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COMPLEMENTO
TÉCNICO DO
BANCO CENTRAL
RIO DE JANEIRO
ALCÂNTARA: Rua Manoel João Gonçalves , 414 / 2º andar * (21) 2603-8480
CINELÂNDIA: Praça Mahatma Gandhi, 2 / 2º andar * (21) 2279-8257
CENTRO: Rua da Alfândega, 80 / 2º andar * (21) 3970-1015
COPACABANA: Av. N. Sra. Copacabana, 807 / 2º andar * (21) 3816-1142
DUQUE DE CAXIAS: Av. Pres. Kennedy, 1203 / 3º andar * (21) 3659-1523
MADUREIRA: Shopping Tem-Tudo / Sobreloja 18 * (21) 3390-8887
MÉIER: Rua Manuela Barbosa , 23 / 2º andar * (21) 3296-8857
NITERÓI: Rua São Pedro, 151 / Sobreloja * (21) 3604-6234
TAQUARA: Av. Nelson Cardoso, 1141 / 3º andar * (21) 2435-2611
SÃO PAULO
SÃO PAULO: Rua Barão de Itapetininga, 163 / 6º andar * (11) 3017-8800
SANTO ANDRÉ: Av. José Cabalero, 257 * (11) 4437-8800
SANTO AMARO: Av. Santo Amaro, 5860 * (11) 5189-8800
ALPHAVILLE: Calçada das Rosas, 74 * (11) 4197-5000
GUARULHOS: Av. Dr. Timóteo Penteado, 714 - Vila Progresso - SP * (11) 2447-8800
Sumário
• RACIOCÍNIO LÓGICO
03 Raciocínio Lógico
• NOÇÕES DE DIREITO
03 Lei nº 8.112, de 11 de Dezembro de 1990.
• ATUALIDADES
24 População
27 Atualidades
• TEORIAS E NORMAS DE SEGURANÇA
33 Análise e Gerenciamento de Riscos
34 Continuidade de Negócios e Planos de Contingência
38 Gerenciamento de Crises
39 Inteligência Competitiva
43 Prevenção de fraudes e Delitos Internos
49 Segurança do Conhecimento
50 Segurança de Pessoas
54 Segurança de sistemas de TI
58 Segurança do Trabalho e do Meio Ambiente
59 Segurança Eletrônica
60 Segurança Privada
63 Segurança Pública
67 Terceirização
ERRATA E COMPLEMENTO
Técnico do Bacen 7ª Edição (Código 0553)
ERRATA - RACIOCÍNIO LÓGICO LEI 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
(Atualizada pelas Medidas Provisórias)
Página 261. Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos
TABELA CORRETA civis da União, das autarquias e das fundações públicas
federais.
Título I
Capítulo Único
Das Disposições Preliminares
Art. 1o. Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores
Página 281. Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em
Gabaritos corretos regime especial, e das fundações públicas federais.
Art. 2o. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa
Onde se Lê: Leia-se: legalmente investida em cargo público.
GABARITO GABARITO Art. 3o. Cargo público é o conjunto de atribuições e res-
17. E 17. B ponsabilidades previstas na estrutura organizacional que
22. A 22. C devem ser cometidas a um servidor.
40. C 40. B Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a to-
63. C 63. B dos os brasileiros, são criados por lei, com denomina-
79. C 79. A ção própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para
provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Página 285. Art. 4o. É proibida a prestação de serviços gratuitos, sal-
O Gabarito referente ER04 04 da página 284. vo os casos previstos em lei.
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para ções afins, respeitada a habilitação exigida, nível de es-
cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio proba- colaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese
tório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas
qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avalia- atribuições como excedente, até a ocorrência de
ção para o desempenho do cargo, observados os se- vaga.(Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
guinte fatores: (vide EMC nº 19)
I - assiduidade; Seção VIII
II - disciplina; Da Reversão
III - capacidade de iniciativa; Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor apo-
IV - produtividade; sentado: (Redação dada pela Medida Provisória n. 2.225-
V- responsabilidade. 45, de 4.9.2001)
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar in-
probatório, será submetida à homologação da autorida- subsistentes os motivos da aposentadoria; ou (Inciso in-
de competente a avaliação do desempenho do servidor, cluído pela Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
realizada por comissão constituída para essa finalidade, II - no interesse da administração, desde que: (Inciso in-
de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da cluído pela Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuida- a) tenha solicitado a reversão; (Alínea incluída pela Medi-
de de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V da Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Alínea incluída
de 2008) pela Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será c) estável quando na atividade; (Alínea incluída pela Me-
exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anterior- dida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
mente ocupado, observado o disposto no parágrafo único d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteri-
do art. 29. ores à solicitação; (Alínea incluída pela Medida Provisória
§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer n. 2.225-45, de 4.9.2001)
quaisquer cargos de provimento em comissão ou fun- e) haja cargo vago. (Alínea incluída pela Medida Provisó-
ções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou ria n. 2.225-45, de 4.9.2001)
entidade de lotação, e somente poderá ser cedido a outro § 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo
órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Espe- resultante de sua transformação. (Parágrafo incluído pela
cial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Dire- Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
ção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e § 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será
4, ou equivalentes. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, considerado para concessão da aposentadoria. (Pará-
de 10.12.97) grafo incluído pela Medida Provisória n. 2.225-45, de
§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão 4.9.2001)
ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos § 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo,
nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afasta- o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até
mento para participar de curso de formação decorrente a ocorrência de vaga. (Parágrafo incluído pela Medida
de aprovação em concurso para outro cargo na Adminis- Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
tração Pública Federal. (Parágrafo incluído pela Lei n. § 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da
9.527, de 10.12.97) administração perceberá, em substituição aos proventos
§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as li- da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a
cenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal
86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso que percebia anteriormente à aposentadoria. (Parágrafo
de formação, e será retomado a partir do término do impe- incluído pela Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
dimento. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) § 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os
proventos calculados com base nas regras atuais se
Seção V permanecer pelo menos cinco anos no cargo. (Parágrafo
Da Estabilidade incluído pela Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e em- § 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste
possado em cargo de provimento efetivo adquirirá esta- artigo. (Parágrafo incluído pela Medida Provisória n. 2.225-
bilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de 45, de 4.9.2001)
efetivo exercício. (Prazo: 3 anos - vide EMC n. 19) Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória n. 2.225-45, de
Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude 4.9.2001)
de sentença judicial transitada em julgado ou de proces- Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver
so administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada completado 70 (setenta) anos de idade.
ampla defesa.
Seção IX
Seção VI Da Reintegração
Da Transferência Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor está-
Art. 23. (Revogado pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resul-
tante de sua transformação, quando invalidada a sua
demissão por decisão administrativa ou judicial, com res-
Seção VII sarcimento de todas as vantagens.
Da Readaptação § 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em car- ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts.
go de atribuições e responsabilidades compatíveis com 30 e 31.
a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física § 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocu-
ou mental verificada em inspeção médica. pante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à
§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readap- indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
tando será aposentado. posto em disponibilidade.
§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribui-
V - o servidor tenha se mudado do local de residência para IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Re-
ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Gru- dação dada pela Lei n. 11.314, de 3.07.2006)
po-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4,
5 e 6, de Natureza Especial, de Ministro de Estado ou equi- Subseção I
valentes; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção,
VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou Chefia e Assessoramento
função de confiança não se enquadre nas hipóteses do (Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido
do servidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo
VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residi- de provimento em comissão ou de Natureza Especial é
do no Município, nos últimos doze meses, aonde for exer- devida retribuição pelo seu exercício.(Redação dada pela
cer o cargo em comissão ou função de confiança, descon- Lei n. 9.527, de 10.12.97)
siderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remune-
período; e (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) ração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de altera- art. 9o.(Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
ção de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluí- Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal No-
do pela Lei nº 11.355, de 2006) minalmente Identificada - VPNI a incorporação da retri-
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de buição pelo exercício de função de direção, chefia ou as-
2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007) sessoramento, cargo de provimento em comissão ou de
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será consi- Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei
derado o prazo no qual o servidor estava ocupando outro no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624,
cargo em comissão relacionado no inciso V. (Incluído pela de 2 de abril de 1998. (Artigo incluído pela Medida Provi-
Lei nº 11.355, de 2006) sória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por pra- Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
zo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 somente estará sujeita às revisões gerais de remunera-
(doze) anos. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) ção dos servidores públicos federais. (Parágrafo único
Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos incluído pela Medida Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
dentro de cada período de 12 (doze) anos, o pagamento
somente será retomado se observados, além do dispos- Seção II
to no caput deste artigo, os requisitos do caput do art. 60- Da Gratificação Natalina
B desta Lei, não se aplicando, no caso, o parágrafo único Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze
do citado art. 60-B. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a dezembro, por mês de exercício no respectivo ano.
25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comis- Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15
são, função comissionada ou cargo de Ministro de Esta- (quinze) dias será considerada como mês integral.
do ocupado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% mês de dezembro de cada ano.
(vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Parágrafo único. (VETADO).
Estado. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008) Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão natalina, proporcionalmente aos meses de exercício, cal-
ou função comissionada, fica garantido a todos os que culada sobre a remuneração do mês da exoneração.
preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para
de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais). (Incluído pela Lei cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
nº 11.784, de 2008)
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, coloca- Subseção III
ção de imóvel funcional à disposição do servidor ou aqui- Do Adicional por Tempo de Serviço
sição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória n. 2.225-45, de
por um mês. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) 4.9.2001)
Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória n.
Seção II 2.225-45, de 4.9.2001)
Das Gratificações e Adicionais
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas Subseção IV
nesta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes Dos Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou
retribuições, gratificações e adicionais: (Redação dada Atividades Penosas
pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e em locais insalubres ou em contato permanente com
assessoramento; (Redação dada pela Lei n. 9.527, de substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida,
10.12.97) fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo
II - gratificação natalina; efetivo.
III - (Inciso Revogado pela Medida Provisória n. 2.225-45, § 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubri-
de 4.9.2001) dade e de periculosidade deverá optar por um deles.
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, pe- § 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosi-
rigosas ou penosas; dade cessa com a eliminação das condições ou dos ris-
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; cos que deram causa a sua concessão.
VI - adicional noturno; Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de ser-
VII - adicional de férias; vidores em operações ou locais considerados penosos,
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. insalubres ou perigosos.
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será III - participar da logística de preparação e de realização
afastada, enquanto durar a gestação e a lactação, das de concurso público envolvendo atividades de planeja-
operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas mento, coordenação, supervisão, execução e avaliação
atividades em local salubre e em serviço não penoso e de resultado, quando tais atividades não estiverem inclu-
não perigoso. ídas entre as suas atribuições permanentes;
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades pe- IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de
nosas, de insalubridade e de periculosidade, serão ob- exame vestibular ou de concurso público ou supervisio-
servadas as situações estabelecidas em legislação nar essas atividades.
específica. § 1o Os critérios de concessão e os limites da gratifica-
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos ção de que trata este artigo serão fixados em regulamen-
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em lo- to, observados os seguintes parâmetros:
calidades cujas condições de vida o justifiquem, nos ter- I - o valor da gratificação será calculado em horas, obser-
mos, condições e limites fixados em regulamento. vadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que ope- II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a
ram com Raios X ou substâncias radioativas serão man- 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada
tidos sob controle permanente, de modo que as doses situação de excepcionalidade, devidamente justificada e
de radiação ionizante não ultrapassem o nível máximo previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão
previsto na legislação própria. ou entidade, que poderá autorizar o acréscimo de até 120
(cento e vinte) horas de trabalho anuais;
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este arti-
III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos
go serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis)
seguintes percentuais, incidentes sobre o maior venci-
meses. mento básico da administração pública federal:
a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se
Subseção V tratando de atividades previstas nos incisos I e II do ca-
Do Adicional por Serviço Extraordinário put deste artigo; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com 2007)
acréscimo de 50% (cinqüenta por cento) em relação à b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se
hora normal de trabalho. tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput
Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
atender a situações excepcionais e temporárias, respeita- § 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
do o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada. somente será paga se as atividades referidas nos inci-
sos do caput deste artigo forem exercidas sem prejuízo
Subseção VI das atribuições do cargo de que o servidor for titular, de-
Do Adicional Noturno vendo ser objeto de compensação de carga horária quan-
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compre- do desempenhadas durante a jornada de trabalho, na
endido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) forma do § 4o do art. 98 desta Lei.
horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% § 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
(vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor
cinqüenta e dois minutos e trinta segundos. para qualquer efeito e não poderá ser utilizada como base
Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordiná- de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para
rio, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das
remuneração prevista no art. 73. pensões.
§ 4o A indenização será calculada com base na remune- § 2o A licença será concedida, sem prejuízo da remune-
ração do mês em que for publicado o ato ração do cargo efetivo, por até 30 (trinta) dias, podendo
exoneratório. (Parágrafo incluído pela Lei n. 8.216, de ser prorrogada por até 30 (trinta) dias e, excedendo es-
13.8.91) tes prazos, sem remuneração, por até 90 (noventa) dias.
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o va- (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
lor adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constitui- § 3o Não será concedida nova licença em período inferi-
ção Federal quando da utilização do primeiro período. or a 12 (doze) meses do término da última licença con-
(Parágrafo incluído pela Lei n. 9.525, de 3.12.97) cedida. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente
com Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) Seção III
dias consecutivos de férias, por semestre de atividade Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge
profissional, proibida em qualquer hipótese a acumula- Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para
ção. acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado
Parágrafo único. (Revogado pela Lei n. 9.527, de para outro ponto do território nacional, para o exterior ou
10.12.97) para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executi-
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por vo e Legislativo.
motivo de calamidade pública, comoção interna, convo- § 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remu-
cação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por neces- neração.
sidade do serviço declarada pela autoridade máxima do § 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou com-
órgão ou entidade. (Redação dada pela Lei n. 9.527, de panheiro também seja servidor público, civil ou militar, de
10.12.97) qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Parágrafo único. O restante do período interrompido será Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisó-
gozado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. rio em órgão ou entidade da Administração Federal dire-
(Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) ta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício
de atividade compatível com o seu cargo. (Redação dada
Capítulo IV pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
Das Licenças
Seção I Seção IV
Disposições Gerais Da Licença para o Serviço Militar
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será
I - por motivo de doença em pessoa da família; concedida licença, na forma e condições previstas na
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companhei- legislação específica.
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor
ro;
terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir
III - para o serviço militar;
o exercício do cargo.
IV - para atividade política;
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei n. 9.527, de Seção V
10.12.97) Da Licença para Atividade Política
VI - para tratar de interesses particulares; Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remunera-
VII - para desempenho de mandato classista. ção, durante o período que mediar entre a sua escolha
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
bem como cada uma de suas prorrogações serão pre- e a véspera do registro de sua candidatura perante a
cedidas de exame por perícia médica oficial, observado Justiça Eleitoral.
o disposto no art. 204 desta Lei. (Redação dada pela Lei § 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade
nº 11.907, de 2009) onde desempenha suas funções e que exerça cargo de
§ 2o (Revogado pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscali-
§ 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante zação, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do
o período da licença prevista no inciso I deste artigo. registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral,
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias até o décimo dia seguinte ao do pleito. (Redação dada
do término de outra da mesma espécie será considera- pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
da como prorrogação. § 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, as-
Seção II segurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da período de três meses. (Redação dada pela Lei n. 9.527,
Família de 10.12.97)
Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por
motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, Seção VI
dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou de- Da Licença para Capacitação
pendente que viva a suas expensas e conste do seu (Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
assentamento funcional, mediante comprovação por Art. 87. Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o ser-
perícia médica oficial. (Redação dada pela Lei nº 11.907, vidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se
de 2009) do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remunera-
§ 1o A licença somente será deferida se a assistência ção, por até três meses, para participar de curso de capa-
direta do servidor for indispensável e não puder ser pres- citação profissional. (Redação dada pela Lei n. 9.527, de
tada simultaneamente com o exercício do cargo ou medi- 10.12.97)
ante compensação de horário, na forma do disposto no Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o
inciso II do art. 44. (Redação dada pela Lei n. 9.527, de caput não são acumuláveis. (Redação dada pela Lei n.
10.12.97) 9.527, de 10.12.97)
Art. 88. (Revogado pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida
Art. 89. (Revogado pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) de percentual da retribuição do cargo em comissão, a
Art. 90. (VETADO). entidade cessionária efetuará o reembolso das despe-
sas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Re-
Seção VII dação dada pela Lei nº 11.355, de 2006)
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares § 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedi- Diário Oficial da União. (Redação dada pela Lei n. 8.270,
das ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não de 17.12.91)
esteja em estágio probatório, licenças para o trato de § 4o Mediante autorização expressa do Presidente da
assuntos particulares pelo prazo de até três anos conse- República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exer-
cutivos, sem remuneração. (Redação dada pela Medida cício em outro órgão da Administração Federal direta que
Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001) não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determi-
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a nado e a prazo certo. (Parágrafo incluído pela Lei n. 8.270,
qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do de 17.12.91)
serviço. (Redação dada pela Medida Provisória n. 2.225- § 5o Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou
45, de 4.9.2001) servidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1o e
2o deste artigo. (Redação dada pela Lei n. 10.470, de
Seção VIII 25.6.2002)
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista § 6o As cessões de empregados de empresa pública ou
Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem de sociedade de economia mista, que receba recursos
remuneração para o desempenho de mandato em con- de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da
federação, federação, associação de classe de âmbito sua folha de pagamento de pessoal, independem das
nacional, sindicato representativo da categoria ou entida- disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1o e 2o deste
de fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicio-
gerência ou administração em sociedade cooperativa nado a autorização específica do Ministério do Planeja-
constituída por servidores públicos para prestar serviços mento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupa-
a seus membros, observado o disposto na alínea c do ção de cargo em comissão ou função gratificada. (Pará-
inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em grafo incluído pela Lei n. 10.470, de 25.6.2002)
regulamento e observados os seguintes limites: (Reda- § 7o O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
ção dada pela Lei nº 11.094, de 2005) com a finalidade de promover a composição da força de
I - para entidades com até 5.000 associados, um servi- trabalho dos órgãos e entidades da Administração Públi-
dor; (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) ca Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de
II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois empregado ou servidor, independentemente da obser-
servidores; (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) vância do constante no inciso I e nos §§ 1o e 2o deste
III - para entidades com mais de 30.000 associados, três artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002)
servidores. (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Somente poderão ser licenciados servidores eleitos Seção II
para cargos de direção ou representação nas referidas Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
entidades, desde que cadastradas no Ministério da Ad- Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-
ministração Federal e Reforma do Estado. (Redação dada se as seguintes disposições:
pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital,
§ 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser ficará afastado do cargo;
prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez. II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
Capítulo V III - investido no mandato de vereador:
Dos Afastamentos a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as van-
Seção I tagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entida- cargo eletivo;
de b) não havendo compatibilidade de horário, será afas-
Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício tado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua re-
em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos muneração.
Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas § 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contri-
seguintes hipóteses: (Redação dada pela Lei n. 8.270, buirá para a seguridade social como se em exercício es-
de 17.12.91) (Regulamento) (Vide Decreto n. 4.493, de tivesse.
3.12.2002) § 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista
I - para exercício de cargo em comissão ou função de não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para
confiança; (Redação dada pela Lei n. 8.270, de 17.12.91) localidade diversa daquela onde exerce o mandato.
II - em casos previstos em leis específicas.(Redação dada
pela Lei n. 8.270, de 17.12.91) Seção III
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior
ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mu- Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para
nicípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entida- estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente
de cessionária, mantido o ônus para o cedente nos de- da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislati-
mais casos. (Redação dada pela Lei n. 8.270, de 17.12.91) vo e Presidente do Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa públi- § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a
ca ou sociedade de economia mista, nos termos das missão ou estudo, somente decorrido igual período, será
respectivas normas, optar pela remuneração do cargo permitida nova ausência.
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo do dirigente máximo do órgão ou entidade. (Incluído pela
não será concedida exoneração ou licença para tratar de Lei nº 11.907, de 2009)
interesse particular antes de decorrido período igual ao § 7o Aplica-se à participação em programa de pós-gra-
do afastamento, ressalvada a hipótese de ressarcimento duação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 des-
da despesa havida com seu afastamento. ta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores pela Lei nº 11.907, de 2009)
da carreira diplomática.
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização Capítulo VI
de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remu- Das Concessões
neração do servidor, serão disciplinadas em regulamen- Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausen-
to. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97). tar-se do serviço:
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em orga- I - por 1 (um) dia, para doação de sangue;
nismo internacional de que o Brasil participe ou com o II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor;
qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de :
a) casamento;
Seção IV b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta
(Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tute-
Do Afastamento para Participação em Programa de la e irmãos.
