O Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade se manifesta em repúdio ao Decreto Presidencial de número 10.003, de 05 de Setembro de 2019, no qual o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) teve suas funções alteradas, de forma a impedir suas ações de forma técnica e democrática.
Título original
Nota de repúdio ao Decreto Presidencial de número 10.003, de 05 de Setembro de 2019
O Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade se manifesta em repúdio ao Decreto Presidencial de número 10.003, de 05 de Setembro de 2019, no qual o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) teve suas funções alteradas, de forma a impedir suas ações de forma técnica e democrática.
O Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade se manifesta em repúdio ao Decreto Presidencial de número 10.003, de 05 de Setembro de 2019, no qual o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) teve suas funções alteradas, de forma a impedir suas ações de forma técnica e democrática.
O Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade se manifesta em repúdio
ao Decreto Presidencial de número 10.003, de 05 de Setembro de 2019, no qual o
Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) teve suas funções alteradas, de forma a impedir suas ações de forma técnica e democrática.
O Conanda é um órgão colegiado democrático, criado pelo Estatuto da Criança e
Adolescente há 29 anos e tem um papel fundamental na elaboração, formulação, deliberação e controle das políticas públicas para crianças e adolescentes brasileiras.
Entre as alterações propostas pelo atual governo, estão: a destituição de todos os
conselheiros eleitos; a mudança do processo eleitoral que desde seu início ficava a cargo do Fórum Nacional de Entidades – para indicação do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos; e a mudança na indicação do presidente do órgão, que será, a partir de agora, feita pelo governo e não mais por vias eleitorais. Além disso, as reuniões mensais que eram realizadas presencialmente serão feitas trimestralmente por videoconferência, o que prejudica e inviabiliza as articulações feitas face-a-face e discussões ricas de uma pauta extremamente importante para os direitos das crianças e adolescentes brasileiras.
Essas alterações geram um sério prejuízo à garantia de direitos de crianças e
adolescentes brasileiras, pois tiram da sociedade civil, articulada por meio de órgãos de controle social historicamente engajados nesta temática, sua participação efetiva na problematização das diversas questões no tocante à infância e adolescência brasileiras e na respectiva articulação e elaboração de políticas públicas que abarquem esses desafios e essa pluralidade.
Ressaltamos, dentre as várias decisões pertinentes do Conanda, a publicação da
Resolução nº 177 de 2015, que dispõe sobre o direito da criança e do adolescente de não serem submetidos à excessiva medicalização, a qual teve o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade como parceiro ativo na fundamentação de subsídios teóricos e técnicos.
Lembramos que o Estado Brasileiro, em franco diálogo com os demais países,
signatário de compromissos internacionais, acumulou ao longo de décadas, compromissos para proteger e salvaguardar e ampliar os Direito das Crianças e Adolescentes. Assim, é gravíssimo o governo brasileiro limitar, inviabilizar e enfraquecer o principal órgão do Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes.
Brasil, 06 de Setembro de 2019.
Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade.