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Ano 9, número 16, semestral, out/2018 a mar/ 2019

Desenvolvimento da nova Biblioteca Digital da Biblioteca Brasiliana USP:


Relato de Experiência

Desarrollo de la nueva Biblioteca Digital de la Biblioteca Brasiliana USP:


Relato de Experiencia

Development of the new Digital Library of the Brasiliana Library USP:


Experience Report

Rodrigo Moreira GarciaI

Resumo:

Palavras-chave: A Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin é um órgão da Pró-Reitoria


de Cultura e Extensão Universitária. Como entidade acadêmica
Bibliotecas Digitais da Universidade de São Paulo, configura-se como um centro
interdisciplinar de informação e documentação, pesquisa e difusão
Digitalização de Acervos científica. Tendo como finalidade a preservar e proporcionar irrestrito
acesso de seu acervo, a estratégia adotada foi o desenvolvimento de
Acesso aberto
uma biblioteca digital brasiliana. Este trabalho apresenta um relato de
Coordenação de Projetos experiência do desenvolvimento da nova plataforma para a Biblioteca
Digital da BBM. Apresenta uma retrospectiva desde o projeto-piloto,
Projetos Sustentáveis os problemas e êxitos no decorrer do percurso do projeto. Relata os
desafios enfrentados e as soluções encontradas para a retomada dos
processos de digitalização e desenvolvimento da coleção digital. Por fim,
apresenta os próximos passos, desafios e aponta para a necessidade
de definições estratégicas para a sua sustentabilidade institucional.

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Resumen:

La Biblioteca Brasiliana Guita y José Mindlin es un órgano de la Palabras clave:


Pro-Rectoría de Cultura y Extensión Universitaria. Como entidad
académica de la Universidad de São Paulo, se configura como un Bibliotecas Digitales
centro interdisciplinario de información y documentación, investigación
y difusión científica. Con la finalidad de preservar y proporcionar Digitalización de Acervos
irrestricto acceso de su acervo, la estrategia adoptada fue el desarrollo
Acceso abierto
de una biblioteca digital brasiliana. Este trabajo presenta un relato de
experiencia del desarrollo de la nueva plataforma para la Biblioteca Coordinación de Proyectos
Digital de BBM. Presenta una retrospectiva desde el proyecto piloto,
los problemas y éxitos en el transcurso del recorrido del proyecto. Proyectos Sostenibles
Relata los desafíos enfrentados y las soluciones encontradas para
la reanudación de los procesos de digitalización y desarrollo de la
colección digital. Por último, presenta los próximos pasos, desafíos
y apunta a la necesidad de definiciones estratégicas para su
sostenibilidad institucional.

Abstract:

Keywords: The Brasiliana Guita and José Mindlin Library is an organ of the Pro-
Rectory of Culture and University Extension. As an academic entity
Digital Libraries of the University of São Paulo, it is an interdisciplinary center for
information and documentation, research and scientific dissemination.
Digitalization With the purpose of preserving and providing unrestricted access
of Collections to its collection, the strategy adopted was the development of a
Open Access Brazilian digital library. This paper presents an experience report
on the development of the new platform for the Digital Library of
Project coordination BBM. It presents a retrospective from the pilot project, the problems
and successes throughout the course of the project. It reports the
Sustainable Projects challenges faced and the solutions found for the resumption of the
processes of digitalization and development of the digital collection.
Finally, it presents the next steps, challenges and points to the need
for strategic definitions for its institutional sustainability.

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recursos ou que não tenham interesse


em alocar recursos preciosos em de-
Desenvolvimento da nova Biblioteca senvolvimento complexo de sistemas
Digital da Biblioteca Brasiliana USP: de software (ALENCAR et al, 2012, p.1).
Relato de Experiência
Basicamente o desenvolvimento se
deu com a customização de um sistema
Introdução base para o repositório digital. Optou-se
pelo DSpaceIII, software open source, como
Inaugurada em março de 2013, a repositório, com outros componentes auxi-
Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin liares como DjatokaIV (servidor de imagens)
(BBM) é um órgão e entidade acadêmica da e os visualizadores IIPImageV e BookRea-
Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universi- derVI (este último implantado integralmente).
tária (PRCEU) da USP. O projeto Brasiliana
USP iniciou-se em 2005 e foi pensado para Além da plataforma, foram adqui-
abrigar e integrar a coleção Brasiliana, doa- ridos para o projeto-piloto máquinas ro-
da por José Mindlin à USP, e o Instituto de botizadas para a digitalização dos livros,
Estudos Brasileiros (IEB), de modo a confi- softwares para o tratamento, edição e
gurar a BBM como um centro interdisciplinar compactação das imagens, reconheci-
de informação e documentação. A iniciativa mento ótico de caracteres (OCRVII) e ge-
surgiu da ideia de se “[...] criar instrumentos ração de versões em PDF, além de servi-
que envolvessem o diálogo entre diversas dores para a instalação das aplicações e
unidades da USP” (JANCSÓ, 2010, p. 315). armazenamento das imagens.

Em 2009, como parte do projeto Bra- Como padrão de metadados, foi ado-
siliana USP, é colocada on-line a primeira tado o esquema Dublin CoreVIII, amplamen-
versão da Biblioteca Brasiliana Digital da te adotado para a descrição de diversas ti-
BBM. Iniciado em 2008 o projeto-piloto Bi- pologias documentais em ambiente Web.
blioteca Brasiliana DigitalII, visava investigar
um modelo de implantação de biblioteca Foi montada uma equipe entre 15
digital, atendendo aos princípios de preser- bolsistas, além de profissionais contratados,
vação de acervos bibliográficos e de demo- professores, pesquisadores e técnicos, para
cratização do acesso, assim como, de su- todo o desenvolvimento, manutenção e ge-
porte à pesquisa, de forma a estabelecer a ração de conteúdo para a Biblioteca Digital.
BBM como centro de reflexão, produção e
difusão de estudos e da cultura brasileira.
Problemas e êxitos

O Projeto Corisco Talvez dado o pioneirismo (a Biblio-


teca Brasiliana Digital da BBM surgiu há
A plataforma Corisco, foi desenvol- exatos 10 anos, antes mesmo da constru-
vida a partir da ideia de tornar disponível ção do complexo Brasiliana) e a inexperiên-
on-line o acervo da BBM. A visão do proje- cia, muitas das tomadas de decisões, que
to-piloto era além de desenvolver uma pla- foram feitas à época, não seriam adotadas
taforma de software para a biblioteca digital, hoje. Ao longo dos últimos anos e com a
maturidade de procedimentos e aprimora-
[...] tornar a plataforma de software reu- mento das Tecnologias de Informação e
tilizável para outras iniciativas de biblio- Comunicação, atualmente já existe uma
tecas digitais que não disponham de base mais estabelecida de como iniciar,

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planejar e executar projetos de digitaliza- recursos humanos impactou a continuida-


ção de diversos tipos de materiais. de do desenvolvimento da biblioteca digital.
Soma-se a isto a falta de um coordenador
A começar pelo desenvolvimento da técnico/operacionalIX que pudesse gerenciar
Plataforma, muitas customizações foram re- o desenvolvimento do projeto, realizando a
alizadas diretamente no código do programa, coordenação de equipes e tarefas, workflow
tornando difícil, ou até mesmo, impossibilitan- (conservação, digitalização, descrição biblio-
do a atualização da plataforma DSpace para gráfica etc.), fazer a gestão do conhecimen-
novas versões. Isto fragilizou o bom funcio- to, elaborar documentação técnica, etc.
namento da biblioteca digital, acarretando,
sobretudo, em inconsistências quanto a vi- A aquisição de máquinas de digitali-
sualização do objeto digital, lentidão do siste- zação “robotizadas”, embora tenha tido um
ma, dentre outros problemas que a platafor- grande apelo de inovação e modernidade,
ma veio apresentando ao longo do tempo. constatou-se que para o material a ser digita-
lizado (obras raras, que necessitam de diver-
Tratando-se de um projeto-piloto aca- sos cuidados de preservação e conservação),
dêmico de pesquisa, a rotatividade das equi- não eram as mais adequadas. Os modelos
pes (em sua maioria bolsistas e estagiários) adquiridos eram apropriados para projetos de
envolvidas era constante, além do projeto digitalização em grande escala (em massa) e
contar com vários profissionais terceirizados para tipos de materiais que não necessitam
contratados por tempo determinado. Isto, de cuidados especiais (como teses e disser-
embora tenha contribuído para a formação tações, relatórios, entre outros tipos docu-
de vários futuros profissionais e contribuído mentais encadernados), pois seus sistemas
para a formação continuada de profissionais automatizados de hastes, presilhas e sistema
de diversas áreas, ao final destes financia- de sucção, além de provocar interferências
mentos pontuais, característicos de proje- nas imagens (veja exemplos logo abaixo),
tos acadêmicos de pesquisa, a evasão de poderiam danificar as páginas das obras.