Pós-Graduação Stricto Sensu no País Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor es-
Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administra- tudante, quando comprovada a incompatibilidade entre o
ção, e desde que a participação não possa ocorrer si- horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercí-
multaneamente com o exercício do cargo ou mediante cio do cargo.
compensação de horário, afastar-se do exercício do car- § 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a
go efetivo, com a respectiva remuneração, para partici- compensação de horário no órgão ou entidade que tiver
par em programa de pós-graduação stricto sensu em exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. (Pa-
instituição de ensino superior no País. (Incluído pela Lei rágrafo renumerado e alterado pela Lei n. 9.527, de
nº 11.907, de 2009) 10.12.97)
§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade defini- § 2o Também será concedido horário especial ao servi-
rá, em conformidade com a legislação vigente, os pro- dor portador de deficiência, quando comprovada a ne-
gramas de capacitação e os critérios para participação cessidade por junta médica oficial, independentemente
em programas de pós-graduação no País, com ou sem de compensação de horário. (Parágrafo incluído pela Lei
afastamento do servidor, que serão avaliados por um n. 9.527, de 10.12.97)
comitê constituído para este fim. (Incluído pela Lei nº § 3o As disposições do parágrafo anterior são extensivas
11.907, de 2009) ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente porta-
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de dor de deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso,
mestrado e doutorado somente serão concedidos aos compensação de horário na forma do inciso II do art. 44.
servidores titulares de cargos efetivos no respectivo ór- (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
gão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mes- § 4o Será igualmente concedido horário especial, vincu-
trado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o perío- lado à compensação de horário a ser efetivada no prazo
do de estágio probatório, que não tenham se afastado de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe ativida-
por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de prevista nos incisos I e II do caput do art. 76-A desta
de licença capacitação ou com fundamento neste artigo Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no in-
nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de
teresse da administração é assegurada, na localidade
afastamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
da nova residência ou na mais próxima, matrícula em
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de instituição de ensino congênere, em qualquer época, in-
pós-doutorado somente serão concedidos aos servido- dependentemente de vaga.
res titulares de cargo efetivo no respectivo órgão ou enti- Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao
dade há pelo menos 4 (quatro) anos, incluído o período cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do ser-
de estágio probatório, e que não tenham se afastado por vidor que vivam na sua companhia, bem como aos me-
licença para tratar de assuntos particulares, para gozo nores sob sua guarda, com autorização judicial.
de licença capacitação ou com fundamento neste artigo
nos 4 (quatro) anos anteriores à data da solicitação de Capítulo VII
afastamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) Do Tempo de Serviço
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos pre- Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de ser-
vistos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permane- viço público federal, inclusive o prestado às Forças Arma-
cer no exercício de suas funções após o seu retorno por das.
um período igual ao do afastamento concedido. (Incluí- Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em
do pela Lei nº 11.907, de 2009) dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano
§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo como de trezentos e sessenta e cinco dias.
ou aposentadoria, antes de cumprido o período de perma- Parágrafo único. (Revogado pela Lei n. 9.527, de
nência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o ór- 10.12.97)
gão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art.
de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoa- 97, são considerados como de efetivo exercício os afas-
mento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) tamentos em virtude de:
§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que I - férias;
justificou seu afastamento no período previsto, aplica- II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em
se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados,
comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério Municípios e Distrito Federal;
III - exercício de cargo ou função de governo ou adminis- aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse
tração, em qualquer parte do território nacional, por no- legítimo.
meação do Presidente da República; Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade compe-
IV - participação em programa de treinamento regular- tente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a
mente instituído, ou em programa de pós-graduação stric- que estiver imediatamente subordinado o requerente.
to sensu no país, conforme dispuser o regulamento; (Re- Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade
dação dada pela Lei n. 11.907, de 2009) que houver expedido o ato ou proferido a primeira deci-
V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, são, não podendo ser renovado.
municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsi-
por merecimento; deração de que tratam os artigos anteriores deverão ser
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos den-
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o tro de 30 (trinta) dias.
afastamento, conforme dispuser o regulamento; (Reda- Art. 107. Caberá recurso:
ção dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) I - do indeferimento do pedido de reconsideração;
VIII - licença: II - das decisões sobre os recursos sucessivamente in-
a) à gestante, à adotante e à paternidade; terpostos.
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte § 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente
e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão,
público prestado à União, em cargo de provimento efeti- e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais
vo; (Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) autoridades.
c) para o desempenho de mandato classista ou participa- § 2o O recurso será encaminhado por intermédio da au-
ção de gerência ou administração em sociedade coopera- toridade a que estiver imediatamente subordinado o re-
tiva constituída por servidores para prestar serviços a seus querente.
membros, exceto para efeito de promoção por merecimen- Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsi-
to; (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005) deração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissi- publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
onal; recorrida.
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito sus-
(Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) pensivo, a juízo da autoridade competente.
f) por convocação para o serviço militar; Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de
IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão re-
X - participação em competição desportiva nacional ou troagirão à data do ato impugnado.
convocação para integrar representação desportiva naci- Art. 110. O direito de requerer prescreve:
onal, no País ou no exterior, conforme disposto em lei I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de
específica; cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que
XI - afastamento para servir em organismo internacional afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das
de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Inciso relações de trabalho;
incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo
Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentado- quando outro prazo for fixado em lei.
ria e disponibilidade: Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da
I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Mu- data da publicação do ato impugnado ou da data da ciên-
nicípios e Distrito Federal; cia pelo interessado, quando o ato não for publicado.
II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da fa- Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quan-
mília do servidor, com remuneração; do cabíveis, interrompem a prescrição.
III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o; Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo
IV - o tempo correspondente ao desempenho de manda- ser relevada pela administração.
to eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegu-
ao ingresso no serviço público federal; rada vista do processo ou documento, na repartição, ao
V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à servidor ou a procurador por ele constituído.
Previdência Social; Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qual-
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; quer tempo, quando eivados de ilegalidade.
VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabele-
que exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso cidos neste Capítulo, salvo motivo de força maior.
VIII do art. 102. (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de
10.12.97) Título IV
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será Do Regime Disciplinar
contado apenas para nova aposentadoria. Capítulo I
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado Dos Deveres
às Forças Armadas em operações de guerra. Art. 116. São deveres do servidor:
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de servi- I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
ço prestado concomitantemente em mais de um cargo II - ser leal às instituições a que servir;
ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, III - observar as normas legais e regulamentares;
Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando mani-
pública, sociedade de economia mista e empresa pública. festamente ilegais;
V - atender com presteza:
Capítulo VIII a) ao público em geral, prestando as informações reque-
Do Direito de Petição ridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. I - participação nos conselhos de administração e fiscal
VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irre- de empresas ou entidades em que a União detenha, di-
gularidades de que tiver ciência em razão do cargo; reta ou indiretamente, participação no capital social ou
VII - zelar pela economia do material e a conservação do em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços
patrimônio público; a seus membros; e (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008).
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; II - gozo de licença para o trato de interesses particulares,
IX - manter conduta compatível com a moralidade admi- na forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação
nistrativa; sobre conflito de interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784,
X - ser assíduo e pontual ao serviço; de 2008).
XI - tratar com urbanidade as pessoas;
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso
de poder. Capítulo III
Parágrafo único. A representação de que trata o inciso Da Acumulação
XII será encaminhada pela via hierárquica e apreciada Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição,
pela autoridade superior àquela contra a qual é formula- é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
da, assegurando-se ao representando ampla defesa. § 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, em-
pregos e funções em autarquias, fundações públicas,
Capítulo II empresas públicas, sociedades de economia mista da
Das Proibições União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e
Art. 117. Ao servidor é proibido: dos Municípios.
I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem pré- § 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condi-
via autorização do chefe imediato; cionada à comprovação da compatibilidade de horários.
II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competen- § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de
te, qualquer documento ou objeto da repartição; vencimento de cargo ou emprego público efetivo com pro-
III - recusar fé a documentos públicos; ventos da inatividade, salvo quando os cargos de que de-
IV - opor resistência injustificada ao andamento de docu- corram essas remunerações forem acumuláveis na ativi-
mento e processo ou execução de serviço; dade. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um car-
recinto da repartição; go em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos ca- único do art. 9o, nem ser remunerado pela participação
sos previstos em lei, o desempenho de atribuição que em órgão de deliberação coletiva. (Redação dada pela
seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; Lei n. 9.527, de 10.12.97)
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à
a associação profissional ou sindical, ou a partido político; remuneração devida pela participação em conselhos de
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função administração e fiscal das empresas públicas e socie-
de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o se- dades de economia mista, suas subsidiárias e controla-
gundo grau civil; das, bem como quaisquer empresas ou entidades em
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de que a União, direta ou indiretamente, detenha participa-
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; ção no capital social, observado o que, a respeito, dispu-
X - participar de gerência ou administração de sociedade ser legislação específica (Redação dada pela Medida
privada, personificada ou não personificada, exercer o Provisória n. 2.225-45, de 4.9.2001)
comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que
comanditário; (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008 acumular licitamente dois cargos efetivos, quando inves-
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a re- tido em cargo de provimento em comissão, ficará afasta-
partições públicas, salvo quando se tratar de benefícios do de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em
previdenciários ou assistenciais de parentes até o se- que houver compatibilidade de horário e local com o exer-
gundo grau, e de cônjuge ou companheiro; cício de um deles, declarada pelas autoridades máximas
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada pela
de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; Lei n. 9.527, de 10.12.97)
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado
estrangeiro; Capítulo IV
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; Das Responsabilidades
XV - proceder de forma desidiosa; Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrati-
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição vamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
em serviços ou atividades particulares; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo
cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e ao erário ou a terceiros.
transitórias; § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompa- erário somente será liquidada na forma prevista no art.
tíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário 46, na falta de outros bens que assegurem a execução
de trabalho; do débito pela via judicial.
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quan- § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responde-
do solicitado. (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de rá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regres-
10.12.97) siva.
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos su-
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: cessores e contra eles será executada, até o limite do
(Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008). valor da herança recebida.
Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão
contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. do cargo;
Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do nacional;
cargo ou função. XI - corrupção;
Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas po- XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções
derão cumular-se, sendo independentes entre si. públicas;
Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
será afastada no caso de absolvição criminal que negue Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ile-
a existência do fato ou sua autoria. gal de cargos, empregos ou funções públicas, a autori-
dade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por
Capítulo V intermédio de sua chefia imediata, para apresentar op-
Das Penalidades ção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data
Art. 127. São penalidades disciplinares: da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedi-
I - advertência; mento sumário para a sua apuração e regularização ime-
II - suspensão; diata, cujo processo administrativo disciplinar se desen-
III - demissão; volverá nas seguintes fases:(Redação dada pela Lei n.
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 9.527, de 10.12.97)
V - destituição de cargo em comissão; I - instauração, com a publicação do ato que constituir a
VI - destituição de função comissionada. comissão, a ser composta por dois servidores estáveis,
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão conside- e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da
radas a natureza e a gravidade da infração cometida, os transgressão objeto da apuração; (Inciso incluído pela
danos que dela provierem para o serviço público, as cir- Lei n. 9.527, de 10.12.97)
cunstâncias agravantes ou atenuantes e os anteceden- II - instrução sumária, que compreende indiciação, defe-
tes funcionais. sa e relatório; (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade men- 10.12.97)
cionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção III - julgamento. (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de
disciplinar. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
10.12.97) § 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos ca- pelo nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela
sos de violação de proibição constante do art. 117, inci- descrição dos cargos, empregos ou funções públicas
sos I a VIII e XIX, e de inobservância de dever funcional em situação de acumulação ilegal, dos órgãos ou entida-
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que des de vinculação, das datas de ingresso, do horário de
não justifique imposição de penalidade mais grave. (Re- trabalho e do correspondente regime jurídico. (Redação
dação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reinci- § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação
dência das faltas punidas com advertência e de violação do ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão
das demais proibições que não tipifiquem infração sujei- transcritas as informações de que trata o parágrafo ante-
ta a penalidade de demissão, não podendo exceder de rior, bem como promoverá a citação pessoal do servidor
90 (noventa) dias. indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para,
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias no prazo de cinco dias, apresentar defesa escrita, asse-
o servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser sub- gurando-se-lhe vista do processo na repartição, observa-
metido a inspeção médica determinada pela autoridade do o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez Lei n. 9.527, de 10.12.97)
cumprida a determinação. § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relató-
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a pena- rio conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade
lidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na do servidor, em que resumirá as peças principais dos
base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exa-
ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permane- me, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o
cer em serviço. processo à autoridade instauradora, para julgamento.
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do
(três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamen- processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão,
te, se o servidor não houver, nesse período, praticado aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3o do art.
nova infração disciplinar. 167. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para
surtirá efeitos retroativos. defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se con-
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: verterá automaticamente em pedido de exoneração do
I - crime contra a administração pública; outro cargo. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de
II - abandono de cargo; 10.12.97)
III - inassiduidade habitual; § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-
IV - improbidade administrativa; fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cas-
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na re- sação de aposentadoria ou disponibilidade em relação
partição; aos cargos, empregos ou funções públicas em regime
VI - insubordinação grave em serviço; de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou
VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, entidades de vinculação serão comunicados. (Parágrafo
salvo em legítima defesa própria ou de outrem; incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrati- II - pelas autoridades administrativas de hierarquia ime-
vo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá diatamente inferior àquelas mencionadas no inciso
trinta dias, contados da data de publicação do ato que anterior quando se tratar de suspensão superior a 30
constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por (trinta) dias;
até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na for-
(Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) ma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições casos de advertência ou de suspensão de até 30
deste artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, sub- (trinta) dias;
sidiariamente, as disposições dos Títulos IV e V desta IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quan-
Lei. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) do se tratar de destituição de cargo em comissão.
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibili- Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
dade do inativo que houver praticado, na atividade, falta I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com
punível com a demissão. demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilida-
Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido de e destituição de cargo em comissão;
por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos ca- II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
sos de infração sujeita às penalidades de suspensão e III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto á advertência.
de demissão. § 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este que o fato se tornou conhecido.
artigo, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será § 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal apli-
convertida em destituição de cargo em comissão. cam-se às infrações disciplinares capituladas também
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em co- como crime.
missão, nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de pro-
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento cesso disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão
ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. final proferida por autoridade competente.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em co- § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começa-
missão, por infringência do art. 117, incisos IX e XI, in- rá a correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
compatibiliza o ex-servidor para nova investidura em car-
go público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. Título V
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público Do Processo Administrativo Disciplinar
federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo Capítulo I
em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, Disposições Gerais
X e XI. Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência inten- no serviço público é obrigada a promover a sua apuração
cional do servidor ao serviço por mais de trinta dias con- imediata, mediante sindicância ou processo administra-
secutivos. tivo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa.
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta § 1o (Revogado pela Lei n. 11.204, de 2005)
ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, in- § 2o (Revogado pela Lei n. 11.204, de 2005)
terpoladamente, durante o período de doze meses. § 3o A apuração de que trata o caput, por solicitação da
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassi-
autoridade a que se refere, poderá ser promovida por
duidade habitual, também será adotado o procedimento
autoridade de órgão ou entidade diverso daquele em que
sumário a que se refere o art. 133, observando-se espe-
cialmente que: (Redação dada pela Lei n. 9.527, de tenha ocorrido a irregularidade, mediante competência
10.12.97) específica para tal finalidade, delegada em caráter per-
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Inciso incluído manente ou temporário pelo Presidente da República,
pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) pelos presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação pre- Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da Repúbli-
cisa do período de ausência intencional do servidor ao ca, no âmbito do respectivo Poder, órgão ou entidade,
serviço superior a trinta dias; (Alínea incluída pela Lei nº. preservadas as competências para o julgamento que se
9.527, de 10.12.97) seguir à apuração. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527,
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos de 10.12.97)
dias de falta ao serviço sem causa justificada, por perío- Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão obje-
do igual ou superior a sessenta dias interpoladamente, to de apuração, desde que contenham a identificação e o
durante o período de doze meses; (Alínea incluída pela endereço do denunciante e sejam formuladas por escri-
Lei n. 9.527, de 10.12.97) to, confirmada a autenticidade.
II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar
relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabi- evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia
lidade do servidor, em que resumirá as peças principais será arquivada, por falta de objeto.
dos autos, indicará o respectivo dispositivo legal, opina- Art. 145. Da sindicância poderá resultar:
rá, na hipótese de abandono de cargo, sobre a intencio- I - arquivamento do processo;
nalidade da ausência ao serviço superior a trinta dias e II - aplicação de penalidade de advertência ou suspen-
remeterá o processo à autoridade instauradora para jul- são de até 30 (trinta) dias;
gamento. (Inciso incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) III - instauração de processo disciplinar.
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das não excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado
Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e por igual período, a critério da autoridade superior.
pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor en-
demissão e cassação de aposentadoria ou disponibili- sejar a imposição de penalidade de suspensão por mais
dade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposenta-
entidade;
doria ou disponibilidade, ou destituição de cargo em co- Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicân-
missão, será obrigatória a instauração de processo dis- cia concluir que a infração está capitulada como ilícito
ciplinar. penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos
autos ao Ministério Público, independentemente da ime-
Capítulo II diata instauração do processo disciplinar.
Do Afastamento Preventivo Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor tomada de depoimentos, acareações, investigações e
não venha a influir na apuração da irregularidade, a autori- diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recor-
dade instauradora do processo disciplinar poderá deter- rendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo
minar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo a permitir a completa elucidação dos fatos.
de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração. Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompa-
Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado nhar o processo pessoalmente ou por intermédio de pro-
por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, curador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas
ainda que não concluído o processo. e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
prova pericial.
§ 1o O presidente da comissão poderá denegar pedidos
Capítulo III
considerados impertinentes, meramente protelatórios, ou
Do Processo Disciplinar
de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destina- § 2o Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a
do a apurar responsabilidade de servidor por infração comprovação do fato independer de conhecimento espe-
praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha cial de perito.
relação com as atribuições do cargo em que se encontre Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor medi-
investido. ante mandado expedido pelo presidente da comissão,
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por co- devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser
missão composta de três servidores estáveis designa- anexado aos autos.
dos pela autoridade competente, observado o disposto Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a
no § 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presi- expedição do mandado será imediatamente comunica-
dente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior da ao chefe da repartição onde serve, com a indicação do
ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou dia e hora marcados para inquirição.
superior ao do indiciado. (Redação dada pela Lei n. 9.527, Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e redu-
de 10.12.97) zido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por
§ 1o A Comissão terá como secretário servidor designa- escrito.
do pelo seu presidente, podendo a indicação recair em § 1o As testemunhas serão inquiridas separadamente.
um de seus membros. § 2o Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se
§ 2o Não poderá participar de comissão de sindicância infirmem, proceder-se-á à acareação entre os depoentes.
ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acu- Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a co-
sado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, missão promoverá o interrogatório do acusado, observa-
até o terceiro grau. dos os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158.
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com in- § 1o No caso de mais de um acusado, cada um deles
dependência e imparcialidade, assegurado o sigilo ne- será ouvido separadamente, e sempre que divergirem
cessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será
da administração. promovida a acareação entre eles.
Parágrafo único. As reuniões e as audiências das co-
§ 2o O procurador do acusado poderá assistir ao interro-
missões terão caráter reservado.
gatório, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas se-
guintes fases: lhe vedado interferir nas perguntas e respostas, facultan-
I - instauração, com a publicação do ato que constituir a do-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presi-
comissão; dente da comissão.
II - inquérito administrativo, que compreende instrução, Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental
defesa e relatório; do acusado, a comissão proporá à autoridade compe-
III - julgamento. tente que ele seja submetido a exame por junta médica
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo discipli- oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquia-
nar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data tra.
de publicação do ato que constituir a comissão, admitida Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será
a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstân- processado em auto apartado e apenso ao processo prin-
cias o exigirem. cipal, após a expedição do laudo pericial.
§ 1o Sempre que necessário, a comissão dedicará tem- Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada
po integral aos seus trabalhos, ficando seus membros a indiciação do servidor, com a especificação dos fatos a
dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. ele imputados e das respectivas provas.
§ 2o As reuniões da comissão serão registradas em atas § 1o O indiciado será citado por mandado expedido pelo
que deverão detalhar as deliberações adotadas. presidente da comissão para apresentar defesa escrita,
no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do
Seção I processo na repartição.
Do Inquérito § 2o Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será co-
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princí- mum e de 20 (vinte) dias.
pio do contraditório, assegurada ao acusado ampla defe- § 3o O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro,
sa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em para diligências reputadas indispensáveis.
direito. § 4o No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data
disciplinar, como peça informativa da instrução. declarada, em termo próprio, pelo membro da comissão
que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemu- § 2o A autoridade julgadora que der causa à prescrição
nhas. de que trata o art. 142, § 2o, será responsabilizada na
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obri- forma do Capítulo IV do Título IV.
gado a comunicar à comissão o lugar onde poderá ser Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autori-
encontrado. dade julgadora determinará o registro do fato nos assen-
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não tamentos individuais do servidor.
sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como cri-
da União e em jornal de grande circulação na localidade me, o processo disciplinar será remetido ao Ministério
do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. Público para instauração da ação penal, ficando trasla-
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para dado na repartição.
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publica- Art. 172. O servidor que responder a processo discipli-
ção do edital. nar só poderá ser exonerado a pedido, ou aposentado
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regular- voluntariamente, após a conclusão do processo e o cum-
mente citado, não apresentar defesa no prazo legal. primento da penalidade, acaso aplicada.
§ 1o A revelia será declarada, por termo, nos autos do Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o
processo e devolverá o prazo para a defesa. parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido
§ 2o Para defender o indiciado revel, a autoridade instau- em demissão, se for o caso.
radora do processo designará um servidor como defen- Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias:
sor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo su- I - ao servidor convocado para prestar depoimento fora
perior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade da sede de sua repartição, na condição de testemunha,
igual ou superior ao do indiciado. (Redação dada pela denunciado ou indiciado;
Lei n. 9.527, de 10.12.97) II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obri-
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará rela- gados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realiza-
tório minucioso, onde resumirá as peças principais dos ção de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
autos e mencionará as provas em que se baseou para
formar a sua convicção. Seção III
§ 1o O relatório será sempre conclusivo quanto à inocên- Da Revisão do Processo
cia ou à responsabilidade do servidor. Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qual-
§ 2o Reconhecida a responsabilidade do servidor, a co- quer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem
missão indicará o dispositivo legal ou regulamentar trans- fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a
gredido, bem como as circunstâncias agravantes ou ate- inocência do punido ou a inadequação da penalidade
nuantes. aplicada.
