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1. A Abelha 1
2. A Colméia 14
3. O Apiário 22
4. Proteção 29
5. Prática Básica 33
6. Alimentação 39
7. Enxames e Rainhas 45
8. O Mel e a Colheita 57
9. Outros Produtos 70
10. Flora Apícola 80
11. Inimigos 83
12. Sobre o texto 90
13. Referências citadas 95
14. Índice geral 97
1. A Abelha
1.1 Que abelhas são criadas no Brasil?
A espécie de abelha mais comum, criada no Brasil e no mundo inteiro é a
Apis mellifera (o seu nome científico). Também são criadas aqui algumas
espécies de abelhas nativas (ou indígenas ou sem ferrão), que são menores
e muito menos produtivas, mas que fornecem um tipo de mel diferente,
muito apreciado por alguns.
Pela mesma razão, zangões não são idênticos à sua mãe. Uma
característica qualquer (determinada por gene recessivo) que não se
manifeste na rainha pode estar presente no zangão, se ele ficar com o
cromossomo que carrega este gene.
Se a colméia fica sem rainha durante vários dias na época da safra, pode-
se perceber a situação visualmente, pelo acúmulo anormal de mel e pólen
no centro dos favos de cria.
Os ovos são depositados nas paredes dos alvéolos, porque o abdômen das
operárias não alcança o fundo. A operculação das células é protuberante,
típica das de zangão. Depois de algum tempo, os zangões começam a
nascer, mas são todos pequenos, porque foram gerados em alvéolos de
operárias, que são muito menores.
1 rainha
algumas centenas de zangões
38 mil crias (ovos, larvas, pupas)
44 mil operárias domésticas/campeiras (até 23 dias)
32 mil campeiras
Quando a camada de nuvens não deixa uma porção de céu suficiente para
a determinação da posição solar, as abelhas se valem de indicações
geográficas importantes, como bosques, por exemplo, e de uma espécie de
relógio biológico bastante acurado para presumir a posição do sol a cada
momento.
Pró Africanizadas:
Estudos já confirmaram que a africanizada é uma abelha mais rústica,
menos sujeitas a doenças. Por exemplo, a podridão de cria americana,
que atinge colméias européias argentinas, nunca chegou aqui.
Talvez pelo mesmo motivo, o comportamento higiênico mais apurado,
parasitas como a varroa, que infernizam as européias, não costumam
causar maiores prejuízos às africanizadas. É verdade que o clima quente
da maior parte do Brasil é desfavorável à varroa, mas alguns estudos já
determinaram a superioridade das africanizadas em condições idênticas.
Por essa razão, é possível manter-se um apiário de africanizadas mais
natural, sem o uso de medicações, o que é uma grande vantagem. Pelo
que se sabe de outros países, essa é uma situação bastante incomum
em colméias européias, que normalmente dependem de antibióticos e
acaricidas para se manter produtivas.
A maior agressividade das africanas é às vezes uma aliada do apicultor,
pois dificulta o roubo das colméias.
Diversos relatos informais de apicultores brasileiros dão conta que a
produtividade das africanizadas é, quase sempre, muito maior do que a
das européias.
Pró Européias:
São muito menos agressivas. Demoram mais a iniciar um ataque,
atacam com menos abelhas, perseguem a vítima por uma distância
muito menor e recompõem-se em um tempo muito menor do que as
africanizadas.
Têm menor propensão a enxamear.
Têm menor propensão a abandonar o ninho.
Pilham menos.
Quando um quadro é manipulado, comportam-se mais calmamente, sem
correrias frenéticas de um lado para outro. Isso facilita muito o manejo
em geral e a localização da rainha, especificamente.
São maiores e carregam cargas maiores - precisam de menos viagens
para colher a mesma quantidade de néctar, por exemplo.
Vivem mais.
Muitos países que usam apenas européias têm produtividades médias
que chegam a três ou quatro vezes a do Brasil.
2. A Colméia
2.1 O que é uma colméia?
É a casa das abelhas. Por extensão, a palavra também é usada para fazer
referência às abelhas que a habitam.
O peso das caixas varia com o tipo de madeira empregada. Uma melgueira
de cedrinho, com dez quadros aramados e lâminas de cera alveolada pesa
em torno de 5 kg. Um ninho nas mesmas condições, pesa cerca de 8 kg.
Quando colocada depois que algum mel ter sido armazenado na melgueira,
zangões podem ficar presos ali e até entalarem na tela e morrerem.
O arame inox deve ser o do tipo rígido, usado para a confecção de molas.
Há um fio mole, mais fácil de trabalhar, mas com uma resistência mecânica
muito menor.
Se alguém não quiser usar os sarrafos, pode fazer uma ventilação mais
simples, e, na minha observação, ainda mais eficiente: fure a placa no
centro com uma serra copo de 40 mm. Depois coloque um parafuso em
cada canto da placa, de forma que as cabeças se sobressaiam uns 4 mm.
Sobre esses parafusos será apoiada a tampa, garantindo espaço para a
ventilação, mas sem possibilidade de correntes de ar diretas.
Quem é certificado como apicultor orgânico não pode usar esses processos
de impermeabilização, e se vale de receitas caseiras, muitas vezes à base
de óleo vegetal, própolis e álcool.
Para suportes fixos, eu prefiro os de pé central, único. Eles podem ser feitos
com restos de cano galvanizado de 100 mm, encontrado em ferros-velhos
ou em secretárias de obras públicas. Com quatro pedaços de cantoneira,
faz-se um H com braço central duplo, e solda-se este braço numa
extremidade do cano, de cerca de 1 m. O fundo da colméia fica apoiado nos
braços laterais do H, bem encaixado entre as laterais das cantoneiras. A
caixa pode ficar a 40-50 cm do solo. Pintado, esse suporte tem duração
ilimitada, evita deslocamentos da colméia por pequenos esbarrões ou
vento, é muito mais fácil de aprumar a caixa e facilita o controle de
predadores, como formigas e tatus.
Alternativamente, você pode ler este texto, alguns livros e artigos, algum
curso pela Internet, o que lhe dará uma boa base teórica, e fazer alguns
dias de prática com algum apicultor amigo seu. Mas eu ainda recomendo a
primeira opção, em que a prática é conduzida pelo mesmo instrutor teórico,
o que dá uma maior solidez ao aprendizado.
Qualquer florada produz uma quantidade de néctar que pode ser total ou
parcialmente colhido pelas abelhas e outros insetos. Se o tempo permite,
mas nem todo o néctar produzido é colhido, a área está insaturada, isto é,
ela ainda admite acréscimo de colméias. Caso contrário, a área está
saturada, e o acréscimo de colméias acarretará a queda de produtividade
das demais. Essa condição não é imediatamente percebida, mas uma queda
de produção contínua por alguns anos pode ter a saturação como causa. A
saturação também pode ocorrer sem acréscimo de colméias, pela remoção
da flora apícola local, por desmatamento ou limpeza de campo.
