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Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua causa,

como se fora sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor


destes, tomando seu lugar e sentindo sua necessidade de tal maneira
que luta em oração até a vitória na vida daquele por quem intercede.
Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre intercessão.
A mais simples está na Bíblia: "Orai uns pelos outros" (tg. 5:16).
Ela está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto
da destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés intercedeu por Israel
apóstata e foi ouvido; Samuel orou constantemente pela nação;
Daniel orou pela libertação do seu povo do cativeiro; Davi suplicou
pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial intercessão
por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão.
Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão.
O intercessor é o que vai a Deus não por causa de si mesmo, mas por
causa dos outros.
Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem,
para pleitear a sua causa.

Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e


propósitos de Deus.É uma oração para que a vontade de Deus seja
feita na vida de outros; é descobrir o que está no coração de Deus e
orar para que isso se manifeste.
Deus levanta hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele está
para trazer à Terra o maior derramamento do Espírito já
testemunhado. Para tanto, Seu Espírito traz ao Corpo de Cristo um
peso de intercessão, pois a oração intercessória é a ferramenta usada
por Ele para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.

Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas


mais diversas situações. É captar a mente de Cristo, de modo a
ver as circunstâncias como Cristo as vê, e unir-se a Ele em súplica
para que Deus se mova de tal maneira que Sua vontade e propósito
Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.

Interceder é combater
O primeiro aspecto da intercessão, é de combate. Você vai perguntar:
Por que combate na intercessão? Saiba que não é Deus Quem retém
as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso
problema. Absolutamente não! Ele não é o meu problema, é a fonte
da minha benção. O ladrão é quem procura segurar a benção no
caminho. Suponhamos que eu tenha dado uma Bíblia para o Antônio
e o José a tenha segurado, impedindo que ela chegue ao seu
verdadeiro destino.
Onde está a Bíblia? Já a despachei para o Antônío. Se ela ainda não
está em suas mãos, onde irá procura-la? Contra quem irá lutar?
Contra mim, ou contra quem reteve a Bíblia? É claro que é contra o
José.

Deus já despachou do Céu tudo quanto é necessário para uma


vida de vitória.Tudo é meu em Cristo Jesus. Ele já pagou o preço
para que eu tenha a vitória, paz, saúde, prosperidade. Tudo o que é
de Deus é meu. Seus tesouros são meus, em Cristo Jesus. Por que,
então, vivo na miséria, preso, derrotado, oprimido, amarrado?
Alguém segurou a minha benção no caminho e agora nós vamos
brigar. É a vez de voltar-me para o inimigo e declarar: "Se Cristo
pagou o preço, seu atrevido, tira a mão de cima, porque eu vou
entrar agora na batalha, na autoridade de Cristo Jesus". Este é um
aspecto da intercessão, paga, ir contra. Se o ininimigo chegar perto,
ele vai ver que o justo é ousado como um leão. É a essa atitude que
chamamos de combate espiritual e eis aí por que chamamos o
intercessor de guerreiro de oração.
O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com
Satanás. Quanto mais você intercede, mais verá a cara do inimigo,
como é feia. Haverá guerra! Mas glória a Deus, porque quanto mais
você combate, mais se transforma em um guerreiro firme, que não
tem medo da batalha. Quando vem a guerra, você está de prontidão,
arregaça as mangas e vai à luta. Por quê? Porque você já sabe que
Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitória já foi ganha na
cruz do Calvário há dois mil anos atrás; e como Morris Cerullo gosta
de dizer, "tudo o que eu tenho que aprender é como vencer um
ininimigo que já está derrotado." Satanás nenhuma autoridade tem
sobre você meu irmão, nenhuma. Só aquela que você lhe der. Mas se
você nada lhe der, ele nada terá. Ele não tem armas legítimas para
lutar contra você; porém você as tem. Você tem armas poderosas em
Deus para enfrenta-lo e vencê-lo. Ele tem uma boca grande, fala
muito alto e faz a guerra com um pacote de mentiras, procurando
trazê-las aos seus ouvidos, a fim de enfraquecer o seu espírito de
combate. Todavia, se você conhece as suas maquinações, e não lhe
dá ouvidos, não se rebaixa para ouví-lo, porque o lugar dele é
debaixo dos seus pés, ele será para você um inimigo derrotado.
Não se impressione com o rugir inimigo. Faz muito barulho, ruge
como um leão, mas não é um leão. Jesus é quem é o Leão da tribo de
Judá, e ele procura imitá-LO, mas só faz barulho, só ruge. É como na
história do peregrino: quando ele chega para entrar no castelo, feliz
depois de vencidos tantos obstáculos, encontra um leão na porta de
entrada. Logo, porém, descobre que este está amarrado, não faz
nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não
tenha medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em
nome de Jesus.
O cristão como intercessor
"Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de, súplicas,
orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os
homens" (1 Tm. 2:1).
"...e orai [também] uns pelos outros, para serdes curados e
restaurados [a um vigor espiritual de mente e coração]. A fervorosa
(sincera, continua) oração do justo torna um tremendo poder
disponível (dinâmico em sua operação)" (Tg. 5:16 - Amp).

