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Como Formar Acordes ?

A formação de acordes é um assunto confuso para muita gente. Os principais factores que geram
esta confusão são:

As diversas nomenclaturas utilizadas.

Nomes incorrectos dados aos acordes.

As várias formas de executar o mesmo acorde, nem sempre correctamente utilizadas.

A falta de compreensão da estrutura de invervalos subjacente aos acordes

Nestes textos vamos tentar ajudar a compreender a formação e acordes. Enquanto a maior parte se
explicação é generalista e se aplica a qualquer instrumento que permita fazer acordes, o nosso foco
são a formação de acordes para guitarra, que é onde se verifica uma maior confusão.

O que é um acorde e como se classificam ?

Um acorde é a produção simultânea de várias notas. Os intervalos entre as notas produzidas têm
uma escala musical implícita e caracterizam a sonoridade do acorde.

Os acordes classificam-se nos seguintes termos:

Quanto à natureza da Terça (ou mediante): Maiores, Menores ou Suspensos (sem Terça).

Quanto à natureza da Quinta (ou dominante): Normais, Aumentados ou Diminutos.

Quanto à Sétima (sensível ou sub-tónica conforme o acorde seja maior ou menor): com 7ª, menor de
7 ou 6ª.

Quanto à Nona: Um acorde de nona é um acorde de sétima com a Nona acrescentada.

Quanto à 11ª: acorde de 7ª acrescentando a 11ª.

Quanto à 13ª: acorde de 7ª acrescentando a 13ª.

Outros: Notas acrescentadas (add2, etc) ou notas de baixo alteradas (acordes do tipo C\E, ou
Gm\F#), os acordes podem ainda ser invertidos, ou seja, trocada a ordem pela qual são executadas
as notas.

Confuso ? Vamos tentar explicar todas estas categorias passo a passo.

Como se formam os acordes em guitarra:


= O que é um acorde e como se classificam?

Um acorde é a produção simultânea de várias notas. Os intervalos entre as notas produzidas têm uma
escala musical implícita e caracterizam a sonoridade do acorde.

Os acordes classificam-se nos seguintes termos:

Quanto à natureza da Terça (ou mediante): Maiores, Menores ou Suspensos (sem Terça).

Quanto à natureza da Quinta (ou dominante): Normais, Aumentados ou Diminutos.

Quanto à Sétima (sensível ou sub-tónica conforme o acorde seja maior ou menor): com 7ª, menor de 7 ou
6ª.

Quanto à Nona: Um acorde de nona é um acorde de sétima com a Nona acrescentada.

Quanto à 11ª: acorde de 7ª acrescentando a 11ª.

Quanto à 13ª: acorde de 7ª acrescentando a 13ª.

Outros: Notas acrescentadas (add2, etc) ou notas de baixo alteradas (acordes do tipo C\E, ou Gm\F#), os
acordes podem ainda ser invertidos, ou seja, trocada a ordem pela qual são executadas as notas.

Confuso ? Vamos tentar explicar todas estas categorias passo a passo.

Próxima página: Regras básicas para formar acordes e escala subjacente ao acorde.

Índice de lições sobre formação de acordes


Como se formam os acordes em guitarra:

Este é o primeiro assunto que gera alguma confusão. A nota tonal do acorde deve ser sempre a mais grave
na formação do acorde. Num piano isto é fácil, porque a disposição do teclado permite simplesmente
deslocar a mão, mantendo-se como referência a nota tonal. Porém, numa guitarra, não é assim tão fácil,
porque é preciso encontrar a disposição dos dedos que permite tocar só as notas que pertençem ao acorde
e, ainda por cima, a nota tonal deve ser a mais grave a ser tocada.

Idealmente as notas devem ser tocadas na ordem da escala subjacente e, se possível, "resolver" também
na nota tonal.