Por exemplo:
Verifique se há agricultores que usam pesticidas nas proximidades. Isso
pode ser fatal para suas abelhas ou deixar resíduos no seu mel.
O apiário deve ter acesso fácil - lembre-se de que haverá colméias a
serem levadas para lá e, espera-se, melgueiras muito pesadas a serem
retiradas.
O acesso às colméias deve ser sempre por trás, nunca pela frente, pois
isso interrompe a linha de vôo delas e provoca muito mais ataques.
Um sombreamento leve é muito útil nas estações quentes. Em regiões
que possuem estações frias, árvores que perdem as folhas no inverno
são uma boa opção para arborizar o apiário. Uma boa alternativa,
especialmente nas regiões mais ao Sul, é posicionar as colméias numa
boca de mato voltadas para o Norte. Desta forma, elas receberão uma
incidência direta de sol maior no inverno e menor no verão.
Locais sujeitos a alagamento são péssimos para as abelhas, pois a
umidade dificulta a evaporação do néctar, e para o apicultor, que deve
manejar as abelhas em meio à lama.
Terrenos muito íngremes dificultam a movimentação no apiário e
sujeitam o apicultor a quedas que podem ter sérias conseqüências. O
uso de terraços pode ser uma boa solução.
É preferível que o lado dos ventos mais fortes fique protegido por algum
tipo de quebra-vento, natural, construído ou plantado.
Lembre-se que você pode querer aumentar o apiário no futuro. É melhor
já pensar numa possível ampliação e preparar toda a área de uma vez.
Não esqueça de que você precisará de um local para abrigar os
equipamentos, as roupas e as colméias vazias.
A distância do apiário à sua casa também não pode ser grande demais,
para que o manejo possa ser feito numa freqüência mínima.
Alguns usam herbicidas naturais, como o sal. Poucas plantas toleram uma
alta salinidade, e o apiário, ou pelo menos o entorno das colméias, pode ser
mantido limpo assim. Sem uma cobertura vegetal, porém, o solo absorve e
irradia mais calor, aumentando a temperatura no apiário. E as chuvas
podem transformá-lo num lamaçal.
Uma boa ajuda pode ser o plantio de uma cobertura vegetal baixa e
agressiva, como alguns tipos de grama e trevos, de preferência que já
estejam aclimatados à região.
Gado bovino normalmente pode ser criado, desde que não haja cercas que
impeçam a sua fuga. Nesse caso, é preferível não cercar nem mesmo o
apiário, pois se algum animal conseguir passar a cerca e derrubar alguma
colméia, provavelmente não achará a saída. Com apiário aberto,
geralmente o gado aprende a respeitar as colméias, e raramente se ouve
relatos de acidentes.
Por fim, a nova colméia pode permanecer no local por algum tempo até que
todas as abelhas tenham se recolhido a ela. Às vezes, isso requer o
fechamento das entradas originais. Alguns apicultores colocam ainda uma
tela excluidora de alvado (ou uma tela excluidor normal, entre o ninho e o
fundo), para que a rainha não consiga fugir num primeiro momento.
Posteriormente, a caixa deve ser movida para o local definitivo, e os favos
capturados devem ser gradualmente substituídos por cera alveolada.
Há uma alternativa interessante, que não pode ser usada sempre, e de cujo
resultado não tenho confirmação. Consiste em instalar uma colméia ou um
núcleo nas proximidades do enxame alojado e forçar a passagem das
abelhas pela colméia, com a ajuda de um tubo. Naturalmente, todas as
frestas da colméia original deverão ser bem vedadas. Eventualmente, o
enxame pode adotar o novo espaço e abandonar o antigo.
4. Proteção
4.1 Como se proteger durante o manejo?
O apicultor protege-se principalmente de duas formas: com o uso de
vestimenta adequada e o emprego de fumaça.
A máscara deve ter uma área de visão ampla, protegida por uma tela preta
(para evitar ofuscamento). De preferência, essa tela deve contornar toda a
cabeça, para permitir uma ventilação melhor. Eu uso máscaras
independentes do macacão. O modelo tradicional, feito com chapéu de
palha e tela metálica, é confortável, seguro, fresco e durável, e você pode
apostar nele sem medo. Para iniciantes, porém, o modelo de máscara
integrada ao macacão pode ser preferível, pois dá uma sensação de
segurança maior.
No ajuste da máscara e das luvas, não devem sobrar frestas, ou as abelhas poderão entrar.
Algumas abelhas agressivas dentro da máscara não é uma situação agradável de se
enfrentar.
Por baixo do macacão, use algo grosso, como um abrigo esportivo. Use
meias duplas e recubra-as o máximo possível com as extremidades do
abrigo e do macacão. Cuide especialmente para não deixar frestas junto às
luvas e às máscaras. Deixe qualquer equipamento furado ou descosturado
em casa.
4.11 Quanto tempo devo esperar para abrir a caixa após pôr
fumaça?
Uma recomendação freqüente na literatura é que se coloque algumas
baforadas no alvado e se espere alguns minutos, "tempo suficiente para
que as abelhas se encham de mel". Mas admito algum ceticismo em relação
a este raciocínio. Eu nunca espero tempo nenhum e nunca encontrei
diferença quando tentei experimentá-lo.
5. Prática Básica
5.1 Quais são as principais ferramentas do apicultor?
Na hora do manejo, as ferramentas essenciais são o fumegador, o formão e
o espanador.
Elásticos ou barbantes podem salvar o dia, caso você se depare com favos
tortos ou quebrados.
Após recolocar as caixas, basta varrer as abelhas que estão sobre a tampa
para dentro da colméia, e a perda de abelhas é mínima.
Se houver muitas abelhas sobre o favo, e você precisar ter uma visão
melhor, remova o excesso com um leve chacoalhar, bem acima do ninho.
Se precisar remover quase todas as abelhas, use seguinte manobra: segure
o quadro por um canto com uma das mãos e, com a outra mão, dê um
golpe seco, de cima para baixo, na mão que está segurando o quadro.
Dependendo da força que você usar, poderão se desprender as abelhas, os
ovos, as larvas e o néctar; muito cuidado, portanto.
Em seguida, segure o quadro pelos cantos e analise a face do favo que está
voltada para você. Se você estiver de costas para o sol, o quadro ficará
mais bem iluminado. Para analisar a face oposta, vire-o de cabeça para
baixo, girando-o com os dedos das duas mãos. Tenha cuidado para não
expor as crias muito tempo ao sol (mais de alguns poucos segundos), pois
elas são extremamente sensíveis.
Outra recomendação comum é trocar-se cerca de 1/3 dos favos por ano, o
que daria, em média, uma vida útil de 3 anos por favo.
5.21 Quando devem ser colocadas as melgueiras?
No início da safra, quando a movimentação do alvado começar a crescer.
Nesse momento, interrompa a alimentação energética (veja o capítulo 6.
) e, se houver quadros do ninho com "mel" feito a partir do xarope,
remova-os, centrifugue-os e devolva-os vazios à colméia. Isso é necessário
por duas razões: primeiro, se este mel estiver desoperculado, ele pode ser
relocado pelas abelhas para abrir espaço para a postura da rainha, e as
melgueiras recém postas são um ótimo destino. Segundo, se o mel estiver
operculado, ele pode bloquear o ninho, impedindo que a rainha aumente
sua postura. Veja também o capítulo 8. O Mel para maiores
considerações sobre a colocação de melgueiras.
A fumaça também parece ser muito menos eficaz à noite. Elas não
retornam rapidamente à colméia quando fumegadas, e permanecem
cobrindo o topo dos quadros e as paredes das caixas. Por esta razão, A
quantidade de abelhas esmagadas na reposição das caixas também é muito
maior. As que voam até o apicultor agarram-se firmemente às suas vestes,
todas tentando ferroar, e só podem ser removidas com o espanador.
Uma vantagem é que o trabalho à noite é quase sempre mais fresco do que
durante o dia.
6. Alimentação
6.1 Como deve ser alimentada a colméia?
Por estranho que pareça, este é um dos assuntos mais polêmicos da
apicultura nacional. Há dúzias de fórmulas, das mais simples às mais
sofisticadas, cada uma defendida com unhas e dentes por seus
simpatizantes. Também há diversas formas de fornecer o alimento e, de
novo, há defensores fervorosos de um ou outro modelo. As próximas
questões esclarecem alguns pontos básicos da alimentação artificial, como
tipos, fórmulas e modos de fornecimento.
Ingredientes Xarope
Água Açúcar Peso Volume Açúcar Equivalente A evaporar
(l) (kg) (kg) (l) (%) em mel (kg) (l)
8,5 2,5 11 10,1 23 3 8
8 3,5 11,5 10,2 30 4,3 7,2
7,5 4 11,5 10 35 4,9 6,6
7 4,5 11,5 9,8 39 5,5 6
6,5 5,5 12 10 46 6,7 5,3
6 6 12 9,8 50 7,3 4,7
5,5 7 12,5 9,9 56 8,5 4
5 8 13 10 62 9,8 3,2
4,5 9 13,5 10,2 67 11 2,5
Para construí-lo, basta fazer alguns furos na tampa com uma agulha
incandescente. Depois, o balde deve ser emborcado sobre os quadros do
ninho (apoiado em sarrafos ou na entretampa). Ao emborcar o balde, é
possível que o xarope escorra por alguns instantes; por esta razão, é
recomendável que ele seja comprimido antes de ser virado (para expulsão
de uma parte do ar) ou que seja virado longe da colméia, para não
encharcar as abelhas nem provocar saques.
Ambos têm seus defensores, embora um dos produtos tenha a lactose nda
sua composição. Este açúcar, encontrado no leite, é freqüentemente citado
na literatura com tóxico para as abelhas. Por outro lado, a farinha me
parece ser menos atrativa para a alimentação em pasta.
7. Enxames e Rainhas
7.1 Como se movimenta uma colméia para um lugar próximo?
Este pode ser um problema mais complicado do que parece à primeira
vista. Acontece que as abelhas campeiras memorizam a localização da sua
colméia, e quando ela é movida, as abelhas não aprendem imediatamente a
nova localização. Como resultado, muitas campeiras (talvez a grande
maioria), ao saírem da colméia recém movida, acabam voltando ao local
original e perdendo-se.
Quando a colméia a ser movida para um local próximo tiver sido ocupada
recentemente por um enxame voador, haverá dois momentos bons para
movê-la diretamente para o local definitivo – na primeira noite e por volta
do 30º dia (veja item 3.25 Quando a nova caixa pode ser transferida
para o apiário?).
7.2 O que fazer com as campeiras que voltam ao local de origem?
Quando não há alternativa para a movimentação curta de uma colméia,
pode-se tentar um reaproveitamento das campeiras perdidas. Para isso, é
preciso recolhê-las em um núcleo durante o dia e sacudi-las à tardinha na
colméia deslocada. Há relatos de apicultores que repetiram esse
procedimento por poucos vezes, e as campeiras não retornaram mais ao
local original.
Se uma das colméias for movida para um local próximo, ela deverá ficar
com o mínimo de mel possível, dando preferência ao que estiver
operculado. Isso vai diminuir a possibilidade de saque pelas ex-
companheiras. Após alguns dias, essa colméia (e a outra também, se
necessário) deve receber alimentação, em alimentador interno ou externo
de consumo rápido. Para dificultar a pilhagem, o xarope deve ser fornecido
à noite e em pequenas quantidades. Alimentação protéica também é muito
importante nessa fase.
Uma tentativa que pode funcionar para enxames médios ou grandes que
estejam sob ataque é a fumegação pesada. O apicultor deve postar-se ao
lado da colméia e fumegar abundantemente a região frontal ao alvado, sem
deixar a fumaça entrar na colméia. Isso deve ser feito por vários minutos,
sempre tentando repelir as saqueadoras, até que o movimento diminua
bastante. Depois disso, muitas vezes o enxame agredido consegue se
reorganizar e acabar com a pilhagem.
Fora essas duas situações (enxames muito pequenos ou sem rainha), não
há nenhuma vantagem em se fazer uniões na entressafra. Ao contrário,
quanto mais enxames houver, maior será o número de rainhas no apiário e
maior será a quantidade de cria disponível no início da próxima safra. Só
então, quando a postura de todas as rainhas tiver sido estimulada com
alimentação energética e protéica, e houver bastante néctar disponível,
podem-se unir todos os enxames pequenos e médios e preservar os que
conseguiram crescer o suficiente para garantir uma boa colheita.
7.16 Como reforçar uma colméia com cria sem uni-la a outra?
É preciso retirar quadros com cria de algumas colméias e colocá-los na
colméia necessitada. Alguns apicultores, ao invés de apenas estimular os
enxames ou uni-los, adotam a tática de manter colméias criadeiras e
colméias produtivas. As colméias produtivas recebem cria das outras,
aumentando rapidamente a sua população e, dessa forma, a sua
produtividade.
7.17 Como é uma colméia criadeira?
É uma colméia da qual não se obtém nada a não ser crias. Ela deve ter uma
boa rainha e receber farta alimentação energética e protéica, inclusive
durante a safra. Nessas condições, ela é capaz de gerar pelo menos dois
quadros completos de cria por semana (cerca de 12 a 14 mil crias). Quando
a cria está madura, prestes a nascer, uma parte é transferida para outro
enxame (produtor), e outra parte é deixada na colméia criadeira para
reposição das abelhas que forem morrendo. A cria aberta não deve ser
transferida, para não sobrecarregar a colméia produtiva com mais trabalho.
A inspeção dos favos pode ajudar a identificar a causa das realeiras. Muitas
vezes (não sempre), um número grande de realeiras, localizadas nas
bordas dos favos, são indícios de enxameação. Por oposição, poucas
realeiras, localizadas nas faces dos favos, indicam reposição de rainha
morta.
