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Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555 Lva1 App6891 PDF
Examenacionaldehistriaa10e11ano 150614014555 Lva1 App6891 PDF
10ºANO
Séculos XV e XVI: paz, apoio da Burguesia há expedições e auxílio dos inventos técnicos
(mapa com rosa-dos-ventos, bússola, astrolábio, balestilha e caravela portuguesa).
Renascimento (Vasari, século XVI): A Europa fez renascer toda a cultura greco-latina,
esquecida durante a Idade Média.
Países Baixos – Jan Van Eyck, pintura a óleo; Erasmo de Roterdão, exemplar modelar do
humanista do Renascimento, graças aos escritos plenos de espirito crítico.
Península Ibérica – Colégio das Artes e Humanidades em Coimbra, por D. João III em 1547
Pontos fortes de Itália: Herança, em solo próprio, dos vestígios da cultura greco-latina;
Passado histórico de sucesso económico (Idade Média, dominaram os principais circuitos
mercantis entre a Europa e o restante mundo conhecido); Presença de famílias ricas ligadas ao
poder religioso que apoiaram financeiramente os artistas (mecenato) – os Médicis em Florença.
- Florença: sábio Picco della Mirandola, arquiteto Brunelleschi, escultor Donatello, pintor
Boticelli, génio Leonardo da Vinci;
Nos séculos XV e XVI houveram transformações que colocaram a Europa a um nível equiparável
ao das avançadas civilizações chinesa e muçulmana. Destacam-se como fatores de dinamismo:
- Produção de grandes obras literárias escritas tanto em grego e latim como nas línguas
nacionais;
- Desenvolvimento do individualismo;
- Progresso económico;
Lisboa – Século XVI foi um período áureo. Herdeira de uma tradição comercial, a cidade
beneficiou da expansão ultramarina portuguesa. O seu espaço urbano expandiu-se, enquanto o
contingente populacional aumentou: final do século, Lisboa registava uma população superior
à de Roma e à de Amesterdão, devido ao intenso cosmopolitismo (capacidade de atração). A
cidade do Porto, que teve um importante papel na aventura dos Descobrimentos, evoluiu em
menor escala e passou para segundo plano.
Sevilha – controlo da Carreira das Índias (rota dos metais preciosos que ligava a Espanha
à América, continente descoberto por Cristóvão Colombo em 1492). Aspetos importantes:
1. O movimento portuário.
2. A riqueza da cidade em homens.
3. A riqueza em bens alimentares.
4. A tradição comercial.
5. Os conhecimentos de astronomia e de cartografia.
6. A riqueza em ouro e prata.
7. O controlo da rota do Extremo Oriente.
8. A renovação urbanística.
9. O poder dos reis Católicos.
1. As viagens de expansão marítima colocaram problemas novos aos marinheiros, tais como
os ventos contrários e a força das correntes. Para tal, a caravela, navio veloz e manobrável,
permitia navegar à bolina graças às suas velas triangulares ou latinas;
2. As viagens do longo curso, até ao Oriente e à Amé rica, exigiam navios maiores (mais
mercadoria) e mais resistentes (evitar naufrágios). A nau e o galeão surgiram para tal;
3. A navegação costeira e a navegação por rumo e estima, com recurso à bússola, não eram
suficientes. Assim, os Portugueses recorreram ao astrolábio e ao quadrante e inventarem a
balestilha. Associaram-nos às tábuas de declinação solar, inaugurando a navegação
astronómica;
4. Aas anotações feitas durante as viagens marítimas originaram os guias náuticos e roteiros,
bases de dados de apoio à navegação fundamentada na experiência direta;
5. Até às viagens de descoberta, a cartografia existente era falsa: existiam apenas três
continentes e a configuração de África e do Oriente não correspondia à verdade;
6. As viagens de descoberta revelaram a invalidade dos mapas anteriores, substituindo-os por
cartas-portulanos (bacia do mediterrâneo), cartas com escala de latitudes, planisférios (cabo
da Boa Esperança, litoral brasileiro e costa africana.
O encontro com outros povos e regiões deu a conhecer novas culturas, novas faturas e novas
floras.
Assim, a cultura foi incentivada e apoiada pelas elites, transformando-se num símbolo
de refinamento e de riqueza material.