Se as notas do acorde não forem tocadas pela mesma ordem da escala subjacente, então diz-se que o
acorde está invertido. Isto leva a outra confusão frequente na notação dos acordes: A nota de baixo alterada
ou a inversão do acorde. Veja o seguinte exemplo:

Ambos os acordes apresentados são formas do acorde de Dó Maior. Porém, repare que na segunda
imagem estamos a tocar também a nota E (Mi). Como a nota E pertençe ao acorde de Dó Maior, o acorde
não foi alterado mas está invertido. A simbologia deste acorde pode ser escrita de duas formas: C\E ou Cinv
I.

Então onde está a confusão ? Bom, o problema é que a notação C\X também pode ser utilizada para
acrecentar uma outra nota ao acorde de Dó. Por exemplo C\F# significa um acorde de Dó, acrecentando
também a nota F# à nota grave. Porém a nota F# não pertençe ao acorde de Dó maior, o que quer dizer que
o acorde foi alterado.
Escala do acorde:

Para podemos começar a ver como se formam os vários tipos de acordes ainda temos que explicar o
fundamental: a escala subjacente ao acorde e que permite a sua construção. Vamos supor um acorde
baseado na nota tonal de Dó, a escala subjacente está na tabela que se segue:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
A tabela é importante porque caracteriza os intervalos da escala de Dó. Repare no pormenor da designação
das notas da escala de Dó: os graus 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 correspondem à escala maior de Dó. As restantes
notas são diminuídas em relação à escala. Esta tabela aplica-se a todas os acordes. Por exemplo, em
qualquer acorde de Ré Sustenido a escala subjacente é a que está na tabela que se segue:
D# F# G# A# C# D# F# G# A#
E F G A B C D E F G A B C
Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab Bb
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
Já se está mesmo a ver de onde vêm aquelas designações esquisitas tipo Eb6/9 ou D#m7b5, ou não está ?
Esperem aí que a nomenclatura ajuda mas existem uns pormenores de malvadez que vamos explicar
quando chegarmos aos acordes de Sétima.

Próxima página: O que são tríades e como se formam ?.

Tríades:

Tríades são acordes de 3 notas. Porém o seu nome não vem das três notas, mas sim do facto dos
intervalos usados para a sua construção serem intervalos de terça.

Com 3 notas apenas é possível formar o seguinte tipo de acordes:

Acordes Maiores: Acordes com um intervalo maior na terça (mediante). (ver BD de acordes:
Acordes Maiores)
Acordes Menores: Acordes com um intervalo menor na terça. (ver BD de acordes: Acordes
Menores)
Acordes Aumentados: Acordes com um intervalo maior na terça e também na 5ª (dominante). (ver
BD de acordes: Acordes Aumentados)
Acordes Diminutos: Acordes com um intervalo menor na terça e também na 5ª. (ver BD de acordes:
Acordes Diminutos)
Acordes Suspensos: Acordes com a mediante substituída pela 2ª (sus2) ou pela 4ª (sus4). Estes na
realidade não são tríades, porque os seus intervalos não são Terças. Por isso, e como os acordes
suspensos também se aplicam a outros tipos de acordes (7ª, 9ª, 11ª, 13ª) vamos deixar a explicação
destes para mais tarde.
Acordes Maiores:

Recorrendo novamente ao acorde de Dó como exemplo e usando a tabela da escala de Dó, vamos explicar
a estrutura dos acordes maiores:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior
int. menor

Os intervalos maiores, como todas as tríades, são formados por dois intervalos de Terça. A primeira
(mediante) é um intervalo maior (daí o acorde ser maior) a segunda Terça é menor. Um intervalo maior de
terça é aquele que tem 2 dois Tons e um intervalo menor de Terça é de um Tom e meio. Assim, para o
acorde de Dó maior, temos:

Intervalo maior na Terça = 3 (E)

Intervalo menor na Quinta = 3 + (3 meios tons) = 5 (G)

Assim o acorde maior de Dó é formado pelas notas: Dó, Mi e Sol. Todos os acordes maiores seguem esta
estrutura: Nota Tonal , Terça , Quinta, na sua escala respectiva. Assim, usando notação simplificada,
podemos dizer que a estrutura do acorde maior é R, 3, 5 (usamos R como notação para a nota Raiz).