Por essa razão, a opção por núcleos pode ser mais interessante: se a
introdução da realeira não der certo, o prejuízo com a perda de um núcleo
é muito menor do que com a perda de uma colméia.
7.22 Por que a introdução de uma realeira pode não dar certo? [2]
Vários motivos podem impedir que de uma realeira resulte uma rainha
fértil. O primeiro é pela inviabilidade da pupa, já que ela pode estar morta
dentro da realeira, ou ter sido lesada durante a manipulação. Por esta
razão, introduzir pelo menos duas realeiras em cada núcleo ou colméia
pode ser uma boa idéia.
Por outro lado, se o apicultor quiser fazer divisões das colméias, o ideal é
aproveitar o momento de população máxima, que ocorre no final da safra.
Embora a divisão não seja o método ideal para multiplicação de enxames,
ele facilita grandemente a introdução de rainhas novas (veja o item
7.6).
Para adquirir uma rainha, entre em contato com um fornecedor com boas
referências. Se não conhecer nenhum, pergunte em algum grupo de
discussão. Alguns fornecedores recomendam a eliminação da rainha antiga
com 24 a 48 horas de antecedência, para que as operárias percebam a sua
ausência e aceitem melhor a nova. Outros, no entanto, não vêem utilidade
nisso e recomendam a introdução da rainha nova no mesmo momento da
eliminação da antiga, o que simplifica bastante a operação. Depois da
introdução, a colméia deve permanecer fechada por uma semana, pelo
menos.
1 e 6 - branca
2 e 7 - amarela
3 e 8 - vermelha
4 e 9 - verde
5 e 0 - azul
É difícil imaginar uma utilidade real para isso. Talvez seja bom para algum
apicultor com muitas colméias, que troque apenas uma parte das rainhas a
cada ano e não registre quais colméias receberam rainhas novas. Situação
meio rara, eu imagino. Na prática, a vantagem mesmo é que uma rainha
pintada é mais fácil de ser encontrada do que uma não pintada.
8. O Mel e a Colheita
8.1 O que é o mel?
Segundo o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
(DIPOA), do Ministério da Agricultura, mel é "o produto alimentício
produzido pelas abelhas melíferas, a partir do néctar das flores ou das
secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de
insetos sugadores de plantas que ficam sobre partes vivas de plantas, que
as abelhas recolhem, transformam, combinam com substâncias específicas
próprias, armazenam e deixam madurar nos favos da colméia".
Aliás, a permanência do mel na colméia por longo tempo pode levar à sua
reidratação, pois o mel é um produto altamente higroscópico, isto é, ele
tende a absorver água rapidamente quando exposto a um ambiente úmido.
Esse fenômeno pode acontecer mesmo com mel totalmente operculado,
pois a cera é permeável à umidade.
No entanto, há uma corrente que prega que, quanto mais freqüente for a
retirada do mel, mais mel será produzido. Nesse caso, o ideal seria colher
com freqüência apenas os favos totalmente operculados, devolvendo-os
vazios logo em seguida. A lógica por trás dessa idéia é que, percebendo a
falta de mel, mais abelhas se dediquem à coleta de néctar, tornando a
colméia mais produtiva neste aspecto. Não há dúvida que aumenta muito o
trabalho, pois a colheita e a extração envolvem uma porção de
procedimentos de preparação e conclusão, que teriam de ser repetidos
muitas vezes nessa técnica.
Outra forma bastante usada lá fora para remover as abelhas é por meio de
um soprador, que é muito mais rápido e eficiente que a vassourinha. Nunca
vi nenhum específico a venda por aqui, mas já soube de alguns apicultores
que usaram algumas improvisações: a saída de um aspirador de pó, um
soprador de folhas ou um compressor de ar.
Na centrífuga radial, a reversão não precisa ser feita. Embora nela haja
também uma face privilegiada de cada favo, a inclinação natural dos
alvéolos garante que ambas as faces serão igualmente esgotadas.
Com uma boa amarração, o favo geralmente poderá ser centrifugado sem
problemas. Em caso de dúvida, deixe-o para o final e faça uma
centrifugação só dos quebrados, mais lenta e cuidadosa.
O mel cremoso é muito fácil de ser manuseado com colher e espátula, pois
escorre lentamente, não despedaça pães e bolos e dissolve-se facilmente
em líquidos. Ele também é mais estável que o mel comum e não forma
cristalizações parciais e grosseiras.
Na verdade, o alto teor calórico do mel mais depõe contra o seu consumo
do que a favor. Quando se mencionam propriedades nutritivas,
micronutrientes são muito importantes do que a energia fornecida pelo
alimento.
9. Outros Produtos
Pólen
Própolis
Embora ocorra com alguma freqüência, não acho aceitável que apicultores,
pelo simples fato de recolherem própolis ou outros produtos, arroguem-se o
direito de preparar drogas e prescrevê-las aos seus clientes como se
fossem farmacêuticos e médicos. Embora essa atitude possa parecer
perfeitamente natural às pessoas inclinadas à automedicação e aos
tratamentos caseiros, ela não me parece compatível com a postura ética
que se esperaria de um apicultor sério. E mais do que isso, temo que ela
prejudique também a apicultura em si, ao associá-la, injusta e
erroneamente, a uma forma de curandeirismo.
Cera
Quando nada disso for possível, deve-se, pelo menos, empilhar as caixas
com algum isolante entre elas, como folhas de jornal. Isso evitará que uma
infestação numa caixa se propague às outras.
O PDB só pode ser usado em favos limpos, sem resíduos de mel ou pólen.
Ele é usado numa proporção de 100 g para cada pilha de 5 ninhos ou 8
melgueiras. O PDB sublima (passa do estado sólido para o gasoso), e o seu
gás mata a traça em todos os estágios, exceto os ovos. Por essa razão, ele
deve ser reaplicado periodicamente. Como o gás é mais pesado que o ar, o
PDB deve ser colocado sobre a caixa de cima, logo abaixo da tampa, e
todas as frestas devem ser fechadas. O gás pode contaminar a cera, e por
isso os favos precisam ser arejados por alguns dias antes de retornarem às
colméias.
Atenção: nunca use naftalina para preservar equipamento apícola. Ela deixa
mais resíduos na cera, e há diversas referências na literatura sobre a sua
toxidade para as abelhas.
Favos com mel fermentado devem ser lavados antes, ou a cera poderá
absorver o odor durante o derretimento.
9.31 Que tipo de recipiente deve ser usado para derreter a cera?
[3]
Conforme [BOG04], recipientes de aço comum, zinco e cobre não devem
ser usados, para não escurecerem a cera. Materiais que contenham chumbo
também não devem ser empregados para não contaminar a cera. O aço
inox, também aqui, é o material mais indicado.
9.32 Como se derretem favos de cria? [3]
Os favos de cria têm restos de casulos nos alvéolos, que são tecidos pelas
larvas antes do seu fechamento. Além disso, têm uma cera impregnada por
impurezas e, por isso, mais escura.
