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ARTIGO ARTICLE
Quality working life and health/illness
Abstract Using as starting point the discussion Resumo A partir da discussão das noções que
of many concepts of the term Quality Working assumiu a Qualidade de Vida no Trabalho
Life (QWL) is assumed the idea of priority to (QVT), priorizou-se a que valoriza as mudan-
changes in working organization and worker’s ças na organização do trabalho, a participação
participation, like pointed out the Internation- dos trabalhadores, conforme o Programa Inter-
al Program on Bettering Working Conditions nacional para o Melhoramento das Condições e
and Labor Environment, proposed by Interna- dos Ambientes de Trabalho (PIACT), da Orga-
tional Labor Organization (ILO), in 1976. Are nização Internacional do Trabalho (OIT),
pointed the limits of QWL in a reality like the 1976. Diante da escolha, são apontados os limi-
Brazilian, where democracy in working places tes da QVT na nossa realidade, em que a demo-
is still so fragile. Besides, vis-à-vis Taylorism/ cracia nos locais de trabalho é ainda frágil. Ao
Fordism, are discussed the changes in the orga- lado disso, vis à vis o taylorismo/fordismo, dis-
nization of working process that occur in the cute-se as mudanças na organização do proces-
QWL within the process of job redesign, point- so de trabalho que acompanham a QVT na
ing the necessity to think about epidemiological reestruturação produtiva, apontando para a
indicators that show the relationships health/ necessidade de pensar-se indicadores epidemio-
illness and the new ways of management and lógicos que expressem as relações saúde/doença
organization of the productive process, repre- e as novas formas de gestão, divisão e organiza-
sented by the working related diseases, whose ção da produção, representadas pelas doenças
nexus with working process has a more complex relacionadas ao trabalho, cujo nexo com ele têm
causality. causalidade mais complexa.
Key words Quality; Working Process; Work- Palavras-chave Qualidade; Processo de traba-
ers; Health/Disease Process lho; Participação; Saúde/Doença
1 Centro de Estudos
em Saúde Coletiva (Cesco),
Universidade Federal de
São Paulo, Escola Paulista
de Medicina, Rua dos
Otonis, 592, 04025-001
São Paulo, SP.
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Lacaz, F. A. C.
lores, crenças, ideologias e aos interesses eco- Heloani (1994), são caracterizadas por envol-
nômicos e políticos (Sato, 1999). Ocorre, po- ver mecanismos de controle da percepção e
rém, que a possibilidade de abarcar-se tal ga- subjetividade para enquadrar trabalhadores
ma de questões e demandas envolve uma rede mediante engrenagens que visam introjetar as
e um mecanismo complexo de relações, em normas e metas da empresa.
que o peso específico da atuação dos trabalha- Do lado dos trabalhadores, considerando-
dores adquire papel fundamental. A propósi- se a história recente do movimento sindical,
to disso, Ciborra e Lanzara (1985), assessores do então chamado novo sindicalismo, que da-
de uma central sindical italiana, criticam a no- ta do final dos anos 70 e início dos 80, ver-se-
ção de qualidade de vida no trabalho e pro- á que qualidade de vida (no trabalho) não foi
põem a terminologia qualidade do trabalho – uma bandeira de luta expressa, mas sim a me-
mais adequada, na medida que procura incluir lhoria das condições de trabalho e defesa da
todas as características de uma certa ativida- saúde como direito de cidadania (Ribeiro &
de humana –, apontando que ela encerra uma Lacaz, 1984). Não seria por isso mesmo que foi
concepção clínica, voltada à mudança de há- usada para contrapor-se ao discurso sobre a
bitos de vida e por isso atribuindo ao próprio saúde defendido por parcela importante do
trabalhador a responsabilidade de adaptar-se, movimento sindical de trabalhadores que, en-
de modo a otimizar sua qualidade de vida e de tre nós, sedimentou-se sobre uma plataforma
trabalho. Tal comportamento, não podemos claramente política para explicar a determina-
esquecer, abre caminho para uma velha pos- ção do processo saúde/doença? (Rebouças et
tura ideológica: a culpa da vítima pelo ato in- al., 1989).
seguro (Lacaz, 1983).