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da co- § 1o Em caso de falecimento, ausência ou desapareci-
missão, será remetido à autoridade que determinou a mento do servidor, qualquer pessoa da família poderá
sua instauração, para julgamento. requerer a revisão do processo.
§ 2o No caso de incapacidade mental do servidor, a revi-
Seção II são será requerida pelo respectivo curador.
Do Julgamento Art. 175. No processo revisional, o ônus da prova cabe
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebi- ao requerente.
mento do processo, a autoridade julgadora proferirá a Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade
sua decisão. não constitui fundamento para a revisão, que requer ele-
§ 1o Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da au- mentos novos, ainda não apreciados no processo origi-
toridade instauradora do processo, este será encaminhado nário.
à autoridade competente, que decidirá em igual prazo. Art. 177. O requerimento de revisão do processo será
dirigido ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente,
§ 2o Havendo mais de um indiciado e diversidade de san-
que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao diri-
ções, o julgamento caberá à autoridade competente para
gente do órgão ou entidade onde se originou o processo
a imposição da pena mais grave.
disciplinar.
§ 3o Se a penalidade prevista for a demissão ou cassa-
Parágrafo único. Deferida a petição, a autoridade com-
ção de aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento petente providenciará a constituição de comissão, na for-
caberá às autoridades de que trata o inciso I do art. 141. ma do art. 149.
§ 4o Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo origi-
a autoridade instauradora do processo determinará o seu nário.
arquivamento, salvo se flagrantemente contrária à prova Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá
dos autos. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) dia e hora para a produção de provas e inquirição das
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, testemunhas que arrolar.
salvo quando contrário às provas dos autos. Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para
Parágrafo único. Quando o relatório da comissão con- a conclusão dos trabalhos.
trariar as provas dos autos, a autoridade julgadora pode- Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão reviso-
rá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, abran- ra, no que couber, as normas e procedimentos próprios
dá-la ou isentar o servidor de responsabilidade. da comissão do processo disciplinar.
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a au- Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a
toridade que determinou a instauração do processo ou penalidade, nos termos do art. 141.
outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vin-
total ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição te) dias, contados do recebimento do processo, no curso
de outra comissão para instauração de novo do qual a autoridade julgadora poderá determinar dili-
processo.(Redação dada pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) gências.
§ 1o O julgamento fora do prazo legal não implica nulida- Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada
de do processo. sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se to-
dos os direitos do servidor, exceto em relação à destitui-
Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigo- 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;
rará a partir da data da publicação do respectivo ato. II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autori-
§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de li- zação judicial, viver na companhia e às expensas do ser-
cença para tratamento de saúde, por período não exce- vidor, ou do inativo;
dente a 24 (vinte e quatro) meses. III - a mãe e o pai sem economia própria.
§ 2o Expirado o período de licença e não estando em con- Art. 198. Não se configura a dependência econômica
dições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o quando o beneficiário do salário-família perceber rendi-
servidor será aposentado. mento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive
§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da pensão ou provento da aposentadoria, em valor igual ou
licença e a publicação do ato da aposentadoria será con- superior ao salário-mínimo.
siderado como de prorrogação da licença. Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos
§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão e viverem em comum, o salário-família será pago a um
consideradas apenas as licenças motivadas pela enfer- deles; quando separados, será pago a um e outro, de
midade ensejadora da invalidez ou doenças correlacio- acordo com a distribuição dos dependentes.
nadas. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padras-
§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença to, a madrasta e, na falta destes, os representantes le-
para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez gais dos incapazes.
poderá ser convocado a qualquer momento, para avalia- Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tri-
ção das condições que ensejaram o afastamento ou a buto, nem servirá de base para qualquer contribuição,
aposentadoria. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) inclusive para a Previdência Social.
Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remune-
observância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na ração, não acarreta a suspensão do pagamento do
mesma data e proporção, sempre que se modificar a salário-família.
remuneração dos servidores em atividade.
Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer Seção IV
benefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos Da Licença para Tratamento de Saúde
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes Art. 202. Será concedida ao servidor licença para trata-
de transformação ou reclassificação do cargo ou função mento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em
em que se deu a aposentadoria. perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer
Art. 190. O servidor aposentado com provento proporci- jus.
onal ao tempo de serviço se acometido de qualquer das Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será
moléstias especificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, concedida com base em perícia oficial. (Redação dada
por esse motivo, for considerado inválido por junta médi- pela Lei nº 11.907, de 2009)
ca oficial passará a perceber provento integral, calcula- § 1o Sempre que necessário, a inspeção médica será
do com base no fundamento legal de concessão da apo- realizada na residência do servidor ou no estabelecimen-
sentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009) to hospitalar onde se encontrar internado.
Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o pro- § 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no local
vento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração onde se encontra ou tenha exercício em caráter perma-
da atividade. nente o servidor, e não se configurando as hipóteses pre-
Art. 192. (Revogado pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) vistas nos parágrafos do art. 230, será aceito atestado
Art. 193. (Revogado pela Lei n. 9.527, de 10.12.97) passado por médico particular. (Redação dada pela Lei
Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratifica- n. 9.527, de 10.12.97)
ção natalina, até o dia vinte do mês de dezembro, em § 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente
valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adi- produzirá efeitos depois de recepcionado pela unidade
antamento recebido. de recursos humanos do órgão ou entidade. (Redação
Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente parti- dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
cipado de operações bélicas, durante a Segunda Guerra § 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte)
Mundial, nos termos da Lei n. 5.315, de 12 de setembro dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro
de 1967, será concedida aposentadoria com provento dia de afastamento será concedida mediante avaliação
integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo. por junta médica oficial. (Redação dada pela Lei nº
11.907, de 2009)
Seção II § 5o A perícia oficial para concessão da licença de que
Do Auxílio-Natalidade trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos
Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por
motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao cirurgiões-dentistas, nas hipóteses em que abranger o
menor vencimento do serviço público, inclusive no caso campo de atuação da odontologia. (Incluído pela Lei nº
de natimorto. 11.907, de 2009)
§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15
de 50% (cinqüenta por cento), por nascituro. (quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispen-
§ 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro ser- sada de perícia oficial, na forma definida em regulamen-
vidor público, quando a parturiente não for servidora. to. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se
Seção III referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando
Do Salário-Família se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço,
Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao doença profissional ou qualquer das doenças especifi-
inativo, por dependente econômico. cadas no art. 186, § 1o.
Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômi- Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgâ-
cos para efeito de percepção do salário-família: nicas ou funcionais será submetido a inspeção médica.
I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os entea- Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médi-
dos até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até cos periódicos, nos termos e condições definidos em
regulamento. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) (Re- que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte,
gulamento). cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário.
Art. 217. São beneficiários das pensões:
Seção V I - vitalícia:
Da Licença à Gestante, à Adotante a) o cônjuge;
e da Licença-Paternidade b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou di-
Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por vorciada, com percepção de pensão alimentícia;
120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da c) o companheiro ou companheira designado que com-
remuneração. prove união estável como entidade familiar;
§ 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômi-
de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. ca do servidor;
§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a
início a partir do parto. pessoa portadora de deficiência, que vivam sob a depen-
§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do dência econômica do servidor;
evento, a servidora será submetida a exame médico, e se II - temporária:
julgada apta, reassumirá o exercício. a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de
§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a idade, ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez;
servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso re- b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos
munerado. de idade;
Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido,
terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias conse- enquanto durar a invalidez, que comprovem dependência
cutivos. econômica do servidor;
Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de d) a pessoa designada que viva na dependência econô-
seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a mica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida,
jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que pode- enquanto durar a invalidez.
rá ser parcelada em dois períodos de meia hora. § 1o A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de
Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judici- que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I deste artigo
al de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas
90 (noventa) dias de licença remunerada. (Vide Decreto alíneas “d” e “e”.
nº 6.691, de 2008) § 2o A concessão da pensão temporária aos beneficiári-
Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial os de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II deste
de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de artigo exclui desse direito os demais beneficiários referi-
que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. dos nas alíneas “c” e “d”.
Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao titu-
Seção VI lar da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários
Da Licença por Acidente em Serviço da pensão temporária.
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o § 1o Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão
servidor acidentado em serviço. vitalícia, o seu valor será distribuído em partes iguais en-
Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou tre os beneficiários habilitados.
mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou § 2o Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e tempo-
imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. rária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da
Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes
dano: iguais, entre os titulares da pensão temporária.
I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo § 3o Ocorrendo habilitação somente à pensão temporá-
servidor no exercício do cargo; ria, o valor integral da pensão será rateado, em partes
II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e iguais, entre os que se habilitarem.
vice-versa. Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tem-
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite po, prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis
de tratamento especializado poderá ser tratado em insti- há mais de 5 (cinco) anos.
tuição privada, à conta de recursos públicos. Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova
Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta posterior ou habilitação tardia que implique exclusão de
médica oficial constitui medida de exceção e somente beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a
será admissível quando inexistirem meios e recursos partir da data em que for oferecida.
adequados em instituição pública. Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado
Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) pela prática de crime doloso de que tenha resultado a
dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem. morte do servidor.
Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte pre-
Seção VII sumida do servidor, nos seguintes casos:
Da Pensão I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária com-
Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem petente;
jus a uma pensão mensal de valor correspondente ao da II - desaparecimento em desabamento, inundação, incên-
respectiva remuneração ou provento, a partir da data do dio ou acidente não caracterizado como em serviço;
óbito, observado o limite estabelecido no art. 42. III - desaparecimento no desempenho das atribuições do
Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, cargo ou em missão de segurança.
em vitalícias e temporárias. Parágrafo único. A pensão provisória será transformada
§ 1o A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas per- em vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5
manentes, que somente se extinguem ou revertem com (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual rea-
a morte de seus beneficiários. parecimento do servidor, hipótese em que o benefício
§ 2o A pensão temporária é composta de cota ou cotas será automaticamente cancelado.
Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário: como diretriz básica o implemento de ações preventivas
I - o seu falecimento; voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo
II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão
após a concessão da pensão ao cônjuge; ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou medi-
III - a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiá- ante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio,
rio inválido; mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo
IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa desig- servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensio-
nada, aos 21 (vinte e um) anos de idade; nistas com planos ou seguros privados de assistência à
V - a acumulação de pensão na forma do art. 225; saúde, na forma estabelecida em regulamento. (Redação
VI - a renúncia expressa. dada pela Lei nº 11.302 de 2006).
Parágrafo único. A critério da Administração, o benefi- § 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigi-
ciário de pensão temporária motivada por invalidez po- da perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência
derá ser convocado a qualquer momento para avaliação de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o
das condições que ensejaram a concessão do benefí- órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convê-
cio. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009) nio com unidades de atendimento do sistema público de
Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiá- saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utili-
rio, a respectiva cota reverterá: dade pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Soci-
I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pen- al - INSS. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
são ou para os titulares da pensão temporária, se não § 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da apli-
houver pensionista remanescente da pensão vitalícia; cação do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou enti-
II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na dade promoverá a contratação da prestação de serviços
falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia. por pessoa jurídica, que constituirá junta médica especi-
Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas ficamente para esses fins, indicando os nomes e especi-
na mesma data e na mesma proporção dos reajustes alidades dos seus integrantes, com a comprovação de
dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o dispos- suas habilitações e de que não estejam respondendo a
to no parágrafo único do art. 189. processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da pro-
Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a per- fissão. (Parágrafo incluído pela Lei n. 9.527, de 10.12.97)
cepção cumulativa de mais de duas pensões. § 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam
a União e suas entidades autárquicas e fundacionais
Seção VIII autorizadas a: (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
Do Auxílio-Funeral I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação
Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor de serviços de assistência à saúde para os seus servi-
falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalen- dores ou empregados ativos, aposentados, pensionis-
te a um mês da remuneração ou provento. tas, bem como para seus respectivos grupos familiares
§ 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio definidos, com entidades de autogestão por elas patroci-
será pago somente em razão do cargo de maior remune- nadas por meio de instrumentos jurídicos efetivamente
ração. celebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e
§ 2o (VETADO). que possuam autorização de funcionamento do órgão
§ 3o O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) regulador, sendo certo que os convênios celebrados de-
horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pes- pois dessa data somente poderão sê-lo na forma da re-
soa da família que houver custeado o funeral. gulamentação específica sobre patrocínio de autoges-
Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será tões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no
indenizado, observado o disposto no artigo anterior. prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei,
Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço normas essas também aplicáveis aos convênios exis-
fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despe- tentes até 12 de fevereiro de 2006; (Incluído pela Lei nº
sas de transporte do corpo correrão à conta de recursos 11.302 de 2006)
da União, autarquia ou fundação pública. II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666,
de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros
Seção IX privados de assistência à saúde que possuam autoriza-
Do Auxílio-Reclusão ção de funcionamento do órgão regulador; (Incluído pela
Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-re- Lei nº 11.302 de 2006)
clusão, nos seguintes valores: III - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
I - dois terços da remuneração, quando afastado por moti- § 4o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.302 de 2006)
vo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela § 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total des-
autoridade competente, enquanto perdurar a prisão; pendido pelo servidor ou pensionista civil com plano ou
II - metade da remuneração, durante o afastamento, em seguro privado de assistência à saúde. (Incluído pela Lei
virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena nº 11.302 de 2006)
que não determine a perda de cargo.
§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servi- Capítulo IV
dor terá direito à integralização da remuneração, desde Do Custeio
que absolvido. Art. 231. (Revogado pela Lei n. 9.783, de 28.01.99)
§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do
dia imediato àquele em que o servidor for posto em liber- Título VII
dade, ainda que condicional. Capítulo Único
Da Contratação Temporária
Capítulo III de Excepcional Interesse Público
Da Assistência à Saúde Art. 232. (Revogado pela Lei n. 8.745, de 9.12.93)
Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inati- Art. 233. (Revogado pela Lei n. 8.745, de 9.12.93)
vo, e de sua família compreende assistência médica, Art. 234. (Revogado pela Lei n. 8.745, de 9.12.93)
hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá Art. 235. (Revogado pela Lei n. 8.745, de 9.12.93)
De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Distrito Federal 400,73
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, o Rio de Janeiro 352,05
total de habitantes no Brasil era de 169.799.170. Dados São Paulo 162,93
divulgados pelo IBGE constataram que o total de habi- Alagoas 108,61
Sergipe 89,81
tantes aproxima-se dos 200 milhões. Segundo divulga-
ções recentes de 2008, calcula-se que o número esteja
em torno de 189.600.000 habitantes. Menores Densidades Demográficas (menos povoados)
minantemente urbano. Na década de 1960, a taxa de marcante ao longo das grandes rodovias, como Ayrton
urbanização era de 44,67%, passando em 1970 para Senna e Presidente Dutra, em direção a São José dos
55,92%. De acordo com o censo de 2000, a taxa de urba- Campos; e Bandeirantes e Anhanguera, rumo a Campi-
nização do país é de 81,25%. nas. Um efeito marcante desse processo é o fortaleci-
mento do parque industrial nessas áreas, conhecido
Até 1960, somente a região Sudeste tinha o maior por “periferização” da indústria paulista. O pólo industri-
porcentual de urbanização. A partir de 1980, a taxa de al, até então concentrado na área metropolitana começa
50% de urbanização já era marcante em todas as re- a se expandir para áreas próximas ao interior.
giões brasileiras.
O crescimento rápido e desordenado das grandes cida-
Entre o censo de 1991 e 2000, o IBGE registrou um au- des traz uma série de conseqüências negativas como a
mento de 26,8 milhões de habitantes urbanos no país. piora da qualidade de vida, a degradação do meio ambi-
ente e a sobrecarga da infra-estrutura, como transporte,
O Censo de 2000 também destacou que a região Cen- habitação, educação, saúde e segurança.
tro-Oeste superou a região Nordeste em taxa de urbani- Diante do grave quadro urbano existente no país, foi apro-
zação. Ver quadro abaixo: vado em junho de 2001 o Estatuto da Cidade, que prevê
uma nova concepção de cidade, com a disposição de
uma série de mecanismos para atingi-la, tais como:
Por outro lado, mais da metade dos trabalhadores bra- Em 2006, houve queda no trabalho infantil. De 2005 a 2006,
sileiros encontram-se no trabalho informal. Esse núme- o percentual de crianças e adolescentes que trabalhavam
ro chega a 43,7 milhões de trabalhadores, o que repre- passou de 12,2% para 11,5%. Mesmos assim, o país ain-
senta 58%. Esse crescimento da economia informal tem da registra quase 2 milhões de crianças entre 5 e 14 anos
como causa o baixo crescimento econômico do país que trabalham, sendo 65,9% desde total, meninos.
nas últimas décadas.
Previdência
Atualmente, mais de metade da população não contribui
Dados sobre a População Brasileira (2006)
para a Previdência. Em 2006, o percentual de contribuin-
tes chegou a 48,8%, o que representa 43,6 milhões de
Renda pessoas.
De acordo com a pesquisa “Miséria, Desigualdade e Polí-
ticas de Renda: o Real do Lula”, divulgada em 19/09/07 Conclusões
pela Fundação Getúlio Vargas, com base na Pesquisa A geração de empregos no país é resultado de uma série de
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente ao fatores como a expansão de crédito, a redução dos juros, o
ano 2006, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e aumento da renda e a conjuntura internacional.
Estatística (IBGE), aproximadamente 6 milhões de pesso-
as saíram da linha de miséria no país. De acordo com a As dificuldades para os jovens e adultos entre 20 e 24
pesquisa, havia no país 36.153.687 miseráveis em 2006 anos para a inclusão no mercado de trabalho, deve-se a
(pessoas com renda mensal domiciliar per capita abaixo pouca experiência e a baixa escolaridade.
Etnia ATUALIDADES
A participação da população de cor negra passou de
2005 a 2006, de 6,3% para 6,9%, isto é, passou de 11,5 Eleições no Congresso Nacional (2009)
milhões para 12,9 milhões de pessoas. O número de No dia 2 de fevereiro de 2009 foram eleitos o presidente do
pessoas que antes se declaravam pardos caiu de 43,2% Senado Federal e o presidente da Câmara dos Deputados.
para 42,6%, resultado da migração dos que antes se
declaravam pardos e hoje se declaram negros. Para a Presidência do Senado foi eleito José Sarney
(PMDB-AP), que venceu seu opositor, o senador Tião
A participação da população branca por sua vez perdeu Viana (PT-AC) por 49 votos a 32.
expressividade passando de 49,9% em 2005 para
49,7% em 2007. A população branca é mais expressiva José Sarney (78) vai exercer a Presidência do Senado
na região Sul, chegando a representar 79,6% do total pela terceira vez, substituindo o senador Garibalde Alves
da população. (PMDB-RN).
Educação Os dois mandatos exercidos anteriormente por José
Em 2006, o número de estudantes no ensino superior Sarney, ocorreram entre 1995/1997 e entre 2003/2005.
cresceu 13,2%, representando um aumento de 684 mil
pessoas, apenas em um ano. O ensino superior foi o
Para a Presidência da Câmara dos Deputados foi eleito
único que apresentou aumento expressivo, explicado em
parte pelo envelhecimento da população. o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP). Temer tam-
bém é presidente nacional do PMDB, sendo filiado des-
A maior parte dos estudantes que freqüentam o ensino de 1981. Este é o seu sexto mandato consecutivo como
superior, 75,5%, estudam em instituições particulares. deputado federal. Sua eleição para presidência da Ca-
mâra dos Deputados foi apoiada por 14 partidos.
O maior ingresso de estudantes no ensino superior
privado, também pode ser explicado em parte pelo ProUni Assim como José Sarney, Temer já exerceu dois man-
– programa do governo federal que concede bolsas em datos anteriores como Presidente da Câmara dos De-
universidades particulares. Segundo dados do MEC, em putados: entre 1997/1998 e entre 1998/2000.
2006 foram concedidas 138.668 bolsas de estudo entre
integrais e parciais. Guerra entre Israel e Hamas (Dez-2008/Jan-2009)
O término do ano de 2008 e início de 2009 foi marcado
No geral, o ensino público apresentou queda de 0,7%
em 2006, o equivalente a 311 mil alunos. A maior queda por novos e tensos combates entre israelenses e pales-
ocorreu no ensino médio, que passou de 8.127 milhões tinos integrantes do Hamas.
em 2005 para 8.032 milhões em 2006.
