uma fonte que emite quantitativamente através de métodos estatísticos, de
radiação monocromática de freqüência 540 x 1012 maneira que seus efeitos na grandeza física medida
hertz e tem uma intensidade radiante naquela podem ser em geral, eliminados.
direção de 1/683 watt por stereoradianos.

Bibliografia

D. Halliday, R. Resnick, J. Walker,


Fundamentals of Physics, John Wiley & Sons Inc.
http://www.ifi.unicamp.br/~brito/apost.html
http://www.sim-
metrologia.org.br/index2.htm
http://www.nist.gov/

 O Tratamento Estatístico

 A distribuição Normal ou de Gauss:

Foi Gauss (&&) quem deduziu a expressão


para a chamada distribuição Gaussiana ou Normal:
 x   2

Y 1
2 
e 2 2
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(&&)
Carl Friedrich Gauss (1777-1855), Brunswick, Nx Ny
Germany
Podemos trabalhar com a variável
x i y i

denominada de variável reduzida z:


x i
y i

Nx Ny
x
z

N

 x  x
Nesse caso, a distribuição Normal ou 2
Gaussiana fica: i
2
z
 i 1

Y 1
e 2 N 1
2
Esta é uma expressão mais simplificada, O erro x associado à média será:
cujo gráfico está dado a seguir:
 N 1  N 1 y 7
x  x
; y 
N N
0,4

0,3
Assim o resultado a apresentar será dado
por:
68,7% Se   p
Y

0,2

0,1
s x  p x  x  x ; s y  p y  y  y
95,45%
0,0
-4 -2 0 2 4
Se  < p
Z
x p
Veja que há uma área sob a curva de 1. sx  px  x  px ; s y  p y  y  p y
Quando o x se encontra no intervalo de:
( - , + ), a área sob a curva é de 68,7%; Tais erros em operações matemáticas se
já quando x se encontra no intervalo: propagam: Assim, suponha que faz-se medidas
( - 2, + 2) a área já é de 95% ou 0.95. diretas das variáveis x e y com médias x; y , desvios
Distribuição Normal ou Gaussiana
x e y e erros dados por x e y. Teremos que fazer
Média  o que se chama de propagação de erros nas
Variância 2
 operações matemáticas:
Desvio Padrão  1) Soma S = x + y e diferença D = x - y:
Coeficiente de simetria 0
Observe que a curva Gaussiana ou Normal Nesse caso o erro na soma ou na diferença é
é uma curva simétrica em relação ao eixo Oy, tendo dado por:
50% de área à esquerda e a direita do eixo Oy.
Veja como se aproxima da distribuição
Normal um resultado para N=8 para um exemplo de S  D  x2  y 2
lançamento de moeda ) p = 0.5 = q. 2) Produto P = x.y

 Erros na Fase de Modelagem: 2


 x   y 
2

Necessita-se de várias simplificações do mundo P  x y     


físico, em geral, para se tentar representar um  x   y 
fenômeno natural por um modelo matemático. Esses
erros levam em consideração a precisão dos 3) Quociente Q = x/y
instrumentos de medidas.
Em geral se um instrumento possui precisão p, 2
x  x   y 
2
definida em geral pela metade da menor divisão; Q     
faz-se um conjunto de N medidas. Ao apresentar o y  x   y 
resultado final teremos que calcular a média x do
conjunto de xi medidas e o desvio padrão : 4) Potenciação: F = xnym
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Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori
F  xn  ym e encontrou-se a seguinte tabela: (medido com
2
paquímetro p=0.025mm)
 x   y 
2