Usarmos esta escala e estes intervalos para qualquer outra nota, obtemos sempre o acorde maior dessa
nota. Por exemplo, escala de Ré sustenido:
D# F# G# A# C# D# F# G# A#
E F G A B C D E F G A B C
Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab Bb
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior
int. menor

Temos que o primeiro intervalo maior é a nota Sol (G) e o segundo intervalo (menor) é a nota A#. Por isso
o Acorde maior de Ré sustenido é constituído pelas notas Ré sustenido, Sol e Lá sustenido.

Próxima lição: Formação de acordes menores

Índice de lições sobre formação de acordes

Acordes menores:

Os acordes menores, são caracterizados pelo facto do primeiro intervalo ser menor. Ou seja, a nota
mediante é a que caracteriza a natureza menor ou maior do acorde. Nos acordes menores a primeira Terça
é menor e a segunda é maior. Usando novamente o acorde de Dó como exemplo, Temos:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
int. menor
intervalo maior

Intervalo menor na Terça = m3 (Eb)

Intervalo maior na Quinta = m3 + (4 meios tons) = 5 (G)

Assim, o acorde menor de Dó, como todos os outros acordes menores simples, tem a estrutura R, m3, 5, o
que neste caso nos indica as notas Dó, Mi bemol e Sol.
Acordes Aumentados:

Um acorde aumentado é um acorde maior com uma 5ª aumentada. Ou seja, o primeiro intervalo é maior
como num acorde maior normal, porém o segundo intervalo também é maior. Vamos usar novamente a
escala de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior
intervalo maior

O primeiro intervalo é maior: E (3)

O segundo intervalo também é maior: 3 + (4 meios tons) = m6 (G#)

Assim, o acorde aumentado de Dó é construído com as notas Dó, Mi e Sol sustenido. Como todos
os acordes aumentados a sua estrutura é R 3 m6(ou 5#).

Os acordes aumentados têm uma característica curiosa: como são constituídos só por intervalos maiores,
se acrescentarmos outro intervalo maior obtemos novamente a nota raiz (ou tonal). Isto faz com que os
acordes aumentados sejam "iguais" para várias escalas, ou seja, por exemplo, o acorde aumentado de Dó
que acabámos de ver tem as mesmas notas do acorde aumentado de Mi e do acorde aumentado de Sol
sustenido. Só a sua execução na guitarra é que é diferente dado que a nota mais grave determina o tom do
acorde.

São, por isso, inversões uns dos outros e, por isso, isto gera mais um factor de confusão na simbologia e
nomenclatura:

Caug = Eaug inv I = G#aug inv II

Se juntarmos isto ao facto de também haver confusão entre a simbologia "inv" e os acordes com nota grave
alterada tipo C\E, então veja só as nomenclaturas que é possível encontrar só sobre o acorde aumentado:

Caug = Eaug inv I = G#aug inv II = Caug\E = Caug\G# = Eaug\C = Eaug\G# = G#aug\C = G#aug\E

Certamente que alguns "autores" bastante criativos ainda conseguiriam inventar mais umas nomenclaturas
para este acorde. A minha mensagem é: não se assustem com isto, se perceberem a formação de acordes,
quando encontrarem estas simbologias num tema que querem tocar, vão perceber que o "autor" da cifra se
fartou de inventar (a maioria das vezes) e que para a tocar só tem de encontrar a forma do acorde que lhe
soa melhor (ou que lhe é mais confortável de executar).
Acordes Diminutos:

Um acorde diminuto é um acorde menor com uma 5ª diminuída. Ou seja, o primeiro intervalo é menor como
num acorde menor normal, porém o segundo intervalo também é menor. Vamos usar novamente a escala
de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
int. menor
int. menor

O primeiro intervalo é menor: Eb (m3)

O segundo intervalo também é menor: m3 + (3 meios tons) = b5 (Gb)

Assim, o acorde diminuto de Dó é construído com as notas Dó, Mi bemol e Sol bemol. Como todos
os acordes diminutos a sua estrutura é R m3 m5.

