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DECISÃO
renúncia, agora único sucessor, sob o fundamento de que não incide imposto de
transmissão sobre o ato de renúncia, o qual não perde essa natureza pelo fato de ter
sido manifestada por herdeiros que já estavam habilitadas nos autos mas, nem por
decisões, inclusive desta Colenda Segunda Câmara Cível, exigindo prévia aceitação –
ainda que tácita – da herança, para que depois se possa caracterizar a renúncia
translativa. Ocorre que em todos esses precedentes a renúncia foi feita em favor do
afirmado que as coerdeiras renunciantes não terem praticado qualquer ato capaz de
favor de outrem (no caso, o agravante). Ora, isto não é – em hipótese alguma – uma
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Cristiano Chaves de Farias, “Incidentes à transmissão da herança”, in Giselda Maria Fernandes
Novaes Hironaka e Rodrigo da Cunha Pereira (coord.), Direito das sucessões. Belo Horizonte: Del Rey,
2ª ed., 2007, p. 54.
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da herança em favor de alguém (indevidamente rotulado como
renúncia translativa, translatícia ou ‘in favorem’), pois em tal hipótese o
que ocorre é uma aceitação e posterior cessão gratuita de direitos”.
DIAS:2
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Maria Berenice Dias, Manual das sucessões. São Paulo: RT, 2008, p. 188 (os grifos estão no original).
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Vê-se, pois, que o ato praticado, por termo nos autos, por duas das
pode ser caracterizado como verdadeira e própria renúncia, mas é, isto sim, uma
cessão de direitos hereditários que, por ser gratuita, leva à incidência do imposto