F  x y  n    m 
n m

 x   y  Raio (mm)
3,22
Tais regras são conhecidas como regras de 3,27
propagação de erro. 3,35
3,12
 Como apresentar os resultados? 3,21
3,24
O resultado deve ser apresentados em 3,55
termos dos algarismos significativos (todos os 3,22
corretos da medida mais o primeiro duvidoso, ou
seja matematicamente, todos da esquerda para a Escreva o resultado com: 8
direita) . Por exemplo: (a) 2 algarismos significativos para o erro.
(b) 1 algarismo significativo para o erro.
12,345 - 5 Algarismos significativo
(digito 5:duvidoso) R  3.2725mm    0.120805
0,00012 – 2 AS
p
-1,234.10-5 – 4 AS
0.120805
x    0.042711
Exemplo 1 – mediu-se a espessura de uma N 8
(a) R  R  3.273  0.043 mm
lâmina e encontrou-se a seguinte tabela: (medido
com paquímetro p=0.025mm)
(b) R  R  3.27  0.04  mm
Espessura (mm)
2,23 Propagação de desvios
2,25
2,31 Uma grandeza y que dependa de uma outra x
2,18 medida segundo uma expressão y = f (x) usa-se a
expressão:
2,21
2,23 df
y  y  y  y ( x )  y  x
dx x
Escreva o resultado com:
Caso a função dependa de uma ou mais
(a) 2 algarismos significativos para o erro.
variáveis medidas e independentes, como:
(b) 1 algarismo significativo para o erro.
z  z( x, y)  z  z( x , y )
d  2.235mm    0.039895 Então:
p
2
 f   f 
2

z     x 2     y 2
0.039895  0.025  x   y 
x  x  x Como regra prática:
 0.039895
x    0.01629 Funçã Média Erro Padrão
N 6 o
f=f(x) f  f (x )
(a) e  e  2.235  0.016  mm
df
f  x
dx x
Se a precisão p = 0.025 fosse maior que o f=f(x,y) f  f ( x, y)  f   f 
2 2

f    x 2    y 2
desvio padrão, aí escreveríamos como:  x   y 
e  p  2.24  0.03 f  f ( x, y, z)
f  f (x, y, z )  f 
2
 f 
2
 f 
2

f    x 2    y 2    z 2
 x   y   z 

(b) e  e  2.24  0.02  mm


 Observação: Exemplo 2 – Mede-se o tempo de queda
Mean: média livre de uma partícula e o espaço percorrido em sua
Standard desviation: desvio padrão. 2h
Population: queda. Encontrar, sabendo que g e os valores
t2
medidos são:
Exemplo 2 – mediu-se o diâmetro de uma esfera
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t  1,20  0,05s  h  6,98  0,05m o


valor de g :
x
3. Função Quociente: f ( x, y ) 
y
 g   g 
2 2

g    h 2    t 2
 h   t   f 
2
 f 
2
1 x
2

f    x 2    y 2  x 2   2  y 2
g 2 g 2  x   y  y2 y 
 2   2
h t h t , h  t
2
g g  x 2 y 2  x  x   y 
2
4h 4h x2
 3   3 f   2      
t t t t , h  t y2  x y  y  x   y 
2
 4h 
2
 2 9
g   2  h 2    3  t 2  x   y 
2 2

t   t  f  f      ;
2 2
 x   y 
 2h   4h t 
 g   2    3  f ( x, y ) 
x
 t   t  y
Como:
4. Função Potência: f ( x, y)  x n  y m
t  1,20s; t  0,05s  h  6,98m; h  0,05m
2
 x   y 
2

f  f  n    m  ;
 x   y 
2 2 f ( x, y)  x n  y m
 2  0,05   4  6,98  0,05 
 g   2 
   
 1,2   1,2 3 
g  0,8 Exemplo 3 – Mediram-se a base x e a altura y de
uma chapa retangular. Os valores medidos estão
2h 2  6,98 indicadas na tabela abaixo:
g   9,7
t2 1,20 2
x (cm) y (cm)
2,85 5,21
 Casos Particulares:
2,80 5,20
2,70 5,19
1. Função Soma ou Subtração:
2,88 5,12
f ( x, y)  x  y 2,81 5,13
2,82 5,15
2
 f   f 
2
2,83 5,18
f    x 2    y 2  12 x 2   12 y 2 3,22 5,13

 x  y 

f  x 2  y 2 ; f ( x, y)  x  y y
x
2. Função Produto: f ( x, y)  x. y
Encontre:
(a) O erro na área A .
2
 f   f 
2

f    x 2    y 2   y 2 x 2  x 2 y 2 (b) Apresente o resultado para a área com 2



 x  y 
algarismos significativos para o erro associado a A.
2
 x 2 y 2  x  y 
2

  x  y  2    
(a) Erro na área:
f  x 2 y 2  2  N
 x y  x   y 
x i
 x  2,86375
2
 x   y 
2
x i 1
f  f     ; N
 x   y 
f ( x, y)  x  y
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N

y i t (s) d (m)
y i 1
 y  5,16375 3,50 150
N 3,60 160
N 3,55 155
 x  x 
2
i
3,83 165
x  i 1
  x  0,14326 3,84 170
Nx 3,80 170
3,81 175
N