Segundo dados, aproximadamente 1.400 palestinos
Em relação ao ensino infantil houve aumento na partici- foram mortos, contra 14 do lado israelense.
pação de crianças entre 5 e 6 anos, passando de 81,5%
em 2005 para 84,6% em 2006. O maior aumento registra- Os ataques palestinos e os contra-ataques israelen-
do no Ceará (93,7%) e o menor em Rondônia (60,7%). ses foram concentrados na faixa de Gaza, área de con-
centração e atuação do Hamas, que desde janeiro de
A maior presença na escola foi observada na faixa etária de 2006 controla o Parlamento Palestino, quando saiu vito-
7 a 14 anos, com 97% das crianças nessa faixa etária matri- rioso nas eleições parlamentares.
culadas. O destaque ficou para o estado de Santa Catarina,
onde o percentual de matriculados chegou a 99%. A vitória do Hamas provocou uma cisão entre os pró-
prios palestinos, levando integrantes da Al-Fatah a se
Houve queda no índice de analfabetismo no país. Ape- concentrarem na Cisjordânia.
sar da queda na taxa de analfabetismo em 2006, de
4,2% em comparação ao ano de 2005, o país ainda re- Há várias explicações para os ataques israelenses
gistra 15 milhões de analfabetos. contra o Hamas, entre elas:
Taxa de Fecundidade
A taxa de fecundidade no país é de 2,3 filhos por casal ou - O objetivo israelense de enfraquecer militarmente o Hamas;
por mulher. Em 1992, era de 3,9. - As próximas eleições gerais em Israel, marcadas para
o dia 10 de fevereiro, cujo atual governo de coalizão cen-
Segundo a pesquisa a taxa de fecundidade ainda é um tro-direita teme a ascensão da extrema direita, defenso-
traço da desigualdade social. As mulheres mais ricas ra de uma dura ofensiva contra o Hamas;
têm 1,4 filhos em média, enquanto as mais pobres 3,7, - A necessidade por parte de Israel recuperar seu poder
segundo dados obtidos em 2006. de ataque, abalado desde 2006, diante do fracasso da
ofensiva militar contra o Hezbollah, no Sul do Líbano.
A pesquisadora e demógrafa Ana Amélia Camarano, do - A posse de Barack Obama (16/01/2009) e sua promessa
Ipea, prevê que entre 2025 a 2030, o crescimento popu- de pressionar Israel a aceitar a criação do Estado Palestino;
lacional cairá para 0,5% e a taxa de fecundidade cairá com esse ataque ao Hamas, Israel pretendeu impor seu
para 1,5 filhos por mulher. ritmo nas negociações, caso elas venham a ocorrer.
Acesso à Internet
Em 2006 o número de domicílios com acesso à internet Referendo da Venezuela diz “sim” a Chávez (08/02/09)
cresceu 26,9%. Atualmente, 16,9% das casas têm aces- O referendo realizado na Venezuela, em 08 de feverei-
so à Web. ro de 2009 deu a vitória ao “sim”, que recebeu 54,36%
dos votos, contra os 45,63% dados ao “não”.
Com isso, foi aprovada a emenda constitucional que Em 2001, o Federal Reserve (Fed) reduziu a taxa de juros,
elimina a limitação constitucional de uma só reeleição visando baratear os financiamentos e os empréstimos.
para cargos eletivos, entre eles o de presidente da Re-
pública. Sendo assim, Chávez poderá participar das elei- Em 2003, o setor imobiliário norte-americano passou a
ções presidenciais de 2012. se aproveitar dessa situação de juros baixos: a procura por
imóveis e por empréstimos para financiá-los cresceu vio-
Esta é a segunda vitória eleitoral de Chávez, em me- lentamente.
nos de quatro meses.
Em 2006, essa realidade começa a mudar: a alta na taxa
Nas eleições regionais realizadas em 23 de novembro de juros encareceu os empréstimos, afastou investido-
de 2008, os candidatos pró-Chávez venceram 17 das 22 res, elevou o número de inadimplentes, fez a oferta supe-
disputa governamentais. Vale ressaltar, que foi essa que rar a procura, desvalorizou os imóveis acarretando uma
fortaleceu o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), forte crise no setor imobiliário.
(fundado por Chávez), que o motivou a colocar o referendo
do “sim” sob nova votação. Da primeira vez que o referendo Muitos bancos e financeiras do país, envolvidos com financi-
foi colocado sob votação a vitória foi dada ao “não”. amentos da casa própria e com venda e compra de títu-
los do setor amargaram fortes prejuízos, obrigando o
Atentados Terroristas na Índia (26/11/2008) governo, primeiro Bush, e agora Obama a tentarem
Vários atentados terroristas foram realizados na noite de desesperadamente a aprovação de pacotes econô-
26 de novembro de 2008, em localidades nobres de Mum- micos, com ênfase na liberação de dinheiro, para ser
bai, capital da Índia. As ações terroristas foram praticadas injetado no mercado. Essa ajuda financeira visa sal-
nos hotéis Taj Mahal Palace e Oberoi Trident, na estação de var bancos, financeiras, empresas e também a geração
trem Chhatrapati Shivaji e no café Leopold; todos locais for- de empregos: de 2008 até o momento, mais de 2,6 mi-
temente frequentados por turistas ocidentais. lhões de pessoas perderam o emprego, somente nos EUA.
As ações terroristas foram assumidas por um grupo Em 2008, grandes grupos financeiros norte-americanos
pediram concordata, como Lehman Brothers, o Washington
desconhecido, de nome Mujahedim de Deccan.
Mutual (Wamu) decretou falência, a Fannie Mae e Freddie
Mac foram salvos pelo governo, a Merrill Lynch foi comprada
De início, muitos tentaram associar os atentados a
pelo Bank of América e o Wachovia pelo Citigroup.
grupos paquistaneses, envolvendo a tensa disputa en-
tre Índia e Paquistão na região da Caxemira Indiana, o Em um recente pronunciamento, Obama advertiu, que
que foi logo descartado. apesar do empenho do governo, a atual crise financeira
norte-americana só apresentará melhoras em 2010.
Os atentados de Mumbai deixaram 179 mortos e 300 feridos.
Promulgada a nova Carta Constitucional da Bolívia (07/
Eleições Presidenciais nos Estados Unidos (2008) 02/09)
No dia 4 de novembro de 2008 foi eleito Presidente A nova Carta Constitucional boliviana é composta por 411
dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama. artigos, dos quais mais de 80 tratam das questões indígenas.
Obama tem 47 anos, será o primeiro presidente ne- O país conta com 36 povos originários, isto é, aqueles que já
gro e o 44º presidente dos Estados Unidos. Filho de um se encontravam no território, antes da chegada dos espanhóis.
queniano, também chamado de Barack Obama e de uma
norte-americana (branca), Ann Dunham, o atual presi- Pela nova Constituição, os povos indígenas passam
dente dos EUA nasceu em 4 de agosto de 1961. a ter representação e participação política e econômica
no país. As comunidades indígenas passam a ter, cada
Representante do Partido Democrata, Obama teve como uma, seu próprio tribunal, com juízes eleitos pelos mo-
concorrente John Maccain, do Partido Republicano. Seu vice foi radores; esse artigo estabelece a equivalência entre a
John ou Joe Biden, seu opositor teve como vice Sarah Palin. justiça tradicional indígena e a justiça ordinária do país.
Também fica determinado, em outro artigo, que os po-
Assim que tomou posse, Obama conseguiu a aprova- vos indígenas passarão a ter direito de propriedade ex-
ção de um plano de ajuda econômica para amenizar a clusiva sobre os recursos florestais, hídricos e da terra
grave crise financeira que atinge os EUA. em suas comunidades.
Em relação a política externa, prometeu reduzir o nú- No que diz respeito à parte política, a nova Constitui-
mero de soldados americanos no Iraque pela metade e ção estabelece o direito de reeleição presidencial.
desativar a base de Guantánamo.
Os candidatos indígenas serão eleitos de acordo com
Crise Econômica nos Estados Unidos as normas internas de cada comunidade.
A atual crise econômica nos Estados Unidos, e que atin-
ge o mundo como um todo, teve início em julho de 2007. Quanto aos recursos naturais, fica estabelecido que estes
passam a ser propriedade dos bolivianos, e sua exploração ad-
A origem dessa crise econômica está na forte inadim- ministrada pelo Estado, levando-se em conta o interesse público.
plência no setor imobiliário.
O gás natural e os recursos hídricos não podem ser ana Sarney (Maria do Carmo de Castro Macieira) e outra,
privatizados, estes só podem ser explorados pelo Estado. nomeada para o gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-
MS), em Campo Grande (Vera Portela Macieira Borges).
Desmatamento na Amazônica
De acordo com o Pnuma (Programa das Nações Unidas Além das sobrinhas, Sarney também teve um neto
para o Meio Ambiente), de 2006 até fev/2009, 26 espécies nomeado e exonerado do gabinete do senador Epitácio
de animais foram extintas e outras 644 estão ameaçadas. Cafeteira (PTB-MA).
Outro órgão, o GEO Amazônia divulgou durante encon- O presidente do Senado José Sarney sofre dura pres-
tro do Pnuma em Nairobi, no Quênia (fev/2009), que até são da opinião pública, da imprensa e da oposição
2005, uma área equivalente a 94% do território da Vene- (PSDB, DEM e PSOL) para que renuncie ao cargo.
zuela havia sido desmatado na Amazônia. Entre as cau-
sas do desmatamento são apontados o aumento da ur- A crise do Senado já provocou o afastamento de dois
banização e a exploração de recursos naturais. No caso de seus diretores: Agaciel Maia (diretor-geral da Casa),
do Brasil, em particular, o desmatamento é agravado tam- após revelação do jornal Folha de São Paulo, que ele não
bém pelo avanço da soja e da pecuária bovina. teria registrado uma casa avaliada em R$ 5 milhões; João
Carlos Zoghbi (diretor de Recursos Humanos do Senado),
O relatório emido pelo Pnuma alerta que além do des- acusado de ter cedido um apartamento funcional para pa-
matamento, a Floresta Amazônica também sofre as con- rente que não fazia parte do Congresso Nacional.
sequências do aquecimento global, que entre outros fa-
tores, reduz a ocorrência de chuvas na região; segundo
A Nova Gripe A (H1N1) - (atualizado em 04/07/09)
o relatório, a Floresta Amazônica poderá se transformar
em savana ainda neste século. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que
a nova gripe A (H1N1) já é considerada pandemia, devi-
Nota: A Venezuela possui um território de 912.050 km2, do ao número de países e continentes afetados.
equivalente ao Estado do Mato Grosso (903.386,1 km2)
Os países mais atingidos são Estados Unidos, Méxi-
Presidente do Sri Lanka declara o fim da Guerra Civil co, Canadá, Austrália, Espanha, Japão, Reino Unido,
separatista (19/05/09) Chile e Argentina.
O presidente do Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, anun-
ciou a morte do líder dos rebeldes Tâmeis, Velupillai No Brasil, a nova gripe foi detectada em vários Esta-
Prabhakaran e, com isso, declarou o fim da luta separa- dos, com um caso de morte no Rio Grande do Sul.
tista, iniciada há 36 anos, pelos rebeldes do grupo se-
paratista Tigres pela Libertação do Tamil Eelam (TLTE). O vírus da nova gripe A (H1N1), também conhecida como
gripe suína (porque a doença é causada por um vírus influ-
O Sri Lanka correspondeu no passado ao Ceilão e, duran- enza, que geralmente afeta apenas porcos), foi detectado
te anos foi domínio britânico. Durante esse domínio, os primeiramente em Cancún, no México, em março/2009 – a
ingleses deram à minoria tâmeis (hinduístas) todos os nova gripe foi detectada em um garoto.
privilégios políticos, econômicos e sociais. Após o fim
do domínio britânico, a maioria cingalesa (budista) as- Um dos problemas para diagnosticar a nova gripe é
sumiu o controle político do país, provocando a insatis- que ela apresenta sintomas de uma gripe comum.
fação da minoria tâmeis.
Observações:
Em 1972 foi criado o movimento Tigres de Libertação - A mutação do vírus fez com que ela afetasse humanos;
do Tamil Eelam (TLTE), cujo objetivo era instituir um esta-
do independente no leste e no norte do Sri Lanka. - O contágio mais comum ocorre quando as pessoas
têm contato com porcos;
Em 1983, tem início o conflito armado entre a maioria cin-
galesa, que corresponde a 74% da população e a minoria - A atual versão do vírus já transmite de pessoa para pessoa;
tâmeis, que representa apenas 16% do total da população.
- O consumo de carne de porco não transmite a doença,
Durante as mais de três décadas de conflitos, mais
pois ao ser cozida a carne, o vírus é eliminado;
de 70 mil pessoas morreram, além dos feridos e de
outras milhares que foram deslocadas de suas casas.
- A nova gripe apresenta vários sintomas como febre, letar-
Escândalo no Senado Federal gia, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas também apre-
(atualizado em 16/06/2009) sentaram coriza, garganta seca, náusea, vômito e diarreia.
O último escândalo que envolve o Senado Federal e
que, com certeza, não será o último, diz respeito aos - Até o momento, não foi produzida nenhuma vacina efi-
chamados atos secretos, e tem como pivô o presidente caz para humanos contra a nova gripe. Os medicamen-
do Senado, José Sarney (PMDB-AP). tos zanamivir e oseltamivir apresentam alguma eficácia
no combate à doença.
Nos últimos quatorze anos, foram publicados mais de
500 atos secretos, utilizados para nomear e aumentar Mangabeira Unger deixa o governo
salários de pessoas ligadas ao comando do Senado. (atualizado em 29/06/2009)
O ministro Mangabeira Unger da Secretaria de Assun-
José Sarney teve duas sobrinhas nomeadas por ato tos Estratégicos deixou o governo do presidente Luiz
secreto, uma nomeada para o gabinete de sua filha, Rose- Inácio Lula da Silva.
Mangabeira Unger disse que está deixando o cargo A cassação de Marcelo Miranda representa a anulação
para retomar sua função de professor na Universidade de mais da metade dos votos válidos, fato este que levou
de Harvard, nos EUA, pois não conseguiu ampliar sua o vice-procurador geral eleitoral, Francisco Xavier Pinhei-
licença junto à Universidade. ro Filho, com base no artigo 224 do Código Eleitoral, a
sugerir a realização de nova eleição. Caso isso ocorra,
Sua participação no governo Lula teve início a partir do Marcelo Miranda não poderá dela participar, pelo fato de
segundo mandato, em 2006, até então foi duro crítico do ter dado causa à nulidade.
governo que veio a integrar.
Em casos semelhantes de denúncias, contra os três go-
Em 2005, em artigo publicado pela Folha de São Pau-
vernadores e seus respectivos vices, o Tribunal Superior Elei-
lo, ele disparou sérias críticas e acusações contra o go-
toral absolveu o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB),
verno petista. “Afirmo que o governo Lula é o mais cor-
de Santa Catarina, e Waldez Góes (PDT), do Amapá.
rupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais
nefasta por servir à compra de Congressistas, à politiza-
ção da Polícia Federal e das agências reguladoras e à Vitória de Mahmoud Ahmadinejad provoca protestos vio-
tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz lentos no Irã
de se contrapor a seus desmandos”. Simpatizantes do candidato da oposição Mir Hossein
Mousavi iniciaram uma onda de protestos no Irã, alegando
Sua escolha, por Lula, para coordenar o PAS (Plano que a vitória do ultraconservador, Mahmoud Ahmadinejad,
Amazônia Sustentável) foi considerada o pivô para a de- reeleito presidente do país com 62,6%, ocorreu de forma
missão da ex-ministra do meio ambiente, Marina Silva. fraudulenta, pois pesquisas realizadas antes da eleição
davam larga margem de votos para Mousavi.
TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassa mandatos de
governadores A confirmação da reeleição de Ahmadinejad deu início
Entre nov/2008 e jun/2009, o Tribunal Superior Eleitoral à uma onda de protestos pelo país, resultando em pri-
determinou a cassação de três governadores estaduais. sões, agressões e até na morte de uma jovem. Também
foram presos alguns políticos e jornalistas simpatizan-
O primeiro governador cassado foi Cássio Cunha tes de Mousavi.
Lima, da Paraíba (PSDB) e seu vice José Lacerda Neto
(DEM). Ambos foram acusados da utilização de progra- O governo iraniano proibiu que jornalistas internos e
mas sociais para distribuir dinheiro irregularmente. externos fizessem a cobertura dos protestos, porém ce-
nas dos protestos foram filmadas por celulares, por pes-
De acordo com investigações, os dois teriam distribu- soas que delas participavam e veiculadas via internet para
ído 35 mil cheques para eleitores de baixa renda. o exterior.
O processo que cassou o governador e seu vice ficou Como funciona a hierarquia política no Irã
conhecido como o Caso Fac (Fundação de Ação Comu- - Líder Supremo – Cargo exercido pelo aiatola Ali Khame-
nitária), um dos programas “assistidos” pelos dois. nei, desde 1989. O líder supremo dos três poderes, pela
indicação de conselhos vitais, do chefe do judiciário, da
O segundo cassado foi o governador do Maranhão polícia e das redes de TV, comanda as Forças Armadas.
Jacson Lago (PDT) e seu vice, Luis Carlos Porto (PPS).
- Presidente – Seu mandato é de 4 anos, com direito a uma
Entre as acusações contra os dois, constam doações reeleição consecutiva e outras não consecutivas. Depois do
irregulares de cestas básicas, kit salva-vidas para morado- Líder Supremo, é a pessoa mais poderosa do país. Exerce
res da baía de São Marcos, a transferência de recursos poder sobre a política econômica, o orçamento do Estado, além
públicos, estimados em mais de R$ 700 mil, para uma de indicar embaixadores e assinar tratados internacionais.
associação de moradores de Grajaú, e a distribuição de
material de construção e combustível. Todas essas irregu- - Chefe do Judiciário – É indicado pelo Líder Supremo para
laridades confirmam o uso da máquina pública no proces- um mandato de cinco anos. É responsável pela indicação
so eleitoral de 2006. do chefe da Suprema Corte e do Procurador-Geral.
O último cassado, até o momento, foi o governador de - Assembleia dos Especialistas – Tem como principal
Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB) e de seu vice. função indicar o Líder Supremo entre seus membros. É
composta por 86 membros, todos tradicionalmente reli-
Os dois foram acusados de utilizar indevidamente os giosos, com mandatos de oito anos. Esses membros
meios de comunicação, distribuição gratuita de casas, se reúnem uma semana a cada ano, suas discussões
óculos, cestas básicas, prometer vantagens a eleitores são secretas, exceto para o Líder Supremo.
e distribuir bens e serviços com dinheiro público.
É importante ressaltar que a reeleição de Ahmadine-
Em 2006, Marcelo Miranda foi eleito com 51,48% dos jad fortalece o programa nuclear iraniano, fortemente
votos válidos, correspondente a 340.825 votos. No Esta- combatido pela Comunidade Internacional, especial-
do de Tocantins não há segundo turno. mente pelos Estados Unidos.
Presidente de Honduras Manuel Zelaya é deposto (28/ A cerimônia homenageou a cantora Clara Nunes e
06/09) contou com a participação de Maria Bethânia, João Bos-
Manuel Zelaya foi deposto da presidência de Honduras co, Lenine, Alcione, Zélia Duncan, Milton Nascimento,
por um golpe envolvendo o Judiciário, o Congresso Naci- Falcão, Marcelo D2, Chico César, Wanderléa, Tony Pla-
onal e executado por um grupo de militares. tão, Marcelo Anthony, Nelson Sargento, Fernanda Ma-
chado, Ney Latorraca entre outros.
Os golpistas expulsaram Zelaya para a Costa Rica e,
em seu lugar assumiu o presidente interino Roberto Mi- O cantor Lenine recebeu dois troféus, de melhor disco
cheletti, presidente do Parlamento e pertencente ao e cantor, Milton Nascimento recebeu dois prêmios na
mesmo partido que Zelaya, o Partido Liberal (PL).
categoria MPB e Zeca Pagodinho recebeu três prêmios
pelo álbum “Uma prova de amor”.
O motivo alegado para o golpe foi a proposta de Ze-
laya de uma consulta popular sobre uma reforma cons-
Festa Literária Internacional de Paraty
titucional, permitindo a reeleição presidencial, declara-
da ilegal e inconstitucional pelo Parlamento e pela Su- Foi aberta em 1º de julho de 2009 a Festa Literária
prema Corte. Internacional de Paraty, desta vez homenageando o poe-
ta Manuel Bandeira, um dos ícones do Modernismo bra-
O golpe contra Zelaya foi fortemente combatido pelos sileiro.
governantes americanos e pela Organização dos Esta-
dos Americanos. A abertura do encontro foi feita pelo autor Davi Arriguc-
ci, responsável pela elaboração de importantes ensaios
Zelaya chegou a cogitar seu retorno à Honduras, mas sobre a poética de Manuel Bandeira.
ameaçado de prisão por Micheletti, desistiu. Nem mes-
mo a pressão do presidente Barack Obama e do presi- Outro acontecimento muito esperado pelo público foi
dente da OEA, conseguiu reverter a situação. a presença do cantor, compositor e escritor Chico Buar-
que de Holanda.
Exilado na Nicarágua, Zelaya busca o apoio de alia-
dos para recuperar o poder. Desastre Aéreo com Avião da Air France (07/07/09)
O Airbus A330 da Air France, com 216 passageiros e
De início, Micheletti chegou a afirmar que ficaria no 12 tripulantes desapareceu do controle aéreo no litoral
cargo até o fim do mandato de Zelaya (27/01/2010), mas do Brasil.
já admite antecipar sua saída, logo após as eleições
presidenciais de novembro de 2009.
O voo AF447 decolou do aeroporto do Galeão (Tom
Jobim), no Rio de Janeiro com destino ao aeroporto
Cristina Kirchner sofre derrota nas eleições legislativas (29/
Charles de Gaulle, em Paris.
