Você está na página 1de 8

Pesquisar no Jusbrasil  PUBLICAR CADASTRE-SE ENTRAR

jusbrasil.com.br
3 de Julho de 2018

[Modelo] Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c


Indenização por Danos Morais e Pedido de Tutela Antecipada (em
conformidade com o NCPC)

Ação contra empresa de telefonia, que interrompeu os serviços em razão de dívida já


quitada.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO


JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXX/SP.

XXXXXXX, brasileira, solteira, profissão, RG/SSP/SP n.º XXXXX, inscrita no


CPF/MF sob o nº XXXXX, residente à Rua XXXXX, nº XX, Centro, nesta Cidade e
Comarca, e-mail xxx@xxx.com.br, por sua advogada que esta subscreve
(procuração anexa), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, propor

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO CUMULADA


COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA
ANTECIPADA

em face de EMPRESA DE TELEFONIA, pessoa jurídica de direito privado,


inscrita no CNPJ/MF sob o nº XXXXX, com sede na Rua XXXXX, nº XX, São
Paulo/SP, e-mail xxx@xxx.com.br, pelos fatos e direitos a seguir aduzidos:

1. DOS FATOS

A Requerente é titular da linha de telefonia cuja prestadora do serviço é a empresa-


ré. O número de seu telefone é (XX) XXXX-XXXX.

Em dezembro/2016, a Requerente recebeu a conta referente aos serviços prestados


em novembro/2016. O valor era de R$ 96,50 (noventa e seis reais e cinquenta
centavos), com vencimento em 01/12/2016. A conta foi devidamente quitada
em 17/12/2016 (comprovante anexo).

Ocorre que, desde então, vem recebendo avisos de que o pagamento não foi
realizado.
Com o comprovante de pagamento em mãos, efetuou diversos telefonemas à
operadora de telefonia, comunicando a quitação da fatura.

A Requerente fez o que pode para explicar que não era devedora e solucionar a
questão, com a finalidade de não correr o risco de ter seu nome negativado e de ter
os serviços oferecidos pela empresa-ré à sua disposição.

Colecionados, a seguir, os vários (mas não todos) números de protocolos referentes


às ligações que a Requerente efetuou ao número XXXX, canal pertencente à
Requerida direcionado aos consumidores: XXXXX, XXXXX, XXXXX, XXXXX.

Naquele momento, a Requerente questionou ainda a divergência dos valores


cobrados, pois a conta cobrada (e paga!) era de R$ 96,50 (noventa e seis reais e
cinquenta centavos), e o valor devedor alegado pela Requerida para o mês de
novembro, com vencimento em dezembro, era de R$ 95,04 (noventa e cinco reais e
quatro centavos).

Nenhum dos muitos atendentes que receberam as reclamações souberam explicar


ou solucionar o problema.

Dessa forma, até os dias de hoje a Requerente vem recebendo avisos e


comunicados referentes ao débito de uma conta que há muito foi quitada.

E, pior, em fevereiro/2017, sua linha telefônica deixou de fazer


chamadas, apenas recebendo as ligações. No mês de março, todos os
serviços foram interrompidos, inclusive a internet.

Em abril/2017, a Requerente recebeu comunicado da empresa de telefonia


ressaltando mais uma vez a existência do débito e sobre a possibilidade de abertura
de cadastro em seu nome em sistemas de proteção ao crédito.

E mais: em 03/06/2017, a Requerente recebeu carta do SCPC


comunicando que HOJE (08/06/2017) haverá a efetiva negativação de
seu nome pela referida dívida, além de outra cujo vencimento se
operou em abril e que a Requerente não pagou, tendo em vista que
desde março/2017 teve todos os serviços de sua linha interrompidos
injustificadamente.

Certo, real e evidente o risco que corre a Requerente de ter seu nome
negativado indevidamente por dívida já paga.

Ainda, cabe destacar que o nome da Requerente nunca constou em


cadastro de maus pagadores! Não é justo que sofra a angústia da possibilidade
de ter seu nome negativado junto aos órgãos de proteção ao crédito, estando
adimplente com suas obrigações.
Importante ressaltar que mesmo interrompendo os serviços de telefonia e internet,
a Requerida ainda enviou o boleto de cobrança referente ao mês de março/2017,
para pagamento em abril (doc. anexo).

Assim, vem a Requerente buscar tutela jurisdicional para garantir o respeito aos
seus direitos.

2. DO DIREITO

2.1. DO ATO ILÍCITO

Diante dos fatos anteriormente explicitados, percebe-se claramente a configuração


do ato ilícito, pois a Requerida age de maneira imprudente ao insistir em
cobrança de dívida já paga, constrangendo e ameaçando lesar a
Requerente por meio da negativação de seu nome, além de já ter
interrompido os serviços de telefonia e internet de forma indevida,
conforme demonstrado nestes autos.

