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África Ruh
Sinopse
154 a.C.
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Às Portas de Numancia – Africa Ruh
Prólogo
1 Antiga cidade da Península Ibérica, na atual Espanha, situada nas margens do Rio
Douro.
2 Antiga cidade portuária situada a 30 km de Roma.
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I.
Más notícias
3Espécie de tanque retangular com fundo plano usado para recolher água da chuva
que se encontrava no vestíbulo das casas dos antigos gregos, etruscos e romanos.
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II.
Laços de sangue
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III.
Um mau augúrio
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IV.
Para o selvagem
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V.
Um novo aliado
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O navio parou.
Mas, durante um bom pedaço, não escutei nada.
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Eu obedeci.
A escuridão me envolveu.
Dentro da arca fazia um calor sufocante. Além disso,
notava o meu próprio fedor e sentia repugnância por mim
mesma.
Mas dizia a mim mesma que era necessário. Calias tinha
razão: os marinheiros logo começariam a revistar o porão, e
era pouco provável que se atrevessem a tocar nos
fornecimentos para o exército romano. Afinal de contas, o
capitão Alexis transportava mercadorias mais apetecíveis,
como ânforas de vinho, azeite e garum; certamente,
prefeririam apoderar-se disso do que dos escudos.
Ou nisso confiava eu.
Não demoraria muito a averiguar se estava correta.
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VI.
Bárbaros!
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O tempo passou.
Acreditava notar o barulho continuado de uma carroça,
mas talvez fosse só a minha imaginação.
Crac.
A arca se derrubou.
A tampa se abriu.
E a luz me cegou.
Senti o estalo do sangue quando uma pedra me abriu a
testa. Aturdida pela dor, engatinhei para fora da arca e rodei
pela erva úmida. Cambaleei um par de vezes até que consegui
levantar-me.
Então eu vi.
Primeiro, o bosque.
Depois, a caravana romana. Assaltada. Destroçada.
E finalmente…, a eles.
Gritei.
Nas minhas costas ouvia os grunhidos dos homens, os
relinchos dos cavalos. O chocar das espadas.
Uma batalha estava ocorrendo no meio de um bosque
que eu não conhecia. Uma batalha entre legionários
romanos… e selvagens.
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Oh.
Oh, não.
“Por favor, que estes selvagens não sejam celtiberos”,
rezei em silêncio. “Que sejam iberos, que sejam qualquer
outro povo. Mas que não sejam celtiberos”.
Fossem quem fossem, uma coisa estava clara: Calias e
eu éramos seus prisioneiros.
Para onde nos levavam? O que queriam de nós?
Podia perguntar a Leukón. Mas não me atrevia.
Já era de noite e fazia frio. Estava faminta e, ao mesmo
tempo, tinha o estômago revolto. A ferida da testa me doía;
estava certa de que ainda não tinha deixado de sangrar.
Mas, independentemente de tudo, tinha o coração
encolhido.
Não queria respostas. Queria descansar.
E, sem dar-me conta, fui ficando presa a um doloroso
torpor.
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VII.
A muralha da discórdia
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forma quadrada, presa por uma fíbula e colocada por cima da demais indumentária.
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VIII.
A cidade do vento
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IX.
A dança do fogo
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X.
Lug
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XI.
A proposta
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Eu não entendia:
― E quanto a você? Não se importa de casar comigo?
Não tem outra?
― Não estou casado. E não me interessa ninguém.
― Eu estou prometida em Óstia. Com um homem
chamado Máximo.
― Má sorte para ele.
― Mas eu já… ah…, enfim…
Não sabia se os celtiberos eram muito escrupulosos no
que dizia respeito à virgindade de suas mulheres.
A Leukón custou um pouco entender o que eu tentava
dizer-lhe:
― Ah…? Ah! Não me importa, sempre e quando não se
importe que eu não…
― Ah… Não, suponho que não me importa.
― Bem.
― Bem.
Naturalmente, não esperava uma romântica declaração
de amor da sua parte, mas aquilo me parecia deprimente.
Para não falar de que era uma traição para com
Máximo. E para com os meus pais.
E para com Roma.
Mas essa traição era a única coisa que podia salvar-me
da fogueira.
Calias pôs os braços nos quadris.
― Senhora, eu não sei muito de maridos e mulheres,
mas sei que uma pessoa que está disposta a salvar-lhe a vida
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XII.
Escaramuça
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XIII.
A canção do bosque
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XIV.
Duelo de titãs
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XV.
A honra de um Belo
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― Não.
O tom frio de Leukón me surpreendeu.
― Isso me parecia ― murmurei depois de um momento
―. Tenho a impressão de que Kara e você são bons amigos,
mas Stena…
― Kara é como uma irmã para mim ― disse Leukón ―.