O intercessor é aquele que se coloca entre Deus e (os homens, a


favor destes, para pleitear sua causa, como se fosse própria. É aquele
que se coloca entre vivos e mortos para que cesse a praga (Nm,
16:48). É aquele que tem o seu espírito afinado ao Espírito de Deus e
consegue captar os pesos do Seu coração e se devota a orar por
outros, sob Sua liderança, até que o cetro de Deus se levante, isto é,
até que a causa seja ganha.
A intercessão visa alterar circunstâncias contrárias à vontade perfeita
de Deus, levando-as a se harmonizarem com a mesma. O crente é o
canal de Deus na terra, não só da proclamação da Sua Palavra, da
Sua vontade e obra da Redenção, mas também de intercessão. Como
isso funciona? Sintetizando o que estamos procurando transmitir,
diríamos:

1 - Deus tem um propósito para o homem em Seu coração. Esse


propósito tem sido revelado na Bíblia e em Cristo.
2 - Jesus intercede junto ao Pai de acordo com esse propósito. Como
representante do homem no Céu, Jesus fala por ele. 
3 - O Espírito Santo ouve o que Jesus fala e revela Seus desejos ao
espírito do crente. É ali que Ele habita e faz o elo de ligação entre
Deus e o cristão. Ele traz o que está no coração de Deus para o
coração do crente.
4 - O intercessor fala e ora em linha com a revelação recebida pelo
Espírito Santo. Quando ele abre a boca para orar movido pelo
Espírito, uma perfeita harmonia se estabelece entre o Céu e a terra.
5 - É desencadeada a manifestação do poder de Deus nas
circunstâncias a serem alteradas e que foram objeto de oração,
provocando uma mudança.
O Chamado à Intercessão
Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Sacerdote é o que se
coloca diante de Deus no lugar do homem, levando suas
necessidades à presença dAquele que somente pode intervir
miraculosamente na vida da raça humana, l Pedro 2:9 declara:

"Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa,


povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes
as virtudes daquele que vos chamou das trevas para Sua
maravilhosa luz."

Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a


Deus a favor dos homens. É verdade que todos têm acesso à Deus,
através de Cristo Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos
exorta a orar uns pelos outros e fazer súplicas e intercessões por
todos os homens. É um imperativo, um chamado, um dever, um
privilégio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a
necessidade de intercessores.
Você poderá dizer: Mas Deus já não proveu Jesus, como nosso
intercessor? Isso não basta? Não, isso não basta. A terra é ainda dos
filhos dos homens e é nela que as batalhas se travam. Em Cristo
temos uma aliança com Deus, mas ainda é através dos homens que
tudo se realiza na terra. O que acontece com Cristo, como o
Intercessor provido pelo Pai, é que Ele tem autoridade de nos
representar diante de Deus e, pelo Seu Espírito, tanto mudou nossa
natureza, nos regenerou, elevando-nos à posição de filhos de Deus,
como vive em nós. Isso nos garante uma presença sobrenatural para
nos guiar num viver de acordo com Seus propósitos. Por causa do
Espírito Santo em nós, que nos revela todas as coisas, podemos
agora falar e orar em perfeita linha com a vontade do Pai. Mas
coloque isso em seu coração: Você e eu somos a boca através da
qual o Espírito Santo vai orar na terra o que Jesus ora no Céu.
Através de nós, Ele intercederá com "gemidos inexprimiveis."
Convém a esta altura salientar que assim como Satanás só opera na
terra, porque encontra o consentimento dos homens, Deus também
opera na terra através do mesmo consentimento e instrumentalidade.
Temos que abrir a boca aqui e dizer o que Deus diz no Céu, e é
quando essa harmonia acontece, que as circunstâncias mudam, vidas
são arrancadas do inferno, avivamentos rompem, cadeias são
quebradas, Deus é temido, obedecido e glorificado.
A Intercessão é Prioridade
A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo
crente é chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de
intercessão, com uma unção especial para tanto, mas cada crente
tem uma vocação de Deus para interceder; É um imperativo. Quem
não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é enfático ao dizer:

"Antes de tudo, pois, morto que se use a prática de súplicas,


orações e intercessões, ações de graça, em favor de todos os
homens " (1 Tm. 2:1).

Fazer intercessões e súplicas por todos, deve ser uma prática em


nossa vida.
Insistimos no princípio: Deus nada faz na terra, a não ser por meio
da intercessão. Amado, nós temos que nos arrepender da nossa falta
de intercessão. Cada oração nossa realiza alguma coisa no reino do
espírito. Um dia que passamos sem interceder, é um dia em que
perdemos a oportunidade de criar alguma coisa no mundo espiritual,
com conseqüências no mundo natural, sendo que esta oportunidade
não mais voltará.
Muitas crises surgem em nossas vidas por falta de oração. Muitas
vezes o Espírito nos traz uma direção, uma luz ou impressão, mas
não queremos nos devotar à intercessão e, então, sofremos,
desastres acontecem na vida de outros, almas vão para o inferno e
angústias que poderiam ter sido evitadas pela oração, dilaceram
muitas almas. 
Somos chamados a interceder! Não responder a esse chamado do
Trono é estar em pecado. O profeta Samuel, diante do pedido do
povo para que clamasse a seu favor, para que não morressem por
causa dos seus próprios pecados, fez uma tremenda declaração que
deveria ser um desafio para nós também:

"E quanto a mim, longe de mim esteja o pecar contra o


Senhor, deixando de orar por vós; eu vos ensinarei o caminho
bom e direito" (1 Sm. 12:23).

Deus tem um propósito para o homem em Seu coração, e precisa dos


Seus filhos para que esse propósito se estabeleça.
E o que é intercessão senão trazer a vontade de Deus à vida dos
homem, da Igreja e das nações? Se entendermos isso, não
esperaremos sobrar um tempinho para orar, mas faremos da
intercessão uma das prioridades em nossa vida.
Oração é algo sério, especifico, objetivo, e segue regras e princípios
estabelecidos na Palavra de Deus. É a tentativa de orar em
desarmonia com eles que resulta em uma experiência frustrante de
não ver as orações e súplicas respondidas. Paulo declara em Efésios
6:18:

"Com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no


espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e
súplica por todos os santos."

A Bíblia de Jerusalém traduz: "Com orações e súplicas de toda a sorte


orai em todo o tempo..." A tradução de J. B. Phillips diz: "Orai
sempre com toda a sorte de orações..."; a Bíblia Amplificada traduz:
"Orai em todo tempo - em cada ocasião, em cada época - no espírito,
com toda (maneira de) oração e súplica."
Há diversos tipos ou espécies de oração e cada um deles segue
princípios claros. Há regras estabelecidas na Palavra de Deus para
esses diferentes tipos de oração. E é aqui onde há grande confusão.
Costumamos definir nosso relacionamento com Deus em uma
palavra: oração. Tudo o que Lhe dizemos ou pedimos chamamos
"oração". Sim, tudo é oração. É preciso, contudo, saber: Há diversos
tipos de oração.

Há orações que não buscam necessariamente alguma coisa de Deus.


Outras visam alterar uma circunstância em nossa vida ou na vida de
terceiros. A todas elas Deus deseja ouvir.

"Ó Tu que escutas as orações, a Ti virão todos os homens" (Sl.


65:2), pois "A oração dos retos é o Seu contentamento" (Pv,
15:8b).

Níveis de Oração
Poderíamos classificar as orações em três níveis diferentes: Deus, nós
e os outros. Dentro de cada um desses níveis há diversos tipos de
oração:

1 - Deus como centro das nossas orações


Há orações que são dirigidas a Deus, visando Deus mesmo, o que Ele
é, o que Ele faz e o que Ele nos tem feito.
Outra coisa não buscamos, senão apresentar-Lhe nossa gratidão,
louvor e adoração. Dentro deste nível temos três tipos de oração:
1° - Ações de Graça - A expressão do nosso reconhecimento e
gratidão a Deus pelo que Ele nos tem feito. Basicamente é a oração
que expressa gratidão a Deus pelas bençãos que Ele tem derramado
sobre nós.
2° - Louvor - A oração de louvor é um passo além das ações de
graça. São expressões de louvor a Deus pelo que Ele faz. Louvar é
reunir todos os feitos de Deus e expressá-los em palavras, numa
atitude de exaltação e glorificação ao Seu Nome, que é digno de ser
louvado.
3° - Adoração - O tipo de oração que exalta a Deus pelo que Ele é.
É a entrada no Santo dos Santos para responder ao amor do Pai. Ali
nada fala do homem, mas dEle. É o reconhecimento do que Ele é. É a
resposta do nosso amor ao amor Divino.

