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Anaisa Gonçalves e

Inês da Costa
Nº1 e Nº8 OS MAIAS
11ºO
INTRODUÇÃO
OS ESPAÇOS

• Santa Olávia;
• Coimbra;
• Sintra;
• Lisboa;
• Ramalhete;
• Consultório;
• A Toca;
• Estrangeiro
SANTA OLÁVIA 

• Local de refúgio em momentos difíceis;


• Local de infância de Carlos;
• Símbolo da vida e da regeneração;
COIMBRA

• Local da juventude e da vida


boémia
• Representa a formação e a
amizade
SINTRA

• Local de passeio dos lisboetas;


• Encontros sociais e amorosos;
• Símbolo do paraíso romântico
LISBOA

• Espaço de vivência e de
convívio social;
• Representa a centralidade da
nação portugues;
RAMALHETE

• Residência familiar em lisboa;


• Ao longo do tempo, representa:
     - o Portugal velho,
     - as expectativas, projetos e sucessos,
     - a catástrofe e a decadência da família, 
• O jardim acompanha simbolicamente o
percurso da família,
Consultório
• Representa os projetos de
Carlos e o seu entusiasmo
passageiro, que terminam
em falhanço profissional;
• Símbolo do diletantismo de
Carlos e da sua geração;
A Toca
• Local onde ocorre o incesto;
• Representa a sensualidade;
• Presença de símbolos que
anunciam a extinção da
família Maia;
Estrangeiro
• Locais de fuga em
momentos difíceis
• Residência dos Maias em
vários momentos
• Modelo a seguir, símbolo de
cultura requinte
OS ESPAÇOS PSICOLÓGICOS

• O sonho;
• Emoções e reflexões;
• Memória.
“Baptista trouxera o chá, o charuto do Alencar acabara; (...)E então, pouco
a pouco, diante das suas pálpebras cerradas, uma visão surgiu, tomou cor,
encheu todo o aposento. Sobre o rio, a tarde morria numa paz elisea. O peristilo
do Hotel Central alargava-se, claro ainda. Um preto grisalho vinha, com uma
Sonho cadelinha no colo. Uma mulher passava, alta, com uma carnação ebúrnea, bela
como uma Deusa, num casaco de veludo branco de Guinava. O Craft dizia ao
seu lado très-chic. E ele sorria, no encanto que lhe davam estas imagens,
tomando o relevo, a linha ondeante, e a coloração de coisas vivas.
Eram três horas quando se deitou. E apenas adormecera, na escuridão
• Carlos sonha com Maria dos cortinados de seda, outra vez um belo dia de inverno morria sem uma
aragem, banhado de cor de rosa: o banal peristilo de Hotel alargava-se, claro
Eduarda; ainda na tarde; o escudeiro preto voltava, com a cadelinha nos braços; uma
mulher passava, com um casaco de veludo branco de Génova, mais alta que
uma criatura humana, caminhando sobre nuvens, com um grande ar de Juno
• Fator inicial da ação. que remonta ao Olimpo: a ponta dos seus sapatos de verniz enterrava-se na luz
do azul, por trás as saias batiam-lhe como bandeiras ao vento. E passava
sempre... O Craft dizia très-chic. Depois tudo se confundia, e era só o Alencar”
(Capítulo VI)
“Assim, a brilhante deusa era também uma boa mamã; e isto dava-lhe um
encanto mais profundo, era assim que ele gostava mais dela, com este terno
Imaginação estremecimento humano nas suas belas formas de mármore.
Agora, já ela estava em Lisboa; e imaginava-a nas rendas do seu peignoir,
com o cabelo enrolado à pressa, grande e branca, erguendo ao ar o bebé nos
seus esplêndidos braços de Juno, e falando-lhe com um riso de ouro. Achava-a
assim adorável, todo o seu coração fugia para ela... Ah! poder ter o direito de
• Carlos procura Maria estar junto dela, nessas horas de intimidade, bem junto, sentindo o aroma da
sua pele, e sorrindo também a um bebé. E, pouco a pouco, foi-lhe surgindo na
Eduarda em Sintra; alma um romance, radiante e absurdo: um sopro de paixão, mais forte que as
leis humanas, enrolava violentamente, levava juntos o seu destino e o dela”
(Capítulo VII)
• Serve-se da sua imaginação
para ver as formas dela.
“Decerto era terrível tornar a vê-la naquela sala quente ainda do sei amor, agora
que a sabia sua irmã…Mas porque não? (…)”(Capítulo XVII)
Emoções e Reflexões “Ele não ia revelar bruscamente toda a verdade a Maria Eduarda, (…). Toda
essa tarde, através do seu próprio tormento, procurara ansiosamente um meio
de adoçar e graduar àquela pobre criatura o horror da revelação que lhe
devia.”(Capítulo XVII)
• de Carlos: reflexão acerca
“ (…) Retardando os passos, resumia, retocava esse plano, ensaiando mesmo
das consequências do consigo, baixo, palavras que lhe diria. Entraria na sala, com um grande ar de
incestos; pressa – e contava-lhe que um negócio da casa, uma complicação de feitores”
(Capítulo XVII)

• De Ega: desesperada
resistência aos factos.
“Mas Ega sabia tudo, pelos tios... Ora uma noite tinham ceado ambos;
Ega muito bêbado, e num acesso de idealismo (…) fosse como a mãe de
Memória Carlos, uma inspirada, que por amor de um exilado abandonara fortuna,
respeitos, honra, vida! Carlos, ao ouvir isto, ficara petrificado, no meio da ponte,
sob o calmo luar.”(Capítulo VI)
“Carlos, no entanto, ficara defronte do velho, sem chorar, perdido apenas
• morte de Afonso; no espanto daquele brusco fim! Imagens do avô, do avô vivo e forte,
cachimbando ao canto do fogão, regando de manhã as roseiras, passavam-lhe
na alma, em tropel, deixando-lha cada vez mais dorida e negra... E era então
• estado de espírito altamente um desejo de findar também, encostar-se como ele àquela mesa de pedra, e
sem outro esforço, nenhuma outra dor da vida, cair como ele na sempiterna
emocionado.
paz. Uma réstia de Sol, entre os ramos grossos do cedro, batia a face morta de
Afonso. No silêncio os pássaros, um momento espantados, tinham recomeçado
a chalrar.” (capitulo VII)”
Webgrafia

https://notapositiva.com/os-maias-espaco-e-accao/#
Cameira, Célia, and Ana Andrade. Mensagens. LeYa EDUCAÇAO, 2016
( Acessado em 22/05/2022)

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