Mas temo que Stena e eu não tenhamos uma relação muito
estreita.
― Então? ― insisti ―. Por que foi tão generosa conosco?
― Espera algo em troca.
― De você?
― Não. De você.
Quando ia perguntar a que se referia, a porta se abriu
de novo.
― Senhora!
Abri os braços para receber Calias neles. O menino
esfregou o seu nariz contra a minha bochecha.
― Senhora, conseguiu! Livrou-se daquele homem
horrível!
― Isso parece ― admiti ―. Por que o diz? Passou-se
alguma coisa na minha ausência?
Ele me soltou para olhar-me nos olhos.
― Oh, sim ― disse com ardor ―. O druida ficou furioso
ao ver que não estava, então começou a dar voltas por aí,
gritando e esbracejando, enquanto todos os outros o olhavam
com cara de susto… Tinha de ver! Um mequetrefe como ele
tem toda uma cidade atemorizada! ― Calias elevou o queixo
―. Se eu tivesse uma espada, dar-lhe-ia uma boa lição…
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XVI.
Romana
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XVII.
Um golpe certeiro
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― Bem.
Mentia. Soube sem necessidade de olhar para ele.
― Venha aqui e me ajude a tratar da sopa, quer?
O menino se levantou. Estava mais arisco do que
habitualmente, mas não se tornou desobediente. Pelo menos,
não até àquele momento.
― Está tudo bem, querido? ― perguntei-lhe.
Ele fixou o olhar na concha da sopa.
― Sim, senhora.
― Fico contente. Comigo não está tudo bem, sabe?
Calias deixou de mexer a sopa.
― Não, senhora?
― Não. Está-me custando muito adaptar-me a este
lugar. Tudo é novo para mim: a comida, os costumes, as
pessoas.
Ele murmurou:
― Não sei se gosto das pessoas, senhora.
Eu escolhi com cuidado as minhas palavras:
― O que lhe pareceram os outros meninos de
Numância?
― Não me pareceram meninos, senhora.
― O que quer dizer?
― Eu não gosto que os adultos pensem que os meninos
são tolos ou que não podemos valer-nos por nós mesmos.
Quando um menino é rico, há vezes em que as pessoas mais
velhas que o rodeiam o impedem de fazer certas coisas,
acreditando que não vai saber fazê-las. E então esse menino
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XVIII.
Entre Epona e Lug
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― Mmm?
― Tiresio e Unibelos fizeram alguma coisa a Calias?
Mordi o interior da bochecha.
― Como…?
― Como sei? ― Suspirou ele ―. Bom, não sou idiota.
Conheço-a melhor do que pensa, e sei que não é uma pessoa
violenta. Só a vi empunhar uma arma em uma ocasião… e foi
para defender este moço. ― Assinalou Calias com a cabeça ―.
Você não gosta de Aunia, mas teve de ter um motivo de peso
para atacá-la. E, tendo em conta que lhe escaparam os
nomes de seus filhos, só tive de unir os pontos.
― Podemos fazer alguma coisa para ajudar Calias? Não
quero que passe um mau momento por culpa daqueles
meninos.
― Ocupar-me-ei disso.
― Falará com Aunia?
― Tenho uma ideia melhor. Confie em mim.
Fiquei olhando-o à luz da lareira. Já começava a
acostumar-me às cicatrizes de sua cara e ao perfil irregular
de seu nariz quebrado. E, pouco a pouco, ia descobrindo
outras matizes: o brilho de seus olhos escuros, a sua forma
de franzir as sobrancelhas quando estava pensativo, a suave
curva que formava a sua boca.
― Está bem ― suspirei ―. Confiarei em você.
Ele esticou os lábios em algo parecido a um sorriso e se
levantou para deixar o moço em seu leito. Momentos depois,
voltou a tombar-se atrás de mim.
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XIX.
Lua de mel
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Quanto a Leukón…
A nossa relação passava por um momento estranho.
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XX.
O Solstício de Inverno
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XXI.
Traição
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― Não entendo.
Soprei.
― Então, serei clara: não me incomoda que se deitasse
com Aunia, mas não entendo por que me ocultou isso todo
este tempo. E me parece vergonhoso que agora pretenda
ignorar o vosso filho.
Quando pronunciei as duas últimas palavras, Leukón
exclamou:
― O quê?
Seu tom não revelava aborrecimento, nem vergonha. Só
uma profunda incredulidade.
― Como “vosso”? Desde quando eu vou ter um filho com
Aunia?
― Desde que se deitou com ela durante uma de vossas
explorações.
Leukón abriu os olhos e a boca ao mesmo tempo.
― Isso…
― Isso é o que ela lhe disse antes. ― Suspirei ―. E eu
acredito nela.
― Acredita nela? ― O meu marido repetiu, quase sem
fôlego.