2 - Nós mesmos como o centro das orações


Aqui vamos a Deus para apresentar necessidades pessoais. Embora
falando com Deus, o foco da atenção é a satisfação de nossas
necessidades. Vamos a Deus em busca de uma resposta para a
alteração de alguma circunstância em nossa vida. Nesse nível temos
também três tipos de oração:
1° - Petição - É "um pedido formal a um poder maior". É a
apresentação a Deus de um pedido, visando satisfazer uma
necessidade pessoal, tendo como base uma promessa de Deus.
Nesse tipo de oração já temos o conhecimento de qual é a Sua
vontade, pelo que o pedido será feito em fé, com a certeza da
resposta, antes mesmo da sua manifestação, de acordo com Marcos
11:24.
2° - Consagração ou Dedicação - É uma atitude de submissão à
vontade de Deus. Essa oração é para as ocasiões em que a vontade
de Deus é desconhecida. Exige espera, consagração e inteira
disposição de conhecer e seguir a vontade do Pai.
3° - Entrega - É a transferência de um cuidado ou inquietação para
Deus. É lançar o cuidado sobre o Senhor, com um consequente
descanso. Essa oração é feita quando um cuidado, um problema ou
inquietação. nos bate à porta.

3 - Os outros como centro das nossas orações


Aqui vamos a Deus como sacerdotes, como intercessores, levando a
necessidade de outra pessoa. Nosso motivo primeiro é ver as
circunstâncias alteradas na vida de outrem. Esta é a oração de
intercessão. Interceder é colocar-se no lugar de outro e pleitear a sua
causa.

Formas de Oração
Todos os tipos de oração podem ser levados a Deus de três formas:
Através da oração privada, da oração de concordância ou da oração
coletiva.
l - Oração Privada (Mt. 6:6). Cada filho de Deus tem direito de
entrar em Sua presença, com confiança, e apresentar-Lhe a oração
da fé (Hb. 4:16). Nessa forma de oração só o Espírito de Deus é
testemunha. Ela pode ser feita apenas no coração, ou em palavras
audíveis. 
2 - Oração de Concordância (Mt. 18:18-20).. Aqui, dois ou três
se reunem em comum acordo sobre o que pedem a Deus. Há um
poder liberado através da concordância, de acordo com Dt. 32:30. 
3 - Oração Coletiva (At. 4:23-31). Esta é feita quando o Corpo se
une em oração. É uma oração de concordância com um número
maior. Quando um corpo de cristãos levanta sua voz a Deus,
unânime, não só na palavra ou expressão, mas no mesmo espírito,
como na Igreja de Jerusalém, há uma grande liberação do poder de
Deus.

Recursos de auxílio à oração


Toda vida e manifestação do poder de Deus é o resultado da união
entre o Espírito Santo e a Palavra de Deus. Esses dois grandes
recursos à nossa disposição para o exercício espiritual da oração,
levam-nos a uma experiência feliz em nosso relacionamento com
Deus. Seu poder começa a ser demonstrado em grande medida em
nossas vidas e na vida daqueles por quem intercedemos: Esses
recursos são: o uso da Palavra e a dependência do Espírito Santo na
oração.

l - Orando a Palavra - Orar a Palavra é tomar a promessa de Deus


e leva-la de volta a Ele, através da oração, no espírito de Isaías 62:6-
7. Quem ora a Palavra já começa com a resposta. A vontade de Deus
é a Sua Palavra e toda oração de acordo com Sua vontade, Ele ouve.
A Palavra elevada a Deus em oração, não voltará vazia (Is. 55: l0-
11).
2 - Orando no Espírito (1 Co. 14:14; Ef. 6:18; Jd. 20) - Em áreas
conhecidas pela mente, podemos aplicar a Palavra escrita, orando de
acordo com o nosso entendimento. Mas, quando chegamos ao limite
da mente, o Espírito Santo vem em nosso auxílio (Rm. 8:26-27).
Podemos orar no espírito, pelo Espírito de Deus, e isso, para além de
um recurso tremendo, pois oramos em linha com o coração do Pai, é
uma arma poderosa contra as forças das trevas.