 y  y 
2 3,90 180
i 3,60 190
y  i 1
  y  0, 03314 3,75 200
Ny
Encontre para a velocidade v  d t 10
x (a) O erro na velocidade v .
x 
Nx (b) Apresente o resultado para a velocidade
com 2 algarismos significativos para o erro associado
0, 02817
x    x  0, 0506 a v.
8
y
y  Solução:
Ny  Médias
N

y 
0, 03314
  y  0, 01171 t i
8 t  i 1
 t  3,718
2
N
 x   y 
2
N
A  A     
 x   y  d i
d i 1
 d  171,5
A  0.2634 N
A  14.78729 
N

 t t 
2

A  A  14.79  0.26  cm2  i


(b) t  i 1
  t  0,13429
Nt
Exemplo 4 – Mediram-se a base b e a altura
d d 
N 2
h de uma chapa triangular. Os valores medidos estão
indicadas na tabela abaixo: i
d  i 1
  d  14,6714
b (cm) h (cm) Nd
12,30 4,21 t
12,12 4,22 t 
12,45 4,22
Nt
12,60 4,21 0,1
t   t  0, 042469
10
d
d 
h Nd
14, 6714
d    d  4, 6395
10
b
(a) O erro na área A .  t   d 
2 2

(b) Apresente o resultado para a área com 2 v  v     


algarismos significativos para o erro associado a A.  t   d 
v  1, 4 ms
Exemplo 5 – Mediram-se o tempo t e a
d
distância s de um carro de fórmula 1. Os valores v  46,1269 ms
medidos estão indicadas na tabela abaixo: t
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v  v  46,1  1, 4  m s  Chamando de a 

,
Exemplo 6 – Considere um paralelepípedo 6
de lados A,B e C com furo esférico de diâmetro D.
teremos: V2    a    3 D 
2 2
Determine o desvio e o intervalo de dúvida:
V2  a   D 
Assumindo a = 0, teremos:

2
V2  0,8 
 3   0,047619
V2  50,4 
 
DADOS: V2  D 3  50,4 3  67033,24315
6 6 11
V2  V2  0,047619
A   A  (68,32  0,07)cm
B   B  (46,3  0,2)cm V2  67033, 24315  0,047619
C   C  (80,4  0,8)cm V2  3192,059198
D   D  (50,4  0,8)cm V2  V2  (67  3) 10 3 cm 3
Como o volume da peça será:

V  ABC  D 3  V1  V2
Solução: 6
 V  254322,5664  67033, 24315
Volume da peça:
 V  187289,32325 cm3
 Fazendo a propagação do erro na diferença,
V  ABC  D3 teremos:
6
V   V1    V2 
2 2

V1  ABC
V  2771,0267182  3192,0591982
     
2
V1
2 2

  A   B   C  V  7678589,07187  10189241,92354
V1  A   B   C 
V  17867830,99541  4227,035 cm 3
V1  254322,5664cm3
V1  2771, 026718 cm3
V  V  (187  4) 10 3 cm 3
Exemplo 7 – Considere um paralelepípedo
de lados A,B e C com furo cilíndrico de diâmetro D,
2 2 2
 0,07   0,2   0,8  que vara a peça. Determine o desvio e o intervalo de
V1  254322,5664      
 68,32   46,3   80,4  dúvida com 2 algarismos significativos para o erro:

1,049785.106  1,86594.105 C
V1  254322,5664 5
9,900645.10
V1  254322,5664.10,8956.103 A B
DADOS:
 V1  2771,026718cm3 A   A  (68,32  0,07)cm
B   B  (46,3  0,2)cm
V1  V1  (254  3)  103 cm 3
C   C  (80,4  0,8)cm

V2  D 3 D   D  (50,4  0,8)cm
6
Solução:

Volume da peça:
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 B  d  d
2
V  ABC  D2 B
4  2   B  2 B
B  d  d

V  ABC  D2 B
4
C  A 2  B 2
 V   V   V   V
2 2 2 2

V   A    B    C    D 
V  C   h 
2 2
 A   B   C   D      
V  C   h 
V
 B C
A O volume do material dado vale:
V 12
 AC

B V  
 D2  d 2 h
V 4
 A B Chamaremos:
C
A  D2  B  d 2  C  A  B
V 
 DB Logo:
D 2 
V C h
V  161952 4

