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Apresentação da disciplina

Disciplina: Engenharia de
métodos
Professor: Marcel de Gois
Disciplina: Engenharia
Pinto e métodos
Professor: Hang Chuen Yee

Noções Básicas
2ª aula 160225R00
Profº Hang Chuen Yee
Conteúdo

 Conteúdo programático da disciplina


 Apresentação do curso
 Sistema de avaliação da aprendizagem
 Histórico da engenharia de métodos
 Definição da engenharia de métodos
 Finalidade da engenharia de métodos
Ementa

 Evolução da Engenharia de métodos


 Metodologia de resolução de problemas
 Projeto de métodos de trabalho
 Técnicas para registro e análise do trabalho
 Análise das operações e estudo dos micro-movimentos
 Princípios de economia dos movimentos
 Projeto de postos de trabalho
 Cronometragem
Objetivo da disciplina

 Pretende-se que, ao final da disciplina, os alunos sejam


capazes de identificar, analisar, registrar, racionalizar e
padronizar processos produtivos para a produção de bens
e serviços, bem como realizar a determinação de tempos
das atividades padronizadas.
Meios de ensino e aprendizagem

 Aulas Expositivas e Práticas;


 Visitas técnicas;
 Discussão de Textos;
 Elaboração de Projeto de Engenharia de Métodos
Conteúdo programático

 Definição, finalidade e histórico da engenharia de métodos


 Diferenciação entre processo e operação
 Análise de processos
 Técnicas para o registro de processos (fluxograma,
mapofluxograma)
 Análise de operações
Conteúdo programático

 Técnicas para o registro de operações


 Posto de trabalho (enforque ergonômico vs. economia de
movimentos)
 Metodologia de resolução de problemas
 Estudo de tempos (Cronometragem)
 Estudo de tempos (Avaliação de ritmo)
Sistema de Avaliação

Instrumento Peso
Nota 1 – Prova Parcial 4
Nota 2 – Exercícios 2
Nota 3 – Projeto de Métodos 4
Histórico da Engenharia de Métodos

 A Engenharia de Métodos, também conhecida como


estudo de tempos e movimentos surgiu, basicamente, do
trabalho de 3 pessoas:
- Frederick H. Taylor – estudo de tempos
- Frank e Lillian Gilbreth – estudo de movimentos
Histórico da Engenharia de Métodos

TAYLOR
 Iniciou os estudos relativos ao trabalho
em 1881 (Midvale Steel Company)
 Formação em engenharia mecânica
 Considerado o pai da administração
científica e da engenharia de produção
 É uma das figuras mais controversas
da história da industrialização
Histórico da Engenharia de Métodos

TAYLOR
 Contribuições: aço rápido, estudo da
usinagem de metais, estudo de
tempos, utilização de um método
científico para a organização do
trabalho, descanso no trabalho
 Estudo clássico: investigações sobre
o uso da pá
Histórico da Engenharia de Métodos

CASAL GILBRETH
 Início dos estudos: 1885
 Ela era psicóloga e ele engenheiro
 Usaram a formação complementar
para compreender o fator humano,
bem como materiais, ferramentas
e equipamentos
 Estudo clássico: assentamento de
tijolos
Histórico da Engenharia de Métodos

CASAL GILBRETH
 Contribuições: estudo de
movimentos e micromovimentos,
ciclográfico, cronociclográfico,
gráfico de fluxo do processo,
estudos sobre monotonia, fadiga e
transferência de habilidade entre
os profissionais
Histórico da Engenharia de Métodos

 Durante muito tempo houveram discussões relativas ao


que era mais importante: estudo de tempos ou de
movimentos
 Atualmente, percebe-se que não há distinção, porém
complementaridade. O que se recomenda é a realização
do estudo de movimentos antes do estudo de tempos
 Movimentos racionalizados levam a um melhor resultado
em tempo
Histórico da Engenharia de Métodos

 É importante, ainda, entender que a aplicação do estudo


de tempos e de movimentos de maneira rígida, pode ser
contraproducente
 Devem ser, portanto, utilizadas as melhores idéias de
Taylor e dos Gilbreth
 A consolidação e disseminação destes trabalhos foi
realizada pela ASME (American Society of Mechanical
Engineers)
Definição de Engenharia de Métodos

 Apesar do desenvolvimento ocorrido à mesma época, os


estudos de movimentos e de tempos passaram a ser
utilizados conjuntamente a partir de 1930
 Tal conjunto passou a ser denominado Engenharia de
métodos
 Sua definição comporta 4 fases distintas
Definição de Engenharia de Métodos

 É o estudo sistemático dos sistemas de trabalho com os


seguintes objetivos:
- 1. Desenvolver o sistema e o método preferido (custo)
- 2. Padronizar esse sistema e método
- 3. Determinar o tempo gasto por uma pessoa treinada,
qualificada, para executar esse padrão
- 4. Orientar o treinamento do trabalhador no método
Definição de Engenharia de Métodos