Armas de Combate na Oração


A oração tem terríveis inimigos no reino das trevas, mas Deus nos
deu os recursos inesgotáveis da Sua graça para nos conduzir em
triunfo. Daniel 10:12-21 revela o conflito espiritual para impedir a
resposta às nossas orações. Efésios 6: l0-18 deixa claro que a oração
tem seu lado de batalha, mas 2 Coríntios 10:4-5 revela-nos que
temos armas, da parte de Deus, para vencer essa batalha. Jesus nos
deu autoridade de ligar e desligar (Mt. 18:18). Podemos lançar mão
dessa autoridade e declarar guerra às forçàs de Satanás,
enfrentando-as:
l - Na autoridade do nome de Jesus, a Quem tudo está sujeito (Lc.
19:29 e Mc. 16:17).
2 - Com a arma de combate, que é a Palavra de Deus (Ef. 6:17).
3 - Sob a cobertura do sangue de Cristo e no poder do Espírito Santo
(Ap. 12:11 e Lc. 4:14). O inimigo será vencido por um poder maior
(Mt. 12:29), pois "Maior é Aquele que está em nós... "(1 Jo. 4:4).
Enfrentamos o inimigo falando diretamente a ele, exercendo nossa fé
na obra do Calvário. "Resisti ao diabo e ele fugirá de vós" (Tg. 4:7).

Vitória Pessoal
Antes que você possa ser um intercessor bem sucedido, precisa
aprender a andar em vitória e a encontrar resposta para as suas
próprias orações. Eis porque recomendamos que primeiro sejam
estudados os diversos tipos de oração.
Todo conhecimento deve ser posto em prática, para que produza seu
efeito. Temos aconselhado os guerreiros a se exercitarem no uso dos
diversos tipos de oração, gastando uma hora com Deus, de forma
organizada, a fim de ajudar a formação de um hábito e disciplina de
orar de acordo com os princípios estabelecidos pela Palavra de Deus.

Obstáculos à Oração Respondida


As promessas de Deus são condicionais. Para que alcancemos
respostas positivas às nossas orações, há todo um caminho de
obediência. Deixaremos aqui alguns tópicos para seu estudo pessoal,
sobre os inimigos da oração. Estude-os e certamente lhe trarão muita
luz.

"Para que não se interrompam as vossas orações." (l Pe. 3:7b).

1. Relacionamentos errados na família (I Pe 3:1,7). O não


cumprimento dos deveres dos cônjuges um para com o outro, impede
o fluir das orações. A vida conjugal deve ser posta diante de Deus.
Quando as orações não estão sendo respondidas, pode haver falha no
relacionamento.

2. Espírito não perdoador (Mc 11:25). Nossas citações são


ouvidas na base de que nossos pecados estão perdoados; mas Deus
não pode tratar conosco sobre tal base de perdão, enquanto nós
guardamos o mal, o espírito de animosidade ou de vingança contra
aqueles que nos ofenderam. Qualquer que guarda espírito de rancor
ou mágoa contra alguém, fecha os ouvidos de Deus para sua própria
petição.

3. Contenda (Tg. 3:16). A contenda é simplesmente agir movido


pela falta de perdão. Paulo declara que por causa de contendas
Satanás pode tornar cristãos prisioneiros de sua vontade.
A ausência de contenda é a chave para afastar a confusão e o mal.
Dê a Deus a oportunidade de criar um sistema de harmonia em volta
de você e sua vida de oração começará a funcionar.

4. Motivação errada (Tg. 4:3). Um sério obstáculo à oração é pedir


a Deus coisas que realmenle não necessitamos, com o propósito de
satisfazer desejos egoístas. "Quer comais, quer bebais, fazei tudo
para a glória de Deus" (I Co, 10:31).
Podemos orar por coisas em linha com a vontade de Deus, mas se o
motivo for errado, não haverá resposta. O propósito primeiro da
oração deve ser a glória de Deus.

5. Toda a forma de desobediência a Deus (Is, 59:1,2). Uma


atitude de rebeldia ou desobediência à Palavra de Deus fecha os Céus
para nós. Qualquer pecado inconfessado torna-se inimigo da oração.
Uma vida de obediência, porém, abre o caminho à resposta de Deus
"e aquilo que pedimos, d'Ele recebemos, porque guardamos os Seus
mandamentos, e fazemos diante d'Ele o que Lhe é agradável" (1 Jo.
3:22).