Figura 1 – Exemplo de interferência: Presilhas plásticas sobre as páginas


Fonte: BBM

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Figura 2 – Exemplo de interferência: Mão do operador sobre a página


(devido à necessidade de segurá-la para a captura da imagem)
Fonte: BBM

Também, as primeiras digitaliza- tocópia, com grande perda de dados e das


ções são próximas do aspecto de uma fo- características do objeto original:

Figura 3 – Exemplo de tratamento de imagem anteriormente realizado, com perda de dados e das características originais.
Fonte: BBM

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Figura 4 – Crop da imagem anterior, apresentando as características originais da página (imagem não tratada).
Fonte: BBM

Embora, durante o desenvolvimento produção de conteúdos para a rede


do projeto-piloto, muitos problemas de nível mundial de computadores, contri-
técnico e operacional tenham se apresen- buindo para a redefinição positiva da
tado, a iniciativa de uma Biblioteca Brasilia- presença da língua portuguesa e da
na Digital sempre esteve em consonância cultura nacional.
com os movimentos nacionais e interna- 2. Uma biblioteca digital para a difu-
cionais de Acesso Aberto (Open Access) são de uma coleção original: uso das
aos conteúdos digitais. Exemplo disso são novas tecnologias como forma de
os seis princípios da Biblioteca Brasiliana conciliação das necessidades de pre-
Digital definidos com o objetivo de apoiar servação do acervo e o imperativo de
o “Memorando de Intenções sobre conteú- universalizar o acesso. Rejeição de
dos digitais” (CGI.BR, 2007), que se tratava um modelo custodial de biblioteca.
de um esforço para a definição de diretrizes 3. Orientação para o contexto-usuário:
para uma política pública de apoio à produ- a formação do acervo digital deve estar
ção de conteúdos digitais: orientada por uma política de acesso
universal; o usuário (e pensamos em
1. Uma biblioteca digital como ins- termos polissêmicos) tem centralidade
trumento de uma política nacional de na construção deste acervo digital.

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4. Uma biblioteca digital como instru- Nesta conjuntura complexa, na qual


mento da educação nacional: com- se articulam crises econômica e po-
promisso com a produção de mate- lítica, as IES se encontram afetadas,
riais didáticos, com a formação de primeiramente, pela recessão e pelos
quadros em todos os níveis, desde cortes sistemáticos advindos da fede-
o ensino fundamental até a pesquisa ração e de diversos entes federativos
avançada. (MANCEBO, 2017, p. 884).
5. Uma biblioteca digital pública: di-
fusão do acervo, acesso universal Tal conjuntura, além de impactar
(preservados os direitos do autor) e com as interrupções de contratações de
democratização da cultura. Adesão à novos efetivos, culminou ainda em dois
Declaração de Berlim sobre o Acesso programas de incentivo à demissão vo-
Livre ao Conhecimento nas Ciências luntária (PIDV’s em 2015 e 2016), que
e HumanidadesX (Berlin Declaration abalaram estruturalmente qualquer de-
on Open Access to Knowledge in the senvolvimento em andamento. A drástica
Sciences and Humanities), de 2003: redução orçamentária e de efetivo, en-
“acesso livre significa a livre disponi- tre outros fatores, impactou, inclusive, a
bilização na Internet de literatura de continuidade de planejamento, a gestão
caráter científico, permitindo a qual- e a permanência e estabilidade de um
quer utilizador pesquisar, consultar, corpo diretivo coerente.
descarregar, imprimir, copiar e distri-
buir, o texto integral de artigos e ou-
tras fontes de informação científica”. Freio de ArrumaçãoXII
Adesão aos protocolos da Iniciativa
Open ArchivesXI (OAI-PMH - Open Ar- Em 2015 a BBM contava com um
chives Initiative Protocol for Metadata corpo de efetivos de pouco mais de uma
Harvesting) - protocolo desenvolvido dezena de profissionais técnicos (entre
para permitir que os metadados se- os níveis superior, em sua maioria, téc-
jam acessíveis por diversos serviços nico e básico), para atender a todas as
de busca e compartilhados pelos re- áreas (administrativo, operacional, ma-
positórios digitais. nutenção, segurança etc.). Contando
6. Compromisso com a democrati- com a mobilidadeXIII inter-unidades da
zação de nossa experiência. Adesão Universidade, houve um rearranjo da
aos princípios do software livre (open equipe envolvida diretamente no work-
source) (BRASILIANA USP, 2009). flow de digitalização e desenvolvimento
da biblioteca digital.
O engajamento e o envolvimen-
to da BBM em iniciativas e movimentos Naquele momento, as atividades
“open”, enquanto instituição, têm sido re- de submissão de novos itens para a bi-
lativamente bastante tímida, sobretudo blioteca digital estavam interrompidas
pelas mudanças de foco (ou de incompre- haviam dois anos aproximadamente e
ensão) realizadas pelos corpos diretivos era necessário urgentemente a retoma-
que se sucederam. da das atividades.

No limiar da possibilidade de novas Neste ínterim, um especialista


contratações de efetivo, que dariam con- em laboratório, que ocupa o Laboratório
tinuidade a todo um trabalho para o esta- de Digitalização, desenvolveu um siste-
belecimento e crescimento do projeto, as ma para a gestão das atividades de di-
circunstâncias foram desfavoráveis e, gitalização:

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Figura 5 – Sistema “MyFlow” para o gerenciamento das atividades de Digitalização.


Fonte: BBM

Ainda foi possível adquirir novas imagens que possam se encontrar nas
máquinas para digitalização, mais moder- margens. Os volumes encadernados
nas e adequadas (e por um custo inferior às devem ser digitalizados capa a capa,
anteriormente adquiridas) para o material incluindo as folhas de guarda, as folhas
bibliográfico que a biblioteca possui. São em branco e as encadernações [...].
operadas manualmente, possuem base em
formato V, para evitar danos à lombada do Assim, para manter um padrão mí-
livro, e acessório em vidro para evitar as nimo de qualidade, o laboratório de digita-
curvaturas das páginas, além de câmeras lização reuniu os procedimentos utilizados
digitais de maior qualidade e precisão. para a geração de objetos digitais em um
conjunto de manuais técnicos, mais espe-
Uma readequação dos processos cificamente relacionados às três etapas
de captura digital foi realizada, pois se- iniciais do processo (triagem, digitalização
gundo a IFLA (2015, p. 14): e tratamento digital), em razão da grande
quantidade de procedimentos existentes
Nos processos de digitalização de mate- em cada uma das etapas executadas.
riais raros e únicos é importante conser- Tais manuais são a base do treinamento
var e recriar, tanto quanto possível, o as- das equipes (de bolsistas e estagiários) e
pecto material do objeto original. Assim, a servem como referência contínua para os
captura deve ser do objeto físico inteiro e procedimentos adotados pelo laboratório.
não apenas de seu conteúdo intelectual. Com a vinda de um bibliotecário,
Por isso, é necessário fotografar páginas com experiência no desenvolvimento e
completas frente e verso (incluindo as gestão de bibliotecas digitais, deu-se iní-
margens) e ter o cuidado de não cortar cio a uma série de reestruturações, de for-

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ma a estandardizar e otimizar o workflow fosse sua versão física (Catálogo USP)


das atividades. fosse a versão digital (Storage e DSpace).
Para isso, tudo aquilo já armazenado no
Para tornar o workflow de digitali- Storage, deveria receber o barcode (algo
zação (que envolve desde a seleção do em torno de 2580 itens). Uma força tarefa
material pela equipe curadora ou por so- foi montada para realizar esta atividade de
licitação de usuário; a triagem/avaliação, “tombamento” dos itens digitais.
higienização e pequenos reparos pelo la-
boratório de conservação; a triagem/ava- Também não se tinha um controle
liação pelo laboratório de digitalização e claro de quantas obras haviam sido en-
suas etapas; até a submissão do item na caminhadas aos laboratórios e exposi-
plataforma digital) mais fluido e funcional, ções (este controle era feito por meio de
era necessário que se adotasse um único planilhas que nem sempre estavam atua-
identificador para as obras, ou seja, o mes- lizadas). Um grande problema, mas, facil-
mo identificador para a obra física e digi- mente resolvido com a adoção do módulo
tal, pois era quase impossível (despendia- de circulação do sistema ALEPH/DEDA-
-se muito tempo para se saber) identificar LUS. Foi configurado a opção de circula-
se determinada obra já havia sido digitali- ção interna de itens. Desde então, somen-
zada ou não (já armazenada no servidor te itens que já receberam o barcode (obras
- Storage). Também sem um controle efi- tombadas), podem ser encaminhadas aos
caz, muitas vezes uma obra já digitalizada laboratórios ou para as exposições.
era encaminhada para digitalização, e só
se ficava sabendo quando o item chega- Mais um exemplo foi a utilização de
va ao laboratório de digitalização. Assim, um sistemas de cores simples (verde: digi-
foi estabelecido que o barcode já adota- talizado; amarelo: parcialmente digitalizado;
do no sistema ALEPH/DEDALUS (sistema vermelho: não digitalizado; e dourado para
de administração de bibliotecas utilizado indicar obra rara ou especial) para a identifi-
para a gestão do Catálogo Bibliográfico cação de forma visual nas estantes o status
da USPXIV ) seria o identificador da obra da digitalização de determinado item:

Figura 6 – Sistemas de cores nas papeletas de localização, que indicam status da digitalização do item.
Fonte: BBM

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A conscientização da equipe en- Coube então à BBM, na figura do


volvida para a importância destes con- bibliotecário que assumiu a coordena-
troles também foi trabalhada e o es- ção técnica do novo desenvolvimento,
tabelecimento de regras e medidas gerenciar a migração dos dados da an-
relativamente simples, fizeram grande tiga para a nova plataforma; revisar os
diferença na otimização do workflow. metadados, corrigir sistema de arquivos
Um conjunto de manuais para os proce- no servidor (Storage), demandar desen-
dimentos técnicos que envolvem o fluxo volvimentos (novo DSpace; módulo im-
de digitalização também foi elaborado portação; visualizador; customizações
para documentar e auxiliar no treina- de layout; entre outros), administrar a
mento da equipe. nova plataforma digital e seus registros
bibliográficos.
Mas ainda era preciso que a pla-
taforma digital voltasse a receber novas A BBM já havia, no ano de 2012,
obras. Para isso, algumas estratégias sido incorporada ao Sistema Integrado
foram tomadas. de Bibliotecas da USP (SIBi/USP XIX) e
em 2013 parte do antigo catálogo em
Winisis XX da Biblioteca Mindlin, foi mi-
Sustentabilidade grado para o Sistema ALEPH/DEDA-
LUS. Como o antigo catálogo nunca
Sabendo da falta de um analista foi trabalhado por profissionais biblio-
de sistemasXV com o perfil de programa- tecários, o fato é que os dados não
dor/desenvolvedor, buscou-se dentro da estão de acordo com as normas, códi-
própria universidade o know-how neces- gos e padrões de catalogação interna-
sário para o desenvolvimento de uma cionais (AACR XXI/MARC21 XXII) adota-
nova plataforma para a biblioteca digital, dos pelo SIBI/USP. Nas atividades de
já que a anterior não tinha mais condi- relocalização (rearranjo das obras nas
ções de manutenção. Assim, foi solicita- estantes) e tombamento (atribuição de
do à Direção (à época) que estabeleces- barcode), a equipe de tratamento téc-
se contato com a Superintendência de nico da informação está fazendo a re-
Tecnologia da Informação (STI)XVI para visão e correção dos registros biblio-
que a equipe técnica de ambos órgãos gráficos, dentro das normas e padrões
pudesse trabalhar no desenvolvimento adotados.
de uma nova plataforma. Assim, em ju-
lho de 2015 foi formalizado a coopera- Então, o tratamento técnico das
ção técnica entre a BBM e a STI, mais obras do acervo da BBM já é feito no
especificamente com o Centro de Tecno- módulo de catalogação/indexação do
logia da Informação de São Carlos (Ce- sistema ALEPH/DEDALUS. Logo, o na-
TI-SC)XVII, pioneiro no desenvolvimento tural seria reaproveitar estes registros
de umas das primeiras bibliotecas de te- (já corrigidos) para a Biblioteca Digital.
ses e dissertaçõesXVIII em âmbito nacio- Assim, foi demandado ao SIBi/USP, que
nal. A equipe BBM/CeTI-SC, então, rea- disponibilizasse um SET-BBM, para que,
lizou um diagnóstico de toda a situação via protocolo OAI-PMH, fosse possível
do projeto atual (estrutura de hardwares a importação daqueles registros neces-
e softwares; arquitetura de dados e de sários para a nova Biblioteca Digital. E
informação; problemas identificados e para gerenciar esta importação, O CeTI-
possíveis soluções; além de estabelecer -SC/STI desenvolveu um aplicativo para
um cronograma de atividades, com as a importação de novos registros, que
responsabilidades de cada órgão. também faz a conversão do Formato

