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Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Automação e Segurança Industrial

Circuitos Combinacionais
Explicitação, simplificação e materialização

António Pessoa de Magalhães


SAIC/DEMEGI/FEUP – Março 2009

ASI - 2008/09 - Circuitos Combinacionais A. P. Magalhães --- 1 ---


Sumário

 Caracterização das Funções Lógicas Combinacionais


 Explicitação de Funções Combinacionais
 Simplificação de Funções Combinacionais
 Mapas de Karnaugh
 Materialização de Circuitos Combinacionais
 Conclusões
 Bibliografia

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Circuitos lógicos

 Circuitos que recebem, tratam e produzem variáveis


binárias

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Classes de circuitos lógicos

 Circuitos Combinacionais (ou Combinatórios)


 Os valores lógicos produzidos em cada instante
são unicamente função dos valores presentes nas
entradas
 Circuitos Sequenciais
 Os valor lógicos produzidos são função da
sequência de valores aplicados às entradas

Os Circuitos Combinacionais são muito simples...


Os Circuitos Sequenciais são muito vulgares...

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Exemplos

Um sistema combinacional...

Um sistema sequencial...

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Circuitos combinacionais

 Têm n ³ 1 entradas (I0,I1,...,In-1) e m ³ 1 saídas


(O0,O1,...,Om-1). Todos os Oi e Ii  B = {0,1}

I0 O0
I1 O1
Circuito
... Circuito ...
Combinacional
In-1
Combinacional Om-1

Por definição, o valor presente em cada


O0 = f0 (I0,I1,...,In-1)
saída depende do valor aplicado em cada
entrada. Logo, um c. combinacional O1 = f1 (I0,I1,...,In-1)
materializa m funções! ...
Om-1 = fm-1 (I0,I1,...,In-1)

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Aspectos a analisar

 Aspectos a analisar no âmbito das Funções


Combinacionais:
 Explicitação (como exprimir uma função)
 Equivalência (explicitações que dizem o mesmo)
 Simplificação (encontrar a forma mais simples)
 Materialização (tecnologias de construção de CC)

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Importante notar

 Dado que cada entrada (variável independente)


pode ser 0 ou 1, num sistema lógico há 2n
combinações possíveis dos valores de entrada
 Observando os valores de I0,I1,...,In-1 como um código,
tem-se que as entradas podem estar compreendidas
entre 00...0 e 11...1
 Observando os valores de I0,I1,...,In-1 como
coordenadas de um ponto, tem-se que os valores
possíveis de entrada formam os vértice de um hiper-
cubo a n dimensões

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Visualização

Exemplo: espaço de entrada B3 (3 variáveis de entrada)


I2
I2 I1 I0
0 0 0 100 101
0 0 1
0 1 0 B 1
0 1 1 110
111
1 0 0
1 0 1
... ... I0
1 1 0 000 001
1 1 1
0 I1
010 011

Uma função lógica mapeia cada código (ou ponto) no valor 0 ou 1 - ou seja, em B.
Neste caso mapeia B3 em B.
Se isto lhe parece estranho, pense num circuito em que uma lâmpada é de
alguma forma comandada por três interruptores...

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Explicitação de Funções Combinacionais

 Descreva o funcionamento desta “máquina”…

ia
rg
ne
e

A B C Z

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Tabelas de verdade

 Definem o valor lógico de cada saída para cada combinação


das entradas. Têm 2n entradas (linhas) e m saídas (na forma
de colunas). Exemplo:

A B C Z
0 0 0 0
0 0 1 1
A 0 1 0 0
Circuito Z 0 1 1 1
B
Combinacional 1 0 0 1
C 1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 0

São a forma mais natural e evidente de explicitar uma função


lógica - mas não a mais compacta...

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Generalizando...

A B C DZ Z Y
0 0 0 00 0 1
0 0 0
1 11 1 1
A
0 1
0 0
1 00 0 1
B Circuito ZZ 0 0
1 1 11 1 1
B Z 0
1 1
0 0 01 1 1
C Combinacional Y 0
1 0
1 0
1 11 1 1
C
D 0
1 1 0
1 00 0 0
0
1 1 1 10 0 1
1 0 0 0 0 0
1 0 0 1 0 1
1 0 1 0 0 0
1 0 1 1 1 1
1 1 0 0 1 0
1 1 0 1 0 0
1 1 1 0 0 1
1 1 1 1 0 1

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Explcitação algébrica

 As formas algébricas permitem calcular o valor da variável


dependente em função dos valores das variáveis
independentes
Oi = f1 (I0,I1,...,In-1)

 Tal como na álgebra clássica, atribuindo valores às variáveis


independentes e “fazendo as contas” obtém-se o valor da
variável dependente…
 Porém, todas as variáveis são binárias e os cálculos realizam-
se na Álgebra de Boole - envolvendo apenas produtos, adições
e complementos segundo as regras já estudadas…
 O operador produto é vulgarmente omitido, escrevendo-se,
por exemplo, AB em vez de AB.