A simbologia mais comum para acordes diminutos é o simbolo º, i.e.: Cº , Dº , etc. Porém é também utilizada
por vezes a designação "dim": Cdim, Ddim etc. A designação dos acordes diminutos gera bastante
confusão, porque o simbolo "º" ou o simbolo "dim" são por vezes utilizados para a designação de
acordes diminutos de 7ª. Por exemplo, algumas cifras usam erradamente o simbolo Cdim para
representar o acorde Cº7.

Acordes de Sétima:

Os acordes de Sétima são construídos acrescentando um intervalo adicional aos acordes formados com as
Tríades. O intervalo acrescentado pode ser maior ou menor, embora nem todos fação sentido. Existem
também casos de acordes de Sétima que não são contruídos directamente a partir de uma das 4 tríades
normais (maior, menor, aumentada ou diminuta), mas já lá vamos.

Primeiro vamos pegar na definição de "acrescentar um intervalo maior ou menor", somá-los às tríades e ver
que acordes obtemos:
Estrutura Simbologia
Tríade Intervalo acrescentado Acorde resultante
resultante (exemplo Dó)
maior (4 meios tons) R357 Acorde maior com uma sétima Cmaj7
acorde maior
menor (3 meios tons) R 3 5 m7 Acorde maior com uma sétima dominante C7
maior (4 meios tons) R m3 5 7 Acorde menor com uma sétima (maior) Cm(maj7)
acorde menor
menor (3 meios tons) R m3 5 m7 Acorde menor de sétima Cm7
maior (4 meios tons) R 3 m6 8 Não existe, porque a 8 é a nota tonal
acorde aumentado
menor (3 meios tons) R 3 m6 7 Acorde aumentado de sétima C7#5
maior (4 meios tons) R m3 m5 m7 Acorde meio diminuto de Sétima Cm7b5
acorde diminuto
menor (3 meios tons) R m3 m5 6 Acorde diminuto de Sétima Cº7
Como já deve ter adivinhado, para cada um destes acordes é possível encontrar várias designações.
Quando falarmos de cada um deles em particular vamos mostrar a origem das designações alternativas e
de algumas confusões frequentes.

Por agora é importante acrescentar a esta lista de acordes de 7ª um acorde que não resulta directamente
de nenhuma das tríades que já falámos: o 7b5 (Acorde de sétima diminuto de 5ª).
Acorde maior de sétima (maj7):

O acorde maior de sétima é construído a partir do acorde maior normal e acrescentando um intervalo maior
de sétima. Usando o acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior intervalo maior
int. menor

O acorde maior de sétima tem portanto a estrutura R 3 5 7. A razão pela qual se usa sempre a
nomenclatura "maior de 7ª" ou "maj7" é para não o confundir com o acorde simplemente designado por "7",
que é um acorde de sétima dominante.

No exemplo dado, o acorde Cmaj7 tem as notas, Dó, Mi, Sol e Si. Outras designações que costumam ser
dadas a este acorde são: CM7 ou Cmajor7.

Acorde maior de sétima dominante (7):

O acorde maior de sétima dominante é construído a partir do acorde maior normal e acrescentando um
intervalo menor de sétima. Usando o acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior int. menor
int. menor

O acorde maior de sétima dominante tem a estrutura R 3 5 m7. Não confunda este acorde com o acorde
com uma maior de 7ª (maj7).

No exemplo dado, o acorde C7 tem as notas, Dó, Mi, Sol e Si bemol. Outras designações que costumam
ser dadas a este acorde são: Cdom7 ou Cdom.

Acorde menor com uma 7ª maior [ m(maj7) ]:

O acorde menor com uma maior de sétima é construído a partir do acorde menor normal e acrescentando
um intervalo maior de sétima. Usando o acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
int. menor
intervalo maior intervalo maior

O acorde menor com uma maior de sétima tem a estrutura R m3 5 7. Os primeiros dois intervalos são os do
acorde menor normal. Não confunda este acorde com o acorde menor de 7ª, em que o intervalo adicionado
é um intervalo menor.