Qualquer uma das formas acima mencionadas pode ser usada para derreter
favos de cria, mas a cera precisa ser filtrada enquanto estiver derretida a
fim de que as impurezas mais grosseiras sejam separadas. Quando a cera
for derretida em água quente, a mistura pode ser passada por uma peneira
para outro recipiente. Para tanto, um pedaço de tela metálica fina ou um
saco de aniagem funcionam muito bem. No caso do derretedor solar, os
quadros devem ficar sobre uma tela que retenha os casulos das crias (o
que diminui a eficiência desse equipamento e aumenta o tempo do
processo). No derretedor a vapor, normalmente já há uma tela para
filtragem das impurezas.
Quem prefere números mais exatos, pode tomar como ideal a permanência
da cera derretida em água a 75-80 ºC por 8 horas, no mínimo [BOG04].
Quando isso não for possível, é recomendável que, pelo menos, o
resfriamento da cera seja atrasado o máximo possível, envolvendo o
recipiente com material isolante (panos, jornal) e deixando-o no ambiente
mais aquecido que houver.
Geléia Real
Além disso nada garante que os mesmos efeitos causados nas rainhas pela
geléia real também ocorram em mamíferos. Aliás, muitos deles é melhor
mesmo que não ocorram - imagino que ninguém esteja atrás de ovários
hipertrofiados, por exemplo. Na apicultura, como de resto em outras áreas
de conhecimento, não é raro encontrarem-se argumentações baseadas em
analogias estapafúrdias como esta.
Veneno
A questão econômica, porém, não é tão clara. Por exemplo, alguns estudos
identificaram espécies com altos potenciais melíferos, da ordem de 200 a
1.000 quilos por hectare. Mas este é um potencial teórico, calculado a partir
de estimativas do número médio de flores por hectare durante uma safra e
do volume e da concentração média de açúcar do néctar produzido por
cada flor. Não custa lembrar que, para que este néctar seja recolhido, é
preciso haver condições climáticas adequadas. Também, muitas vezes há
uma enorme variação no desempenho das plantas de um ano para outro. E
como se não bastassem essas incertezas, nada impede que um pasto
apícola cuidadosamente cultivado seja aproveitado entusiasticamente por
todos os demais enxames da região, sejam eles naturais ou alojados em
colméias de outros apicultores.
Uma lista de espécies locais de interesse apícola pode ser obtida com os
apicultores mais experientes da região, especialmente os mais inclinados
para este assunto (não são muitos, infelizmente). Naturalmente, a região
considerada não precisa se restringir às vizinhanças do apiário; ela pode
compreender, por exemplo, os estados geograficamente próximos.
Duração da floração;
Confiabilidade (previsibilidade) da floração;
Volume de néctar produzido por planta;
Concentração de açúcar do néctar;
Acessibilidade da abelha ao nectário;
Qualidade do mel produzido, consideradas as suas
propriedades organolépticas (aroma, sabor, textura, aspecto,
etc.).
Alguns desses fatores não são mensuráveis senão em laboratório, mas são
percebidos pelo nível de atratividade que as flores exercem nas abelhas e
pela produção destas.
Ou seja, de forma mais simples, uma boa nectarífera é aquela que floresce
intensamente, todos os anos (ou sempre que plantado), atrai muitas
abelhas e dá um mel saboroso.
11. Inimigos
11.1 Quais são os inimigos das abelhas? [3]
Há vários. Microorganismos causadores de doenças de cria e de adultos,
parasitas internos, externos e sociais, substâncias tóxicas, predadores e
outras pragas (referências em [ESP02], [GON02], [PER03], [SAM98],
[SAN99], [SHI92], [WIE87]).
No que diz respeito ao Brasil e às abelhas africanizadas, os principais
problemas são as substâncias tóxicas e o vandalismo ou roubo. Em relação
às doenças e parasitas em geral, as africanizadas apresentam uma
resistência maior que as européias. Em parte, essa resistência tem origem
orgânica, como no caso da característica SMR (de Suppress Mite
Reproduction), freqüentemente encontrada nas africanizadas, que impede a
reprodução da varroa nos alvéolos de cria. No caso das doenças, a maior
resistência das africanizadas provavelmente se deve a um comportamento
higiênico mais desenvolvido, que as leva a remover os cadáveres mais
rapidamente e com maior eficiência, diminuindo assim a chance de
alastramento da infecção.
Nos países que criam abelhas européias, três pragas são responsáveis pela
maior parte dos prejuízos: a podridão americana, a varroa e o besouro da
colméia.
Nosemose
Disenteria
Envenenamento
Fome e frio
Varroa
Acarapis woodi (doença chamada de acariose)
Aethina tumida (besouro da colméia)
Apis mellifera capensis
Traças de cera
Formigas
11.3 Podridão européia?
Agente: bactéria Melissococcus pluton.
Observação: essa doença pode ser tratada com Terramicina, mas essa
não é a melhor escolha (veja o item 11.20 Por que não tratar as
doenças com remédios? abaixo)
11.8 Nosemose?
Agente: protozoário Nosema apis
11.9 Disenteria?
Agente: más condições alimentares e sanitárias
11.10 Envenenamento?
Agente: inseticidas
11.12 Varroa?
Agente: ácaros Varroa destructor e Varroa jacobsoni (talvez outros)
11.13 Acariose?
Agente: ácaro Acarapis woodi
11.17 Formigas?
Agente: diversas espécies de formigas
Não há local 100% seguro, mas o conhecimento e uma boa relação com os
vizinhos também ajudam. Um pouco de mel presenteado na colheita pode
angariar aliados vigilantes.
A última edição foi escrita por 33 especialistas e traz uma visão atual e
abrangente da apicultura, embora pouco profunda em muitos pontos,
notadamente nas questões práticas e na apicultura com africanizadas. Para
fazer referências a este livro, eu optei por citar os autores dos capítulos,
que são independentes, e não o livro inteiro.
O segundo livro base é "O Livro do Mel", de Eva Crane (1980), publicado
pela editora Nobel em 1985 (2ª edição). O título resume perfeitamente o
livro - são poucas as informações, técnicas ou históricas, que não se pode
encontrar nele.
Nenhum desses textos é correto por definição, uma vez que a ciência,
felizmente, não segue uma doutrina dogmática. Mas eles devem ser
suficientemente claros e honestos para permitir comprovação ou
contestação nos mesmos termos.
12.5 Por que há tão poucos livros brasileiros na bibliografia?
Infelizmente, não há muitos livros sobre apicultura sendo escritos ou
revisados no Brasil, e grande parte do que existe já está bastante defasado.
Além disso, muita coisa escrita no passado, ainda que extremamente
importante na sua época, tinha às vezes um enfoque mais motivacional do
que técnico, freqüentemente valendo-se de aspectos emocionais ou
religiosos para fundamentar alguns assuntos. Como você pode perceber
pela leitura deste texto, eu prefiro uma abordagem mais científica.
Uma menção especial, porém, deve ser feita a Silvio Wiltuschnig. Ao saber
que eu estava preparando este documento, ofereceu-se para criar o
logotipo e efetivamente o fez, com grande talento. O seu belo trabalho
encontra-se no início deste documento.