06/2009)
A presidente Cristina Kirchner, da Argentina, foi derro-
tada nas eleições legislativas, ocorridas em 28 de ju- O acidente com o voo 447 foi investigado pela BEA
nho de 2009. (Escritório de Investigação e Análises, na sigla em fran-
cês), que atestou que o avião não se desintegrou no
O partido governista liderado por Nestor Kirchner sofreu ar e, sim após chocar-se violentamente com o Ocea-
dura derrota nos cinco principais distritos do país, o que no Atlântico.
poderá deixá-lo fora da corrida presidencial de 2011.
Até o momento, foram encontrados 51 corpos de um
A crise econômica que assola o país e o desgaste de total de 228.
Cristina Kirchner, no confronto recente com agricultores, A BEA informou que daria prosseguimento a busca
foram decisivos para a derrota do partido governista. das caixas pretas até 10/07/09, já que estas emitem
sinais de rádio e acústicos por pelo menos 30 dias.
As últimas eleições legislativas (28/06/2009) contaram Após esta data, as buscas continuarão por mais um
com a participação de aproximadamente 28 milhões de mês, por sondagem com sonar e veículos submarinos,
argentinos, responsáveis pela renovação da metade da realizados a partir do navio francês “Pourquoi Pás?”, em
Câmara dos Deputados e de um terço do Senado. uma área mais restrita, que ainda não foi delimitada.
A derrota do partido governista trará sérias dificuldades
para Cristina Kirchner, justamente num momento em que o Compra de aviões caças pelo Brasil (Set/2009)
país enfrenta sérios problemas econômicos e sociais. O presidente Luís Inácio Lula da Silva, disse à im-
prensa que teria feito uma interpretação equivocada
Notas Culturais
sobre a compra de aviões caça por parte do governo
brasileiro. Na verdade, disse o presidente, tudo ainda
Realização do 22º Prêmio da Música Brasileira
está em fase de análises técnicas entre o Brasil e as
Foi realizado, no Canecão (RJ), no dia 1º de julho de 2009
o 22º Prêmio da Música Brasileira, o antigo Prêmio Tim. empresas concorrentes.
O relatório final, por parte do Brasil, deverá ser apre- Reino Unido e EUA), com poderes de voto e veto. Além
sentado pela Força Aérea Brasileira (FAB). desses, estão os 10 rotativos, com poder apenas de voto,
sendo que cada membro permanece por apenas 2 anos,
As empresas que disputam a venda de aviões caças sendo substituído por um novo membro.
para o Brasil são: a Boling (EUA), com o Gripen NG; e a
Dassault (França), com o Rafale. O Brasil recebeu 182 votos, de um total de 190 mem-
bros que participaram da votação.
Além dos aviões caças, o Brasil também deverá in-
vestir na compra de helicópteros, um submarino nuclear O cargo passa a ser ocupado pelo Brasil em janeiro
e um porta-aviões. de 2010, substituindo a Costa Rica.
O presidente Luís Inácio Lula da Silva sempre enfatiza Vale ressaltar, que o Conselho de Segurança da ONU
que essas aquisições são fundamentais para fortalecer tem por finalidades a segurança e a paz mundial e
as Forças Armadas no Brasil, em especial, para a prote- autorizar intervenções militares em casos de conflito
ção da Amazônia e do pré-sal. e crises políticas.
Assembleia Legislativa de Tocantins elege novo gover- Já há algum tempo, o Brasil, juntamente com a Alema-
nador nha, Índia e Japão almejam uma cadeira permanente
Por 22 votos, dos 23 deputados que participaram da no Conselho de Segurança da ONU.
votação, a Assembleia Legislativa de Tocantins exercia o
cargo de governador interino, desde setembro/09, quan- Incêndio destrói obras de Hélio Oiticica
do os mandatos do governador Marcelo Miranda (PMDB) Grande parte das obras do artista, Hélio Oiticica (1937/
e do vice-governador, Paulo Sidnei Antunes (PPS), foram
1980) foi destruída por um incêndio ocorrido entre a noi-
cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no mês
te de sexta-feira (16) e sábado (18) de outubro de 2009.
de maio/09.
As obras estavam guardadas na casa de seu irmão,
César Oiticica, localizada no jardim Botânico, zona sul
O candidato Siqueira Campos (PSDB), segundo colo-
do Rio de Janeiro.
cado na eleição para governador do Estado em 2006,
chegou a entrar com uma ação no Supremo Tribunal
Segundo informações, o incêndio destruiu cerca de 90%
Federal, para que fosse empossado no cargo, mas teve
das obras, entre pinturas e esculturas. Estima-se que a
seu pedido rejeitado.
perda seja de aproximadamente US$ 200 milhões.
De acordo com a lei, a eleição deveria ser indireta,
Atentados terroristas no Irã e no Iraque (Out/2009)
pois faltam menos de dois anos para o encerramento
Um atentado terrorista, ocorrido no dia 18 de outubro
do mandato. Além disso, Marcelo Miranda obteve mais
de 2009, na região de Sistan e Baluchistão, na fronteira
de 50% dos votos válidos nas eleições de 2006, sendo
do Irã com o Afeganistão e Paquistão, deixou 42 mortos,
eleito no primeiro turno.
sendo 15 deles, integrantes da Guarda Revolucionária
iraniana, e, dois deles altos comandantes.
Confronto entre policiais e traficantes no Morro dos
Macacos (RJ) – 17/10/09
O governo iraniano chegou a responsabilizar os Esta-
O confronto envolvendo policiais e traficantes no Morro
dos Unidos e o Reino Unido pelos atentados, além de
dos Macacos, ocorrido entre a madrugada de sexta-feira
acusar o Paquistão de dar refúgio a terroristas.
e a manhã de sábado (17/10/09) deixou treze mortos,
sendo dez bandidos e três policiais.
O grupo extremista sunita yundulah (exército de Alá),
Segundo a Polícia Militar, o tiroteio ocorreu motivado ligado à rede Al Qaeda assumiu a autoria do atentado.
por rivalidades envolvendo traficantes de quadrilhas ri-
vais. A polícia também informou que o tiroteio começou Outros atentados, desta vez no Iraque (25/11/09), dei-
por volta de 1h do sábado (17), quando traficantes do xaram 155 mortos e 500 feridos.
Morro São João, no Engenho Novo, invadiram o Morro
dos Macacos. Os atentados foram contra o Ministério da Justiça e o
Conselho Provincial de Bagdá, chamado Conselho Le-
Como resultado do conflito e da ação militar, bandidos gal do Governo Local de Bagdá.
atingiram um helicóptero da Polícia Militar, resultando na
morte de três ocupantes, e incendiaram oito ônibus. Segundo autoridades, os atentados foram praticados
por sunitas ligados à Al-Qaeda. Desde a invasão do País,
Brasil volta a fazer parte do Conselho de Segurança em 2003, a maioria Xiita passou a dominar o governo.
rotativo da ONU (Out/2009)
O Brasil foi eleito pela décima vez, membro do Conse- Desde a invasão do Iraque, por tropas anglo-saxôni-
lho de Segurança da ONU. Esse conselho é composto de cas, em 2003, aproximadamente 102 mil pessoas fo-
15 países, sendo 5 permanentes (Rússia, China, França, ram mortas.
• Disponibilidade – A propriedade que um sistema ou tos potenciais ao negócio. Orientar as ações dian-
um dos seus recursos de estarem acessíveis e utili- te da queda de uma conexão à Internet, exemplifi-
záveis sob demanda por uma entidade autorizada, cam os desafios organizados pelo plano.
de acordo com especificações de desempenho pro- • Plano de Recuperação de Desastres PRD – Tem o
jetadas; isto é, um sistema que está disponível para propósito de definir um plano de recuperação e res-
fornecer serviços de acordo com o seu projeto, sem- tauração das funcionalidades dos ativos afetados
pre que uma solicitação for realizada. que suportam os processos de negócio, a fim de
• Confiabilidade – A habilidade de um sistema de restabelecer o ambiente e as condições originais
executar uma função requerida sob condições in- de operação, no menor tempo possível.
dicadas por um período de tempo especificado.
• Integridade – A propriedade de manutenção dos Para obtenção de sucesso nas ações dos planos, é
dados da forma como foram gerados, não sofren- necessário estabelecer adequadamente os gatilhos de
do alteração durante a sua manipulação. acionamento para cada plano de continuidade. Estes
• Sobrevivência - A habilidade de um sistema de con- gatilhos são parâmetros de tolerância usados para si-
tinuar em operação ou existindo apesar das condi- nalizar o início da operacionalização da contingência,
ções adversas, inclui as ocorrências naturais, ações evitando acionamentos prematuros ou tardios.
acidentais, e ataques ao sistema.
Após o retorno à normalidade, relatórios deverão ser
3. Justificando um PCN entregues pelas equipes que operacionalizaram o pla-
no, ao Gestor do plano, com informações sobre o even-
Mesmo sem ter planos formais de continuidade, atra- to, apontando, por exemplo, características do objeto
vés dos questionamentos abaixo a alta gerência pode- da contingência, percentual de recurso afetado, quanti-
rá saber se a sua organização está preparada para dade de recursos afetados, tempo de indisponibilida-
uma fatalidade operacional: de, impactos financeiros, etc.
• Quais são os principais negócios da minha orga- 5. Atores e suas Responsabilidades no Grupo de
nização? Gerência de Crise
• Quais são os fatores de risco operacionais que
podem afetar seriamente os negócios da organi- A estrutura organizacional para o plano de continuidade
zação? de negócios, está descrita abaixo, onde se apresen-
• Qual seria o impacto nas receitas geradas pelos tam a definição, as atribuições e os responsáveis no-
negócios da empresa se um ou mais fatores de meados. O organograma terá validade enquanto durar
risco acontecesse? as ações de emergência, até ser resolvida, cancelada
• Como a empresa está preparada para lidar com o ou paralisada.
inevitável ou uma ameaça?
Modelo de organograma, com sua estrutura hierárqui-
Para cada questão não respondida ou respondida in- ca, definições e descrições de atribuições:
satisfatoriamente, aumenta a vulnerabilidade da em-
presa frente a fatos cuja ocorrência esteja fora de seu Participantes do Grupo de Gerência de Crise
controle.
Organograma
4. Relação dos planos de um PCN
Posição / Atribuições
Planos distintos são desenvolvidos para cada ameaça
considerada em cada um dos Coordenador do plano / Substituto
processos do negócio pertencentes ao escopo, defi-
nindo em detalhes os procedimentos
• Nomear os participantes do plano.
a serem executados em estado de contingência. Estes • Garantir a documentação atualizada dos sistemas.
planos são: • Garantir cópias redundantes das informações e
dados da organização.
• Plano de Gerenciamento de Crises PGC – Este • Disponibilizar recursos para ação de resposta.
documento tem o propósito de definir as respon- • Promover treinamento dos colaboradores.
sabilidades de cada membro das equipes envolvi- • Promover exercícios simulados.
das com o acionamento da contingência antes, • Garantir a revisão periódica do plano.
durante e depois da ocorrência do incidente. Além • Enviar relatório final de situação para o Comitê de
disso, tem que definir os procedimentos a serem Segurança da Informação.
executados pela mesma equipe no período de re-
torno à normalidade. O comportamento da empre- Grupo de atuação direta
sa na comunicação do fato à imprensa é um exem- • Planejamento das ações de resposta relacionadas
plo típico de tratamento dado pelo plano. à sua área.
• Plano de Continuidade Operacional PCO – Tem o • Determinar as orientações para as equipes de atuação.
propósito de definir os procedimentos para contin- • Seguir os procedimentos descritos para o cenário.
genciamento dos ativos que suportam cada pro- • Auxiliar, no que for necessário, nas ações de combate.
cesso de negócio, objetivando reduzir o tempo de • Avaliar a participação do grupo após um incidente.
indisponibilidade e, conseqüentemente, os impac- • Elaborar relatório final de situação.
Não há como se estruturar um Plano de Continuidade, “Sem uma solução de backup eficaz, não teremos con-
sem a realização de um anteprojeto que possibilite a tinuidade de serviços”
identificação das reais necessidades da Organização
e de cada processo crítico. Perguntas como estas de- O Plano de Continuidade tem sua sustentação básica com-
verão ser respondidas nesta fase: posta pelos procedimentos de cópias de base de dados e
a respectiva guarda destas cópias em local seguro.
• O que proteger (Quais processos?);
• Do que proteger (Quais desastres?); Cada tipo de arquivo irá exigir um tipo de cópia. Entre-
• Com o que proteger (Que Processos e recursos ado- tanto, numa primeira abordagem, podemos distinguir
tar?); entre dois tipos de arquivos: os arquivos de uso Corpo-
• Grau de exposição (Quanto o(s) processo(s) está(ão) rativo e os arquivos de uso pessoal. Independente do
exposto(s) a um desastre?); tipo de arquivo, sua cópia e a respectiva armazenagem
• Estimativa de Impacto de um Desastre (Qual a con- desta cópia é uma exigência do Plano de Continuida-
seqüência de um desastre?); de, claro de acordo com a política de segurança esta-
• Estratégia de Continuidade (Como manter a capaci- belecida.
dade produtiva no caso de um desastre?).
As cópias (backup’s) de todas as bases de dados cor-
6.2. Elaboração do Plano de Continuidade porativas devem ser feitas com a freqüência que suas
atualizações demandarem pela área gestora dos Re-
Neste ponto devemos construir os Planos propriamen- cursos de Tecnologia de Informação.
te ditos, conforme as definições do item 2 deste docu-
mento.
A guarda deve ser feita em local seguro, com uma dis-
• Plano de Gerenciamento de Crises PGC; tância geográfica mínima que evite que problemas nas
• Plano de Continuidade Operacional PCO; instalações tenham repercussão no local de guarda
• Plano de Recuperação de Desastres. das cópias (ou vice-versa).
• Estratégia de Contingência Hot-site – Recebe este tos e deverá somente servir de base para os treinamen-
nome por ser uma estratégia pronta para entrar em tos e orientações dos envolvidos, capacitando-os a ope-
operação assim que uma situação de risco ocorrer. racionalizá-lo quando for necessário.
O tempo de operacionalização desta estratégia está
diretamente ligado ao tempo de tolerância a falhas Lembrem-se “Plano de Continuidade de Negócios não
do objeto. Se a aplicássemos em um equipamento é papel”.
tecnológico, um servidor de banco de dados, por
exemplo, estaríamos falando de milessegundos de 11. Referências Bibliográficas
tolerância para garantir a disponibilidade do serviço
mantido pelo equipamento. Norma brasileira NBR ISO/IEC 17799-1:2001 – Código de Prá-
• Estratégia de Contingência Warm-site – Esta se apli- ticas para a Gestão da Segurança da Informação, tradução
ca a objetos com maior tolerância à paralisação, da norma internacional ISO/IEC 17799-1:2000;
podendo se sujeitar à indisponibilidade por mais
tempo, até o retorno operacional da atividade, como Norma britânica BS 7799-2:1999 – Specification for Informa-
exemplo, o serviço de e-mail dependente de uma tion Security Management Systems;
conexão. Vemos que o processo de envio e recebi-
mento de mensagens é mais tolerante que o exem- Norma internacional ISO/IEC 13554 “Code of Pratice for Infor-
plo usado na estratégia anterior, pois poderia ficar mation Security Management”;
indisponível por minutos, sem, no entanto, comprome-
ter o serviço ou gerar impactos significativos. O Common Body of Knowledge e Professional Practices for
Business Continuity Planners, do Disaster Recovery Institute
• Estratégia de Contingência Cold-site – Dentro da
International – DRI International (www.drii.org);
classificação nas estratégias anteriores, esta pro-
põe uma alternativa de contingência a partir de um
Jon William Toigo, Disaster Recovery Planning: Strategies for
ambiente com os recursos mínimos de infra-estru-
Protecting Critical Information;
tura e telecomunicações, desprovido de recursos de
processamento de dados. Portanto, aplicável à situ-
James C. Barnes , A Guide to Business Continuity Planning;
ação com tolerância de indisponibilidade ainda mai-
or, claro que esta estratégia foi analisada e aprovada
Documentos Microsoft Technet;
pelos gestores.
• Estratégia de Contingência Datacenter – Considera
a probabilidade de transferir a operacionalização da
atividade atingida para um ambiente terceirizado;
portanto, fora dos domínios da empresa. Por sua
própria natureza, em que requer um tempo de indis-
ponibilidade menor em função do tempo de reativa-
ção operacional da atividade, torna-se restrita a pou-
cas organizações, devido ao seu alto custo. O fato de
ter suas informações manuseadas por terceiros e
em um ambiente fora de seu controle, requer aten-
ção na adoção de procedimentos, critérios e meca-
nismos de controle que garantam condições de se-
gurança adequadas à relevância e criticidade da ati-
vidade contingenciada.
10. Conclusão
no ambiente externo à organização e as ações integradas pelo desenho e execução de sua estratégia competiti-
mencionadas no parágrafo anterior devem ser realizadas va” (Cubillo, 1997, p.261).
nos dois ambientes. Desta maneira, argumenta-se a im-
portância da organização definir em seu organograma Os três termos são muito próximos e relacionados,
uma unidade de trabalho especificamente voltada a de- porquanto a ação de um incide na ação do outro. Existe
senvolver ações e atividades à gestão da informação, claramente uma hierarquização entre esses termos,
gestão do conhecimento ou inteligência competitiva na além disso as tecnologias de informação fazem parte
organização. desse contexto. “Um sistema de informações pode ser
caracterizado como uma tecnologia intelectual porque
Os termos ‘gestão da informação’, ‘gestão do conheci- afeta a organização das funções cognitivas do homem:
mento’ e ‘inteligência competitiva’, serão conceituados a coleta, o armazenamento e a análise de informações
neste momento, uma vez que também se confundem assim como atividades de previsão, concepção, esco-
pela proximidade do seu significado. lha, decisão” (Petrini, 1998, p.14). Isso pode ser apli-
Gestão da informação pode ser definida como todas cado à gestão da informação, na gestão do conheci-
as ações relacionadas à “obtenção da informação ade- mento e à inteligência competitiva.
quada, na forma correta, para a pessoa indicada, a um
custo adequado, no tempo oportuno, em lugar apropri- Os dados, informações e conhecimento estruturados
ado, para tomar a decisão correta” (Woodman apud são aqueles acessados dentro ou fora da organiza-
Ponjuan Dante, 1998, p.135). ção e podem ser entendidos como aqueles que com-
põem bancos e bases de dados internos e externos,
Para explicar melhor o conceito de gestão da informa- redes de comunicação como Internet, intranet’s, pu-
ção, a autora traz a definição de ‘gestão de recursos de blicações impressas etc.
informação’ como “o processo dentro do segmento da
gestão da informação que serve ao interesse corpora- Dados, informações e conhecimento estruturáveis ba-
tivo”. A GRI persegue associar a informação para bene- sicamente são aqueles produzidos pelos diversos se-
fício da organização em sua totalidade, mediante a ex- tores da organização, porém sem seleção, tratamento
ploração, desenvolvimento e otimização dos recursos e acesso. Como exemplo pode-se citar: cartões de visi-
de informação (Burk e Horton apud Ponjuán Dante, ta, colégio invisível, nota fiscal, atendimento ao consu-
1998, p.136). midor, entre outros.
1. Identificar os “nichos” de inteligência internos e ex- CUBILLO, J. “La inteligencia empresarial en las pequeñas y
ternos à organização; medianas empresas competitivas de América Latina: algunas
2. Prospectar, Acessar e Coletar os dados, informa- reflexiones”. Ciência da Informação, Brasília, v.26, n.3, p.235-
ções e conhecimento produzidos internamente e 242, set./dez. 1997.
externamente à organização;
DAVENPORT, T., PRUSAK, L. Conhecimento empresarial. Rio
3. Selecionar e Filtrar os dados, informações e co-
de Janeiro: Campus, 1999. 237p.
nhecimento relevantes para as pessoas e para a
organização; ________, ________. Ecologia da informação: por que só a
4. Tratar e Agregar Valor aos dados, informações e tecnologia não basta para o sucesso na era da informação.
conhecimento mapeados e filtrados, buscando lin- São Paulo: Futura, 1998. 316p.
guagens de interação usuário / sistema;
5. Armazenar através de Tecnologias de Informação DRUCKER, P. “As informações de que os executivos neces-
os dados, informações e conhecimento tratados, sitam hoje”. In: Administrando tempos de grandes mudan-
buscando qualidade e segurança; ças. São Paulo: Pioneira, 1995. p.75-89
6. Disseminar e transferir os dados, informações e FROTA, M. N., FROTA, M. H. A. Acesso à informação: estratégia
conhecimento através de serviços e produtos de alto para a competitividade. Brasília: CNPq/IBICT, FBB, 1994. 188p.
valor agregado para o desenvolvimento competitivo
e inteligente das pessoas e da organização; JANUZZI, C. A. S. C., MONTALLI, K. M. L. “Informação tecno-
7. Criar mecanismos de feed-back da geração de lógica e para negócios no Brasil: introdução a uma discussão
novos dados, informações e conhecimento para a conceitual”. Ciência da Informação, Brasília, v.28, n.1, p.28-
retroalimentação do sistema. 36, jan./abr. 1999.
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3.2. Diferenças entre o Erro e a Fraude Como se verifica na tabela anterior, tem-se que a maior
incidência de fraudes está relacionada à falsificação de
Quando se estuda a fraude, ponto fundamental é cheques/documentos, seguidos pelo roubo de ativos e
diferenciá-la do erro, pois ambos os são muito próximos. pela adulteração de valores em notas de despesas.