No mais, insiste na cobrança de serviços prestados em março/2017, o


que não ocorreu, já que o telefone e a internet deixaram de funcionar
repentinamente (e injustificadamente!).

A Requerente é pessoa responsável e honesta, procurando sempre manter sua


dignidade e honrar os seus compromissos cotidianos, não sendo justo passar por
esse constrangimento, o qual não deu causa.

Diante desta imprudência, a Requerida gerou o dano. Esta conduta remete ao


enquadramento da previsão legal do artigo 186 do Código Civil:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.”

Dessa forma, patente o dever de indenizar da Requerida, pois de acordo com o


exposto, ante a existência do ato ilícito, e seguindo os ditames do artigo 927 do
Código Civil, temos que:

“Art. 927 Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo.”

2.2. DO DANO MORAL

A Constituição Federal vigente assegura em seu artigo 5º a garantia de reparação


do dano moral em seus incisos V e X, nos seguintes termos:

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da


indenização por dano material, moral ou à imagem;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurando o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente da
sua violação.

Inegavelmente, o caráter de indenização encontra-se posto de forma insofismável,


retirando da reparação a compensação da vítima, mediante o recebimento de uma
quantia em dinheiro que servirá para impor uma pena ao lesionador, de modo que
sua diminuição patrimonial opere como um castigo substitutivo.

O Código de Defesa do Consumidor também ampara o consumidor que se viu


lesionado por um fornecedor de serviços, com a justa reparação dos danos morais e
patrimoniais causados por falha no vínculo de prestação de serviço, de acordo com
o artigo 6º, inciso VI:

“Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:

(...)

VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,


individuais, coletivos e difusos.”

Em assim sendo, indisputável a responsabilidade da Requerida pela indevida


interrupção do serviço, sendo evidente ter agido com desprezo à consumidora e de
modo abusivo, impondo-se, por conseguinte, a obrigação de reparar o dano moral
decorrente do desconforto e humilhação causados.

A questão suscitada apresenta entendimento pacificado no repertório


jurisprudencial de nossos Tribunais, abaixo transcritos:

“AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CUMULADA COM REPETIÇÃO


DE INDÉBITO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. BLOQUEIO DE LINHA
TELEFÔNICA EM RAZÃO DE DÍVIDA JÁ QUITADA. DANO MORAL.
CARACTERIZAÇÃO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO”. (TJ-
SP - APL: 9211842252009826 SP 9211842-25.2009.8.26.0000, Relator: Andrade
Neto, Data de Julgamento: 15/08/2012, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 16/08/2012). (grifei)

“DIREITO DO CONSUMIDOR. SERVIÇOS DE TELEFONIA FIXA. AÇÃO DE


INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS À PESSOA JURÍDICA.
APLICABILIDADE DAS REGRAS DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
SUSPENSÃO INDEVIDA DOS SERVIÇOS. ABUSO EVIDENCIADO PELA
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO SEM A REGULAR E PRÉVIA
NOTIFICAÇÃO. FATURA QUE, ADEMAIS, ESTAVA QUITADA. DANO
MATERIAL NÃO COMPROVADO. (...) - Recurso parcialmente provido”. (TJ-SP -
APL: 9142201472009826 SP 9142201-47.2009.8.26.0000, Relator: Edgard Rosa,
Data de Julgamento: 09/11/2011, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de
Publicação: 10/11/2011) (grifei)
“ADMINISTRATIVO. SERVIÇO CONCEDIDO. TELEFONIA. INDENIZAÇÃO DE
DANOS MORAIS CONTRA COMPANHIA TELEFÔNICA. SUSPENSÃO TOTAL
DOS SERVIÇOS TELEFÔNICOS. BLOQUEIO ILEGÍTIMO.
INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO DE TELEFONIA CONTRATADO PELA AUTORA
SEM QUALQUER JUSTIFICATIVA PELA CONCESSIONÁRIA. DÉBITOS
QUITADOS CORRETAMENTE PELA CONSUMIDORA. OBRIGAÇÃO DE
INDENIZAR DA CONCESSIONÁRIA. "QUANTUM" INDENIZATÓRIO. VALOR
QUE SE MOSTRA ADEQUADO. A suspensão total dos serviços telefônicos, sem
qualquer justificativa para tal bloqueio, sem que a concessionária comprove que
foi a usuária que solicitou a interrupção do serviço de telefonia, assim como
deixou de demonstrar qualquer conduta irregular praticada pela consumidora,
implica no direito a ressarcimento por dano moral pela prestadora do serviço
responsável pelo evento danoso, qualificando-se a suspensão do uso dos serviços
como ato ilícito praticado pela concessionária de telecomunicação. O "quantum"
da indenização do dano moral há de ser fixado com moderação, em respeito aos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, levando em conta não só as
condições sociais e econômicas das partes, como também o grau da culpa e a
extensão do sofrimento psíquico, de modo que possa significar uma reprimenda
ao ofensor, para que se abstenha de praticar fatos idênticos no futuro, mas não
ocasione um enriquecimento injustificado para a lesada. (TJ-SC - AC: 156054 SC
2010.015605-4, Relator: Jaime Ramos, Data de Julgamento: 05/05/2010, Quarta
Câmara de Direito Público, Data de Publicação: Apelação Cível n. , de Orleans.)
(grifei)

“Apelação Cível. Direito Privado não especificado. Contrato de telefonia.