 É o estudo sistemático dos sistemas de trabalho com os


seguintes objetivos: Estudo de
movimentos
- 1. Desenvolver o sistema e o método preferido (custo)
- 2. Padronizar esse sistema e método
- 3. Determinar o tempo gasto por uma pessoa treinada e
qualificada, para executar esse padrão Estudo de
tempos
- 4. Orientar o treinamento do trabalhador no método
Estudo de Movimentos (método)

 O objetivo: projeto de um sistema de produção ou de uma


seqüência de operações e procedimentos
 Devem ser considerados, assim, o sistema e seus
elementos
 Deve ser utilizado um método sistemático (científico ou de
engenharia): metodologia de resolução de problemas
 O método desenvolvido deve ser o mais próximo do ideal,
não sendo buscada somente a melhoria do método atual
Estudo de Tempos (medida)

 O objetivo: determinar o número-padrão de minutos que


uma pessoa qualificada, treinada e experiente para
executar uma tarefa específica trabalhando normalmente
 Métodos mais comuns: cronometragem, tempos
elementares, tempos sintéticos e amostragem do trabalho
 Utilização: planejamento e programação, controle dos
custos de mão-de-obra, entre outras.
Principais utilizações da eng. métodos

 A engenharia de métodos foi criada para a melhoria do


trabalho manual
 Exemplos de setores industriais:

AUTOMOBILÍSTICA
Principais utilizações da eng. métodos

 A engenharia de métodos foi criada para a melhoria do


trabalho manual
 Exemplos de setores industriais:

CALÇADISTA TÊXTIL
Principais utilizações da eng. métodos

 A engenharia de métodos foi criada para a melhoria do


trabalho manual
 Exemplos de setores industriais:

CONSTRUÇÃO CIVIL
Principais utilizações da eng. métodos

 A engenharia de métodos foi criada para a melhoria do


trabalho manual
 Exemplos de setores industriais:

AERONÁUTICA
Principais utilizações da eng. métodos

 Setores caracterizados por alta tecnologia, utilizam


trabalho manual em sua fabricação
 No setor de serviços, existem diversos outros exemplos:

MANUTENÇÃO
Principais utilizações da eng. métodos

 Setores caracterizados por alta tecnologia, utilizam


trabalho manual em sua fabricação
 No setor de serviços, existem diversos outros exemplos:

ALIMENTOS SALÃO DE BELEZA


Principais utilizações da eng. métodos

 Possibilidades de aplicação são diversas


 Mesmo havendo mecanização ou automatização, a
engenharia de métodos é útil para o projeto racionalizado
 Exemplo: Torno revólver
Universal
Apenas 1
ferramenta
Principais utilizações da eng. métodos

 Possibilidades de aplicação são diversas


 Mesmo havendo mecanização ou automatização, a
engenharia de métodos é útil para o projeto racionalizado
 Exemplo: Torno revólver
Sintetizando...

 A engenharia de métodos é o surgimento da engenharia


de produção (tempos e movimentos)
 O trabalho de Taylor e dos Gilbreth ainda são referência
da área
 Seu campo de aplicação é vasto, ainda hoje
 Tempos e movimentos é o fundamento para demais áreas
da engenharia de produção (PCP, layout, balanceamento,
qualidade, automação e mecanização, entre outras)
PADRÕES DE PRODUÇÃO E MEDIÇÃO DO TRABALHO

 Os padrões de produção fornecem dados fundamentais para muitos


problemas de tomada de decisões no campo da produção

 têm importância critica, porque o custo da mão-de-obra é um fator


predominante, influindo em muitas das decisões que devem ser
tomadas

 Os padrões de produção também oferecem dados básicos


usados diariamente nas operações de uma fábrica. Por exemplo, a
programação ou a atribuição de tarefas à maquinas requer o
conhecimento das necessidades de tempo previstas para as
diversas encomendas. Para a fabricação sob encomenda, devemos
estar em condições de fornecer aos fregueses potenciais, uma
proposta contendo o preço e o prazo de entrega
A Essência do Problema da Medição do Trabalho

 Quais os padrões de produção aplicáveis à população


industrial?

 Qual o tempo necessário para o trabalhador realizar


uma determinada tarefa?

 Qual a data de entrega do produto ao cliente? E qual o


preço da venda?

 Na gestão da mão-de-obra, como avaliar o


desempenho de um trabalhador, de um departamento
ou da empresa como um todo?
 Finalidades do estudo de tempos

 Estabelecer padrões para os programas de produção


1 para permitir o planejamento da fábrica, utilizando com
eficácia os recursos disponíveis e, também, para avaliar o
desempenho da produção em relação ao padrão existente;

 Fornecer os dados para a determinação dos custos


padrões, para levantamento de custos de fabricação,
2 determinação de orçamentos e estimativa de custo de um
produto novo;

 Fornecer dados para o estudo de balanceamento de


estruturas de produção, comparar roteiros de fabricação e
3 analisar o planejamento da capacidade.
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 27.09.16

 4ª aula
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Tempo de Manufatura ou Lead-Time


 MMede o tempo total de transformação das matérias-primas e componentes em
produtos acabados. em produtos acabados.