As relações sociais entre as elites renascentistas desenvolviam-se no âmbito das cortes. A vida
cortesã tinha grandes festas e eventos culturais onde brilhavam os talentos artísticos dos
humanistas. O cortesão, pelo seu estatuto, estava sujeito a regras pré -definidas quanto ao seu
comportamento em sociedade: as regras de civilidade, devendo assim ser um modelo em boas
maneiras: porte elegante, vestuário cuidado, capacidades militares, dotes de sociabilidade e
erudição. Devia também respeitar e elogiar as mulheres.
O estatuto dos intelectuais e artistas ascendeu: o artista plástico passou a ser valorizado
pela sua função criativa, passando a assinar as suas obras – Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci,
Botticelli, Rafael ou Brunelleschi. Intelectuais como Erasmo de Roterdão ou Rabelais eram
admirados por reis e papas, adquirindo uma dignidade ímpar na sociedade . Por vezes os
protegidos, devido ao seu prestígio, chegavam a impor os seus desejos aos seus protetores.
Objetivo 5. Ambiente propiciador de cultura na corte régia portuguesa
Os reis D. João II, D. Manuel I e D. João III favoreceram a arte e a cultura e utilizaram-nas
como meio de reforço do poder régio: acolhimento de humanistas estrangeiros, atribuição de
bolsas a estudantes portugueses no estrangeiro, fundação do Colégio das Artes (D. João III),
contratação de artistas estrangeiros para a corte portuguesa, construção e intervenção em
grandes obras arquitetónicas (mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém, Mosteiro da Batalha),
casamentos reais, embaixadas.
No entanto, os génios tiveram os seus mestres: Giotto (séc. XIII – XIV, pintura da
paisagem, recriação dos volumes e representação dos sentimentos); Masacci o (séc. XV,
tridimensionalidade e realismo); Jan van Eyck (técnica da pintura a óleo, naturalismo e
luminosidade).
O objetivo da simetria absoluta levou à escolha do círculo (forma perfeita, divina, sem
principio nem fim, para plantas dos templos. Nas fachadas, a distância entre as janelas e portas
era rigorosamente calculada.
Surge uma nova teoria das regras de proporção entre os componentes da ordem: o
módulo, medida base.
Escultura – Encontramos os estilos gótico, manuelino e clássico nos túmulos, portais, estátuas
de santos, estátuas jacentes e outros elementos religiosos. Para além dos escultores
portugueses o património escultório é devedor da presença dos franceses Chanterene, João de
Ruão e Filipe Hodarte.
Nos séculos XIV e XV, a Igreja Católica viveu um período conturbado devido à divisão
(Cisma) entre dois papas do Ocidente: o de Roma e o de Avinhão.
O movimento religioso Devotio Moderna (séc. XV) apelava ao desprezo pelos bens materiais
e a uma busca individual e interior de Deus;
Wiclif prezava o estudo direto da Bíblia, afastando o valor do claro ou dos sacramentos;
Erasmo de Roterdão critica à corrupção, ignorância e hipocrisia do clero;
Savonarola criticou os desvios à pureza do cristianismo pelo clero e pelo papa Alexandre VI.
Alguns deste crítico da Igreja pagaram com a vida a sua frontalidade, muito acabaram
queimados na fogueira.
Uma das maiores polemicas no seio da Igreja Católica foi a venda de indulgências
(perdão para os pecados), o que desvalorizou a prática do “boas obras”. O dinheiro obtido na
venda das indulgências servia para as obras da Basílica de S. Pedro do Vaticano
Martinho Lutero, monge agostinho que levava uma vida de despojamento e misticismo,
insurge contra a venda de indulgências e afixa, em 1517, na porta da catedral de Wittenberg, as
suas “95 teses contra as indulgências”.
O facto de não ter mostrado arrependimento e de ter afirmado que a Bíblia era a única
fonte de autoridade e após ter queimado a bula papal que condenava as suas teses e ameaça a
excomungação, levaram à sua excomungação e banimento, em 1520, da Igreja Católica.
Banido também do Império, refugiou-se junto dum príncipe e deu início a uma nova
doutrina, o luteranismo.
1. Justificação pela Fé
2. Teoria da predestinação
3. Primado das Escrituras
4. Ritos simplificados
5. Sacerdócio universal
6. Igrejas Nacionais Evangélicas
7. Dois Sacramentos – Batismo e Comunhão
A Igreja Luterana assenta nas relações individuais de cada um dos fiéis com Cristo, sem
a obrigatoriedade de seguir com o clero como intermediário.