Adicionalmente, você pode distribuir este texto livremente, desde que para
fins puramente educacionais e, em nenhuma hipótese, comerciais. A
distribuição do texto, se ocorrer, deve garantir a sua originalidade e
integralidade (o texto deve estar completo e não pode ser modificado).
Preferencialmente, ele deve ser divulgado pelo endereço do site (http://...).
Se houver qualquer dúvida em relação ao uso deste texto, por favor entre
em contato comigo.
Esse sistema foi adotado para facilitar a identificação das últimas alterações
do texto. Um leitor que acesse este documento esporadicamente pode
pesquisar quais foram as atualizações feitas desde a última vez em que ele
foi lido. Para isso, basta mandar localizar as ocorrências de cada um dos
números que lhe interessam. No Internet Explorer, por exemplo, basta
teclar Ctrl-F, digitar o número da versão entre colchetes, e seguir clicando
no botão “Localizar” para achar todas as atualizações desta versão.
Se não quiser usar os índices, você pode usar a função de procura do seu
navegador. Por exemplo, no caso do Internet Explorer, aperte a
combinação de teclas <Ctrl-F> para abrir a janela “Localizar”. Nela, digite a
palavra desejada e depois clique no botão “Localizar próxima”.
[AMB92] AMBROSE, J.T. Management for Honey Production. In: GRAHAM, J.M. (ed.)
The Hive and the Honey Bee. Hamilton: Dadant & Sons, 1992.
[MUR02] MURADIAN, L.B.A. Qualidades Nutritivas dos Produtos das Abelhas. In: XIV
Congresso Brasileiro de Apicultura, 2002, Campo Grande. Anais... CBA,
2002.
[SAN92] SANFORD, M.T.; Hoopingarner, R.A. Business Practices and Profitability. In:
GRAHAM, J.M. (ed.) The Hive and the Honey Bee. Hamilton: Dadant &
Sons, 1992.
[SCH03] SCHRAMM, D.D. et al. Honey with High Levels of Antioxidants Can
Provide Protection to Healthy Human Subjects. Disponível em
http://keenlab.ucdavis.edu/articles/honey2003schramm.pdf. Davis: UCD,
2003.
[SCH92] SCHMIDT, J.O. Allergy to Venomous Insects. In: GRAHAM, J.M. (ed.) The
Hive and the Honey Bee. Hamilton: Dadant & Sons, 1992.
[SCH92a] SCHMIDT, J.O.; BUCHMANN, S.L. Other Products of the Hive. In: GRAHAM,
J.M. (ed.) The Hive and the Honey Bee. Hamilton: Dadant & Sons, 1992.
[SHI92] SHIMANUKI, H. et al. Diseases and Pests of Honey Bees. In: GRAHAM, J.M.
(ed.) The Hive and the Honey Bee. Hamilton: Dadant & Sons, 1992.
[SOU92] SOUTHWICK, E.E. Physiology and Social Physiology of the Honey Bee. In:
GRAHAM, J.M. (ed.) The Hive and the Honey Bee. Hamilton: Dadant &
Sons, 1992.
[WHI92] WHITE JR., J.W. Honey. In: GRAHAM, J.M. (ed.) The Hive and the Honey
Bee. Hamilton: Dadant & Sons, 1992.
2. A Colméia 14
2.1 O que é uma colméia? 14
2.2 Como é uma colméia? 14
2.3 De que outros materiais podem ser feitas as colméias? 14
2.4 Qual é o melhor tipo de colméia? 14
2.5 O que são ninhos e melgueiras? 15
2.6 O que é melhor, melgueiras ou sobreninhos? 15
2.7 Não há uma alternativa intermediária? 15
2.8 Quanto pesam uma melgueira e um sobreninho? 15
2.9 Afinal, quantos quadros devem ser usados, 8, 9 ou 10? 16
2.10 O que são espaçadores Hoffmann? 16
2.11 Como as abelhas sabem onde devem colocar cada produto? 16
2.12 O que é uma tela excluidora? 16
2.13 Por que alguns apicultores não usam a tela excluidora? 16
2.14 Por que as abelhas constroem seus favos exatamente dentro dos quadros? 17
2.15 Por que as abelhas preenchem alguns espaços com cera e outros com própolis? 17
2.16 O que é o espaço-abelha? 17
2.17 Quais são os outros espaços importantes? 17
2.18 O que é cera alveolada? 17
2.19 Como a cera alveolada é fixada nos quadros? 17
2.20 É melhor soldar a lâmina encostada na barra superior? 18
2.21 Como se solda cera com corrente elétrica? 18
2.22 Que fonte é essa? 18
2.23 Que arame é melhor? 19
2.24 O arame não encrava na madeira dos quadros? 19
2.25 Quadros plásticos não são preferíveis? 19
2.26 Do que são feitos os favos? 19
2.27 Como os favos são produzidos? 19
2.28 Por que o alvéolo é hexagonal? 19
2.29 Qual é o tamanho do alvéolo? 20
2.30 Quantos alvéolos há num favo? 20
2.31 Existe cera alveolada para zangões? [4] 20
2.32 Que cor tem o favo? 20
2.33 Por que o mel não escorre do favo? 20
2.34 Como é o fundo da colméia? 20
2.35 Que tamanho tem o alvado? 20
2.36 Como é a tampa da colméia? 20
2.37 O que é uma entretampa? 21
2.38 Que outros equipamentos podem compor a colméia? 21
2.39 Como se protege a colméia contra a intempérie? 21
2.40 Como pode ser feito o telhado da colméia? 21
2.41 Como se pinta uma colméia? 22
2.42 Onde fica apoiada a colméia? [4] 22
3. O Apiário 22
3.1 Com quantas colméias devo iniciar um apiário? 22
3.2 Como eu acho um bom curso de apicultura? 22
3.3 Mas, afinal, com quantas colméias geralmente se inicia um apiário? 23
3.4 Onde o apiário deve ser localizado? 23
3.5 A que distância de casas um apiário pode estar? 23
3.6 A que distância de flores e água deve ficar o apiário? 24
3.7 Que distância entre apiários deve ser respeitada? 24
3.8 Até quantas colméias posso ter num apiário? 24
3.9 E se a produção cair porque o meu vizinho instalou um apiário? 24
3.10 A que distância deve ficar uma colméia da outra? 25
3.11 Que outras considerações são necessárias no planejamento do apiário? 25
3.12 Para que lado devem ficar virados os alvados? 25
3.13 Como limpar o apiário? 26
3.14 Posso criar animais perto do apiário? 26
3.15 Posso fazer as minhas colméias? 26
3.16 Quanto custa uma colméia? 26
3.17 Quantas melgueiras por colméia devo comprar? 26
3.18 Preciso comprar colméias de reserva? 27
3.19 Como povoar o apiário? 27
3.20 Como é uma caixa-isca? 27
3.21 Não é melhor usar colméias vazias para atrair enxames? 27
3.22 Por que usar o Cymbopogon citratus? 27
3.23 Quando colocar e tirar as caixas-isca? 27
3.24 Quando o enxame pode ser transferido para a colméia definitiva? 28
3.25 Quando a nova caixa pode ser transferida para o apiário? 28
3.26 Como capturar enxames alojados? 28
3.27 Como manter informações sobre o apiário? [3] 29
4. Proteção 29
4.1 Como se proteger durante o manejo? 29