6. Ídolos no coração (Ez, 14:3). Ídolo é toda e qualquer pessoa ou


coisa que toma o lugar de Deus na vida de alguém. É aquilo que se
torna o objeto supremo da afeição. Aquilo que mais ocupa o nosso
pensamento. Deus deve ser supremo em nossa vida.

7. Falta de generosidade para com os pobres e o trabalho de


Deus (Pv. 21:13).A recusa de ajudar o que se encontra em
necessidade, quando podermos fazê-lo, impede a resposta às nossas
orações.

8. Dúvida e incredulidade (Tg, 1:5-7). A dúvida é ladra da bênção


de Deus. A dúvida vem da ignorância da Palavra de Deus. A
incredulidade é quando alguém sabe que há um Deus que responde
às orações, e ainda assim não crê em Sua Palavra. E não crer nas
promessas é duvidar do caráter de Deus.

9. Uma disposição de ler sobre oração e sobre a Bíblia, em vez


de estudar a Palavra e entrar na arena da oração. A oração é a
maior e mais santa das vocações. Saber sobre oração não garante a
resposta, mas o pôr a Palavra em operação para receber de Deus
aquilo que Ele prometeu.

10. Falta de entendimento da nossa posição em Cristo. Talvez


esse seja o maior inimigo. Ignorância quanto aos privilégios e direitos
de redenção, isto é, daquilo que Cristo é em nós e do que somos
n'Ele. Um desconhecimento da extensão do que Ele fez por nós e
direitos, outorgados em Graça, diante do Trono.

11. Uma confissão errada (Rm, 10:9). O Cristianismo é uma


grande confissão. Confissão é o reconhecimento verbal do que Deus
fez por nós em Cristo (Hb. 3:1; 4;14). Toda confissão dos nossos
làbios deve refletir a Palavra de Deus. As confissões em desarmonia
com ela estão na origem de muitas orações não respondidas.
12. Depender da fé do outro. A cada crente Deus deu uma medida
de fé. Ela veio quando nos tornarmos uma nova criação em Cristo e
recebemos a natureza de Deus. Assim como desenvolvemos nossas
capacidades físicas e mentais pelo exercício, desenvolvemos nossa fé
pelo alimento da Palavra de Deus (Jo. 15 : 7).

NOVE PASSOS PARA UMA INTERCESSÃO EFICAZ

1. Que o coração esteja limpo diante de Deus, depois de ter dado


tempo ao Espírito Santo de convencê-lo do pecado ainda não
confessado. Sl 65,18: “Se intentasse no coração o mal, não me teria
ouvido o Senhor.” 

2. Reconheça que você não pode orar sem a orientação e o poder do


Espírito Santo. Rm 8,26: “Outrossim, o Espírito vem em auxílio a
nossa fraqueza, porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar
como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos
inefáveis.” 

3. Renuncie as próprias idéias, desejos e preocupações por aquilo que


se deve orar. Prov. 3,5: “Que teu coração deposite toda confiança no
Senhor! Não te firmes em sua própria sabedoria”. Is 55,8: “Pois meus
pensamentos não são os vossos, e o vosso modo de agir não são os
meus, diz o Senhor”. 

4. Peça a orientação do Espírito Santo, “buscai a plenitude do


Espírito” (Ef 5,18 ) e agradeça-o pois “sem fé é impossível agradá-lo”
(Heb 11,6). 

5. Louve o Senhor agora, na fé, pelo ministério maravilhoso que Ele


lhe concede. 

6. Seja agressivo com o inimigo. Vá contra Ele com o poderoso nome


de Jesus e com a “espada do Espírito”, que é a Palavra de Deus. Tg
4,7: “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio e ele fugirá para
longe de vós.” 

7. Espere, em silêncio expectante na obediência e na fé, que o


Senhor lhe fale. Jo 10,27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz,
eu as conheço e elas me seguem”. 

8. Use a Sagrada Escritura para orientação e confirmação. Sl


118,105: “Vossa Palavra é um facho que ilumina meus passos. É uma
luz em meu caminho”. 

9. Quando terminarem as intercessões, louve e agradeça ao Senhor


pelo que Ele fez lembrando-se de que “tudo é dele, por Ele e para
Ele. A Ele a glória pelos séculos.” (Rm 11,36).

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