No exemplo dado, o acorde Cm(maj7) tem as notas, Dó, Mi bemol, Sol e Si. Outras designações que
costumam ser dadas a este acorde são: Cm(M7), Cmin(Maj7), C-(M7), Cm(add7), Cm(addM7), Cmin(+7),
Cmin(add7) ou Cm(+7).
Acorde menor de 7ª (m7):

O acorde menor de sétima é construído a partir do acorde menor normal e acrescentando um intervalo
menor de sétima. Usando o acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
int. menor
intervalo maior int. menor

O acorde menor de sétima tem a estrutura R m3 5 m7. Os primeiros dois intervalos são os do acorde menor
normal. Não confunda este acorde com o acorde menor com uma maior de 7ª "m(maj7)", em que o intervalo
adicionado é um intervalo maior.

No exemplo dado, o acorde Cm7 tem as notas, Dó, Mi bemol, Sol e Si bemol. Outras designações que
costumam ser dadas a este acorde são: Cmin7 ou C-7.

Acorde aumentado de 7ª (7#5):

O acorde aumentado de sétima é construído a partir do acorde aumentado normal e acrescentando um


intervalo menor de sétima. Usando o acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior
intervalo maior int. menor

O acorde aumentado de 7ª tem a estrutura R 3 m6 m7. Os primeiros dois intervalos são os do acorde
aumentado normal. O último intervalo acrescenta a Sétima.

No exemplo dado, o acorde C7#5 tem as notas, Dó, Mi, Sol sustenido e Si. Outras designações que
costumam ser dadas a este acorde são: C+7, Caug7 ou C7+5. Repare que esta última designação pode
gerar alguma confusão porque parece que se refere ao acorde de 7ª dominante, acrescentando uma 5ª.
Obviamente isto não faz sentido porque o acorde de sétima dominante já tem a 5ª!

Acorde meio diminuto de 7ª (m7b5):

O acorde meio diminuto de sétima é construído a partir do acorde diminuto (dim) e acrescentando um
intervalo maior de sétima. Daí a designação de "meio diminuto" porque o último intervalo não é menor. Esta
designação é utilizada para o distinguir do acorde diminuto de 7ª, onde efectivamente todos os intervalos
são menores. Usando o acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
int. menor
int. menor intervalo maior

O acorde meio diminuto de 7ª tem a estrutura R m3 b5 m 7. Os primeiros dois intervalos são os do acorde
diminuto normal. O último intervalo (maior) acrescenta a Sétima.

No exemplo dado, o acorde Cm7b5 tem as notas, Dó, Mi bemol, Sol bemol e Si bemol. Outras designações
que costumam ser dadas a este acorde são: C1/2dim7, C1/2dim, Cm7(b5) ou Cº7. Esta última designação
não está correcta porque corresponde ao acorde diminuto de 7ª e não ao meio diminuto!
Acorde diminuto de 7ª (º7):

O acorde diminuto de sétima é construído a partir do acorde diminuto (dim) e acrescentando um intervalo
menor de sétima. Daí a designação de "diminuto" porque todos os seus intervalos são menores. Não o
confunda com o "meio diminuto de 7ª (m7b5)", onde o último intervalo é maior. Usando o acorde de Dó
como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
int. menor
int. menor int. menor

O acorde meio diminuto de 7ª tem a estrutura R m3 b5 6(bb7). Os primeiros dois intervalos são os do
acorde diminuto normal. O último intervalo (menor) acrescenta a Sétima. Porque a última nota é a 6ª, há
quem lhe chame também o acorde diminuto de 6ª. Quanto a nós esta designação não é correcta por as
designações de 6ª ou add2, add4, etc, só devem ser utilizadas para acrecentar notas a acordes quando
estas não encaixam na estrutura normal de intervalos maiores ou menores.