Em suma, esta inovação teológica consistiu em aproximar a Igreja do povo. Para tal
contribuiu a difusão da Bíblia (invenção da imprensa) e o uso de línguas nacionais, quer na Bíblia
quer na pregação religiosa.
Por último, ao nível europeu, no séc. XVII, travou-se a Guerra dos Trinta Anos entre
protestantes da Boémia, Alemanha, Dinamarca, Suécia, França e Províncias Unidas e a Casa dos
Habsburgos, que acabou por assinar a Paz de Vestefália, reafirmando a liberdade de culto.
No século XVI, perante o afastamento crescente dos fiéis em relação à Igreja Católica,
esta empreendeu, por uma lado, uma Reforma da Igreja, no sentido de a aproximar dos
princípios doutrinários cristãos e, por outro lado, uma Contra-Reforma, através da condenação
explícita e da perseguição das várias formas de protestantismo.
Os principais alvos das perseguições eram os cristãos-novos, mas também todos aqueles
suspeitos de contacto com os ideais humanistas. Qualquer comportamento que se afastasse da
norma podia ser condenado sob a acusação de bruxaria, bigamia ou sodomia. Uma denúncia
levava a interrogatório pela Inquisição, já que eram possível recorrer à sociedade cível para
fazerem o seu trabalho. Este facto iniciou um clima de delação constante e medo da denúncia,
até porque os métodos usados na averiguação das culpas incluíam a tortura.
Objetivo 1. A atitude dos Ibéricos face aos novos povos que as Descobertas marítimas lhes
desvendaram
Para além desta desconfiança pela diferença, um fator entravou o encontro: o desnível
entre o poder do Europeu, baseado nas armas de fogo, e o poder do indígena, assegurado,
apenas, pelas armas tradicionais.
Embora a prática da escravatura não fosse nova na Idade Moderna, a partir de 1448
inicia-se o tráfico de escravos africanos destinados aos trabalhos mais duros nas colónia
americanas e na Europa.
Porém, os missionários não expandiam apenas a religião cristã; incutiam também, pela
sua presença, a cultura do povo conquistador, do que resultou a adoção dos valores culturais
europeus.
As uniões maritais entre diferentes grupos étnicos eram encorajadas pelos monarcas
Portugueses e Espanhóis e pelo claro das colónias com os objetivos de fomentar o enraizamento
dos Portugueses nos territórios conquistadores e de obter maiores êxitos numa missionação
levada a cabo por sacerdotes indígenas.
Porém, esta estratégia nem sempre surtiu efeito: os mestiços e os mulatos eram olhados
com preconceito e discriminação no acesso aos cargos eclesiásticos e civis.
11ºANO
Módulo 4: A Europa nos séculos XVII e XVIII – sociedade, poder e dinâmicos coloniais
Base agrícola;
Utensílios rudimentares;
Dependente do clima.
Condicionava a produção
Elevada mortalidade;
Elevada mortalidade;
Guerras – Destruíam tudo à sua volta – morriam inocentes nas mãos de soldados cruéis –
mortes (ex.: Guerra dos 30 anos);
Diminuição da mortalidade:
o Revolução agrícola;
o Revolução Industrial;
Crescimento demográfico:
Epidemias desaparecem:
o Descoberta da vacina.
Rejuvenescimento da população:
2.1. Estratificação social e poder político nas sociedades do Antigo Regime (século
XVI – finais XVIII) ***
Objetivo 1. A sociedade do Antigo Regime
A Sociedade do Antigo Regime era constituída por 3 ordens ou estados, definidos pelo
nascimento e pelas funções sociais desempenhadas. A mobilidade era rara, devido à
hierarquização da sociedade.
Clero:
Considerado o mais digno devido à proximidade a Deus e por ser protetor de todas as
ordens;
Composto por elementos de todos os grupos sociais, dividindo-se em alto clero e baixo
clero;
Único grupo cujo estatuto não se adquiria pelo nascimento;
Tinha muitos privilégios: Tribunal próprio; isenção de impostos; direito de asilo; recebia a
dízima e as doações dos crentes por isso vivia em desafogo económico, e até de maneira
luxuosa; exercia cargos na administração.
Nobreza:
Terceiro Estado:
Todos os comportamentos estavam rigidamente estipulados para cada uma das ordens
sociais. Assim, o estatuto jurídico, o vestuário, a alimentação, a forma de tratamento, etc.
deviam refletir a pertença a cada uma das ordens.
O rei utilizava a vida em corte para mais facilmente controlar a Nobreza e o Clero. A
sociedade de corte estava constantemente à vigilância deste.