Ausência de sinal na linha telefônica. Cobrança indevida. O caso em
comento caracteriza-se como falha na prestação de serviços por parte
da empresa ré, uma vez que a parte autora ficou sem sinal, mesmo
efetuando o pagamento das faturas, não tendo a empresa de telefonia
logrado êxito em comprovar a regularidade dos serviços prestados,
ônus que lhe incumbia, conforme art. 333, inc. II do CPC. Repetição do
indébito em dobro. Cobrança indevida. Havendo cobrança irregular
de serviços, viável a restituição, em dobro, dos valores pagos.
Incidência, na espécie, do disposto no art. 42, parágrafo único, do CDC. Sobre os
valores a serem repetidos deverá haver a incidência de correção, a contar de
cada desembolso, bem como de juros de mora a contar da citação, nos termos do
art. 405, do CC. Disposição de ofício. Dano moral caracterizado. Os
aborrecimentos causados à autora transcendem a esfera dos simples transtornos
cotidianos, configurando lesão extrapatrimonial passível de indenização, já que
ficou privada do uso de sua linha telefônica, mesmo efetuando o pagamento das
faturas. Correção monetária pelo IGPM a contar do arbitramento (Súmula 362
do STJ). Juros de mora de 1% ao mês desde a citação (art. 405 do CC e art. 219,
caput, do CPC). Disposição de ofício. À unanimidade, deram provimento ao
recurso da autora e negaram provimento ao recurso da ré. De ofício, alteraram o
marco inicial de aplicação dos juros de mora”. (Apelação Cível Nº 70067682849,
Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Katia Elenise
Oliveira da Silva, Julgado em 17/02/2016). (grifei)

2.3. DO QUANTUM INDENIZATÓRIO (FUNDAMENTOS JURÍDICOS)


Uma vez reconhecida a existência do dano moral e o consequente direito à
indenização dele decorrente, necessário se faz analisar o aspecto do quantum
pecuniário a ser considerado e fixado, não só para efeitos de reparação do prejuízo,
mas também sob o cunho de caráter punitivo, preventivo e repressor.

E essa indenização que se pretende em decorrência dos danos morais há


de ser arbitrada mediante estimativa prudente, que possa, em parte,
compensar a angústia da Requerente, pelo risco de ter seu nome
negativado, e pela humilhação de ter os serviços contratados (e
quitados) interrompidos.

Com relação à questão do valor da indenização dos danos morais, a Requerente


pede permissa venia para trazer à colação precedente à respeito da matéria:

“EMENTA: CÍVEL. RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR


DANOS MORAIS. RELAÇÃO DE CONSUMO. SERVIÇOS DE TELEFONIA,
INTERNET E TV A CABO. BLOQUEIO INDEVIDO. FATURA ANTERIOR
QUITADA, AINDA QUE COM ATRASO. PAGAMENTO QUE SE DEU
ANTES DA INTERRUPÇÃO DOS SERVIÇOS. FALHA NA PRESTAÇÃO
DOS SERVIÇOS. EMPRESA QUE AGIU COM DESCASO E
DESRESPEITO EM RELAÇÃO AO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO DO
ENUNCIADO 1.5 DAS TRS/PR. DANO MORAL CONFIGURADO IN RE IPSA.
DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO FIXADO EM R$
9.000,00 (NOVE MIL REAIS). PLEITO DE MINORAÇÃO NÃO ACOLHIDO.
VALOR QUE ATENDE ÀS FINALIDADES PUNITIVA, COMPENSATÓRIA E
PEDAGÓGICA DO INSTITUTO. IMPOSSIBILIDADE DA EMPRESA RÉ DE
COBRAR O AUTOR PELOS DIAS QUE O SERVIÇO NÃO FOI PRESTADO.
CORRETA A R. SENTENÇA QUE DETERMINOU O ABATIMENTO NA FATURA
SEGUINTE CORRESPONDENTE AOS DIAS QUE O SERVIÇO FICOU SUSPENSO.
ASTREINTES FIXADAS DE ACORDO COM O PORTE ECONÔMICO DA
EMPRESA RÉ. SENTENÇA MANTIDA. Enunciado N.º 1.5 - Suspensão/bloqueio
indevido do serviço de telefonia: A suspensão/bloqueio do serviço de telefonia
sem causa legítima caracteriza dano moral. Recurso conhecido e desprovido.
Decidem os Juízes Integrantes da Primeira Turma Recursal Juizados Especiais
do Estado do Paraná, conhecer do recurso, e no mérito, negar-lhe provimento, nos
exatos termos do voto”. (TJ-PR - RI: 000369936201481600180 (Acórdão),
Relator: Letícia Guimarães, Data de Julgamento: 12/08/2015, 1ª Turma Recursal,
Data de Publicação: 19/08/2015) (grifei)