No exemplo dado, o acorde Cº7 tem as notas, Dó, Mi bemol, Sol bemol e Lá. Outras designações que
costumam ser dadas a este acorde são: Cdim7 ou Cº. Também se encontra por vezes em algumas cifras a
designação Cdim, mas esta simbologia está errada porque corresponde ao acorde diminuto normal (sem
7ª).

Como já referimos há quem também use a designação Cdim6 ou Cdim(add6).

Acorde 7ª diminuto de 5ª (7b5):

O acorde de 7ª diminuto de 5ª, como já vimos, não resulta da estrutura de intervalos das tríades normal. De
facto o seu segundo intervalo é de apenas 2 meios tons. Porém também não é um acorde normal com a
(b5) acrescentada, porque a 5ª é retirada. É frequentemente considerado um acorde de 7ª.

É construído com um intervalo maior, um intervalo de dois meios-tons e outro intervalo maior. Usando o
acorde de Dó como exemplo:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
intervalo maior intervalo maior
2 x mt

Repare que as notas 3 e b5 são as notas normais usadas nos acordes maiores e menores, que no fundo
são combinações das notas (m3, 3, b5 e 5). As combinações 3+5 e m3+5 são os acordes maior e menor,
respectivamente. A combinação m3+b5 é o acorde diminuto. O acorde aumentado não resulta da
combinação destas notas (3+5#) por isso, no fundo, esta combinação 3+b5 é omissa na estrutura normal
das Tríades, mas acaba por existir este acorde de 7ª que usa esta estrutura. A razão disto é que o intervalo
b5-m7 é um intervalo melódico (maior).

O acorde de 7ª diminuto de 5ª tem a estrutura R 3 b5 m7.

No exemplo dado, o acorde C7b5 tem as notas, Dó, Mi, Sol bemol e Lá sustenido. Outras designações que
costumam ser dadas a este acorde são: C7(b5) ou C7(-5). Também já encontrámos a designação
errada C7(addb5) que sugere acrescentar ao acorde C7 a nota b5, mas mantendo a 5ª.
Acordes de Nona:

A nona nota de uma escala é também a segunda. Então porquê chamar-lhe de Nona e não de segunda ?
Bem, é que a designação "Nona" refere-se a acordes de Sétima com mais um intervalo acrescentado, que
vai dar à nona! Assim, é importante distinguir os acordes de Nona (7ª+9ª) de acordes do tipo add2
(adicionar a 2ª) ou sus2 (acordes suspensos de 2ª). Vamos olhar para a escala de Dó para vermos como se
constroem os acordes de Nona:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
6, m7, 7 + 3/ m3

Repare que os acordes de sétima têm a última nota na 6ª, m7 ou 7. Se adicionarmos um intervalo maior ou
menor vamos sempre acabar na 8ª (que não faz sentido), na m9 (que não pertençe à escala, por isso não é
harmónica com a escala), na 9ª ou na m10 (que também não pertençe à escala). Daí que, apesar da
estrutura dos acordes de nona serem baseados em acrescentar um intervalo maior ou menor, na prática,
basta acrescentar a nona porque só esta faz sentido.

Portanto não se esqueça: Acordes de Nona são acordes de Sétima, adicionando a Nona!

O mesmo se aplica aos acordes de 11ª e de 13ª. Mas lá chegaremos.

A nomenclatura dos acordes de nona omitem normalmente a 7ª. Na tabela seguinte mostramos as
nomenclaturas:
Acorde de 7ª Acorde de 9ª Estrutura do acorde Intervalo 7ª-9ª
C7 C9 R 3 5 m7 9 maior (4 m.t.)
Cmaj7 Cmaj9 R3579 menor (3 m.t.)
Cm(maj7) Cm(maj9) R m3 5 7 9 menor (3 m.t.)
Cm7 Cm9 R m3 5 m7 9 maior (4 m.t.)
C7#5 C9#5 R 3 m6 m7 9 maior (4 m.t.)
Cm7b5 Cm9b5 R m3 b5 m7 9 maior (4 m.t.)
Cº7 não existe porque a estrutura R m3 b5 6 9 não tem um intervalo melódico da 6ª à 9ª.
C7b5 C9b5 R 3 b5 m7 9 maior (4 m.t.)
Existe uma excepção que utiliza a nomenclatura "9ª" para acordes que não são de 7ª+9ª, que são os
acordes de 6ª com 9ª (6/9). Este será explicado na secção dos acordes de 6ª.
Acordes de 11ª:

