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■ViC^c
CAPTIVEIRO
(memórias)
RIO DE JANEIRO
194 1
— 4
Dunshee de Abrancheg.
de minha m5e
- o»
tiíí-, r0(,0s a el°giavam e lhe queriam bem Era
I mV do
Lluz ?mMUma daS raParigas mais lindas de São
Maranhão. Sempre aleare risonb cn^
mas respeitosa e hide, Ssa mUi,0 r«'
ada, saia redonda acima dos tornoselos esculntn
, S
mestiça
mestfca eed
de Õ,n0mün
ê outras -e8 menos
nao “ enre<,os em tor
famosas da"°época
dessa
cujas senhoras tinham orgulho em possuil-as é
— 10 —
aos 27 annos,1"repellia
aor^lnrs 6
^ G’ VÍrSem
systematicamente todas as
-ndá
propostas de casamento ou de sedução com
umas risadas cristalinas e rytliimadas dizendS'
que so pensaria em amores no dia em que «-
rasse a sua mãe do capitveiro.
Amélia fôra alcunhada pela gente da terra
de Pnncesada Calçada do Açougle. Nos baixos
des" “n PreC
oesse elle ÍpÍt°Uuma
proferir
a sua deci
palavra^o• antes que P
pu-
DESABAFO
drdesab2nChVO ^ afi a1
“ ' S nsse
° “
h ra Cheg U temp0S de ois
darnenS ° que tivesse
damente sem ° previstoP ou ’ escolhido.
inespera-
Foi em uma vespera de Reis. Eu tinha pouco
— 18 —
0 CASTIGO
IV
THESOURO DE FAMÍLIA
OS HORRORES DA ESCRAVIDÃO
— 45 —
PRECONCEITO DE RAÇA
0
INSTINCTO DE LIBERDADE E O ODIO AO
BRANCO
sas
- Os brancos não se pejaram de mesclar a sua
r
aça. E os bastardos pollularam por toda a parte
tornando-se em regra os seus mais ferozes ini-
migos. Para mim, já te tenho dito e repetido, a
liberdade' hão é sentimento, é instincto. Esse
mstincto fez nascer o odio, que ahi está, não
ao branco em si, mas ao antigo colono uzurpa-
dor. E, como o colono era em geral portuguez e
branco, irrompeu esse rancor recalcado contra
a
velha metropole e seus filhos, aqui domicilia-
d°s. E um tal rancor, que não tardou a estender-
se aos estrangeiros de toda a sorte, é maior hoje
do que quando daqui partimos pelo que tenho
observado”.
OS ESCRAVOS E A INDEPENDENCIA
MAROTOS E GALHAMBÓLAS
A BALAIADA
A MORTE DO CANGAÇO
D. EMILIA BRANCO
SEMEADORA DE LUZES
0 GOLLEGIO N. S. DA GLORIA
, BUOTrU PÚBLICA
Descrevendo-me a inauguração deste insti-
tudo de ensino D. Emilia Branco falára com en-
thusiasmo. Fora um acontecimento que enchera
Beaeúito lsUô
júbilo toda a sociedade culta de S. Luiz. Dona
Martinha, não só se cercára de suas tres filhas,
que primorosamente educára, como escolhera um
§rupo de professores de nomeada entre os ma-
r
anhenses mais notáveis nas sciencias e nas let-
ras. 0 vasto palacete da rua do Giz, hoje 28 de
Julho, regorgitou logo de alumnas, sendo muitas
e
uviadas do interior. Nas horas regulamentares,
funccionavam as classes infantis e as médias
Pura adolescentes. Pela manhã e á tarde, Dona
Martinha se occupava em dar instrucção a senho-
r
us que se envergonhavam da sua ignorância pe-
r
unte os filhos. Os primitivos estatutos, datados
de 1844 e approvados por honrosa portaria do
Presidente da Província, Conselheiro Figueira de
^lello, dispunham não sómente sobre as discipli-
— 114 —
A RENASCENÇA MARANHENSE
A ATHENAS BRAZ1LEIRA
VINGANÇA DA MÃE-PRETA
■'.Ãittti*'59-
A LIBERTAÇÃO DO CEARÁ
— 174 —
0
CENTRO ARTÍSTICO ABOLICIONISTA
MARANHENSE
ACÇÃO REVOLUCIONARIA
NO CORAÇÃO DO BRAZIL
BAPTISMO DE SANGUE
Gruta
A REDEMPÇÃO
Sent
De súbito, eis que surge no
mando-se da ribalta e interrompen aUt0ridade
ma da sessão, presidida pela pnrn^ annos in-
da província, um jovem d
G n
° Ao^cgrêssar horas depois á minha residem
cia da Praça da Alegria, corn o cor.a^° em0.
rehro abalados por tantas e tão varieg t
Ções e fatigados por mais de tres tos^de tetos,
pensava offerecer as minhas f1_rps Dre-
meus anjos tutelares, ^ ramo ^1^ ^
sente da nobre esposa do Di • r^i^^camen-
Estas, todavia, me aguardavam casa
te entristecidas. Acabavam de volta
da Amélia, a dedicada e valorosa ^ ^
nha Mãe Preta que fallecêra pela míJ ®
nessa tarde mesmo, deveria ser sePu famo-
Corri ao velho sobradinho, no qu ára
sa Princeza da Calçada do Açmiff* > preço
tanto para acumular vintém por vin ito.
da alforria de sua querida e generosa proge^ito
J
ra e era então de sua propneda ^ bemfaseja
callejadas e frias daquella escrava
que ternamente me aleitára e ^ra aind^ho^
dosamente os filhos e soblin 108 j0 pequeno
nhores. E, durante o long° do Gavião,
prestito fúnebre ate ao Ce
FIM
9
I - A minha Mãe Preta 17
n - Desabafo 23
m - o Castigo 29
IV - Thesouro de familia • • •_• 31
v - Os horrores da escravidão 37
vi - os mercados de carne human^ avidão 43
VII . A mulher maranhense e a escravrdao 49
VIII - preconceitos de raça 53
ix ■ - o Pelourinho, o tronco e a forca - ao
x . o instincto de liberdade e o odio 61
branco "' 67
xi ■ . Os escravos e a Independencia ... 71
XII ■ ■ Marotos e calhambólas 77
xm - D. Anna Jansen 87
xiv - A Balaiada 95
xv - A morte do cangaço 103
xvi - D. Emilia Branco ’’ 107
XVII - Semeadora de Luzes . • ■ • 173
XVIII - O Collegio N. S. da Gloria 117
XIX - A renascença maranhense 127
XX - A Athenas Brazileira • • - ■ ■■■ 133
XXI - Amores e tragédias dos ei 145
XXII - O captiveiro das brancas 155
XXIII - O grito das senzalas