Você está na página 1de 11

Introducao

Muitas são as aplicações dos minérios ou minerais em nosso cotidiano, e eles aparecem em
praticamente todos os momentos de nosso dia a dia, nos lembrando de sua importância dentro da
história humana. Todos sabem que esses minérios são minerados da subsuperfície através de
minas a céu aberto ou subterrâneas, mas para que ele chegue até o usuário final ou consumidor,
ele precisa passar por várias etapas de processamento. Pois é sobre isso que vamos falar nesse
artigo, mais precisamente sobre as etapas da cominuicão de minérios, que é dividida em britagem
e moagem. Portanto o presente trabalho ira descrever todos os metodos de fragmentacao e
generalidades.

1
Objectivos do trabalho

Objectivo geral

 Comprensao dos processos e mecanismos da fracturacao (cominuicao)

Objectivos especificos

 Entender o conceito de cominuicao, moagem e britagem


 Obter nocoes basicas sobre o funcionamento de britadores e moinhos
 Compreensao do porque do escalonamento na fragmentacao
 Conhecer os mecanismos da fragmentacao

2
Fragmentacao ou cominuicao mineral

Os grãos minerais devem estar inteiramente individualizados para responderem com eficiência
aos processos de beneficiamento propostos.

A liberação de um minério pode ser definida como a porcentagem de um determinado mineral


valioso que se apresenta numa faixa granulométrica sob a forma de partículas livres,
representadas por grãos monominerálicos.

Há casos em que a liberação já existe naturalmente, por exemplo, nos materiais aluvionares de
minerais leves e pesados. A grande maioria dos minérios, no entanto, ocorrem sob a forma de
associações de minerais consolidadas, sendo indispensáveis etapas de britagem e moagem do
material, para liberação total do mineral valioso.

A fragmentação é o conjunto de operações que realizam o fracturamento do material, que


variam desde tamanhos maiores que são arrancados, até aqueles menores exigidos pela liberação.
Esse fraturamendo se dá, pelo rompimento de suas forças de coesão ao longo de superficies que
se formam, ou seja, quando se concentra uma determinada energia em proporção a energia de
coesão rompida.

Para a realizacao dos processos de tratamento mineral e necessario que haja indvidualizacao das
particulas a separar, mas sabe se que as especies minerais dificilmente ocorrem isoladas mas
maioritariamente associadas, o que faz com que haja a necessidade de individualizar as especies
para a posterior separacao nas fraccoes conhecidas util e rejeicto

Para tal, surge a necessidade de uso de mecanismos da fragmentacao para facilitar a separacao
das especies.

3
Objectivos da fragmentacao

Em resumo a fragmentação tem como objetivo, no caso de um material heterogêneo, liberar os


minerais valiosos da ganga, e no caso de um mineral homogêneo, reduzir sua dimensão até a
requerida na sua utilização;

 Aumentar as superficies

- Reaccoes quimicas, extracao, secagem

 Diminuir o tamanho para separar dois ou mais constituentes

- Mineracao

 Auxiliar os processos posteriores

- Separacao

Importancia da fragmentacao

A redução (fragmentação) é uma prática de fudamental importância no processamento mineral,


pois possibilita que um mineral útil, presente em um minério, seja fisicamente liberado do(s)
mineral(is) indesejado(s), no entanto, muitas vezes essa fragmentação visa apenas a adequação às
especificações granulometricas estabelecidas pelo mercado, como exemplo temos, o granito que
é fragmentado para produção de brita.

Mecanismo da fragmentacao

A fragmentação pode ser exercida através de três diferentes mecanismos envolvendo a

energia mecânica. A compressão, o impacto e o cisalhamento são mecanismos determinantes


para a tomada de decisão e determinam a aplicação dos equipamentos de britagem e moagem.

4
Fragmentacao por compressao

A compressão fornece duas superfícies que trabalham em coordenação, com movimentos de


mesmo sentido e se caracteriza em comprimir partículas. A energia mecânica, torque do
equipamento é aplicado de forma mais lenta, podendo ser gradativamente aumentada ou
diminuída. O resultado do trabalho pode demonstrar fragmentos pequenos, o tamanho das
partículas resultantes é próximo ao da partícula original.

Por Compressao: aplicada atravez do movimento periodico de aoroximacao e afastamento de


uma superficie movel contra outra.

gera particula grossas

Ex; quebra-noses

Fragmentacao por impacto

O impacto fornece uma massa que gera uma força, energia cinética, quando trabalhada

esta força aplicada é muito superior à resistência do bloco e da partícula. O resultado deste
choque de massa apresenta um grande número de partículas em uma ampla faixa granulométrica.
Este método apresenta maior eficiência energética, sua aplicação é mais restrita aos materiais
menos abrasivos (substâncias muito duras).

Po impacto: gera particulas grossas medias e finas

Ex; tipo marreta

5
Fragmentacao por cisalhamento

O cisalhamento (abrasão) é trabalhado com massas abrasivas, fornece duas superfícies que
trabalham com movimentos de sentido contrário. As partículas são colocadas entre as superfícies.
A força aplicada deve ser suficiente para provocar a fratura em toda a partícula. O resultado deste
trabalho gera pequena diminuição da partícula original e a geração de partículas finas. A figura 4
ilustra a fragmentação por cisalhamento

Por Atrito (abrasao): gera particulas finas

Ex; tipo lixa

Por Cortes gera particulas com forma e tamanho uniformes.

Ex; tipo tesoura

Escalonamento dos trabalhos da fragmentacao

A fragmentacao ocorre geralmente acompanhada da separacao granolometrica, de acordo com


cada fase de fragmentacao. Este escalonamento e importante para a obtencao de um produto de
alta qualidade, e um concetrado aproximadamente ao designado puro.

Fragmentacao primaria

Envolve todos os processos de desintegracao mecanica dos bens ninerais, na fase em que este
produto e retirado da lavra.

Nesta fase caracteriza se por uma alimentacao variavel em que os materiais a serem
fragmentados apresentam destintas granolometrias, e estes sao reduzidos a uma dimensao ainda
nao suficientemente para a destincao das especies, pois o material ainda encontra se em
fragmentos relativamente maiores do desejado e assim este material passa pra outra fase de
fragmentacao.

6
Fragmentacao secundaria ou intermedia

Nesta fase o material proveniente da fragmentacao primaria, que constitue a alimentacao e


separado granolometricamente na primeira etapa para pela retrituracao onde volta a ser reduzido
em dimensoe relativamente inferiores aos da alimentaca apresentando assim granulos soltos ou
separados mas porem nao de forma satisfatoria para a separacao enriquecedora das especies
minerais.E este material sai retriturado e na granolometria padrao e pronto para passar pela
ultima fase de trituracao.

 Os equipamentos modernos da fragmentacao apresentam muita das vezes um circuito fecha


do qual faz com o material aina nao na granolometria adequada seja retriturado ate atingir
os padroes granolometricos requeridos pelo equipamento.

Fragmentacao tercearia

Com o uso de moinhos e com granolometria fina, esta que e a ultima fase de fragmentacao que
visa individualizar as especies minerais para a posterior separacao com base em outros metodos
se que necessario, a alimentacao e formada por particulas intermedias que sao remoidas ate
atingirem o nivel maximo requerido para a se paracao das especies e o produto desta fase e
caracterizado por apresentar particulas finas e individualizadas.

Britagem

Os britadores são considerados uma etapa mais que essencial para o tratamento de

minérios. Trabalham em uma faixa granulométrica superior de metros ao centímetro. Sua


aplicação é dividida em britagem primária e britagem secundária.

7
 A britagem primaria

Consiste na aplicação de primeiro estágio, recebendo o material proveniente da mina, run of


mine (ROM). Em alguns momentos especiais o britador primário pode ser remanejado da usina
para a mina, caracterizando-se como um britador móvel. Os equipamentos de britagem primária
podem ser divididos em britadores de mandíbulas, britadores giratórios e britadores de impacto.

 A britagem secundária pode trabalhar com, britadores de impacto e/ou britadores


cônicos. Os britadores de impacto têm a mesma função, trabalham de forma semelhante
aos primários e também apresentam alto grau de redução, 40/1.

Já os britadores cônicos apresentam semelhança aos britadores giratórios. Normalmente são mais
utilizados na britagem secundária devido à granulometria de alimentação ser mais fina, entre
200mm a 500mm, possui capacidade de produção alta, maior que 1.000t/h. Possui a superfície de
fragmentação com ângulo menor de inclinação. Trabalham gerando um grau de liberação em
torno de 3/1 a 7/1.

Moagem

A moagem trabalha com grau de liberação na faixa do centímetro ao micrômetro. Os moinhos


são construídos em forma de cilindros rotativos. O trabalho de fragmentação dos materiais é
realizado a partir de adição dos corpos moedores ou mesmo do material a ser moído.

Os moinhos de bolas tem como carga moedora mais frequente as bolas de aço ou ferro fundido.
Os moinhos podem também trabalhar com corpos de geometrias cônicas (cylpebs ). Estes tipos
de moinhos com cylpebs são utilizados na moagem fina.

Moinhos

Moagem e moinhos semi-autógena e autógena.

Os moinhos semi-autógenos e autógenos são especialmente indicados para o trabalho com


material

que apresente dificuldade na britagem ou no peneiramento a úmido. A fragmentação ocorre pela


ação do próprio minério, moagem autógena.

8
A moagem semi-autógena fragmenta o minério com ajuda de cargas moedoras de forma a
processar as partículas finas. Os moinhos utilizam uma grelha de aço ou borracha para segurar os
corpos moedores e as partículas maiores. As partículas menores vão para baixo, como material
passante.

A moagem autógena é a cominuição de material num moinho rotativo, posicionado

horizontalmente. O sistema utiliza o próprio minério como corpos moedores, mecanismo para
uma possível aplicação em minério de ferro. .

Os moinhos de Rolo de Alta Pressão (High Pressure Grinding Rolls- HPGR) trabalham
gerando a compressão das partículas dos minérios, envolvendo as partículas individuais,
apertado-as entre superfícies convergentes de rolos. O mecanismo é responsável pela redução de
tamanho das partículas através da compressão.

Britadores

Os britadores de mandíbula

Devem ser constituídos de duas superfícies, sendo uma fixa e outra móvel. O britador
convencional trabalha com a alimentação feita a partir de uma abertura de alimentação fixa e
uma abertura de saída variável. O material a ser alimentado é fragmentado pela aproximação e
pelo afastamento da placa móvel, com uma rotação de aproximadamente 100rpm a 300rpm,
potência de 2,25kW a 225kW.

Os britadores de impacto Barmac são constituídos de um conjunto de peças que fazem com
que uma parte do material se choque com o material alimentado, de forma a jogar as partículas
de encontro a uma placa fixa, localizada dentro de uma câmara.

A energia mecânica preponderante, via impacto, é produzida por um rotor que gira a uma rotação
de 500rpm a 3.000rpm, com potência de 11kW a 450kW.

9
Conclusao

Apos a elaboracao do trabalho findo que ressalvou sobre a primaeira fase do tratamento mineral
com maior enfoque para as formas de fragmentacao e nocoes basicas sobre moinhos e britadores
e tambem mecanismos e os processos que os originam, contudo o avanco tecnologico tem
impulsionado a industria mineral com formas cada vez mais eficazes de beneficiar os minerais e
nota se tambem uma tendencia em melhor os circuitos de fragmentacao.

10
Bibliografia

MILLER, J. D, 1999, p.11-33. GAUDIN, A. M. Principles of Mineral Dressing. New Delhi:


MacGraw-Hill Publishing Company, 1971, Ch. 1. GUIMARÃES, J.E.P.

O Vulto Humano de Paulo Abib Andery. In: tratamento de Minérios e Hidrametalurgia, In


Memorian Prof. Paulo Abib Andery. Publicação do Instituto Tecnológico do Estado de
Pernambuco – ITEP, Recife, 1980, p.399. IBRAM/ANA.

Fragmentacao 2006, 338 p. KITCHENER, J.A. The froth flotation process: past, present and
future - in brief. In: The Scientific Basic of Flotation (Ives, K.J., ed.). The Hague, Martinus N.
Publishers, 1984, p. 3-5.

KUZWART, M. Prólogo. In: Rocas y Minerales Industriales de Iberoamérica. Editores:


Benjamin Calvo Perez, Anibal Gajurdo Cubillos e Mario Maia Sanchez, Instituto Tecnológico
Geominero de Espanha, 2000, p. 436.

LUZ, A. B. e DAMASCENO, E. C. Desativação de Minas, Tecnologia Ambiental, Série 14,


CETEM, 1996. LINS, F.F. Panorama das rochas e minerais industriais no Brasil. In:

Rochas e Minerais Industriais (Luz, A. B. e Lins, F.F., eds.). 2ª Edição, cap. 1, CETEM, 2008.
LINS, F.F. Energia e Água na Mineração (em elaboração). PRYOR, E.J. Mineral Processing (3rd
Edition) - London: Elsevier, 1965,

11

Você também pode gostar