Portanto, diante da hodierna decisão que se assemelha ao caso em baila, requer a


condenação da Requerida, a título de indenização por danos morais, a quantia não
inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Outrossim, deve-se levar em conta, ainda, o poder econômico da


empresa-ré e o fato de que a função sancionadora e pedagógica que a
indenização por dano moral busca, só surtirá algum efeito se atingir
sensivelmente seu patrimônio, de forma que lhe obrigue a refletir
sobre a (i) legalidade de suas condutas.
2.4. DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Trata-se de cobrança sem respaldo fático ou jurídico e com ameaça velada de envio
do nome e dados do autor aos órgãos de créditos.

Nesse compasso, como não houve a resolução dos problemas para a utilização
regular do serviço, pugna a Requerente pelo restabelecimento dos
serviços de telefonia, inclusive da internet, sendo mantido o número do
telefone, bem como seja a ré instada a não enviar o nome e dados da
Requerente para os órgãos de proteção ao crédito, ou, se o nome já
constar da lista de maus pagadores, deve a ré providenciar de imediato
a sua retirada, sob pena de multa diária em valor a ser arbitrado por
Vossa Excelência.

Ainda, deve a ré se abster de promover a cobrança dos valores aqui


discutidos e contas futuras, até que os serviços sejam fornecidos
corretamente.

Por interpretação extensiva, colaciona na presente medida o disposto no § 3º do


artigo 84 do Código de Defesa do Consumidor, que assim dispõe:

“Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou
não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.

§ 3º Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de


ineficácia do provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou
após justificação prévia, citado o réu”.

3. DO PEDIDO

Ante do exposto, REQUER:

a) Em antecipação de tutela, seja determinado à empresa Requerida que: a1)


restabeleça, imediatamente, os serviços de telefonia, inclusive os da internet, sendo
mantido o número do telefone da Requerente; a2) se abstenha de agir com a
finalidade de negativar o nome da Requerente, ou, se já o fez, cancele de imediato
os registros em órgão de proteção ao crédito, pois um dos débitos que vem sendo
indevidamente cobrado está quitado, e o outro, é inexigível, sob pena de multa
diária no valor a ser arbitrado por Vossa Excelência e; a3) se abstenha de efetuar
cobranças referentes aos valores aqui discutidos e contas futuras, até que o serviço
telefônico e o de internet sejam prestados corretamente;

b) A citação da empresa Requerida, na pessoa de seu representante legal, no


endereço fornecido, para que apresente contestação que entender cabível, com as
advertências de estilo;
c) Seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação para tornar
definitiva a antecipação de tutela, bem como declarar inexistentes os valores que
estão sendo cobrados indevidamente pela empresa Requerida, nas quantias de:
c.1) R$ 95,04 (noventa e cinco reais e quatro centavos), referentes a conta de
novembro/2016, já que o valor relativo ao período já foi paga e; c.2) R$ 81,04
(oitenta e um reais e quatro centavos), referente ao mês de março/2017, pois desde
fevereiro os serviços de telefonia/internet foram injustamente interrompidos;

d) Seja julgada TOTALMENTE PROCEDENTE a presente ação para condenar


a Requerida ao pagamento de indenização pelos danos morais causados à
Requerente em virtude da cobrança injusta, da ameaça à lesão de direito ante a
iminente e real possibilidade de negativação de seu nome e pela interrupção
indevida dos serviços que estavam sendo prestados, no valor não inferior a R$
10.000,00 (dez mil reais);

e) Em virtude do disposto no art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor,


seja declarada a inversão do ônus da prova;

f) Seja condenada a empresa Requerida ao pagamento de custas, despesas


processuais e honorários advocatícios.

Protesta provar o alegado por todos os meios em direito permitidos, em especial


pela juntada de documentos, depoimento das partes e de testemunhas, caso
necessário.

Atribui-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)

Termos em que, pede e espera deferimento.

Cidade/SP, data/mês/2017.

Advogado

OAB/SP XXX.XXX

Disponível em: http://erikatf1.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/502613282/modelo-acao-declaratoria-de-inexistencia-de-debito-c-c-


indenizacao-por-danos-morais-e-pedido-de-tutela-antecipada-em-conformidade-com-o-ncpc

Você também pode gostar