Observa-se, pois, que a idéia de QVT é
complexa e mutante. Pressupõe tanto uma Qualidade de vida no trabalho:
abordagem e um aporte informado pela saúde um conceito e prática instrumentais
coletiva, como pela clínica; além de embutir
uma descontextualização e despolitização das Para Ciborra & Lanzara (1985), são várias as
relações saúde-trabalho, tão marcantes no dis- definições da expressão QVT, ora associando-
curso sanitário. a às características intrínsecas das tecnologias
No caso do Brasil, as políticas empresariais introduzidas e ao seu impacto; ora a elemen-
de programas de qualidade, conforme mostra tos econômicos, como salário, incentivos, abo-
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Lacaz, F. A. C.
nos, ou ainda a fatores ligados à saúde física, viabilidade de interferir em tal realidade. Con-
mental e à segurança e, em geral, ao bem-es- trolar as condições e a organização do trabalho
tar daqueles que trabalham. Em outros casos, implica, portanto, a possibilidade de serem su-
segundo estes autores, considera-se que a QVT jeitos na situação. O exercício do controle tem
é determinada por fatores psicológicos, como tanto uma face objetiva (poder e familiarida-
grau de criatividade, de autonomia, de flexibi- de com o trabalho), como uma face subjetiva,
lidade de que os trabalhadores podem desfrutar ou seja, o limite que cada um suporta das exi-
ou, (...) fatores organizativos e políticos, como gências do trabalho (Sato, 1991).
a quantidade de controle pessoal sobre o posto Frise-se, ainda, que problemas afetos à te-
de trabalho ou a quantidade de poder que os tra- mática da organização (divisão de tarefas, de
balhadores podem exercitar sobre o ambiente homens, de tempo e de espaço) e do (re)pla-
circundante a partir de seu posto de trabalho. nejamento do trabalho são também da maior
Mais ainda: do ponto de vista do planeja- relevância para que seja abordada de manei-
mento do trabalho, a categoria qualidade do ra produtiva e objetiva a discussão sobre qua-
trabalho também apresenta nuanças proble- lidade do trabalho. E, aqui, é imperioso ana-
máticas quando envolve questões abstratas, lisar como, de um lado, o controle e a discipli-
que desconsideram as relações concretas de na fabris e, de outro, a gestão participativa co-
produção no cotidiano do trabalho dos atores mo possibilidade de abertura de canais de ne-
sociais. Assim, as questões conceituais sobre gociação capital-trabalho, que levem à busca
qualidade do trabalho consubstanciam-se, ain- do encaminhamento das contradições e confli-
da conforme apontam Ciborra & Lanzara tos de interesses no trabalho, podem interfe-
(1985): De um lado por não parecer[em] ser de- rir no seu encaminhamento sob uma ótica co-
finida[s] a partir de concepções explícitas que letiva. Assim, quando se fala de saúde e quali-
os atores da organização têm acerca de sua vi- dade no trabalho, é sob este prisma que devem
da de trabalho, assume-se que a dimensão qua- ser tratadas as questões a elas relacionadas. É,
litativa do trabalho envolve relações econômi- pois, equivocado basear a solução dos aspec-
cas entre os indivíduos e a empresa e, de outro, tos que interferem neste binômio em medidas
pelos problemas básicos de saúde e segurança do de ordem individual como propõem os pro-
posto de trabalho. gramas de qualidade difundidos pelas empre-
Trata-se, então, em última instância, em sas, dada sua ineficácia e por serem questio-
concordância com Mendes e Dias (1991), de náveis seus pressupostos, inclusive do ponto
buscar a humanização do trabalho – um dos de vista bioético (Berlinguer, 1993). O que se
pressupostos do campo de práticas e saberes propõe é, portanto, redirecionar o foco do de-
informado pelo encontro das formulações bate e colocá-lo no âmbito das relações sociais
emanadas da Saúde Coletiva, da Medicina So- de trabalho que se estabelecem no processo
cial Latino-americana (Laurell, 1991) e da Saú- produtivo, para que fórmulas simplistas não
de Pública, campo este denominado Saúde do sejam priorizadas quando se objetiva enfren-
Trabalhador (Lacaz, 1996). tar a complexidade das questões que envolvem
Diante dessas assertivas, defende-se que dos a temática aqui analisada.