Para Sá e Hoog (2005, p. 18), “a fraude é sempre um
delito” enquanto o “erro é sempre um ilícito”. Para a Importa mencionar que o somatório dos percentuais da
conceituação de delito e ilícito recorre-se a Hoog (2005, p. Tabela 1 ultrapassa 100% devido ao fato de existir a
153), que afirma que “delito é um fato que a lei declara de possibilidade de o respondente da pesquisa ter optado
forma expressa como sendo punível por ser crime, do por mais de uma resposta.
tipo doloso como: conluio, roubo, fraude, estelionato, apro- As fraudes podem ser gerenciais ou contra as organiza-
priação indevida de recursos, ou qualquer tipo de crime ções. Neste estudo, serão abordadas apenas as frau-
contra a ordem tributária, a relação de consumo e o siste- des contra as organizações.
ma financeiro nacional”. Enquanto ilícito “são os atos proi-
bidos por lei e prejudiciais à moral, à qualidade de vida, à A fraude assume múltiplas modalidades que, segundo
função social da propriedade e ao sossego público, tais Attie (1992, p. 215) dividem-se em:
como: erro, ignorância, desídia, imperícia, omissão; tam- - não-encobertas: são aquelas que o autor não considera
bém são considerados atos ilícitos os que violarem direi- necessário mascarar, porque o controle interno é muito
tos ou causarem dano material ou moral a outrem”. fraco. Um exemplo seria a retirada de dinheiro do caixa,
Apesar de existir certa dificuldade para o julgamento se sem se efetuar nenhuma contabilização;
determinada inconformidade foi erro ou fraude, tecnica- - encobertas temporariamente: são feiras sem afetar os
mente, ambos conceitos são bem diferentes. A fraude é registros contábeis; por exemplo, retirar dinheiro
um ato doloso, propositalmente praticado, já o erro é um proveniente das cobranças, omitindo o registro delas de
ato culposo, em que não há intenção do agente na sua modo que seu montante possa ser coberto com o registro
prática. Geralmente, o fraudador procura escondê-lo, fato de cobranças posteriores, e assim sucessivamente; e
que gera mais trabalho e requer maior inteligência para - encobertas permanentemente: nesses casos, os autores
a sua detecção. De acordo com Sá e Hoog (2005, p.19): da irregularidade preocupam-se em alterar a informação
contida nos registros e outros arquivos, para assim ocultar
erro pode ser fruto da desídia ou ignorância, neste caso a irregularidade. Por exemplo, a retirada indevida de dinheiro
considerado como invito; são os ilícitos denominados recebido de clientes poderia ser encoberta, falsificando-
culposos e têm sua origem na: se as somas dos registros de cobranças; porém, isto não
- Negligência quando não é aplicado um procedimento bastaria, pois, como o valor a creditar aos clientes não
prescrito na lei, ou em uma ordem superior; poderia ser alterado com o risco de futuras reclamações,
- Imperícia que é a incapacidade para o desempenho da tarefa; deve-se procurar outro artifício.
- Imprudência que é a ausência de cautela, precaução; e
- Desídia que é a preguiça, indolência, inércia, negligência.
No próximo tópico, passa-se a narrar sobre a influência
das fraudes na auditoria.
Após diferenciado o erro da fraude, passa-se a apre-
sentar as principais modalidades de fraude. 3.4. A Auditoria e as Fraudes
3.3. Tipificação Para Santos e Grateron (2003, p. 15) “o termo responsa-
bilidade está muito relacionado à atividade do auditor, e
Para melhor visualização e entendimento das fraudes,
apresenta-se a Tabela 1, em que são listadas as princi- falar de um sem mencionar o outro seria muito difícil”.
pais fontes geradoras de perdas financeiras com frau- Neste sentido, a seguir, será discorrido sobre a respon-
des para as empresas. sabilidade da auditoria em apontar e coibir a fraude.
Tabela 1 – Tipificação do Ato Fraudulento Cosenza (2003, p. 52) define a auditoria como “uma es-
pecialidade do conhecimento contábil, que tem a função
Formas Geradoras de Maiores de cuidar da avaliação dos procedimentos contábeis e
Percentual (%) da verificação de sua autenticidade, a fim de comprovar
Perdas Financeiras
sua eficácia e adequação para a evidenciação da reali-
Falsificação de balanços 1% dade patrimonial e financeira das entidades”. Então, a
Violação de direitos autorais 1% partir do momento que a contabilidade seja maquiada,
os procedimentos não podem ser ratificados no parecer
Espionagem Corporativa 2%
do auditor independente.
Compras para uso pessoal 10%
Deve-se destacar que a auditoria tem relevante papel soci-
Cartão de crédito 4% al, pois é inviável ao usuário externo, bem como, a maioria
Uso de informação privilegiada 10% dos internos, participarem ativamente das técnicas
Pagamentos indevidos (propina) 14%
contábeis que irão ensejar os demonstrativos contábeis,
logo, esses usuários confiam a atribuição de análise e
Notas Fiscais "frias" 23% registro das transações empresariais aos contabilistas,
Notas de despesas 30% que, muitas vezes tem seu trabalho avalizado pelo auditor.
Então, o objeto da auditoria na formulação do parecer do
Roubo de Ativos 33%
auditor exige a opinião profissional sobre a confiabilidade
Falsificação de cheques / das informações econômico-financeiras. Ao discorrer so-
37%
documentos bre confiabilidade das informações, naturalmente, devem
Outros 17% estar isentas de qualquer tipo de fraude.
Fonte: Adaptado da pesquisa sobre fraudes da KPMG Lembra-se ainda, que, quando se audita uma organi-
Forense Service – 2004 zação, os auditores devem levar em consideração a
continuidade da entidade por, pelo menos, mais um Ética do Contabilista, Lei do Colarinho Branco e Normas
ano e para tal, o ideal é considerar o risco das fraudes. do Conselho Federal de Contabilidade.
Após verificar-se o conceito de auditoria, passa-se a
4. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO PESQUISADA
apresentar os principais instrumentos de óbice para
evitar-se a tramóia nas empresas.
Neste ponto passa-se, efetivamente, a apresentar a le-
gislação inerente à fraude pesquisada.
3.5. O Controle
4.1. O Novo Código Civil – Lei 10.406/2002
Para Lopes e Hoog (2005, p. 12) a fraude é “intensa-
mente praticada, repudiada pela ética e pela moral, a Nesta lei são normatizados os princípios fundamentais:
fraude é considerada perante a lei como algo que mere- a eticidade, a socialidade e a operabilidade, e ainda, é
ce reprovação”. atribuído ao contabilista a responsabilidade solidária
pelos atos praticados inerentes ao exercício da profis-
As causas para a prática fraudulenta podem ser Diver-
são, que denote conduta antijurídica, especificadamente
sas. A fim de tentar desvendar os motivos, na Tabela 2 nos artigos discorridos a seguir:
apresenta-se o resultado de uma pesquisa realizada
em 2004. Art.186. Dos Atos Ilícitos: Aquele que por ação ou
omissão voluntária, negligência ou imprudência,
Tabela 2 – Causas Prováveis para o Crescimento de violar direito e causar danos a outrem, ainda que
Atos Fraudulentos exclusivamente moral cometer ato ilícito.
Causas Prováveis das Fraudes Percentual (%) Art. 1.177. Do contabilista e outros auxiliares -Seção III:
Os assentos lançados nos livros ou fichas do
Falsificação de balanços 6% preponente, por qualquer dos prepostos encarregados
Violação de direitos autorais 14% de sua escrituração, produzem, salvo se houver
procedido de má-fé, os mesmos efeitos como se
Espionagem Corporativa 41% fossem por aquele.
Compras para uso pessoal 51% Parágrafo Único: No exercício de suas funções, os
Cartão de crédito 52% prepostos são pessoalmente responsáveis, perante o
preponente, pelos atos dolosos.
Uso de informação privilegiada 62%
Pagamentos indevidos (propina) 5% Art. 159. Da Fraude contra credores – Seção VI: Serão
igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor
Fonte: Adaptado da KPMG Forence Service – 2004 insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver
motivo para ser conhecida do outro contratante.
De acordo com o resultado da pesquisa apresentada
na tabela anterior, tem-se que o maior motivo apontado Art. 927. Da obrigação de indenizar: Aquele que, por ato
pelos respondentes foi a perda de valores sociais e mo- ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
rais, seguidos pela impunidade e pela insuficiência de
sistemas de controle. Parágrafo Único: Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados
Importante explicar que a tabela acima totaliza número em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvi-
maior que 100% pelo fato de os entrevistados na pes- da pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco
quisa terem a opção de assinalarem mais de uma alter- para os direitos de outrem.
nativa de causa de fraudes.
Relacionado ao assunto contábil, no artigo 1.188, está a
As fraudes vêm se tornando cada vez mais citadas em principal virtude do novo Código Civil. Estabelecem-se,
jornais especializados em negócios no Brasil. Neste sen- expressamente, rigores ao balanço patrimonial, exigin-
tido, aqui se cita o resultado da pesquisa de Murcia e Borba do fidelidade, clareza e situação real da empresa, tudo
(2006, p. 6) que após pesquisa nos jornais Gazeta Mer- isso subordinado rigorosamente ao processo centená-
cantil e Valor Econômico, identificaram 06 noticias envol- rio das partidas dobradas. Exigências, essas, que não
vendo fraudes no ano de 2001, 177 em 2002, 78 no ano de eram expressamente feitas pela Lei 6.404/76 (que tem
2003, 103 noticias em 2004, sendo que das empresas sido tomada como base). Essa lei, nos artigos 178 a
citadas 13 eram brasileiras e 33 eram internacionais. 188, estabelece os conceitos contábeis, critérios e pro-
cedimentos para a elaboração do seu balanço
Ao longo dos tempos empresas e auditores têm de- patrimonial, normas que também podem ser aplicadas
senvolvido os seus controles internos e suas técnicas às demais sociedades, desde que tal aplicação esteja
para garantir, dentro do possível, a ausência de não- prevista no contrato social.
conformidades materialmente relevantes nas demons-
trações contábeis. Para Sá (2002, p.27):
Além da necessidade pessoal de auditores e empresá- “A fidelidade está em se espelhar de forma sincera o que
rios, existem diversas normas que objetivam a redução ocorreu; A clareza se encontra na facilidade do entendimen-
das fraudes no mundo corporativo. As principais nor- to; A uniformidade é o princípio que defende a regularidade ou
mas são: novo Código Civil, Código de Defesa do Con- constância de critérios; A realidade expressa o que é verda-
deiro; Só o verdadeiro interessa à Contabilidade e atende ao
sumidor, Lei Sarbanes-Oxley, Código Penal, Código de
espírito do artigo 1.188 do Código Civil de 2002 (Lei 10.406)”.
Importante mencionar que o dispositivo acima mencio- Em 1990, teve-se a aprovação de uma lei que trata sobre
nado, apesar de ainda hoje ser chamado de “novo Códi- os crimes cometidos contra a ordem tributária e financei-
go Civil”, não é tão novo, tanto é que no ano de 1961, o ra do país brasileiro. A seguir passa-se a discorrer a res-
escritor Sá (1961, p.11) já afirmava que “são requisitos peito dessa lei, chamada de Lei do Colarinho Branco.
de um balanço: 1 – Clareza, 2 – Exatidão e 3 – Apresen-
tação Técnica”. 4.5. Lei do Colarinho Branco – Lei 8.137/1990
Após mostrar o tratamento dado na esfera civil, tratando
A Lei 8.137/1990, mais conhecida como Lei do Colari-
a respeito da reparação do prejuízo causado a terceiros,
nho Branco também arrazoa a respeito das fraudes.
a seguir passa-se a apresentar a normatização de pro-
Conforme art.1º: constitui crime contra a ordem tributária
teção aos tomadores de serviços.
suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qual-
quer acessório, mediante as seguintes condutas:
4.2. Código de Defesa do Consumidor
I. Omitir informação, ou prestar declaração falsa às
Visando proteger os tomadores de serviços, o art.14 do autoridades fazendárias;
Código de Defesa do Consumidor normatiza: II. Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elemen-
Art.14. o fornecedor de serviços responde, independen- tos inexatos, ou omitindo operação de qualquer na-
temente da existência de culpa, pela reparação dos da- tureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
nos causados aos consumidores, por defeitos relativos III. Falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota
à prestação de serviços, bem como por informações de venda, ou qualquer outro documento relativo à
insuficientes ou inadequadas sobre a sua fruição e ris- operação tributável;
cos. No par.4o do artigo há previsão de que “a responsa- IV. Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar docu-
bilidade pessoal dos profissionais liberais será apura- mento que saiba ou deva saber falso ou inexato.
da mediante a verificação de culpa”.
A seguir, após apontar a legislação relacionada aos cri-
As fraudes também são puníveis penalmente, a seguir,
mes financeiros e tributários, passa-se a comentar a
apresenta-se os principais artigos constantes no Códi-
legislação emanada pelo Conselho Federal de Conta-
go Penal Brasileiro no que concerne as fraudes.
bilidade no que concernem as fraudes e erros.
4.3. Código Penal Brasileiro – Decreto-Lei 2848/1940
4.6. Normas de Auditoria -Conselho Federal de Conta-
bilidade
Além das normas civis, existe a norma penal, através do
Código Penal, que trata a respeito das fraudes. Os prin-
O trabalho do auditor visa avalisar as informações con-
cipais artigos são:
tábeis da empresa refletidas nos demonstrativos contá-
Art.342. Fazer afirmação falsa, ou negar, ou calar a ver- beis e sempre que o auditor emite seu parecer ele é
dade como testemunha, perito, contador, tradutor ou in- responsável pelo mesmo.
térprete em processo judicial, ou administrativo, inquéri-
to policial, ou em juízo arbitral... Historicamente as notícias de erros de auditoria, se com-
Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer paradas ao grande número de auditorias realizadas, são
outra vantagem a testemunha, perito, contador, ... poucos. No entanto, de acordo com Boynton, Johnson e
Kell (2002, p. 134), “falhas de auditoria, contudo, são
como acidentes nucleares: raramente acontecem, mas
No momento seguinte, apresenta-se a norma emitida
quando acontecem têm conseqüências enormes”.
pelo Conselho Federal de Contabilidade.
O Conselho Federal de Contabilidade em harmonia
4.4. Código de Ética do Contabilista com a Comissão de Valores Mobiliários, o Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil, o Banco Central do
Além das normas gerais atinentes a toda a sociedade, o Brasil e a Superintendência de Seguros Privados edi-
contabilista possui seu código de ética a ser seguido. tam normas que regulamentam a profissão contábil.
Esta norma diz que:
Art.2º. São deveres do contabilista:
I. Exercer com zelo, diligência e honestidade, observa-
da a legislação vigente e resguardados os interes-
ses de seus clientes e/ou empregadores, sem pre-
juízo da dignidade e independência profissionais;
Neste artigo se faz mister mencionar a Resolução CFC II. imediata divulgação de transações de administra-
836/99 que complementa a Resolução 820/97 inter- dores com ações da empresa;
pretando o item 11.1.4 desta que trata sobre o erro e a III. criação do comitê de auditoria, composto por mem-
fraude. Os principais pontos são apresentados no bros não executivos do conselho da administração;
Quadro 1: IV. especificação dos serviços que não podem ser re-
alizados pelas empresas de auditoria;
Quadro 1: Interpretação do item 11.1.4 da V. maior transparência na divulgação das informações
Resolução CFC 820/97 financeiras e dos atos da administração;
VI. devolução de participação nos lucros ou bônus pelo
PONTOS O QUE FAZER
CFO, no caso de prejuízos decorrentes de erros
O auditor não é responsável nem pode ser contábeis;
responsabilizado pela prevenção de fraudes ou
erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho VII. a criação de novos tipos de penas e aumento da
avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter penalidade para crimes listados;
grande probabilidade de detectar aqueles que VIII. a redução de prazos para divulgação dos relatórios
impliquem efeitos relevantes nas demonstrações anuais;
A
contábeis.
responsabilidade IX. a adoção de práticas mais rígidas de governança,
Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da
do auditor
administração da entidade auditada sobre qualquer como o código de ética para os administradores,
fraude e/ou erro que tenham sido detectados. Ao novos padrões de conduta e maior responsabilida-
detectálos, o auditor tem a obrigação de comunicá- de dos advogados;
los à administração da entidade e sugerir medidas
corretivas, informando sobre os possíveis efeitos no X. aprovação de stock options pelos acionistas.
seu parecer, caso elas não sejam adotadas.
Quando a aplicação de procedimentos de auditoria, Ao finalizar as considerações à legislação norte-ameri-
planejados com base na avaliação de risco, indicar a
cana, passa-se a ponderar sobre as formas de preven-
provável existência de fraude e/ou erro, o auditor
deve considerar o efeito potencial sobre as ção contra as fraudes.
demonstrações contábeis. Se acreditar que tais
fraudes e erros podem resultar em distorções 4.8. Formas de Prevenção Contra as Fraudes
relevantes nas demonstrações contábeis, o auditor
deve modificar seus procedimentos ou aplicar outros,
Atualmente, talvez o melhor instrumento de combate à
Os em caráter adicional.
procedimentos A extensão desses procedimentos adicionais ou fraude seja a auditoria integral.
quando modificados depende do julgamento do auditor
existe indicação quanto:
A auditoria integral, também chamada de auditoria fo-
de fraude ou - aos possíveis tipos de fraude e/ou erro; rense, diferencia-se da auditoria contábil (tradicional)
erro - à probabilidade de que um tipo particular de fraude pelo fato de esta última, geralmente, visar apenas pare-
e/ou erro possa resultar em distorções relevantes cer do auditor independente, que nada mais é do que a
nas demonstrações contábeis. opinião sobre a existência de distorções materialmente
Salvo quando houver circunstâncias indicando
claramente o contrário, o auditor não pode presumir
relevantes nas demonstrações contábeis, e ainda, fre-
que um caso de fraude e/ou erro seja ocorrência qüentemente, utiliza técnicas de amostragens, enquan-
isolada. Se necessário, ele deve revisar a natureza, to a auditoria integral procura detectar fraudes; para a
a oportunidade e a extensão dos procedimentos de reunião de provas, verifica todos os documentos que
auditoria. corroboram as transações efetuadas pela empresa.
Se o auditor concluir que a fraude e/ou erro têm
efeito relevante sobre as demonstrações contábeis, e
Entrevista os empregados da empresa e terceiros. Faz
que isso não foi apropriadamente refletido ou análise de arquivos de computadores, e outros procedi-
Os efeitos de mentos que entender útil para o perfeito aferimento da
corrigido, deve emitir seu parecer com ressalva ou
fraude e/ou erro
no parecer do
com opinião adversa. segurança nos demonstrativos contábeis, enfim, existe
Se o auditor não puder determinar se houve fraude certo espírito de suspeição. Quanto ao nível de materia-
auditor
e/ou erro, devido a limitações impostas pelas
circunstâncias, e não pela entidade, deve avaliar o lidade, a investigação de irregularidades, não atenta para
tipo de parecer a emitir. o nível de materialidade. O nível de minúcia na realiza-
ção de um exame depende essencialmente da susceti-
Fonte: Adaptado da Resolução CFC
bilidade de ocorrência de fraudes e manipulações numa
determinada área.
A fim de ilustrar como atualmente ocorre nos EUA, pas-
sa-se a discorrer a respeito de um dos mecanismos Verifica-se que no cotidiano empresarial, uma das princi-
mais recentes de coibição de fraudes aprovados pelo pais fraudes praticadas é a fraude contábil. A contabilida-
Senado americano, a Lei Sarbanes-Oxley. de, que tem como principal função demonstrar através de
números toda a existência da empresa, bem como con-
4.7. Lei Sarbanes-Oxley trolar o patrimônio das mesmas, se apresenta como um
grande atrativo para pessoas mal intencionadas, normal-
Após diversos escândalos financeiros envolvendo com- mente, objetivando desviar ativos, dados ou informações.
panhias americanas, o Senado aprovou a Lei Sarba- No entanto, a contabilidade, principalmente através da
nes-Oxley que objetiva coibir as fraudes. Os principais técnica da auditoria integral, apresenta-se como um bom
pontos da mencionada Lei são os seguintes: subsídio para a descoberta e desmantelamento de ver-
I. Responsabilidade do CEO (Chief Executive Officer) dadeiras quadrilhas de crimes empresariais, e, até
e CFO (Chief Financial Officer) pelas divulgações mesmo, crimes sociais contra o patrimônio empresari-
da empresa e pela certificação das demonstrações al e público. Cabe a ela e, conseqüentemente, aos pro-
contábeis; fissionais que a conduzem, manterem-se atualizados e
melhorarem os controles internos da empresa.
Mesmo diante de todos estes dispositivos para coibir e SÁ, Antônio Lopes de; HOOG, Wilson Alberto Zappa.
Corrupção, fraude e contabilidade. Curitiba: Juruá, 2005.
punir os fraudadores observa-se que é uma prática com
índices muito elevados, acredita-se que, na prática, uma SÁ, Antônio Lopes de. Contabilidade e o Novo Código Civil de
das causas seja a falta de impunidade aos infratores, maus 2002. Belo Horizonte: UNA, 2002.
exemplos em todos os níveis da sociedade deixando de SÁ, Antônio Lopes de. Princípios Básicos de Análise de
existir bons exemplos as boas práticas além do que é um Balanços e Planificação de contas. 1a ed. Belo Horizonte:
Presidente, 1961.
problema das pessoas, ou melhor, do ser humano, alia-
dos da ganância e egoísmo entre outros fatores que acom- SANTOS, Ariovaldo dos. GRATECON, Ivan Ricardo Guevara.
panham as sociedades ao longo dos tempos. Contabilidade criativa e a responsabilidade dos auditores.