― Agora entendo por que sempre a defendia. Na verdade,
devia ter suspeitado, mas…
― Acredita nela? ― insistiu ele ―. Estou dizendo que o
filho de Aunia não é meu e você… acredita nela?
Respirei fundo.
― Leukón, escutei a vossa conversa.
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XXII.
Encruzilhada
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XXIII.
Amigos dos romanos
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― Porque é o melhor.
Kara apertou as mandíbulas e desviou o olhar.
Eu dei um passo para ela.
― Culpa-me por isto, Kara? ― perguntei com suavidade.
― Sim e não ― admitiu ela ―. Não é culpa sua, eu sei.
Você não quis causar-lhe problemas, mas…
― Causei-os.
A jovem voltou a contemplar-me.
― Suponho que não escolhemos por quem nos
apaixonamos.
― Não, mas escolhemos a quem querer. E eu escolhi
querê-lo… e o arrastei à tumba.
― Se o matarem, Cassia, irão matá-la também.
― Isso não me importa ― disse sem mentir ―. Só quero
ajudá-lo.
― E eu, mulher ― suspirou ela ―. E eu.
Ficamos caladas durante um momento.
― Há alguma coisa que possamos fazer?
― Receio que não. O Conselho de Anciãos admira a
coragem, mas não acredito que isso seja suficiente para
Leukón.
― Se houvesse alguma forma de convencê-los…
Kara se adiantou e me pôs as mãos nos ombros.
― Acredito que, apesar de tudo, fez bem.
Eu a olhei com desconcerto.
― A que se refere?
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XXIV.
À maneira dos celtiberos
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XXV.
Coração de ferro
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XXVI.
O pranto do carnyx
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― Mas…
Dei-lhe um beijo na testa. Ao ver que me dirigia para a
porta, ele voltou a deitar-se. Acredito que já estava
adormecido quando parti.
Baixei a cabeça para proteger-me da chuva. Era fraca,
felizmente.
Olhei para cima e me perguntei como estaria Leukón, às
escuras e no meio do bosque, para surpreender Nobilior e
seus homens.
Pela enésima vez naquela noite, rezei por ele e por seus
companheiros de armas. Depois me obriguei a parar de
pensar neles.
Eu ia travar outra batalha. E também ia ser dura.
Encontrei Stena em uma poça de líquido fedorento. Tirei
o sagum velozmente e me ajoelhei a seu lado. A mulher tinha
a cara pálida e estava coberta de suor frio.
― Está aqui ― murmurou.
― É óbvio.
Tinha os lábios ressecados. Primeiro, dei-lhe um pouco
de água: se continuasse a gritar daquela maneira, ficaria mal
da garganta.
Nunca antes tinha feito um parto, mas tinha visto a
minha mãe fazê-lo. Na verdade, era a parteira quem fazia a
maior parte do trabalho; o seu acompanhante devia limitar-se
a oferecer-lhe comodidade e segurança. E eu podia fazer
ambos.
― Tem de pôr-se de cócoras ― disse-lhe com suavidade
―. Deixe que a ajude.
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XXVII.
Penélope
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― Sim.
― E o que lhe disse?
― Temos de ir.
― Mas…
― Agora.
Seu tom não admitia discussão alguma.
― Ponha o sagum ― ele indicou ― e me siga. Sem fazer
perguntas.
Ia dizer-lhe que eu não era um cavalo ao qual pudesse
dar ordens, mas o que disse a seguir me abrandou:
― Por favor.
Decidi fazer o que me pedia.
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XXVIII.
O caminho dos heróis
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XXIX.
Às portas da Numância
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quadris, mas não protestei; a única coisa que fiz foi gemer
contra o seu ombro quando os nossos corpos encaixaram.
― Ah… Quero recordar-me de você assim ― sussurrou
ele ―. Quero que seja a última coisa da qual me lembre.
Afundou a cara no meu pescoço e foi deixando um
rastro de beijos úmidos na minha pele. Eu enredei os meus
dedos no seu cabelo e o abracei com as pernas.
― Sempre estará comigo ― prometi com um fio de voz ―.
Dentro de mim, em meu corpo e alma.
Leukón moveu os seus quadris para cima com tanta
força que tive de reprimir um grito. Ele me olhou com os
olhos entreabertos.
― Os deuses foram generosos comigo ― ofegou ―. Há
quem se vá deste mundo sem ter amado, nem ter sido
correspondido. Eu… posso partir em paz…
As suas palavras foram interrompidas por um grunhido
de prazer. Os meus foram afogados pelo retumbar de um
trovão.
Mas já estava tudo dito. E, enquanto a chuva
aumentava, dissemo-nos adeus sem palavras. Um adeus para
sempre.
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Epílogo
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15 Alcunha ofensiva.
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Agradecimentos
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