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A diarréia é uma alteração das funções gastrointestinais, que leva à ocorrência de três ou mais

evacuações de consistência amolecidas ou líquidas em um período de 24 horas, sendo apontada


como uma das afecções que mais ocasiona transtornos à saúde das crianças. (Bühler, H. F. 2010)

É um grave problema de saúde pública intimamente associado às condições de higiene e da água


utilizada. A OMS aponta a diarreia como a segunda maior responsável por óbito na infância
representando em torno de 1,5 milhões de mortes anuais de crianças de até 5 anos. Em dados
mundiais, as doenças diarreicas estão entre as maiores causas de morbidade e mortalidade em
países em via de desenvolvimento, onde os investimentos em infra-estrutura sanitária encontram-
se atrasados em relação a países desenvolvidos, razão pela qual são mais frequentes e podem ser
fatais principalmente em crianças jovens. (World Health Organization. 2005)
Vários estudos têm relacionado que o surgimento das doenças diarreicas depende localização
geográfica, condições sanitárias, tipo e local de residência, condições socioeconómicas dos pais,
idade da população estudada, nível de escolaridade e estações do ano sendo mais frequentes em
tempos chuvosos. A diarreia configura-se em primeiro lugar entre as doenças que são
ocasionadas por factores ambientais, e que intervenções nesta área podem prevenir a morte de
mais de 2 milhões de crianças entre 0 a 5 anos de idade. (World Health Organization. 2005)

Em Moçambique a diarreia e desidratação são uma das principais causas de mortalidade na


infância. A diarreia é mais predominante em crianças maiores de 6 meses e o grupo etário dos 6-
11 meses é o mais afectado (27%), seguindo-se o dos 11-23 meses com 23%. O uso de água
potável é de 36.6%, e latrinas melhoradas de 48.3%. MISAU/DEE, (2005)
Somente 49% das crianças procuraram tratamento nas unidades sanitárias e entre estas, apenas
49% receberam SRO. A prevalência das doenças diarreicas em Moçambique aumentou de 14%
para 18%, e a província da Zambézia apresenta uma prevalência de 14%. (Lorna Gujral, Maria
Benigna Matsinhe et al. 2016)

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