 Parâmetros de medida do Tempo de Manufatura (TM):


 Tempo de preparação de lote (set-up) (Ts): tempo de preparar os materiais,
equipamentos, ferramentas e dispositivos de trabalho necessários para o funcionamento do
centro de produção ou posto de trabalho.
 Tempo de processamento básico (Tpr): inclui as paradas técnicas de inspeções,
limpezas, ajustes e quebras de máquina.
 Tempo de carga e descarga (Tc): é o tempo de posicionamento dos materiais para a
execução de cada operação no posto. Também chamado de tempo de carregamento de
máquina.
Tempo de transporte (Tt): compreende o tempo de movimentação dos materiais (lote)
entre o final de processamento de um centro de produção até sua estocagem no centro
seguinte.
 Tempo de estocagem (Te): no centro de produção, em função da formação de lote para
o transporte e/ou aguardando o processamento.
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Takt Time
 O takt-time é definido como tempo de produção disponível dividido pelo índice
da demanda do cliente. Ele determina o ritmo da produção de acordo com a
demanda do cliente (WOMACK, 1998).
 De forma simplificada: takt-time é o ritmo de produção necessário para
atender a demanda e resulta da razão entre o tempo disponível para a produção
e o numero de unidades a serem produzidas.
 O takt-time é um tempo alocado pela gerencia para a produção de um componente,
produto ou do trabalho de um centro de produção. A idéia de alocação de um tempo
para produção implica que o takt-time não é calculado a partir da capacidade de
produção, mas determinado em função da necessidade de atender uma demanda
externa ao sistema de produção.

takt-time é o ritmo de produção necessário para atender a um


determinado nível considerado de demanda, dada as restrições de
capacidade da linha ou célula.
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Tempo de Ciclo
 O Tempo de Ciclo, para WOMACK (1998) é aquele necessário para se
completar o ciclo de uma operação. A duração deste ciclo é dada pelo período
transcorrido entre a repetição de um mesmo evento que caracteriza o início ou fim
desse ciclo, desprezando-se paradas entre ciclos provocadas por interrupções
organizacionais.

 Em um sistema de produção, o tempo de ciclo é determinado pelas condições


operativas da célula ou linha e definido em função de dois elementos:

• Tempos unitários de processamento em cada posto ou centro de produção


• Número de trabalhadores na célula ou linha
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Tempo de preparação ( Set-up)

 O tempo de preparação (set-up) é definido como o tempo decorrido na troca do processo do


final da produção de um lote até a produção da primeira peça boa do próximo lote (SLACK,
1997). As operações na manufatura segundo SHINGO (1996) podem ser classificadas da
seguinte maneira:

• Operações de Set-up – preparação antes e depois das operações, como, por exemplo,
troca de ferramentas, troca de dispositivos. A adoção da troca rápida de ferramentas (TRF) é
uma das maneiras mais eficazes de melhorar o set-up.

 Existem dois tipos de operação de set-up:

• Set-up interno: operações de set-up que podem ser executadas somente quando a
máquina estiver parada, como por exemplo, a fixação e remoção de uma matriz.

• Set-up externo: operações de set-up que podem ser executadas enquanto a máquina
ainda está em operação, como por exemplo: transporte de matrizes, preparação das
ferramentas de troca, etc.
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 TEMPO-PADRÃO
 É o tempo utilizado para a determinação da capacidade de trabalho em centros
de produção onde há atividades de operadores, seja em atividades
exclusivamente manuais, seja na interação homem-máquina.
 "... o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada,
trabalhando em ritmo normal, para executar uma tarefa ou operação
específica..." RALPH BARNES.
 "... o tempo necessário para completar um ciclo de uma operação quando
realizada com um dado método, em uma certa velocidade arbitrária de
trabalho, com previsão de demoras e atrasos independentes do operador ..."
EDWARD KRICK.
 " ... um tempo padrão é uma função da quantidade de tempo necessário para
desenvolver uma unidade de trabalho:
a) usando um método e equipamentos dados;
b) sob certas condições de trabalho;
c) por um trabalhador que possua uma quantidade específica de habilidade no
trabalho e uma aptidão específica para o trabalho; e
d) trabalhando em uma etapa na qual utilizará, dentro de um período dado de
tempo, seu esforço físico máximo e desenvolvendo tal trabalho sem efeitos
prejudiciais ... " MARVIN E. MUNDEL.
ESTUDO DE TEMPOS NA PRODUÇÃO.

 Aplicação do tempo-padrão:

 PCP - medida do trabalho de pequenas séries de produção, medida do trabalho para serviços
de manutenção, programação e controle de entregas aos clientes.

 PRODUTIVIDADE - estudo da distribuição da produtividade do trabalho através do


estabelecimento de tempos-padrão para as operações, por componente, por produto e por grupo
de produção, a fim de estabelecer incentivos salariais.

 CUSTOS - estabelecimento do custo dos produtos pelos custos de produção associados às


instalações, equipamentos e mão-de-obra.

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