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MARC21 para Dublin Core. Para isso, é um software open source atualmente
também foi revisado o conjunto de meta- mantido por uma ampla comunidade de
dados necessários para a importação na desenvolvedores liderada pela iniciati-
biblioteca digital. va sem fins lucrativos DuraSpace XXIII e,
por isso, é uma das ferramentas mais
Foi instalada a versão 5.5 do DS- utilizadas por instituições acadêmicas e
pace. Foi estratégico manter o DSpace de pesquisa para a criação de repositó-
como plataforma de desenvolvimento rios institucionais e bibliotecas digitais
da Biblioteca Digital da BBM, pois além de acesso aberto, segundo o Diretório
de facilitar a migração dos metadados Global de Repositórios Open Access
da antiga versão para a nova, o DSpace OpenDOAR XXIV:

Figura 7 – Visão geral de plataformas de software open source.


Fonte: http://v2.sherpa.ac.uk/view/repository_visualisations/1.html. Acesso em: 18 dez. 2018

A ideia foi manter a plataforma com o possibilidade de escolher a imagem para


menor número de customizações possíveis destacar a obra (antes, por default, era a
a fim de permitir sua atualização. Dentre al- primeira imagem, normalmente a capa da
gumas das customizações realizadas foi a encadernação, sem qualquer informação):

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Figura 8 – Exemplo de imagens em destaque.


Fonte: BBM

Outra modificação foi a forma de em Visualizar/View o usuário é levado a


visualizar as obras. Antes, abria-se um outra página/aba do navegador, com uma
Viewer na própria página. Agora ao clicar visão mais ampla da obra:

Figura 9 – Exemplo de Obra vista pelo visualizador.


Fonte: BBM

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Caso seja uma obra em volumes para que o usuário escolha aquele que
ou fascículos, um pop-up é apresentado, desejar ver:

Figura 10 – Exemplo de Obra em fascículos.


Fonte: BBM

Isto foi necessário devido a muitas 2017). Foram 2 anos de desenvolvimento,


obras volumadas estarem em uma ou em correções e migração de dados, entre ou-
um conjunto de encadernações. Nestes tros ajustes. AtualmenteXXVI 3415 itens es-
casos cada encadernação é tratada como tão disponíveis para consulta e download
um ítem da biblioteca, da mesma forma na nova plataforma da Biblioteca Digital
que o item físico. Além da Visualização é da BBM no endereço: https://digital.bbm.
possível também o download da versão usp.br. E semanalmente novas obras são
em PDF. Nesta é possível a busca no texto acrescentadas no acervo digital.
completo, devido ao tratamento dado por
OCR (optical character recognition - reco-
nhecimento ótico de caracteres. Para o Considerações Finais
controle e documentação das alterações,
foi utilizado o GitLabXXV da USP. As estratégias para garantir o
acesso ao patrimônio cultural, sobretudo
A nova plataforma foi ao ar em ju- aos acervos bibliográficos, necessaria-
lho de 2017 (KIYOMURA, 2017; LIMA, mente passam por processos de digita-

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lização e desenvolvimento de bibliote- zo, com qualidade, autenticidade e con-