V  3945 V  1517,2416  67  79839,7298
4
V  V  (162  4) 103 cm3 Assim:
Exemplo 8 – Cálculo do volume de uma A  D 2  2813,2416 ;
bucha:
B  d 2  1296  C  1517,2416

V  1517,2416  67  79839,7298 mm 3
4
A  D  D
2

 2   A  2 A
A  D  D
DADAS: 0,03
 A  2  2813,2416  A  3,1824
D  (53,04  0,03)mm (Diâmetro 53,04
externo) d  (36,0  0,1)mm
B  d  d
2
h  (67,0  0,2)mm  2   B  2 B
O volume do material dado vale: B  d  d

V
4

 D2  d 2 h   B  2  1296
0,1
 7,2
36
Chamaremos:
A  D2  B  d 2  C  A  B C  A 2  B 2
Logo:  C  3,1824 2  7,2 2  7,8719

V C h V  C   h 
2 2
4     
Assim: A  D 2  2813,2416 ; V  C   h 
B  d 2  1296  C  1517,2416 V  7,8719 
2
 0,2 
2

     
V  1517,2416   67 
A  D  D
2

 2   A  2 A V
  0,00598574
A  D  D V
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V  79839,7298  0,00598574  V  477,89986 mm 3  R 


2
R
Z1  Z1   1 1   Z1 1
V  V  798  5 10 2 mm 3  R1  R1
Exemplo 9 – Dados dois resistores de 100
resistência elétrica R1 e R 2 . Determinar a resistência
Z1  0, 0016667   2, 77783 104 1
600
equivalente das associações: 2
(a) Em série.  R  R
Z 2  Z 2   1 2   Z 2 2
(b) Em paralelo :  R2  R2
200
DADOS: Z 2  0, 001111  2, 46888 104 1
900
R1  R1   6  1  10 2  Z p  Z1  Z 2  Z p  Z12  Z 22
R2  R2   9  2  10 2 
Z p   2, 77783 10    2, 46888 10 
4 2 4 2
13
4 1
SOLUÇÃO:
Z p  3,7164 10 
(a) Associação em série: Como:
Resistência equivalente: R p  Z p1
2
 Z p  Z p
Rp  Rp   1   Rp
 Zp Zp
 
3, 7164 104
Rp  360   48,164158
Rs  R1  R2  Rs  R1   R2 
2 2
0, 0027778
Logo:
Rs  600  900  1500
R p  R p   3,6  0,5  10 2 
Rs  100    200 
2 2

Rs  50000  223,60679


Rs  Rs   15  2102 
(b) Associação em paralelo:
Resistência equivalente:

1 1 1 R R
   Rp  1 2
Rp R1 R2 R1  R2
600  900
Rp   360
600  900
Rp  Z p1  Z p  Z1  Z 2
 Z1  R11  Z2  R21
Z p  Z1  Z 2
Z p  0,0016667  0,001111  0,00277781
1
Z1   0, 00166671
600
1
Z2   0, 0011111
900
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 Descrição:
 Paquímetro

O paquímetro é um instrumento usado para


medir as dimensões lineares internas, externas e de
profundidade de uma peça. Consiste em uma régua
graduada, com encosto fixo, sobre a qual desliza um
cursor.
1. orelha fixa 8. encosto fixo
2. orelha móvel 9. encosto móvel  NÔNIO:
3. nônio ou vernier (polegada) 10. bico O nônio é a parte do paquímetro cuja finalidade é
móvel proporcionar uma medida com uma resolução menor
4. parafuso de trava 11. nônio ou vernier (mais precisa) do que a feita somente com a escala 14
(milímetro) fixa.
5. cursor 12. impulsor A escala do cursor é chamada de nônio ou
6. escala fixa de polegadas 13. escala fixa vernier, em homenagem ao português Pedro Nunes e
de milímetros ao francês Pierre Vernier, considerados seus
7. bico fixo 14. haste de profundidade inventores.
O cursor ajusta-se à régua e permite sua O nônio possui uma escala com n divisões para
livre movimentação, com um mínimo de folga. Ele é X mm da escala fixa.
dotado de uma escala auxiliar, chamada nônio ou
vernier. Essa escala permite a leitura de frações da
menor divisão da escala fixa.
O paquímetro é usado quando a quantidade
de peças que se quer medir é pequena.
Os instrumentos mais utilizados apresentam
uma resolução de:
0,05 mm, 0,02 mm, 1/128" ou 0,001"
As superfícies do paquímetro são planas e
polidas, e o instrumento geralmente é feito de aço
inoxidável. Suas graduações são calibradas a 20ºC. No caso da figura ao lado, o nônio está
Há vários tipos de paquímetros para dividido em 10 partes iguais para 9 mm. Cada divisão
possibilitar medidas em peças de características do nônio possui 9/10 mm, portanto o 1 º traço do
diferentes. Alguns exemplos são: nônio está a 1/10 mm do próximo traço na escala fixa
(comprimento esse que é a resolução do paquímetro),
paquímetro Utilização
o 2º traço do nônio está a 2/10 mm do seu próximo
Paquímetro universal É utilizado em medições internas, traço na escala fixa e assim sucessivamente.
externas, de profundidade e de
ressaltos.
Trata-se do tipo mais usado.
 CÁLCULO DE RESOLUÇÃO:

Paquímetro universal O relógio acoplado ao cursor A resolução de um paquímetro é a distância


com relógio facilita a leitura, agilizando a compreendida entre a 1ª subdivisão do nônio e a
medição.
subdivisão subseqüente na escala fixa.
Paquímetro com bico Empregado para medir peças
móvel (basculante) cônicas ou peças com rebaixos de Se o nônio mede X mm, e é dividido em n partes iguais, o
diâmetros diferentes. comprimento compreendido entre duas subdivisões consecutivas do
nônio é X/n. Este valor tem o seguinte formato em notação decimal:
Paquímetro de Serve para medir a profundidade I,D. I representa a parte inteira do número decimal e D representa a
profundidade de furos não vazados, rasgos, parte fracionária. Por exemplo:
rebaixos etc. X=39 mm e n = 20, X/n = 1,95. I=1.
Esse tipo de paquímetro pode Resolução = (I+1)-X/n
apresentar haste simples ou haste Ler Starret Instrumentos e regras para medições
com de precisão e cortes automáticos pg.28
gancho.
LEITURA DA MEDIDA:
Paquímetro duplo Serve para medir dentes de 1. Posicione o bico móvel de forma tal que a
engrenagens. peça a ser medida se adapte com folga entre os bicos
Utilizado para leitura rápida, livre
fixo e móvel (medida externa) ou entre as orelhas
Paquímetro digital
de erro de paralaxe, e ideal para (medida interna) ou entre a haste de profundidade e a
controle escala fixa (medida de profundidade)
estatístico.
Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:
Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori
2. Mova as partes móveis com o polegar 
atuando no impulsor até que a parte móvel (bico, x 
orelha ou haste) encoste suavemente na peça. N
3. Leia na escala fixa o número de milímetros Apresentação do resultado com 2 algarismos
inteiros (à esquerda do zero do nônio). significativos para o erro associado à média:
4. Leia a parte fracionária da medida x  x  x(unidade)
observando qual traço do nônio coincide com algum
traço da escala fixa e calcule o valor da fração
 COMPLETE A TABELA:
multiplicando o número desse traço pela resolução.

 Procedimento Experimental D (mm) h (mm)

1. Montar o aparato.  D (mm)  h (mm) 15


2. Verifique as dimensões da peça a serem
medidas.
3. Verifique a precisão do instrumento.  D (mm)  h (mm)
4. Faça as medidas segundo as tabelas.
5. Analise os parâmetros estatísticos e a
propagação do erro.  Escreva o resultado algarismos
significativos para o erro associado à média
Dados Experimentais obtidos  x solicitados.
h   h   h  (mm)
A. Medidas com o Paquímetro: Algarismos
significativos
1. Coletar 10 valores de medidas para o para h
diâmetro externo (D) e altura (h) . 1
2

D   D   D  (mm)
Algarismos
h significativos
D para D
1
2
i D(mm) h(mm)
1  Propagação do erro no volume:
Faça o cálculo da propagação do erro no volume
2
da bucha:
3
Volume do material dado vale:
4
5 
V   D2  h
6 4
7
 V   V
2 2
8 
V    h     D 
9  h   D 
10 Escreva o volume:

Análise dos dados Experimentais obtidos


V  V  V  (mm3 )
Algarismos
significativos
Encontre, inserindo no modo estatístico da para V
calculadora, as médias , os valores médios, seus 1
respectivos desvios padrões e o erro na média: 2
N

x i
x i 1

N
N

 x  x
2
i
 i 1

N
Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:
Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori
2. Coletar 10 valores de medidas para o
h   h   h  (mm)
Algarismos
diâmetro interno (d) , diâmetro externo (D) significativos
e altura (h) . para h
1
2

d   d   d  (mm)
Algarismos
significativos
para d
1
i d(mm) D(mm) h(mm)
2
1
2
D   D   D  (mm)
Algarismos
3 significativos 16
4 para D
5
6 1
7 2
8
9  Propagação do erro no volume:
Faça o cálculo da propagação do erro no volume
10
da bucha:
Volume do material dado vale:
Análise dos dados Experimentais obtidos

Encontre, inserindo no modo estatístico da V   D2  d 2   h
calculadora, as médias , os valores médios, seus 4
respectivos desvios padrões e o erro na média:
 V   V   V
2 2 2

V    h     D     d 
N

x i  h   D   d 
x i 1
Escreva o volume:
N
V  V  V  (mm3 )
N Algarismos
 x  x
2
i
significativos
 i 1 para V
N
1

x  2
N
Apresentação do resultado com 2
algarismos significativos para o erro associado à
média:
x  x  x(unidade)

 COMPLETE A TABELA:

d (mm) D (mm) h (mm)

 d (mm)  D (mm)  h (mm)

 d (mm)  D (mm)  h (mm)

 Escreva o resultado algarismos


significativos para o erro associado à média
 x solicitados.
Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:
Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
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3. Coletar 10 valores de medidas para as


b   b  b  (mm)
Algarismos
dimensões a, b, e c da peça em forma de um significativos
paralelepípedo da figura: para b
1
2
c
Algarismos
significativos c   c  c  (mm)
a b para c
DADOS
1
i a(mm) b(mm) c(mm)
2
1
2 17
 Propagação do erro no volume:
3
Faça o cálculo da propagação do erro no volume
4
da peça:
5 Volume do material dado vale:
6
7
8 V  a b c
 V   V   V
2 2 2
9 
V    a     b     c 
10  a   b   c 
Escreva o volume:
Análise dos dados Experimentais obtidos

V  V  V  (mm3 )
Encontre, inserindo no modo estatístico da Algarismos
calculadora, as médias , os valores médios, seus significativos
respectivos desvios padrões e o erro na média: para V
N

x i
1
2
x i 1

N
N

 x  x Questões levantadas
2
i
 i 1
 Verificar os resultados obtidos.
N
 Discutir a influência dos erros no volume

x  dos materiais.
N
Conclusões:
 COMPLETE A TABELA:

a (mm) b (mm) c (mm)


Referências:

 a (mm)  b (mm)  c (mm) 2. G.L. Squires, "Practical Physics"


(Cambridge University Press, 1991), capítulo 10, pp.
139-146; e D.W. Preston, "Experiments in Physics"
 a (mm)  b (mm)  c (mm) (John Wiley & Sons, 1985), pp. 2-3.
2. C. H. de Brito Cruz, H. L. Fragnito, Guia
para Física Experimental Caderno de Laboratório,
 Escreva o resultado algarismos Gráficos e Erros, Instituto de Física, Unicamp,
significativos para o erro associado à média IFGW1997.
 x solicitados. 3. D.W. Preston, "Experiments in Physics"
(John Wiley & Sons, 1985), pp. 21-32; G.L.
4. C.E. Hennies, W.O.N. Guimarães e J.A.
Algarismos
significativos a   a   a  (mm) Roversi, "Problemas Experimentais em Física" 3ª
edição, (Editora da Unicamp, 1989), capítulo V,
para a pp.168-187.
1 5. http://msohn.sites.uol.com.br/paquimet.htm
2
Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:
Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
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 Descrição: O micrômetro funciona por um parafuso
 Micrômetro micrométrico e é muito mais preciso que a craveira,
 INTRODUÇÃO: O micrômetro é um que funciona por deslizamento de uma haste sobre
instrumento de medição de medidas lineares uma peça dentada e permite a leitura da espessura por
utilizado quanto a medição requer uma precisão meio de um nônio ou de um mecanismo semelhante
acima da obtida com um paquímetro e é fabricado ao de um relógio analógico.
com resolução variando entre 0,01 mm e 0,001mm.
Foi inventado por Jean Louis Palmer que,  CÁLCULO DA RESOLUÇÃO:
apresentou, pela primeira vez, o instrumento para Sabendo que cada volta completa do tambor
requerer sua patente, o qual permitia a leitura de corresponde ao deslocamento "p" de um passo no
centésimos de milímetro, de maneira simples. parafuso micrométrico e sabendo que a escala
circular possui "n" divisões, calculamos a resolução
do micrômetro como sendo igual a p/n.
18

Um caso típico é o micrômetro com passo se


0,5 mm e escala circular com 50 divisões, logo a
resolução nesse caso é de:
Resolução = p/n = 0,5/50 = 0,01 mm.