Objetivos.
Relações entre o aparelho burocrático e a centralização do poder: Ao longo dos séculos XVII
e XVIII os reis portugueses procederam a uma centralização do poder: Século XVII - Depois do
domínio filipino, D. João IV reestrutura os órgãos da administração central para enfre ntar a
guerra. Não sendo um rei de tipo absolutista criou órgãos em quem delegava poderes
(Secretarias e Conselhos). Ao longo do século XVII as resoluções tomadas em Cortes tinham cada
vez menos importância para a governação do reino, que a sua convocação foi-se tornando cada
vez mais rara (até se extinguirem, praticamente, a partir de 1697).Século XVIII - a figura mais
marcante do absolutismo português, o rei D. João V, teve um papel muito interveniente na
governação, remodelando os órgãos do aparelho de estado e rodeando-se de colaboradores de
confiança. Contudo, o Estado não se tornou mais eficiente para os súbditos: faltava a ligação
entre a administração central e a administração local e a dependência de todas as decisões da
aprovação do rei, tornava qualquer pedido num processo muito lento. Na prática, a burocracia
afastava o povo do rei.
Foi o dinheiro que abriu à burgueis das províncias unidas as portas da ascensão social.
Com o tempo, a ascensão da burguesia de negócios foi consolidada pela educação, pelos
casamento e pela dedicação aos cargos do Estado: graças à descentralização administrativa,
eram os chefes das famílias burguesas quem dominava os conselhos das cidades e das
províncias, formando uma elite governante.
A luta histórica entre o povo – Parlamento – e os soberanos ingleses remonta à Idade Média
(Magna Carta). Porém, é no século XVII que vinga o Parlamentarismo inglês devido a 2
Revoluções:
1. Instauração da República inglesa – Carlos I assinou a Petição dos Direitos (respeitar a
vontade popular), em 1628, mas não a cumpriu, facto que levou à sua morte. O seu sucessor
foi Cromwell que instaurou um República repressiva, que durou até à sua morte (volta para
a monarquia);
2. Revolução Gloriosa – 1688, Guilherme de Orange vence Jaime II e compromete -se a
respeitar solenemente as liberdades do povo consignadas na Bill of Rights (1689). Este texto
estabelecia limites ao poder real, protegendo os direitos dos súbditos.
Modelo absolutista:
Modelo parlamentar:
Unidade 3 – O triunfo dos Estados e dinâmicas económicas nos séculos XVII e XVIII***
O mercantilismo francês foi implementado por Colbert (ministro do rei Luís XIV). A sua
política económica, muito dirigista, concedeu o principal relevo ao desenvolvimento das
manufaturas como meio de substituir as importações de produtos estrangeiros por produtos
franceses. O Colbertismo salientou-se pelo desenvolvimento da frota mercante e da marinha de
guerra e pela criação de companhias monopolistas.
Cromwell, chefe inglês, encarnou uma faceta do mercantilismo mais flexível, mas
igualmente empenhada na supremacia da economia nacional. As suas medidas económicas
valorizavam a marinha e o setor comercial (Atos de Navegação).
As inovações agrícolas resultaram num aumento da produtividade, o qual, por sua vez,
estimulou o crescimento demográfico e canalizou a mão-de-obra excedentária para as cidades.
A Inglaterra foi o país que mais cedo se transformou num espaço económico unificado
– fatores:
Setor algodoeiro - quando um dos ramos do setor têxtil se desenvolvia, o outro era
obrigado a acompanhá-lo.
Máquina a vapor – invento mais importante – 1767, fonte de energia artificial, eficaz e
adaptável a muitos usos.
Entre 1670 e 1692, Portugal enfrentou uma grave crise comercial provocada:
Face à nova crise de meados do século XVIII, o rei D. José I tentou uma estratégia de
mudança em relação à política do seu pai. Marquês de Pombal delineou a recuperação
económica com base nos pressupostos mercantilistas. As principais medidas económicas:
O comércio foi também reorganizado de modo a diminuir o défice e de colocar as trocas na mão
da burguesia portuguesa, através destas medidas:
Em consequência desta política económica, o final do século XVIII foi, para Portugal, um
período de prosperidade, com uma balança comercial positiva e a resolução do problema do
défice comercial com a Inglaterra.