4.2 Como deve ser a vestimenta do apicultor? 29
4.3 Como vestir todo esse equipamento? 30
4.4 Não se morre de calor? 30
4.5 Mas as abelhas não entram pelas frestas? [4] 30
4.6 O que eu faço se entrarem abelhas na máscara? 30
4.7 Como se proteger contra enxames muito agressivos? 31
4.8 A fumaça tonteia as abelhas? 31
4.9 Como usar a fumaça? 31
4.10 Por que a fumaça é indesejável? 31
4.11 Quanto tempo devo esperar para abrir a caixa após pôr fumaça? 31
4.12 Como posso me livrar das abelhas que me perseguem? 32
4.13 O que fazer quando eu levar uma ferroada? 32
4.14 Por que devo retirar o ferrão rapidamente e sem usar os dedos? 32
4.15 Como é que alguns apicultores trabalham sem proteção? 33
4.16 Então, por que há gente que trabalha sem máscara? 33
4.17 Então não devo fazer uma barba de abelhas também? 33
4.18 Por que as abelhas ficam naquela forma de barba? 33
5. Prática Básica 33
5.1 Quais são as principais ferramentas do apicultor? 33
5.2 Como é o fumegador? 33
5.3 Qual é o combustível ideal para o fumegador? 34
5.4 Como acender o fumegador? 34
5.5 E como reacender o fumegador? 34
5.6 Para que serve o formão? 34
5.7 Como é o espanador? 34
5.8 Há outras ferramentas úteis para o manejo? [4] 34
5.9 Como fazer para não perder essas ferramentas? 35
5.10 Com que freqüência devo examinar as colméias? 35
5.11 Como é feita uma revisão completa? 35
5.12 As colméias mais fortes devem ser examinadas primeiro? 36
5.13 Por que pode ser necessário interromper o trabalho? 36
5.14 Onde ponho as caixas que vão sendo retiradas? 36
5.15 Como retirar e examinar os quadros? 37
5.16 Como saber se o enxame está bem desenvolvido? 37
5.17 Como saber se há mel suficiente até a próxima revisão? 37
5.18 Quais são os sinais de excesso de calor na colméia? 37
5.19 Por que os favos de cria devem ser substituídos periodicamente? 38
5.20 Quando os favos devem ser trocados? 38
5.21 Quando devem ser colocadas as melgueiras? 38
5.22 É melhor fazer o manejo de dia ou à noite? 38
5.23 Por que as abelhas voam pouco à noite? 38
6. Alimentação 39
6.1 Como deve ser alimentada a colméia? 39
6.2 O que é alimentação artificial? 39
6.3 Quando deve ser fornecida a alimentação de subsistência? 39
6.4 Como é a alimentação energética de subsistência? 39
6.5 A alimentação de subsistência não pode ser sólida? 40
6.6 O que é cândi? 40
6.7 Quando deve ser fornecida a alimentação estimulante? 40
6.8 Quanto deve ser fornecido de alimentação estimulante? 40
6.9 Como evitar o bloqueio do ninho? 40
6.10 Como é a alimentação estimulante? 40
6.11 Como calcular as proporções de açúcar e água? 41
6.12 O que é açúcar invertido? 41
6.13 O que HMF? 41
6.14 Mel velho pode ser usado na alimentação artificial? 42
6.15 Como resolver o problema de fermentação do xarope? 42
6.16 Deve-se acrescentar sal ao xarope? 42
6.17 Como o xarope é fornecido? 42
6.18 Por que os alimentadores coletivos provocam pilhagem? 42
6.19 Como são os alimentadores individuais externos? 43
6.20 Como são os alimentadores internos? 43
6.21 E os alimentadores de balde? 43
6.22 O "mel" produzido com essa alimentação pode ser consumido? 44
6.23 Quando deve ser fornecida a alimentação protéica? 44
6.24 Como é a alimentação protéica? [4] 44
6.25 Como a alimentação protéica é fornecida? [4] 44
7. Enxames e Rainhas 45
7.1 Como se movimenta uma colméia para um lugar próximo? 45
7.2 O que fazer com as campeiras que voltam ao local de origem? 45
7.3 A partir de que distância as abelhas não voltam mais ao local original? 45
7.4 Como se movimenta uma colméia para um lugar distante? 45
7.5 Como se faz a divisão de um enxame? 46
7.6 O que fazer com a rainha numa divisão? 46
7.7 O que fazer se houver saque entre as colméias? 47
7.8 Para que serve uma união de enxames? [3] 47
7.9 Então é melhor unir o máximo possível de enxames? 48
7.10 Qual é o melhor momento para fazer-se a união? [3] 48
7.11 Como unir os enxames sem diminuir o número de colméias? 48
7.12 Qual é o roteiro de um apiário "sanfona"? 49
7.13 Mas, afinal, como se faz uma união? 49
7.14 Com quantos ninhos deve ficar uma colméia? 49
7.15 O que fazer com um ninho bloqueado por mel? 50
7.16 Como reforçar uma colméia com cria sem uni-la a outra? 51
7.17 Como é uma colméia criadeira? 51
7.18 Como evitar a enxameação?[2] 51
7.19 O que fazer se houver realeiras no enxame? [2] 51
7.20 O que fazer com as realeiras removidas? [2] 52
7.21 Como aproveitar as realeiras em outras colméias? [2] 52
7.22 Por que a introdução de uma realeira pode não dar certo? [2] 52
7.23 Como se acha a rainha? [4] 52
7.24 Durante as revisões é preciso sempre enxergar a rainha? 53
7.25 Quando se deve substituir a rainha? [2] 53
7.26 Com que freqüência a rainha deve ser substituída? [2] 53
7.27 Como substituir uma rainha? 54
7.28 Como as rainhas são vendidas? [2] 54
7.29 Como é uma gaiola de introdução? [2] 54
7.30 Como as acompanhantes são retiradas da gaiola de transporte? 55
7.31 Como a gaiola deve ser colocada na colméia? [2] 55
7.32 O que é "cor do ano"? 55
7.33 Como as rainhas são produzidas para venda? 55
7.34 Quanto custa uma rainha? 56
7.35 O que fazer se a rainha morrer? 56
7.36 O que fazer se o enxame ficar zanganeiro? [2] 56
7.37 O que fazer se o enxame morrer? 56
8. O Mel e a Colheita 57
8.1 O que é o mel? 57
8.2 O que é o néctar? 57
8.3 O néctar pode ser produzido fora das flores? 57
8.4 O que é melato? 57
8.5 Quando o mel está pronto para ser colhido? 57
8.6 Por que a umidade é ruim para o mel? 58
8.7 Qual é o percentual de umidade seguro para o mel? 58
8.8 Como é medida a umidade do mel? 58
8.9 Como retirar umidade do mel? 58
8.10 Em que condições o mel pode ser colhido? [2] 58
8.11 Com que freqüência o mel deve ser colhido? [2] 59
8.12 Quantas melgueiras devem ser colocadas no início da safra? [2] 59
8.13 Onde deve ser colocada uma nova melgueira? 60
8.14 Como colocar melgueiras com 8 ou 9 quadros? 60
8.15 Como as abelhas são retiradas das melgueiras? 60
8.16 Como as melgueiras devem ser transportadas? 61