 LEITURA DA MEDIDA:
1. Verifique o zero do micrômetro: Com as
O micrômetro foi aperfeiçoado e possibilitou duas esperas encostadas a leitura deve ser zero, caso
medições mais rigorosas e exatas do que o contrário, zere o micrômetro ou dê o desconto nas
paquímetro. De modo geral, o instrumento é demais leituras.
conhecido como micrômetro. 2. Distancie as esperas de forma a caber o
Na França, o micrômetro é denominado palmer. material a ser medido com folga
O Princípio de medição do micrômetro baseia-se 3. Coloque o material a ser medido entre as
no sistema porca-parafuso, no qual, o parafuso esperas, encostado na espera fixa
avança ou retrocede na porca na medida em que o 4. Gire a catraca até que a espera móvel
parafuso é girado em um sentido ou noutro em encoste no material a ser medido.
relação à porca. 5. Faça a leitura:
Se fizermos n divisões iguais na "cabeça"
do parafuso, ao provocarmos uma rotação menor Leitura = comprimento da escala fixa da bainha +
que uma volta, portanto menor que o passo do número da divisão da escala circular X Resolução
parafuso, poderemos, baseados nas divisões feitas, O micrômetro e o paquímetro são instrumentos que
saber Qual a fração de uma volta que foi dada e medem com exatidão a espessura de revestimentos na
portanto, medir comprimentos menores que o passo. construção civil, e têm grande uso na indústria
mecânica, medindo toda a espécie de objetos, como
 Micrômetro e suas partes: peças de máquinas.

Detalhe do parafuso micrométrico de um


micrômetro típico. No nônio, lê-se 5,783mm
Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:
Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori
 Escreva o resultado algarismos
Procedimento Experimental: significativos para o erro associado à média
Medida com o micrômetro:  x solicitados.
1. Coletar 10 valores de medidas para o
diâmetro D da esfera em diferentes posições.
D   D   D  (mm)
Algarismos
significativos
para D
D 1
2

 Propagação do erro no volume:


i D(mm) Faça o cálculo da propagação do erro no volume 19
1 da bucha:
2 Volume do material dado vale:
3 
4 V   D3
6
5
 V
2
6 
V    D 
7  D 
8 Escreva o volume:
9
V  V  V  (mm3 )
10 Algarismos
significativos
Análise dos dados Experimentais obtidos para V
1
Encontre, inserindo no modo estatístico da 2
calculadora, as médias , os valores médios, seus
respectivos desvios padrões e o erro na média:
N

D i
D i 1
N
N

 D  D
2
i
Referências:
D  i 1
N
3. G.L. Squires, "Practical Physics"
D
D  (Cambridge University Press, 1991), capítulo 10, pp.
N 139-146; e D.W. Preston, "Experiments in Physics"
Apresentação do resultado com 2 (John Wiley & Sons, 1985), pp. 2-3.
algarismos significativos para o erro associado à 2. C. H. de Brito Cruz, H. L. Fragnito, Guia
média: para Física Experimental Caderno de Laboratório,
Gráficos e Erros, Instituto de Física, Unicamp,
D  D   D (unidade) IFGW1997.
3. D.W. Preston, "Experiments in Physics"
 COMPLETE A TABELA: (John Wiley & Sons, 1985), pp. 21-32; G.L.
4. C.E. Hennies, W.O.N. Guimarães e J.A.
Roversi, "Problemas Experimentais em Física" 3ª
D (mm) edição, (Editora da Unicamp, 1989), capítulo V,
pp.168-187.
 D (mm)
5. http://msohn.sites.uol.com.br/paquimet.htm

 D (mm)
Física 1 – Roteiro de Relatórios – Experiência 1 e 2:
Paquímetro e Micrômetro: medidas e propagação de erros.
Prof.: Dr. Cláudio S. Sartori

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