No século XVII, a atitude perante a ciência dividia-se entre a crença dogmática nos livros
dos “Antigos” e a procura do saber através da experiência. Para a nova atitude experimentalista
contribuíram:
Espirito crítico herdado do período do Renascimento (sé c. XV – XVI);
Conhecimento da Natureza proporcionado pelas viagens da Descoberta.
Objetivo 4.
O pensamento iluminista defendia que estes direitos eram universais e por isso estavam
acima das leis de cada Estado, sendo que este deveria usar o poder politico para os assegurar
assim como para garantir a felicidade do Homem. O Iluminismo apreciava o individualismo pois
cada individuo deveria ser valorizado, independentemente dos grupos em que se integrasse.
Valor da Razão humana como motor de progresso. Acreditava-se que o uso da Razão,
livre de preconceitos e outros constrangimentos, conduzira ao aperfeiçoamento moral do
Homem, das relações sociais e das formas de poder político, promovendo a igualdade e a justiça.
Em suma, a Razão seria a luz que guiaria a Humanidade.
O século XVIII ficou conhecido como o século das Luzes. Por luzes ou Iluminismo
designa-se o conjunto das novas ideias que marcaram a época.
O Direito Natural
Este novo ensino era alargado a um conjunto mais vasto da população e aberto à
novas ideias da ciência experimental, de acordo com a Filosofia das Luzes; Além disso,
servia o propósito de preparar uma elite culta, de apoio à governação, colmatando a
ausência dos jesuítas.
Objetivo 9.
Países com industrialização mais lenta: Rússia, Áustria-Hungria, Itália, Portugal e Espanha.
França: apenas alcançou a maturidade na primeira década do século XX, pois carecia de matéria-
prima – carvão – e a sua economia dependia ainda de uma agricultura de subsistência. A
industrialização francesa assentou na eletricidade e na produção automóvel.
Alemanha: o arranque industrial deu-se em meados do século XIX com a construção dos
caminhos-de-ferro. No final do século XIX, já unificada, foi capaz de competir com a indústria
inglesa, suplantando-a na produção de aço a partir do século XX. A Alemanha dispunha de carvão
em abundância e aumentou as suas reservas após ter conquistado à França a Alsácia-Lorena.
Japão: caso único no contente asiático, o Japão industrializou-se na segunda metade do século
XIX devido à intervenção do imperador Mutsu-Hito, o qual apoiou a produção industrial
seguindo os modelos ocidentais e abriu o país ao comércio com o exterior. O japão beneficiou,
também, de um crescimento demográfico intenso, o qual forneceu mão-de-obra e
consumidores à indústria.
Objetivo 11. A persistência de formas de economia tradicional
Porém, a par deste mundo industrializado, não devemos esquecer que a maior parte do
planeta era, ainda um mundo atrasado. Alguns países como o Império Russo, o Imperio Austro-
húngaro e os países da Europa meridional, tiveram o seu arranque industrial tardiamente. As
regiões que eram colónias nem sequer se puderam desenvolver. No interior dos países
desenvolvidos, os redutos de tradicionalismo, onde uma agricultura de subsistência avessa ao
campo facheado, coexistia, no mesmo país, com a agricultura mecanizada e o artesão
trabalhava, em casa, perto de uma grande fábrica.
Nos séculos XVI, XVII e XVIII, foi adotado um sistema económico protecionista, que
apoiava o mercantilismo vigente. O protecionismo baseava-se na proteção à indústria e ao
comércio nacionais: para conseguir uma balança comercial positiva, o Estado intervinha n a
economia, decidindo quais as manufaturas a implementar, o montante das tarifas aduaneiras a
aplicar aos produtos importados, o preço dos produtos internos, as regras a impor ao comércio
com o exterior.
No século XIX e inícios do século XX, face à explosão populacional, muitos lutaram pela
contenção da natalidade. Porém, foi nos meios mais abastados, onde a satisfação das
necessidades básicas permitia o surgimento de paternidade, que começou a difundir-se a
limitação voluntária dos nascimentos.
Êxodo rural;
Emigração (vagas de partida para as colónias);
Crescimento dos setores secundário e terciário: indústria, comércio, profissões liberais.
No século XIX, a principal origem das migrações internas era o campo e o principal
destino a cidade. A partir de 1850, o êxodo rural do responsável pelo acentuado crescimento da
população urbana da Europa. Outro tipo de migrações eram as deslocações sazonais para lo cais
onde era necessário, pontualmente, um acréscimo de mão-de-obra.
1. A pressão populacional;
2. Os problemas do mundo rural;
3. Os problemas ligados à industrialização;
4. A revolução dos transportes;
5. A idealização dos países de destino;
6. A fuga a perseguições políticas e religiosas.
2.2. Unidade e diversidade da sociedade oitocentista***
Objetivo 6. A unidade e diversidade da nova sociedade de classes
Uma vez atingido o topo da escala social, cabe à família burguesa o papel fundamental
de assegurar a continuidade de estatuto e reforçá-lo.
No entanto, pouco a pouco, a burguesia foi definindo e impondo os seus próprios valores
com orgulho: apreço pelo trabalho, sentido de poupança, perseverança e solidariedade familiar.
Reações dos operários contra a sua condição miserável organizou-se de duas formas:
Explicação do Marxismo:
Desde do século XVIII, foi implementado um sistema liberal moderado (Portugal, França,
Grã-Bretanha, Bélgica), que eliminou os regimes absolutistas e os substituiu por monarquias
constitucionais, nas quais os cidadãos em representados (soberania popular).
Por várias razões, de ordem linguística, histórica ou religiosa, vários povos não se
sentiam integrados no Estado imperial a que pertenciam e, como tal, desencadearam
movimentos de libertação ao longo do século XIX. No início do século XX, a repressão do
princípio das nacionalidades e a luta por áreas de influência por parte dos impérios acabaria por
gerar focos de tensão que conduziriam à 1ª Guerra Mundial.
Unificação Italiana (1861) – A ideia de um Estado único enfrentava a oposição dos Austríacos
que dominavam os Estados do Norte e Centro, e a desconfiança do Papa. A unificação partiu do
reino do Piemonte-Sardenha (estado liberalista) e Vítor Manuel II tornou-se rei de Itália.
Unificação Alemã (1871) – A unificação foi impulsionada pela Prússia que já havia derrubado as
barreiras alfandegárias entre alguns Estados em 1828 (Zollverein). O rei Guilherme I da Prússia
e o chanceler do rei Otto von Bismark conseguiram a unificação através da força das armas. A
unificação é consumada em 1871 com o kaiser Guilherme I – II Reich.
A tensão gerada pelas rivalidades económicas levou os Estados europeus a procurarem aliados:
Em 1851, o golpe de Estado do Marechal Saldanha instaurou uma nova etapa política
em Portugal, a Regeneração, que se estendeu até à implantação da República. Esta pretendia o
progresso material do país, com o fomento do capitalismo aplicado às atividades económicas, e
o encerramento dos conflitos entre as fações liberais (paz foi conseguida com a carta
Constitucional e com a promoção do rotativismo entre os partidos do poder).
1. Livre-cambismo – entrada de produtos industriais a baixo preço, com os quais não tínhamos
capacidade de competir; a exportação de produtos agrícolas decaiu; a balança comercial
era, assim, negativa (1890).
2. Investimentos externos – desenvolvimento portugueses fez-se com investimento
estrangeiros, logo, as receitas originadas por esses investimentos não revertiam a nosso
favor.
3. Empréstimos – Défice das finanças públicas. Os recursos utilizados para aumentar as
receitas passavam pelas remessas dos emigrantes e por pedidos de empréstimos ao
estrangeiro. Por isso, quando o banco londrino abriu falência (1890) Portugal deixou de ter
meios para lidar com a dívida e em 1892 declarou bancarrota.
Retorno à doutrina protecionista, que permitiu à agricultura enfrentar os preços dos cereais
estrangeiros e à indústria colocar a produção no mercado em condições vantajosas;
Concentração industrial – criação de grandes companhias preparadas para as flutuações do
mercado;
Valorização do mercado colonial, suprindo a perda de mercados europeus;
Expansão tecnológica, com a difusão dos setores ligados à 2ª revolução industrial e da
mecanização.
4.3. As transformações do regime politico na viragem do século***
Em Portugal, o século XIX foi marcado pela corrente naturalista na pintura. Começou-se
a privilegiar a pintura ao ar livre, paisagista, dentro da linha da Escola de Barbizon. Dedicaram-
se ao tratamento de temas banais do quotidiano e à representação de elementos anó nimos do
povo.
Nas artes plásticas: Silva Porto e Marques de Oliveira, Bordalo Pinheiro, José Malhoa, Aurélia de
Sousa, Henrique Pousão, António Carneiro.
Na literatura: Eça de Queirós, Antero de Quental, Cesário Verde, António Nobre, Eugénio de
Castro, Camilo Pessanha.