elementos que explicitam a definição e a con- Na perspectiva de ampliar o foco de luz so-
cretização da qualidade (de vida no) do traba- bre a temática, é esclarecedor atentar para o
lho, é o controle – que engloba a autonomia e que observa Cattani (1997) no que diz respei-
o poder que os trabalhadores têm sobre os pro- to à autonomia, ao controle e ao poder dos tra-
cessos de trabalho, aí incluídas questões de saú- balhadores n(d)o processo de trabalho.
de, segurança e suas relações com a organização O autor fala da antiga discussão do que re-
do trabalho – um dos mais importantes que presenta a disciplina fabril sobre o tempo dis-
configuram ou determinam a qualidade de vi- ponível e a vida dos operários com o advento
da (no trabalho) das pessoas. E, frise-se, elas da chamada Revolução Industrial na Europa
são o que são. Por isso, as condições, ambien- Ocidental. Esta disciplina sofisticou-se com as
tes e organização do processo de trabalho de- mudanças introduzidas a partir das novas for-
vem respeitá-las em sua individualidade. mas de organização do trabalho (Fleury e Var-
Aqui, a noção de controle deve ser entendi- gas, 1983) que se consubstanciam hoje no que
da como a possibilidade dos trabalhadores co- se denomina reestruturação produtiva, sempre
nhecerem o que os incomoda, os fazem sofrer, visando a cada vez maior produtividade e a
adoecer, morrer e acidentar-se e articulada à competitividade de mercado (Gorender, 1997).
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A cada vez mais clara percepção do esgo- danças na organização do trabalho levam ao
tamento de um ciclo coloca ao capital a neces- abandono relativo as idéias de tarefas e postos
sidade de pensar em novas formas de gestão, de trabalho, tão caros da organização tayloris-
divisão e organização do trabalho, o que co- ta/fordista. Daí decorrem os modos de poli-
meça a acontecer na década de 1970, inicial- valência, a articulação das atividades de opera-
mente em países do capitalismo central, ins- ção e o controle de qualidade e manutenção
pirados no modelo japonês. Esse modelo vai (Salerno, 1994).
constituir-se no novo paradigma, que reacen- No Brasil tal estratégia, também uma res-
de a discussão sobre o controle e o disciplina- posta à atuação do movimento novo sindica-
mento dos trabalhadores. E, ressalte-se, é na lismo, já mencionado, parece assumir um cará-
organização do trabalho, que implica a divi- ter ambíguo: maior delegação de poderes aco-
são de tarefas e delimitação das relações so- plada à dissimulação do controle, representa-
ciais de trabalho, que se deve buscar as restri- da, por exemplo, pelos Círculos de Controle
ções para a livre manifestação da saúde men- de Qualidade/CCQs (Humphrey, 1982; Lacaz,
tal. Ocorre que, entre nós, quando o assunto 1983). Isso ocorre à medida em que o país pas-
é a busca do padrão japonês de produção co- sa a se inserir cada vez mais e rapidamente no
mo paradigma de flexibilização produtiva e mercado internacional, conjuntura em que a
inovação na organização do trabalho, que se- competitividade está a exigir tais mudanças,
ria acompanhado do fim da divisão do traba- visando à melhoria da qualidade do que é pro-
lho baseada no taylorismo e no relacionamen- duzido. Acontece, porém, que a Gestão Parti-
to autoritário na empresa, existem importan- cipativa e os CCQs são uma certa forma de im-
tes controvérsias. Essa transição/reestrutura- plementá-la e, quando se dá por... iniciativa
ção produtiva, que engloba a questão da qua- patronal é episódica e reversível (...) ocorrendo
lidade, tem sido conceituada como um proces- concomitantemente à intensificação forçada da
so que busca compatibilizar uma série de mu- mão de obra e da precarização (sic.) dos con-
danças organizacionais nas relações de traba- tratos (Cattani, 1997).