8.17 Como é feita a desoperculação dos favos? 61
8.18 O que é uma mesa desoperculadora? 62
8.19 Quanto custa uma mesa desoperculadora? 62
8.20 O que é uma torneira de corte rápido? 62
8.21 Como é feita a centrifugação dos quadros? 62
8.22 O que são centrífugas radial e facial? 62
8.23 Como centrifugar favos quebrados? 62
8.24 Por que a centrífuga vibra? 63
8.25 O que move a centrífuga? 63
8.26 Quanto custa uma centrífuga? 63
8.27 A centrifugação dos favos é demorada? 63
8.28 Como extrair o mel sem a centrífuga? 63
8.29 O que fazer com as melgueiras após a extração? 64
8.30 O que é feito do mel após a centrifugação? 64
8.31 O que é um decantador? 64
8.32 Quanto custa um decantador? 64
8.33 É possível produzir mel em favo? 64
8.34 Como o mel deve ser armazenado? 65
8.35 O HMF é prejudicial à saúde humana? 65
8.36 As enzimas são benéficas à saúde humana? 65
8.37 Como o mel é adulterado? 65
8.38 Há um modo simples de descobrir se o mel é adulterado? 65
8.39 É possível identificar a origem floral de um mel? [3] 65
8.40 Por que o mel cristaliza? 66
8.41 Como ocorre a cristalização? 66
8.42 Como descristalizar o mel? 66
8.43 O que é mel cremoso? 67
8.44 Como se produz mel cremoso? 67
8.45 Quem comprará mel cremoso? 67
8.46 Qual é a densidade do mel? 68
8.47 Mel cura a gripe? [1] 68
8.48 A quantas bananas equivale 1 kg de mel? 68
8.49 E o mel não é cheio de vitaminas e minerais? 68
8.50 Mas então, para que comer mel? 68
8.51 Diabéticos podem comer mel? 69
8.52 Bebês podem comer mel? 69
8.53 Qual é o consumo de mel no Brasil? 69
8.54 Qual é a produção de mel no Brasil? 69
8.55 Qual é a produção de mel por colméia no Brasil? 69
8.56 O que é mel orgânico? 70
8.57 Como se produz mel orgânico? 70
8.58 Quais são os critérios exigidos para o mel orgânico? 70
8.59 O que é hidromel? 70
9. Outros Produtos 70
9.1 O que é o pólen? 71
9.2 Como as abelhas ajudam na polinização? 71
9.3 Como o pólen é armazenado pelas abelhas? 71
9.4 Como o apicultor coleta o pólen? 71
9.5 Por quanto tempo o caça-pólen pode ser deixado na colméia? 71
9.6 Como é o beneficiamento do pólen? 72
9.7 É possível produzir mel e pólen na mesma colméia? 72
9.8 O pólen é um alimento completo para os humanos? 72
9.9 O pólen pode ser consumido por qualquer pessoa? 72
9.10 Para que o pólen pode ser usado como remédio? 72
9.11 O que é a própolis? 72
9.12 Para que as abelhas utilizam a própolis? 73
9.13 Como o apicultor coleta a própolis? 73
9.14 É possível produzir mel e própolis na mesma colméia? 73
9.15 Por quanto tempo pode ser mantido o coletor de própolis? 73
9.16 Como a própolis é beneficiada? 73
9.17 Como a própolis é armazenada? 73
9.18 Como a própolis é comercializada pelo apicultor? 73
9.19 Quais são as propriedades da própolis? 73
9.20 Qual é a dosagem de própolis a ser usada em cada caso? 74
9.21 O que é a cera? 74
9.22 Qual é a cor da cera? 74
9.23 Para que as abelhas usam a cera? 74
9.24 Quanta cera há numa colméia? 74
9.25 Qual é a vantagem de se fornecer cera à colônia? 74
9.26 Como preservar os favos de forma natural? 74
9.27 Há produtos químicos seguros para a preservação de favos? [3] 75
9.28 Como se produz cera? 76
9.29 A produção de cera é rentável? 76
9.30 Como se derretem favos de mel? [3] 76
9.31 Que tipo de recipiente deve ser usado para derreter a cera? [3] 77
9.32 Como se derretem favos de cria? [3] 77
9.33 Como purificar a cera? [3] 77
9.34 Há meios químicos para processar a cera? [3] 77
9.35 Como se retira a cera dos quadros sem arrebentar os arames? 77
9.36 O que fazer com a cera derretida? 78
9.37 Qual é a temperatura de fusão da cera? 78
9.38 O que é geléia real? 78
9.39 Quantos anos a mais vou viver se comer geléia real? 78
9.40 Mas a geléia real é um bom alimento? 78
9.41 Em que mais a geléia real pode ser usada? 79
9.42 Quanto vale a geléia real? 79
9.43 Como se produz geléia real? 79
9.44 Como a geléia real é armazenada? 79
9.45 O que é o veneno? 79
9.46 Quanto veneno possui uma abelha? 79
9.47 Como o veneno atua? 79
9.48 Como evitar uma reação alérgica ao veneno? 79
9.49 Como se extrai o veneno das abelhas? 79
9.50 Quanto vale o veneno? 80
9.51 Para que serve o veneno? 80
11. Inimigos 83
11.1 Quais são os inimigos das abelhas? [3] 83
11.2 Como são classificados esses inimigos? 84
11.3 Podridão européia? 84
11.4 Podridão americana? 85
11.5 Cria ensacada? 85
11.6 Cria ensacada brasileira? 85
11.7 Cria giz? 86
11.8 Nosemose? 86
11.9 Disenteria? 86
11.10 Envenenamento?......................................................................................................... 86
11.11 Fome e frio?................................................................................................................ 87
11.12 Varroa?...................................................................................................................... 87
11.13 Acariose?.................................................................................................................... 88
11.14 Besouro da colméia?..................................................................................................... 88
11.15 Apis mellifera capensis?................................................................................................ 88
11.16 Traças de cera?........................................................................................................... 88
11.17 Formigas?................................................................................................................... 89
11.18 Como se pode confirmar uma suspeita de doença?............................................................ 89
11.19 A quem e como se deve enviar as amostras?................................................................... 89
11.20 Por que não tratar as doenças com remédios?.................................................................. 89
11.21 Como evitar o roubo e o vandalismo?.............................................................................. 90