Tal como no caso dos acordes de 9ª, os acordes de 11ª são acordes de 7ª acrescentando a 11ª nota da
escala. A 11ª nota de uma escala é também a quarta. Então porquê chamar-lhe de 11ª e não de quarta ? A
resposta é que tal como a designação de "Nona" se refere a acordes de Sétima com mais um intervalo
acrescentado, que vai dar à nona, também os acordes de 11ª seguem a mesma lógica. Assim, é importante
distinguir os acordes de 11ª (7ª+11ª) de acordes do tipo add4 (adicionar a 4ª) ou sus4 (acordes suspensos
de 4ª).

Vamos olhar para a escala de Dó para vermos como se constroem os acordes de 11ª:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
Intervalo para a 9ª int. menor

Com este diagrama ficam mais ou menos evidente dois factos: O primeiro facto é que somando um intervalo
menor à 9ª obtemos a 11ª, o que quer dizer que na lógica dos intervalos melódicos a 11ª faz sentido num
acorde de 7ª. O segundo facto é que somar À 9ª um intervalo maior não faz sentido porque iríamos dar à
nota b12, que não pertençe à escala.

É importante sublinhar que não queremos que fique a pensar que os acordes de 11ª também têm a nona.
Isto não é de todo verdade. O que queremos dizer é que depois da 7ª as únicas notas da escala que fazem
sentido são a 9ª, a 11ª e a 13ª, porque a 8ª é igual à nota tonal do acorde, a 10ª já pertence ao acorde (3ª),
a 12ª também (5ª) e as restantes ou não formam intervalos melódicos ou não pertençem à escala.

Portanto não se esqueça: Acordes de 11ª são acordes de Sétima, adicionando a 11ª!

A nomenclatura dos acordes de 11ª omitem normalmente a 7ª. Na tabela seguinte mostramos as
nomenclaturas:
Acorde de 7ª Acorde de 9ª Estrutura do acorde
C7 C11 R 3 5 m7 11
Cmaj7 Cmaj9 R 3 5 7 11
Cm(maj7) Cm(maj11) R m3 5 7 11
Cm7 Cm11 R m3 5 m7 11
C7#5 C11#5 R 3 m6 m7 11
Cm7b5 Cm11b5 R m3 b5 m7 11
Cº7 Cº11 R m3 b5 6 11
C7b5 C11b5 R 3 b5 m7 11
Próxima lição: Formação de acordes de 13ª (13)

Índice de lições sobre formação de acordes


Acordes de 13ª:

Tal como no caso dos acordes de 9ª e de 11ª, os acordes de 13ª são acordes de 7ª acrescentando a 13ª
nota da escala. A 13ª nota de uma escala é também a sexta. A razão pela qual se usa a desginação 13ª e
não 6ª é porque os acordes de 6ª são tríades normais acrescentando a 6ª, enquanto os acordes de 13ª são
acordes de Sétima acrescentando a 6ª.

Vamos olhar para a escala de Dó para vermos como se constroem os acordes de 13ª:
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
Intervalo para a 9ª int. menor int.maior

Vemos que tal como a 9ª e a 11ª eram as notas sensatas a acrescentar aos acordes de sétima, para que os
respectivos intervalos fossem melódicos, também agora a 13ª faz sentido.

Portanto não se esqueça: Acordes de 13ª são acordes de Sétima, adicionando a 13ª!