lho, implicando uma nova definição de papéis Não por acaso, no Brasil, a possibilidade
das nações e entidades do sistema financeiro, de organização dos trabalhadores nos locais
para garantir a competitividade e a lucrativi- de trabalho, que deveria ser um dos pilares da
dade nas quais as novas tecnologias têm um pa- busca pela qualidade do trabalho, é uma reali-
pel central (Corrêa, 1997). Isso tudo começa dade muito pouco encontrada, quando não
no final dos anos 60 e início dos 70, quando considerada indesejável ou até ilegal, dada a
evidenciam-se os limites do regime de acumu- histórica repulsa do patronato às manifesta-
lação baseado no taylorismo/fordismo, até en- ções de independência e autonomia das classes
tão hegemônicos, como forma de organização trabalhadoras (Rodrigues, 1995).
do trabalho (Corrêa, 1997). O componente re- A organização nos locais de trabalho de-
lativo à organização e divisão do trabalho é o veria ser elemento norteador das relações de
lugar dos principais elementos que caracteri- trabalho, em vista da introdução de novas tec-
zam a reestruturação produtiva que traz con- nologias e da automação cada vez mais inten-
seqüências para a vida em sociedade. Junto, sa que se observa nos setores produtivos mais
aparecem subprodutos, ou seja, o desempre- modernos. Assim, é inadmissível falar em qua-
go, a ampliação do trabalho parcial; o traba- lidade do produto sem tocar na qualidade dos
lho de crianças e adolescentes, das mulheres e ambientes e condições de trabalho, o que se-
as questões de gênero correlatas, bem como a ria sobremaneira auxiliado pela democratiza-
precariedade das relações de trabalho e dos di- ção das relações sociais nos locais de trabalho.
reitos trabalhistas (Antunes, 1995; Brito, 1997; Na falta dos elementos acima apontados,
Gomez e Meirelles, 1997). pode-se afirmar que esta nova empresa incor-
É mister ainda ressaltar que com o apro- pora exigências com relações contraditórias no
fundamento da automação e o avanço das no- que se refere à saúde, tais como: maior inten-
vas tecnologias de informática, que passam a sidade do ritmo, maior controle e conhecimen-
definir os níveis da produção a serem alcan- to do trabalho; polivalência e criatividade; mai-
çados, houve uma clara sofisticação do disci- or liberdade de ação, reconhecimento maior
plinamento que veio acompanhada de uma do trabalho e critérios rígidos de avaliação.
dissimulação do controle, sob o manto da idéia Tais relações expressam-se num quadro va-
da qualidade e da competitividade. Tais mu- riado de queixas no qual prevalecem o mal-
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Quadro 2
Principais causas de óbito no grupo etário de 20 a 49 anos, nas maiores cidades da região do ABC paulista, na década de 1980.
Santo André
Tumores malignos Homicídios Lesões traumáticas Acidentes com Doenças isquêmicas do
e envenenamentos veículos a motor coração e cerebrovasculares
Diadema
Homicídios Lesões traumáticas Sintomas e Doenças Acidentes com
e envenenamentos sinais maldefinidos cerebrovasculares veículos a motor
Fonte: Departamento/Escritório Regional de Saúde de Santo André, SP. Secretaria de Estado da Saúde.
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