cas digitais. Conforme Robert Darnton fiabilidade aos objetos digitais. A ideia foi
(2013, p. 10), bibliotecário acadêmico trazer a discussão sobre a preservação
e diretor da Biblioteca da Universidade digital (entre outros assuntos correlatos
de Harvard entre 2007 e 2016, diversos como: metadados e representação des-
tipos de materiais “[...] que estavam res- critiva e temática; curadoria digital; con-
tritos à pesquisa local em bibliotecas e ceitos de bibliotecas digitais; projetos e
museus poderão - em alguns casos, já expeciências em outras instituições, etc)
podem - ser consultados de qualquer lu- para a BBM e sua importância também
gar, bastando, para isso, acesso à inter- dentro da instituição, sobretudo para a
net”. Ou seja, Os acervos digitalizados, formalização de políticas de digitalização,
quando disponibilizados, tornam-se o de preservação digital e acesso. Tópicos
principal recurso de acesso a materiais estes em que a BBM já foi bem mais en-
que, de outra maneira, poderiam perma- gajada institucionalmente.
necer desconhecidos do grande público,
e podem contribuir para “[...] mudanças Como próximos passos, a equipe
importantes para o campo do saber” técnica está estudando um modo para
(DARNTON, 2013, p. 10). estabelecer procedimentos de atualiza-
ção do software DSpace para novas ver-
Apesar do atual contexto, uma de- sões, sem impactar em customizações,
dicada equipe técnica assumiu a tarefa procedimentos e integridade dos regis-
de reativar as atividades de digitalização tros bibliográficos. Também está nos pla-
e administração da Biblioteca Digital da nos, desenvolver uma interface de busca
BBM, que passou de projeto para pro- integrada que agregue além da Bibliote-
cesso na BBM, tornando-se insumo para ca Digital, a Base de dados do Arquivo
novos projetos, experiências e análises, da BBM (em desenvolvimento) e também
sobretudo, em Ciência da Informação bases de dados de instituições que vie-
(na Biblioteconomia em Representação rem a ser parceiras.
e Organização da Informação, Preserva-
ção Digital, Disseminação da Informação Porém, é importante ressaltar
etc.) e, como apontam Guerreiro e Bor- que, institucionalmente, a BBM ainda
binha (2014), nas Humanidades Digitais, tem um longo percurso. Em qualquer
para a construção de ferramentas de organização, é preciso a definição de
análises, linked data, e apresentações uma estrutura geral/organograma míni-
mais imediatas e intuitivas para facilitar mo. Embora muitas das atividades de-
a aquisição cognitiva. senvolvidas sejam interdependentes e
realizadas em conjunto, é necessária a
Uma grande preocupação da co- definição das atribuições de cada setor e
ordenação técnica da Biblioteca Digi- de cada função, justamente para atribuir
tal da BBM é em relação a preservação as responsabilidades de cada um dentro
digitalXXVII, que, em 2017, organizou o I da organização. Atentar para as normas
Seminário BBM de Bibliotecas Digitais: e regulamentações vigentes é também
Preservação Digital e AcessoXXVIII. O se- indispensável.
minário versou sobre as especificidades,
procedimentos e estratégias envolvidas Além disso, a realização e con-
nos processos de digitalização e disponi- solidação de parcerias, sobretudo a
bilização de conteúdos, além do conjunto manutenção de cooperações técnicas,
de atividades e processos que visam ga- grupos de trabalho, projetos interdisci-
rantir o acesso continuado, a longo pra- plinares de pesquisa, é essencial para

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o desenvolvimento da instituição, assim dade de Biblioteconomia e Comunicação da UFR-


como, de seus corpo efetivo e daqueles GS, Porto Alegre, v.19, n.1, p.9-20, jan./jun. 2013.
que fazem seu uso para o desenvolvi-
GUERREIRO, Dália; BORBINHA, José Luís. Hu-
mento da ciência. manidades Digitais: novos desafios e oportunida-
des. Cadernos BAD, n.1, p.63-78, jan./jun. 2014.
Assim, é fundamental que os to- Disponível em: https://www.bad.pt/publicacoes/
madores de decisão se sensibilizem e se index.php/cadernos/article/view/1060/pdf. Acesso
conscientizem sobre a importância des- em: 19 dez. 2018.
tes (e outros) pontos, sobretudo, para
INTERNATIONAL FEDERATION of LIBRARY AS-
a própria sustentabilidade institucional, SOCIATIONS and INSTITUTIONS - IFLA. Diretri-
resgatando os ideais originais de com- zes para planejamento de digitalização de livros
promisso e engajamento para com a raros e coleções especiais. Disponível em: https://
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Preservação Digital e Acesso. Disponível em: https://
XIII Duas bibliotecárias realocaram-se para outras www.youtube.com/playlist?list=PLWE9sM1OP8qyOJC_
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Digitais, optou pela BBM. Somente a pouco mais de
um ano foi possível, após intermitentes contratações
de técnicos conservadores terceirizados, ocupar o
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tecária de outra unidade que, sem experiência em

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