São Paulo: USP, 2003. Disponível em http://
Em suma, a fraude nas empresas é uma realidade bas- w w w. e a c . f e a . u s p . b r / c a d e r n o s / c o m p l e t o s / c a d 3 2 /
tante presente que precisa ser bastante trabalhada pelos art1_rev32.pdf. Acessado em 20/06/2007.
órgãos de controle e ainda, haver uma grande conscienti- SILVA, Adilson Cerqueira da. A Contabilidade Gerencial, os
zação e recuperação de valores éticos e morais. efeitos fiscais sobre as informações contábeis no Brasil e a
normatização internacional. Disponível em http://
www.icteba.org.br/upload/Neopatrimonialismo. Acessado em
10/06/2007.
4) Verificar temperatura, umidade e coloração da pele médica é muito provável. Se observar sinais que antece-
e enchimento capilar. dam parada respiratória (respiração superficial, lenta ou
5) Observar rapidamente da cabeça aos pés procu- irregular), ficar atento para iniciar respiração artificial.
rando por hemorragias ou grandes deformidades.
6) Repassar as informações para a Central de Emer- Iniciar a administração de oxigênio a 12 litros por minu-
gência. to, sob máscara de contorno facial bem-ajustado. Ga-
rantir que os passos “A” e “B” não sejam interrompidos
Abordagem Primária Completa antes de passar ao exame da circulação (“C”).
Na abordagem primária completa segue-se uma sequ- c) Passo “C” – Circulação com Controle de Hemorragias
ência fixa de passos estabelecida cientificamente. Para
O objetivo principal do passo “C” é estimar as condições
facilitar a memorização, convencionou-se o “ABCD do
do sistema circulatório e controlar grandes hemorragi-
trauma” para designar essa sequência, utilizando-se as
as. Para tanto devem ser avaliados: pulso; perfusão pe-
primeiras letras das palavras (do inglês) que definem riférica; coloração, temperatura e umidade da pele. Nes-
cada um dos passos: te passo também devem ser controladas as hemorragi-
as que levem a risco de vida eminente.
Passo “A” (Airway) – Vias aéreas com controle cervical;
Passo “B” (Breathing) – Respiração (existente e qualidade); Pulso - Em vítima consciente, verificar inicialmente o pul-
Passo “C” (Circulation) – Circulação com controle de so radial; se este não for percebido, tentar palpar o pulso
hemorragias; carotídeo ou o femoral; em vítima inconsciente, examinar
Passo “D” (Disability) – Estado neurológico; o pulso carotídeo do lado em que você se encontre.
Passo “E” (Exposure) – Exposição da vítima (para abor-
dagem secundária). A avaliação do pulso dá uma estimativa da pressão
arterial. Se o pulso radial não estiver palpável, possi-
Lembre-se de somente passar para próximo passo após velmente a vítima apresenta um estado de choque hi-
ter completado o passo imediatamente anterior. Duran- povolêmico descompensado, situação grave que de-
te toda a abordagem da vítima o controle cervical deve manda intervenção imediata.
ser mantido. Suspeitar de lesão de coluna cervical em
Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar
toda vítima de trauma. manobras de reanimação cardiopulmonar. Estando pre-
sente o pulso, analisar sua qualidade: lento ou rápido,
a) Passo “A” – Vias Aéreas com Controle Cervical forte ou fraco, regular ou irregular.
Após o controle cervical e a identificação, pergunte à víti- Perfusão Periférica - A perfusão periférica é avaliada
ma o que aconteceu. Uma pessoa só consegue falar se através da técnica do enchimento capilar. É realizada
tiver ar nos pulmões e se ele passar pelas cordas vocais. fazendo-se uma pressão na base da unha ou nos lábi-
os, de modo que a coloração passe de rosada para
Portanto, se a vítima responder normalmente, é porque pálida. Retirando-se a pressão a coloração rosada deve
retomar num tempo inferior a dois segundos. Se o tem-
as vias aéreas estão permeáveis (passo “A” resolvido) e
po ultrapassar dois segundos é sinal de que a perfusão
respiração espontânea (passo “B” resolvido). Seguir para periférica está comprometida (oxigenação/perfusão ina-
o passo “C”. dequadas). Lembre-se que à noite e com frio essa ava-
liação é prejudicada.
Se a vítima não responder normalmente, examinar as
vias aéreas. Desobstruir vias aéreas de sangue, vômito, Coloração, Temperatura e Umidade da Pele - Cianose
corpos estranhos ou queda da língua, garantindo imobi- e palidez são sinais de comprometimento da oxigena-
lização da coluna cervical. Para a manutenção da aber- ção/perfusão dos tecidos.
tura das vias aéreas pode ser utilizada cânula orofarín-
gea ou nasofaríngea. Estando as vias aéreas desobs- Pele fria e úmida indica choque hipovolêmico (hemorrá-
truídas, passar para o exame da respiração (passo “B”). gico).
Se observar sinais de respiração difícil (rápida, profunda, Tomadas as medidas possíveis para garantir o “ABC”, im-
ruidosa), reavaliar vias aéreas (passo “A”) e solicitar a pre- porta conhecer o estado neurológico da vítima (passo “D”),
sença do médico no local. A necessidade de intervenção para melhor avaliar a gravidade e a estabilidade do quadro.
O registro evolutivo do estado neurológico tem grande da quando submetida à luz, encontra-se em midríase
valor. A vítima que não apresente alterações neurológi- paralítica, normalmente observada em pessoas incons-
cas num dado momento, mas passe a apresentá-las cientes ou em óbito. Pupilas contraídas (miose) em pre-
progressivamente, seguramente está em situação mais sença de pouca luz podem indicar intoxicação por dro-
grave que outra cujo exame inicial tenha mostrado algu- gas ou doença do sistema nervoso central.
mas alterações que permaneçam estáveis no tempo.
Se houver depressão do nível de consciência e anisoco-
Na avaliação do estado neurológico o socorrista deve ria, ficar alerta, pois existe o risco de parada respiratória.
realizar a avaliação do nível de consciência e o exame Manter-se atento para o “ABC”.
das pupilas.
III- Abordagem Secundária
Avaliação do Nível de Consciência - Deve sempre ser
avaliado o nível de consciência porque, se alterado, indi- Finalmente, no passo “E”, expor a vítima, à procura de
ca maior necessidade de vigilância da vítima no que se lesões. Entretanto, em nível pré-hospitalar, as roupas da
vítima só serão removidas para expor lesões sugeridas
refere às funções vitais, principalmente à respiração.
por suas queixas ou reveladas pelo exame segmentar,
A análise do nível de consciência é feita pelo método
respeitando seu pudor no ambiente público. No hospital,
“AVDI”, de acordo com o nível de resposta que a vítima
ao contrário, é imperdoável deixar de despir completa-
responde aos estímulos: mente a vítima antes de iniciar a abordagem secundária.
A – Vítima acordada com resposta adequada ao ambiente;
Só iniciar a abordagem secundária depois de completa-
V – Vítima adormecida. Os olhos se abrem mediante
da a abordagem primária.
estímulo verbal;
D – Vítima com os olhos fechados que só se abrem Examinar todos os segmentos do corpo, sempre na
mediante estímulo doloroso. O estímulo doloroso mesma ordem (exame segmentar): crânio, face, pesco-
deve ser aplicado sob a forma de compressão in- ço, tórax, abdômen, quadril, membros inferiores, mem-
bros superiores e dorso. Nesta fase, realizar:
tensa na borda do músculo trapézio, na região pós-
tero-lateral do pescoço. Inspeção: cor da pele, sudorese, simetria, alinhamento,
I – Vítima não reage a qualquer estímulo. A alteração deformidade e ferimento;
do nível de consciência pode ocorrer pelos seguin- Palpação: deformidade, crepitação, rigidez, flacidez, tem-
tes motivos: peratura e sudorese;
Ï% Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia ou Ausculta: tórax (campos pleuropulmonares e precordi-
hipoperfusão); al) – procedimento exclusivo do médico.
Ï% Traumatismo cranioencefálico (hipertensão in-
tracraniana); Durante todo o exame segmentar, manter-se atento a si-
nais de dor ou a modificações das condições constatadas
na abordagem primária da vítima. Exame segmentar:
Atendimento Inicial
a) Cabeça: palpar o crânio com os polegares fixos na
- Intoxicação por álcool ou droga; região frontal, mantendo o controle cervical. Palpar as
- Problema clínico metabólico. órbitas. Simultaneamente, inspecionar cor e integrida-
de da pele da face, hemorragia e liquorragia pelo nariz e
Exame das Pupilas - Em condições normais as pupilas ouvidos, hematoma retroauricular (sugestivo de fratura
reagem à luz, aumentando ou diminuindo seu diâmetro de coluna cervical alta ou base de crânio), simetria da
conforme a intensidade da iluminação do ambiente. O face, hemorragia e laceração dos olhos e fotorreativida-
aumento do diâmetro, ou midríase, ocorre na presença de pupilar (não a valorize em olho traumatizado). Retirar
de pouca luz, enquanto a diminuição, ou miose, ocorre corpos estranhos (lentes de contato e próteses dentári-
as móveis) eventualmente remanescentes.
em presença de luz intensa.
b) Pescoço: inspecionar o alinhamento da traqueia e a
Quanto à simetria, as pupilas são classificadas em iso- simetria do pescoço. Palpar a cartilagem tireoide e a
córicas (pupilas normais ou simétricas), que possuem musculatura bilateral. Inspecionar as veias jugulares:
diâmetros iguais, e anisocóricas (pupilas anormais ou se ingurgitadas, principalmente com piora na inspira-
assimétricas), de diâmetros desiguais. ção, preocupar-se com lesão intratorácica grave (derra-
me de sangue no pericárdio, impedindo os movimentos
O socorrista deve avaliar as pupilas da vítima em rela- normais do coração:
ção ao tamanho, simetria e reação à luz. Pupilas aniso- - hemopericárdio com tamponamento cardíaco). Palpar
córicas sugerem traumatismo ocular ou cranioencefáli- as artérias carótidas separadamente e a coluna cervi-
co. Neste caso a midríase em uma das pupilas pode cal, verificando alinhamento, aumento de volume, crepi-
ser consequência da compressão do nervo oculomotor tação e rigidez muscular.
no nível do tronco encefálico, sugerindo um quadro de
gravidade. Completado o exame, colocar o colar cervical.
Pupilas normais se contraem quando submetidas à luz, c) Tórax: inspecionar a caixa torácica (face anterior), bus-
diminuindo seu diâmetro. Se a pupila permanece dilata- cando simetria anatômica e funcional, respiração para-
doxal, áreas de palidez, eritema ou hematoma (sinais Após a abordagem secundária, realizar a verificação de
de contusão) e ferimentos. dados vitais e escalas de coma e trauma.
d) Abdômen: inspecionar sinais de contusão, distensão Parada Cardíaca – inconsciência; aparência excessivamente
e mobilidade. Palpar delicadamente, analisando sensi- pálida; sem pulsação (sem batimentos do coração).
bilidade e rigidez de parede (abdômen em tábua).
Respiração Artificia
e) Quadril: afastar e aproximar as asas ilíacas em rela-
ção à linha média, analisando mobilidade anormal e Você deve realizar essa respiração quando a vítima
produção de dor. Palpar o púbis no sentido antero-pos-
apresentar a parada respiratória. Ela pode ser feita de
terior. A região genital também deve ser avaliada, suge-
três formas:
rindo haver lesão conforme as queixas da vítima ou o
mecanismo de trauma.
Respiração boca a boca: É a mais eficiente, usada so-
f) Membros inferiores: inspecionar e palpar da raiz das mente em adulto. Deve-se tapar as narinas com os de-
coxas até os pés. Observar ferimento, alinhamento, de- dos para não haver escape de ar e colocar a sua boca
formidade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa na boca da vítima e soprar até perceber que o tórax da
onde suspeitar de ferimento ou fratura. Retirar calçados vítima está levantando. Essa operação deve ser repeti-
e meias. Examinar a mobilidade articular ativa e passi- da até a vítima respirar normalmente.
va. Executar movimentos suaves e firmes de flexão, ex-
tensão e rotação de todas as articulações. Palpar pul- Respiração Manual: Essa técnica é recomendada quan-
sos em tornozelos e pés. Testar sensibilidade, motrici- do não se consegue praticar a anterior. Primeiramente,
dade e enchimento capilar. verifique se há fraturas na vítima. Coloque-a deitada de
costas. Segure os braços da vítima pelos pulsos, cru-
g) Membros superiores: inspecionar e palpar dos om- zando-os e comprimindo-os contra a parte inferior do
bros às mãos. Observar ferimento, alinhamento, defor- peito.Em seguida, puxe os braços da vítima para cima,
midade, flacidez, rigidez e crepitação. Cortar a roupa onde para fora e para trás.
suspeitar de ferimento ou fratura. Palpar os pulsos radi-
ais. Testar a mobilidade ativa e passiva. Executar movi- Respiração boca-nariz-boca: Os procedimentos são
mentos suaves e firmes de flexão, extensão e rotação idênticos aos do método boca a boca, sendo que nesse
de todas as articulações. Testar a simetria da força mus- caso a sua boca deverá cobrir também o nariz.
cular nas mãos. Verificar sensibilidade, motricidade e
enchimento capilar. Massagemcardíaca
Deverá ser realizada quando for constatada a ausência
h) Dorso: realizar a manobra de rolamento a noventa de batimentos no coração da vítima. Deite-a de costas,
graus para examinar o dorso. Inspecionar alinhamen- apóie a sua mão sobre a parte inferior do tórax, coloque
to da coluna vertebral e simetria das duas metades do a outra mão em cima da primeira e faça compressões.
dorso. Palpar a coluna vertebral em toda a extensão, à Em crianças com 2 anos ou mais, a massagem deverá
procura de edema, hematoma e crepitação. Termina- ser feita com apenas uma mão, e em crianças peque-
do o exame do dorso, rolar a vítima sobre a tábua de nas e bebês deverá ser feita só com a ponta dos dedos.
imobilização dorsal.
específicas, como Sexta-feira 13, por exemplo. Profis- de é capturar senhas e outros dados que a vítima digi-
sionais que lidam com segurança devem estar atentos ta. O objetivo principal é o furto de dados, como senhas
a essas datas. Algumas formas abaixo descrevem de banco, números de cartão de crédito, até mesmo
como os computadores podem ser infectados por ví- personagens de jogos virtuais.
rus:
- Através de uma mídia infectada, levada de um compu- Screenlogger
tador para outro (disquete, pen-drive, etc);
- Através da rede de computadores; Com o advento dos teclados virtuais, a fim de evitar que
- Ao abrir arquivos anexados à mensagens de email; keyloggers capturassem senhas e dados digitados,
Existem outras formas de ataques por vírus, portanto, é surgiu o screenlogger, capaz de capturar a tela apre-
importante manter em seu computador um programa sentada no monitor.
de Anti-vírus sempre atualizado e evitar instalar progra- Muitos casos de phishing, assim como outros tipos de
mas desconhecidos, não abrir mensagens de pesso- fraudes virtuais, se baseiam no uso de algum tipo de
as desconhecidas e muito menos seus anexos. keylogger, instalado no computador sem o conhecimen-
to da vítima, que captura dados sensiveis e os envia a
Worm (Verme) um cracker que depois os utiliza para fraudes. Existem
O worm é um programa auto-replicante, semelhante a softwares apropriados para se defender deste tipo de
um vírus, porém é mais perigoso, pois, enquanto o ví- ameaça.
rus necessita de um arquivo ou programa hospedeiro É indispensável ter um computador protegido através
para se propagar, o Worm é um programa completo e de softwares Anti-vírus, AntiSpyware e Firewall.
não precisa de outro programa para se propagar. Ele
tem poder de infestar o sistema, além de se auto-repli- Phishing
car, podendo, inclusive enviar documentos por email. A
maioria dos programas anti-vírus detectam vermes. phishing é uma forma de fraude eletrônica, que consis-
te em enviar mensagem para a caixa de correio do usu-
(Trojan-Horse) Cavalo de Tróia ário, geralmente fazendo-se passar por um Banco ou
pela Receita Federal. Na mensagem, é requisitado que
Os objetivos deste Malware (Malicious Software – Sof- o usuário digite dados cadastrais como número da con-
tware Malicioso) são vários, desde descobir senhas, ta e senha, números de cartões de crédito, CPF, etc., ou
até apagar todo o conteúdo do disco. Alguns cavalos de que ele clique em algum link que aparece no corpo da
tróia, uma vez instalados nos computadores, possibili- mensagem. Este ataque caracteriza-se por tentativas
tam o furto de informações (arquivos, senhas etc.). O de adquirir informações sigilosas, do usuário. O termo
Cavalo de Tróia, também pode possibilitar ao hacker o Phishing vem do inglês e o objetivo é pescar informa-
controle total do sistema. ções sigilosas do usuário.
O Cavalo de Tróia, como na mitologia grega, funciona Pharming
como um presente de grego. Geralmente vem anexado
em um e-mail, mas também pode ser adquirido quan- Pharming é um tipo de phishing, porém é uma fraude
do o usuário clica em algum link de um site da Internet caracterizada pelo “sequestro” do IP de uma página no
que não possui uma política de segurança, ou faz do- DNS. O usuário, ao digitar a URL de uma página no
wnload de algum programa. Ele costuma driblar a fra- browser, geralmente páginas de Banco, é remetido a
gilidade dos sistemas operacionais, passando pela uma outra página, muito parecida com a original, mas
porta da frente, camuflado com o nome de um arquivo que na verdade é uma máscara que induzirá a vítima ao
conhecido pelo sistema. erro e fará com que digite seu nº de conta e senha. Os
dados serão enviados ao cracker que seqüestrou a
Sistemas de segurança chamados Firewall podem página, e não para o Banco.
detectar essas invasões e bloquear o ataque.
Backdoors
Spyware
Backdoor ou porta dos fundos é uma falha de segurança
É um tipo de programa que se instala na máquina do
em programas de computador ou sistemas operacio-
usuário, a fim de pegar informações e hábitos do usu-
nais, e permite a invasão do sistema por um cracker
ário e enviá-los à empresa ou pessoa criadora do pro-
para que ele possa obter um total controle da máquina.
grama espião, sem o seu consentimento. Diferem dos
Muitos crackers utilizam-se de um Backdoor para insta-
cavalos de Tróia por não terem como objetivo danificar
lar vírus de computador ou outros programas malicio-
o sistema do usuário. O usuário não percebe a presen-
sos, conhecidos como malwares. Para proteger o siste-
ça do programa espião, que age livremente.
ma contra Backdoors em computadores pessoais deve-
Os spywares têm objetivos geralmente comerciais, a
se usar um firewall e manter as versões atualizadas dos
fim de vender mais pela Internet, captando dados pes-
programas. Os cavalos de tróia também costumam ser
soais e hábitos do usuário e vendendo esse cadastro a
chamados de Backdoors, devido à sua forma de ataque,
outras empresas.
onde utilizam portas para invadir sistemas.
É comum o usuário “ganhar de brinde” spywares em-
butidos em programas na Internet freeware (“grátis”)
Java, JavaScript e ActiveX
ou shareware (“grátis por um tempo”), ao fazer o down-
load desses programas em sites de downloads.
Java é uma linguagem de programação desenvolvida
pela empresa Sun Microsystems. Os programas em
Keyloggers
Java, costumam ser rodados por um outro programa
Keylogger é um programa do tipo spyware cuja finalida- chamado Máquina Virtual Java. Praticamente todos os
Vili Francisco Neusburger, diretor-sócio da Epicon, pe- Além disso, deve consultar o PROCON para adequar
quena fabricante de máscaras respiratórias descartá- seus produtos às especificações do Código de Defesa
veis, acredita em aumento nas unidades vendidas. Mas do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990).
as receitas estão em queda, na sua opinião. A produ-
ção da Epicon, de acordo com ele, deve ser 20% supe- É importante que o futuro empreendedor tenha o co-
rior à do ano passado. Mas, o faturamento, 15% inferior. nhecimento da algumas leis que regem este setor, tais
Neusburger não revelou os números de 2001, mas ex- como:
plica que a concorrência está aumentando. As empre-
sas estão trabalhando com preços muito baixos e re- • LEI Nº 9.017/95. Estabelece normas de controle e fisca-
duzindo margens, diz. lização sobre produtos e insumos químicos e altera dis-
positivos da Lei nº 7.102 de 20/06/83 (que dispõe sobre
A Epicon está há 12 anos no mercado e atua nos seg- segurança para estabelecimentos financeiros).
mentos têxtil, farmacêutico e agrícola. • DECRETO Nº 89.056/83 e DECRETO Nº 1.592/95.
Estabelece sobre as atividades de segurança priva-
O segmento de EPI movimenta anualmente cerca de da desenvolvidas por empresas especializadas em
R$ 500 milhões e conta com cerca de 60 pequenas e prestação de serviços.
médias empresas. O faturamento médio delas gira em • PORTARIA Nº 891/99. Institui e aprova o modelo da
torno de R$ 8 milhões. Segundo Martins, apenas qua- Carteira Nacional de Vigilante e respectivo formu-
tro grandes fabricantes atuam no setor. lário de requerimento, estabelece normas e pro-
Martins conta que, anualmente, há mais de R$ 20 bi- cedimentos para sua concessão e dá outras pro-
lhões em perdas por acidentes de trabalho no Brasil. vidências.
Cerca de 80% dos trabalhadores formais não têm aces-
so aos equipamentos protetivos, revela. As estatísticas REGISTRO ESPECIAL
abrangem apenas os trabalhadores formais e o núme-
ro de acidentes deve ser pelo menos o dobro do que é Há a necessidade de Autorização para o funcionamen-
divulgado, diz. to da empresa especializada em vigilância, para isto
existe na Polícia Federal, um roteiro a ser seguido com
De acordo com ele, seria necessário investimento de todas as exigências, dentre algumas delas, podemos
R$ 3 bilhões em equipamentos para economizar 75% citar:
das perdas anuais causadas pela falta de segurança
no trabalho e poupar 20 mil trabalhadores. 1. Requerimento dirigido ao Sr. Superintendente Regi-
A Feira Internacional de Segurança e Saúde no Trabalho onal - DPF, solicitando vistoria nas instalações, aná-
começa amanhã e termina sábado, no Expo Center Norte. lise e encaminhamento do processo à CCP/DPF.
1.1. Comprovante de pagamento de taxa conforme FU-
Fonte: Diário do Comercio e Indústria, 18/06/2002 NAPOL, com código de valor e unidade arrecada-
dora.
LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
2. Requerimento dirigido ao Coordenador Central de
Torna-se necessário tomar algumas providências, para Polícia do Departamento de Polícia Federal, firma-
a abertura do empreendimento, tais como: do pelo representante legal da empresa, contendo
razão social, CNPJ, endereço completo e telefone,
• Contratar um profissional especializado – Recomen- solicitando autorização para funcionamento como
dável CONTADOR COM REGISTRO ATIVO no CRC empresa especializada em vigilância, juntando os
(Conselho Regional de Contabilidade) e devidamen- seguintes documentos:
te especializado e AUTORIZADO PELA POLICIA FE- 2.1. Cópia dos atos constitutivos, registrados no cartó-
DERAL; rio de registro de pessoas jurídicas ou na junta
• Registro na Junta Comercial; comercial, contendo:
• Registro na Secretária da Receita Federal;
• Registro na Secretária da Fazenda; a) Razão social, espelhando a atividade da empresa
• Registro na Prefeitura do Município; (vigilância);
• Registro no INSS; b) Objetivo social (“...a empresa destina-se à presta-
• Procedimentos, autorizações e registros específicos ção de serviços de vigilância armada e desarmada
na Polícia Federal (Consultar Contador Especializa- a estabelecimentos financeiros e a outros estabele-
do); cimentos...”, conforme preceitua o art. 30, inciso I, do
• Registro no Sindicato Patronal; Decreto nº 89.056/83, com a nova redação dada pelo
art. 1º do Decreto nº 1.592/95);
Antes de iniciar qualquer procedimento deve-se obter c) Capital inicial não inferior a cem mil UFIRs.
autorização prévia na Policia Federal, e é preciso for-
malizar CONTRATO entre os sócios da empresa e o 2.2. Comprovantes de inscrição nos órgãos adminis-
contador cumprindo rotina específica. trativos federais (CNPJ, INSS, FGTS), estaduais e
municipais.
O contador do novo empresário deve procurar a prefei- 2.3. Documentos dos sócios e gerentes da empresa:
tura da cidade onde pretende montar seu empreendi-
mento para obter informações quanto às instalações a) Carteira de Identidade (cópia autenticada);
físicas da empresa (inclusive com relação a localiza- b) Cadastro de Pessoa Física (CPF);
ção), e também para o Alvará de Funcionamento Muni- c) Certificado de Reservista;
cipal. Também necessário obter autorização prévia da d) Título de Eleitor.
prefeitura.
2.4. Certidões negativas de registros criminais expedi- 5. A requerente poderá fazer, concomitantemente com
dos pelos cartórios de distribuição das varas crimi- o pedido de Autorização de Funcionamento, pedido
nais da justiça federal, estadual, militar federal, para Aquisição de Armas e de Munições, em pro-
militar estadual e eleitoral dos sócios, diretores, cesso separado (taxa e códigos conforme FUNA-
administradores e gerentes, dentro do prazo de POL), tomando por base o efetivo mínimo de 30
validade, comprovando a inexistência de condena- vigilantes. O pedido só será deferido pelo Coorde-
ção criminal transitada em julgado, nos locais da nador Central de Polícia/DPF após a comprovação
federação onde mantenham residências e preten- da contratação do efetivo.
dam constituir a empresa.
OBSERVAÇÃO
2.5. Certidão Negativa quanto à Dívida Ativa da União.
2.6. Memorial descritivo do uniforme dos vigilantes (art. As empresas de segurança privada que desejam obter
33, e seus parágrafos, e art. 34 do Decreto nº autorização para exercer a atividade de TRANSPORTE
89.056/83), contendo: DE VALORES, além das exigências descritas anterior-
mente, deverão atender as seguintes obrigações:
a) Fotos coloridas (10x15) de frente, de perfil e de cos-
tas de vigilante devidamente fardado; • Garagem exclusiva para, no mínimo, dois veículos
b) Amostra dos tecidos a serem utilizados na confec- especiais destinados aos transporte de valores;
ção; • Cofre-forte para guarda de valores e numerários,
c) Das especificações do uniforme deverá constar: com os dispositivos de segurança necessários;
• Sistema de alarme em perfeito funcionamento, co-
1) apito com cordão; nectado à unidade mais próxima da Polícia Militar,
2) emblema da empresa; Polícia Civil ou empresa de segurança privada que
3) plaqueta de identificação (esta plaqueta terá vali- possua sistema de segurança monitorado;
dade de seis meses e conterá o nome do vigilan- • Sistema de telecomunicação próprio, que permita
te, nº do registro do certificado do curso de forma- a comunicação entre seus veículos e a central da
ção do vigilante, local e data da expedição do mes- empresa. Caso adote outro sistema de telecomu-
mo e fotografia tamanho 3 x 4 cm do vigilante. Con- nicação, a empresa deverá comprovar a sua aqui-
terá, no verso, transcrição do art. 19 da Lei nº 7.102/ sição à Comissão de Vistoria/DPF.
83: “É assegurado ao vigilante: porte funcional de
arma, quando em serviço, e prisão especial por O formulário de requerimento da Carteira Nacional de
ato decorrente do serviço.”, fator RH, grupo sangü- Vigilante deverá ser dirigido ao Chefe da Divisão de
íneo e assinatura do vigilante. Controle de Segurança Privada, instruído com os se-
guintes documentos:
2.7. Comprovar, mediante certificado de propriedade ou
contrato de locação, ter disponibilidade de, no mí- • Carteira de Identidade;
nimo, dois veículos, dotados de sistema de comu- • Certificado de conclusão do curso de formação e, se
nicação. for o caso, comprovante de reciclagem do vigilante;
• Carteira de Trabalho, na parte que identifique o vigi-
3. Instalações físicas, de uso e acesso exclusivos, lante e comprove vínculo empregatício com empresa
separadas das demais onde o grupo eventualmen- especializada ou executante de serviços orgânicos
te exerça outras atividades, contendo, no mínimo, de segurança autorizada a funcionar pelo DPF;
dependências destinadas a: • Guia GAR-FUNAPOL autenticada mecanicamente,
3.1. Setor administrativo. comprobatória do recolhimento da taxa de 10 UFIR’S;
3.2. Local seguro e adequado à guarda de armas e de • 01 (uma) fotografia tamanho 2 x 2 cm, fundo bran-
munições, com as seguintes características: co, recente, de frente, colorida.
3.2.1. Construção em alvenaria, sob laje, com um
único acesso; COMO PROCEDER PARA OBTER O ALVARÁ DE FUNCIO-
3.2.2. Porta de ferro ou de madeira (reforçada com NAMENTO DA POLICIA FEDERAL?
grade de ferro), dotada de fechadura especial;
3.2.3. Extintor de incêndio próximo à porta de aces- Evite agir sozinho, e não busque serviços de pessoas
so; sem a devida especialização, senão corre o risco de
3.2.4. Setor operacional e plantão, dotado de siste- perder seu tempo, dinheiro, e até ter outros transtornos
ma de rádio, devidamente autorizado pelo como implicações legais por procedimentos irregula-
Departamento Nacional de Fiscalização das res. Para abrir, legalizar, assessoria técnica, alvará da
Comunicações, para operar em freqüência policia federal, autorizações de armas e equipamen-
exclusiva, permitindo comunicação com os tos, e toda orientação que precisar, consulte e utilize
veículos da empresa para fiscalizar de forma somente serviços de profissionais especializados.
permanente os postos de serviço.
4. Após a publicação da Portaria de Autorização de
Funcionamento, no D.O.U., a requerente deverá
providenciar: FONTES DE CONSULTA / CONTATO
* Livros para controle de armas e munições, com
termo de abertura lavrado pelo responsável pela MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
empresa, com rubrica e numeração das respecti-
vas folhas, e visto do Presidente da Comissão de Esplanada dos Ministérios - Bl. T - Ed. Sede - Brasília -
Vistoria. (DF) - 70064-900
A acepção de polícia militar (Military Police - MP) corres- Todos os povos, sempre, ao se reunirem em grupo,
ponde internacionalmente ao efetivo militar que exerce passaram a necessitar da figura altaneira do Guardião
o poder de polícia, no âmbito interno das forças arma- da Lei e da Ordem, muitas vezes representado pelo
das. Em alguns países, como a Itália, essa função é próprio chefe da tribo, ou, então, sendo delegado este
exercida por gendarmarias, as quais são independen- poder de polícia à determinadas pessoas do grupo.
tes das forças armadas e, concomitantemente, partici-
pam da execução do policiamento civil. No Brasil, a primeira instituição policial paga pelos erá-
No Brasil o termo tem significado diverso, pois a desig- rios foi o Regimento de Cavalaria Regular da Capital de
nação de polícia militar está historicamente vinculada Minas Gerais, em 9 de junho de 1775, onde o Alferes
Joaquim José da Silva Xavier, o “TIRADENTES”, tornou-
às polícias estaduais que, embora, estejam estrutura-
se Comandante em 1780, sendo esta considerada pre-
das como gendarmarias, executam exclusivamente o
decessora da Polícia Militar de Minas Gerais.
policiamento civil. Por esse motivo, nas Forças Arma-
das do Brasil foram adotadas outras denominações. Com a vinda da Família Real Portuguêsa para o Brasil,
Em Portugal a designação de Polícia Militar existiu até foi criada em 13 de maio de 1809, a Divisão Militar da
1976, quando então foram inseridas denominações Guarda Real de Polícia, embrião da Polícia Militar do
similares à brasileira. Estado do Rio de Janeiro, sua missão era de policiar a
cidade em tempo integral, tornando-a desde o início
Missão das Polícias Militares das Forças Armadas mais eficaz que os antigos “Quadrilheiros”, que eram
os defensores, normalmente escolhidos pela autori-
A missão do policial militar varia de acordo com a legis- dade local das vilas no Brasil Colônia, entre civis de
ilibada conduta e de comprovada lealdade à coroa por-
lação de cada país. Em termos gerais compreende:
tuguesa.
Ao abdicar o trono, Dom Pedro I deixa seu filho encar- “Camaradas! Nomeado presidente e comandante das
regado dos destinos do país. Neste momento contur- Armas da Província do Maranhão, vos venho deixar, e
bado, através da Regência Trina Provisória, em 14 de não é sem saudades que o faço: o vosso comandante e
junho de 1831 é efetivamente criada com esta deno- companheiro por mais de oito anos, eu fui testemunha
minação em cada Distrito de Paz a Guarda Municipal,
de vossa ilibada conduta e bons serviços prestados à
dividida em esquadras.
pátria, não só mantendo o sossego público desta gran-
de capital, como voando voluntariamente a todos os
pontos do Império, onde o governo imperial tem preci-
sado de nossos serviços (…). Quartel de Barbonos, 20/
12/39. Luís Alves de Lima e Silva”.
Esse Corpo, que se desdobrava entre o policiamento
da cidade e a participação em movimentos armados
ocorridos nos demais pontos do território brasileiro, a
que se refere Lima e Silva, é a atual Polícia Militar do
Estado do Rio de Janeiro, que atuava no âmbito muni-
cipal do Município da Corte.
A história das Guardas Municipais acaba se confundin-
do com a própria história da Nação, ao longo desses
últimos duzentos anos. Em diversos momentos essa
“força armada” se destacou vindo a dar origem a novas
instituições de acordo com o momento político vigente.
Dado a missão principal de promover o bem social,
Guarda do Rio de Janeiro
essa corporação esteve desde os primórdios direta-
Em 18 de agosto de 1831, após a lei que tratava da tutela mente vinculada à sua comunidade, sendo um reflexo
do imperador e de suas augustas irmãs é publicada a dos anseios dessa população citadina.
lei que cria a Guarda Nacional, e extingue no mesmo ato Em Curitiba, no ano de 1992, ao realizar-se o III Con-
as Guardas Municipais, Corpos de Milícias e Serviços gresso Nacional das Guardas Municipais, estabeleceu-
de Ordenanças, sendo que no mesmo ano em 10 de se que 10 de outubro, passaria a ser comemorado o
outubro, foram reorganizados os corpos de municipais, Dia Nacional das Guardas Municipais do Brasil.
agora agregados ao Corpo de Guardas Municipais Per-
manentes, nova denominação da Divisão Militar da Guar- Atualmente, no Congresso Nacional brasileiro tramita
da Real de Polícia, subordinada ao Ministro da Justiça e a Proposta de Emenda Constitucional número 534/02
ao Comandante da Guarda Nacional. que amplia as competências das Guardas Municipais.
As patrulhas de permanentes deveriam circular dia e Esta proposta foi aprovada pela Comissão de Consti-
noite a pé ou a cavalo, “com o seu dever sem exceção tuição e Justiça da Câmara dos Deputados no dia 26
de pessoa alguma”, sendo “com todos prudentes, cir- de outubro de 2005. Deverá ir a voto aberto no Plenário
cunspectos, guardando aquela civilidade e respeito da Casa das Leis Nacionais.
devido aos direitos do cidadão”; estavam, porém auto- Organização
rizados a usar “a força necessária” contra todos os que
resistissem a “ser presos, apalpados e observados”. As Guardas Municipais ou Guardas Civis Municipais
foram reestruturadas a partir do dispositivo da Carta
A atuação do Corpo de Guardas Municipais Permanen- Magna - Constituição Federal de 1988, que faculta aos
tes desde a sua criação foi motivo de destaque, confor- municípios “criar” Guardas Municipais, para proteção
me citação do Ex-Regente Feijó, que em 1839 dirigiu-se dos seus bens, serviços e instalações conforme dis-
ao Senado, afirmando: “Lembrarei ao Senado que, entre por a Lei (complementar - texto constitucional). Portan-
os poucos serviços que fiz em 1831 e 1832, ainda hoje to, a priori, elas têm poder de polícia para agirem nes-
dou muita importância à criação do Corpo Municipal Per- sas situações, mas agem também em qualquer outra
manente; fui tão feliz na organização que dei, acertei tan- situação de flagrante delito ou ameaça à ordem ou à
to nas escolhas dos oficiais, que até hoje é esse corpo o vida, além de em situações de calamidade, porque
modelo da obediência e disciplina, e a quem se deve a nesses casos, conforme a lei dispõe, “qualquer do povo
paz e a tranqüilidade de que goza esta corte”. poderá e as autoridades policiais e seus agentes de-
Esta corporação teve em seus quadros vultos nacio- verão prender quem quer que seja encontrado em fla-
nais que souberam conduzí-la honrosamente, tendo grante delito” (artigo 301, do Código de Processo Pe-
como destaque o Major Luís Alves de Lima e Silva - nal). Assim, mesmo que hajam divergências sobre a
“Duque de Caxias”, que foi nomeado Comandante do possibilidade de ação das Guardas Municipais, esta é
Corpo de Guardas Municipais Permanentes, em 18 de amparada pela lei. Portanto, assim como a polícia está
outubro de 1832. para as leis penais, as guardas municipais estão para
as leis municipais.
Ao ser promovido a Coronel, passou o Comando, onde
ao se despedir dos seus subordinados fez a seguinte Quanto à sua organização administrativa, diverge bas-
afirmação: tante entre um e outro município.
• A cooperativa de trabalho, com base nas informações Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tem-
fornecidas pela empresa contratante, deverá elabo- po de Serviço e Informações à Previdência Social
rar o perfil profissiográfico previdenciário dos coope- (GFIP), a ocorrência de múltiplas fontes pagadoras.
rados que exercem atividade em condições especi- • O contribuinte individual que prestar serviço a outro
ais prejudiciais à saúde ou à integridade física. contribuinte individual equiparado a empresa ou a
produtor rural pessoa física ou à missão diplomática
Cooperativa de Produção e repartição consular de carreira estrangeiras, pode-
rá deduzir, da sua contribuição mensal, 45% da con-
• A cooperativa de produção terá uma contribuição tribuição patronal do contratante, efetivamente reco-
adicional de 12, 9 ou 6% sobre a remuneração paga, lhida ou declarada, incidente sobre a remuneração
devida ou creditada ao cooperado filiado, quando o que este lhe tenha pago ou creditado, no respectivo
exercício de atividade na cooperativa o sujeite a con- mês, limitada a 9% do respectivo salário-de-contri-
dições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a buição. Para efeito de dedução, considera- se contri-
sua integridade física e permita a concessão de apo- buição declarada a informação prestada na GFIP, ou
sentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de con- declaração fornecida pela empresa ao segurado, onde
tribuição. conste além de sua identificação completa, inclusive
• A empresa contratante deverá informar mensalmen- com o número no CNPJ, o nome e o número de ins-
te à cooperativa de trabalho a relação dos coopera- crição do contribuinte individual, o valor da remunera-
dos a seu serviço que exercem atividades em condi- ção paga e o compromisso de que este valor será
ções especiais prejudiciais à saúde ou à integrida- incluído na GFIP e efetuado o recolhimento da corres-
de física e permitam a concessão de aposentadoria pondente contribuição.
especial. • A Ordem de Serviço Conjunta nº 92, de 09/12/98, DOU
• A cooperativa de produção que utilizar cooperados de 21/12/98, do INSS, disciplinou e estabeleceu, no
no exercício de atividade em condições especiais âmbito do INSS, os procedimentos para a implemen-
sujeitos à exposição a riscos ocupacionais que per- tação da GFIP.
mitem a concessão de aposentadoria especial, de- • A Ordem de Serviço nº 197, de 18/12/98, DOU de 23/
verá elaborar o perfil profissiográfico previdenciário 12/98, da Diretoria de Arrecadação e Fiscalização do
destes cooperados. INSS, baixou novas instruções para utilização do Sis-
tema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informa-
Cessão de mão-de-obra ou Empreitada, inclusive Tra- ções à Previdência Social - SEFIP para o preenchi-
balho Temporário mento da Guia de Recolhimento ao Fundo de Garan-
• O percentual de retenção incidente sobre o valor bru- tia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência
to da nota fiscal, fatura ou recibo relativa a serviços social - GFIP.
prestados mediante cessão de mão-de-obra ou • A Resolução nº 637, de 26/10/98, DOU de 08/12/98,
empreitada, inclusive em regime de trabalho tempo- do INSS, republicada no DOU de 22/01/99, aprovou
rário, é acrescido de 4, 3 ou 2%, quando a atividade o manual de orientação e preenchimento da GFIP.
exercida pelo segurado empregado na empresa con- • O Decreto nº 2.803, de 20/10/98, DOU de 21/10/98,
tratante o exponha a riscos ocupacionais que permi- regulamentou o art. 32 da Lei nº 8.212, de 24/07/91,
tam a concessão de aposentadoria especial após com redação dada pela Lei nº 9.528, de 10/12/97,
15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente. que regulamentou procedimentos sobre a GFIP.
• A empresa prestadora de serviço deverá destacar na
nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços
a base de cálculo para a aplicação do percentual Fds.:
adicional da retenção relativa aos segurados envol- • Medida Provisória nº 83, de 12/12/02, DOU de 13/12/02
vidos na prestação de serviços em condições espe- • Instrução Normativa nº 87, de 27/03/03, DOU de 28/03/03
ciais prejudiciais à saúde ou à integridade física. • Instrução Normativa nº 89, de 11/06/03, DOU de 13/06/03
Notas
• As regras acima citadas não se aplicam quando hou-
ver contratação de contribuinte individual por outro
contribuinte individual equiparado a empresa, ou por
produtor rural pessoa física ou por missão diplomáti-
ca e repartição consular de carreira estrangeiras.
• A empresa que remunerar contribuinte individual
deverá fornecer a este, comprovante de pagamento
pelo serviço prestado consignando, além dos valo-
res da remuneração e do desconto feito a título de
contribuição previdenciária, a sua identificação com-
pleta, inclusive com o número no Cadastro Nacional
de Pessoa Jurídica (CNPJ) e o número de inscrição
do contribuinte individual no Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS.
• A empresa que remunerar contribuinte individual que
tenha comprovado a prestação de serviços a outras Complemento
empresas, ou que tenha exercido, concomitantemen- Técnico do Bacen - 7ª Edição
te, atividade como segurado empregado ou traba-
lhador avulso, no mesmo mês, deverá informar na
11/2009