A nomenclatura dos acordes de 13ª omitem normalmente a 7ª. Na tabela seguinte mostramos as
nomenclaturas:
Acorde de 7ª Acorde de 9ª Estrutura do acorde
C7 C13 R 3 5 m7 13
Cmaj7 Cmaj9 R 3 5 7 13
Cm(maj7) Cm(maj13) R m3 5 7 13
Cm7 Cm13 R m3 5 m7 13
C7#5 C13#5 R 3 m6 m7 13
Cm7b5 Cm13b5 R m3 b5 m7 13
Cº7 Cº13 R m3 b5 6 13
C7b5 C13b5 R 3 b5 m7 13
Próxima lição: Formação de acordes de sexta (6)

Acordes de 6ª:

Por agora já deve estar a pensar que estamos a brincar. Agora vem a 6ª ? Tanta conversa sobre intervalos
melódicos, o que é que a sexta tem a ver com isso ? Bom, se reparar na 8ª (que é harmónica perfeita da
nota tonal), verifica que se "descer" um intervalo menor da 8ª obtém a 6ª. E se a tocar num acordes
qualquer verifica que não soa fora da harmonia do acorde e a razão é esta mesma.
C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab
R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13
6ª - 8ª

Ao contrário dos acordes de 9ª, 11ª e 13ª, os acordes de 6ª não são acordes de 7ª acrescentando a 6ª (para
esses é utilizada a designação 13ª).

Também existem os acordes de 6/9 e 6/11, simbologia utilizada para acrescentar a 9ª e a 11ª a um acordes
de 6ª. A razão pela qual pode fazer sentido acrescentar a 9ª e a 11ª a um acorde está explicada na secção
dos acordes de 9ª e de 11ª.
Acordes de addX:

A nomenclatura addX (em que X é a ordem da escala) significa que se deve acrescentar essa nota ao
acorde. Por exemplo, na tabela seguinte apresentamos o acorde Cadd2:

C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab

R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13

int. maior int. menor

No acorde Cadd2, a 3ª e a 5ª fazem parte do acorde maior normal. A 2ª foi acrescentada.

A designação addX faz sentido para a 2ª e para a 4ª. Para acrescentar a 6ª já existe a designação de
acorde de 6ª (que resulta de um intervalo melódico com a 8ª, não sendo por isso uma nota "acrescentada).
Se vir alguma vez um addX que não se refira à 2ª ou à 4ª, desconfie, embora seja possível.

Não confunda os acordes add2 ou add4 com os sus2 e os sus4. Nos acordes suspensos (sus) a 3ª é
substituída pela 2ª ou pela 4ª, enquanto que nos acordes addX a 2ª ou a quarta são acrescentadas, mas a
3ª mantém-se no acorde!

Próxima lição: Formação de acordes suspensos (sus)

Índice de lições sobre formação de acordes

Acordes Suspensos (sus):

A nomenclatura susX (sus2 ou sus4) é utilizada para indicar que a 3ª do acorde deve ser substituída pela 2ª
ou pela 4ª. O que isto provoca é que o acorde não é menor nem é maior (daí a designação suspenso).
Como exemplo apresentamos o acorde Csus4:

C# D# F# G# A# C# D# F# G#
C D E F G A B C D E F G A
Db Eb Gb Ab Bb Db Eb Gb Ab

R(1) m2 2 m3 3 4 b5 5 m6 6 m7 7 8 m9 9 m10 10 11 b12 12 m13 13

int. maior + int. menor

Neste acorde, a 3ª foi omitida. Se lá estivesse a terceira maior ou menor, o acorde seria respectivamente
Cadd4 ou Cm(add4), ou seja seria o acorde normal de Dó maior ou menor, acrescentando a 4ª.

Por vezes também é utilizada a designação sus9 ou sus11 para representar os acordes suspensos de 7ª, ou
seja:

Sus 9 = 7sus2 = Acorde de 7ª com a mediante substituída pela 2ª.

Sus11 = 7sus4 = Acorde de 7ª com a mediante substituída pela 4ª

A razão de, por vezes, se usar a designação sus9 ou sus11 é uma analogia à designação dos acordes de 9ª
e 11ª (acordes de sétima acrescentando a 9ª (2ª) ou a 11ª (4ª)).

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