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Forma algébrica

Exemplo
 Z = f(A, B, C, D) Z =(A+BC)(B+CD)

 Presta-se à manipulação algébrica:

Z =(A+BC)(B+CD)
= A(B+CD)+BC(B+CD)
= AB+ACD+BBC+BCCD
= AB+ACD+BC

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Formas canónicas

Há várias formas canónicas de escrever uma função


algébrica:
1ª Forma canónica – equivale a encontrar o termo lógico
que descreve cada combinação que é mapeada no
valor lógico “1” e adicioná-los
A B C Z
0 0 0 0 Exemplo: Z = ABC+ABC+ABC+ABC
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 1
1 0 0 1
1 0 1 1 A 1ª Forma canónica é um
1 1 0 0 somatório de termos mínimos
1 1 1 0

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Termos mínimos

 Um termo multiplicativo que inclui todas as


variáveis independentes denomina-se “termo
mínimo” – ‘min-term’ -, no sentido em que define
um (e um só) ponto no espaço Bn
A A

100 ABC
101 ABC

110 ABC
111 ABC
C C
000 001 ABC ABC

B B
010 011 ABC ABC

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Termos máximos

 Complementar um termo mínimo dá origem a um


termo máximo
 Um termo máximo (max-term) é um
 Termo aditivo que
 Descreve todos os pontos menos um em Bn (o
ponto correspondente ao termo mínimo original
é excluído)

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Exemplo em B3

 Considere-se o termo mínimo ABC (1 ponto)


Complementando, tem-se ABC = A + B + C - o termo
máximo que reúne os 7 pontos em que A ou B ou C
têm o valor lógico 0
A A

ABC ABC
ABC ABC
complemento
ABC ABC
ABC ABC
C C
ABC ABC ABC ABC
complemento
B B
ABC ABC ABC ABC

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2ª Forma canónica

 Adicionar 2 termos mínimos (distintos) resulta em 2


pontos
 Multiplicar 2 termos máximos (distintos) resulta em
2n menos 2 pontos

 Logo, é possível escrever uma função lógica como


um produto de termos aditivos de forma a excluir
todos os pontos que mapeiam o valor 0. Essa é a
filosofia da segunda forma canónica.

(Que resulta do produto de dois termos mínimos? E da soma de


dois termos máximos?)

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Exemplo

 1ª Forma canónica: A B C Z
Z = ABC+ABC+ABC+ABC 0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 0
0 1 1 1
 2ª Forma canónica: 1 0 0 1
1 0 1 1
Z = (A+B+C)(A+B+C)(A+B+C)(A+B+C) 1 1 0 0
1 1 1 0

A 2ª Forma canónica é um
produtório de termos máximos

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Outros exemplos

A B C D Z Y
Z=ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD
0 0 0 0 0 1
0 0 0 1 1 1
0 0 1 0 0 1
Y=(A+B+C+D)(A+B+C+D)(A+B+C+D) 0 0 1 1 1 1
0 1 0 0 1 1
(A+B+C+D)(A+B+C+D) 0 1 0 1 1 1
0 1 1 0 0 0
0 1 1 1 0 1
Exercícios: 1 0 0 0 0 0
Escrever Z na 2ª forma canónica 1 0 0 1 0 1
1 0 1 0 0 0
Escrever Y na 1ª forma canónica 1 0 1 1 1 1
1 1 0 0 1 0
Escrever Z na 1ª forma canónica 1 1 0 1 0 0
1 1 1 0 0 1
Escrever Y na 2ª forma canónica 1 1 1 1 0 1

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Gráficos e mapas

 Representação Gráfica da função Z= A B

 É possível representar esta função num mapa...

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Mapas de Karnaugh

 Mapas com 1 variável independente (2 células)


Z= A

Z= A 0
Z= A Z= A
0 1 1
1 0 0 1

 Eureka! Pontos, termos mínimos e células são tudo


a mesma coisa?!

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Mapas com 2 variáveis independentes

X= AB  Que função é esta?


00 01 11 10

0 1 0 1  E esta?
 E esta?

Y= A
0
B 1

1 0 0 W= A
0
0 1 0 0
B 0 1

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Mapas com 3 variáveis independentes

U= A
0 1 0 0
0 0 0 0 B
C

 Procurar mapas e distribuições alternativos

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Mapas com 4 variáveis independentes

V= A
0 0 0 0
0 0 0 1
B
0 0 0 0
C
0 0 1 0

 Procurar mapas e distribuições alternativos

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Preenchimento

Exemplo: Z= (A+B)C

Z= A
0 0 0 0
C 0 1 1 1

B
A+B
Z= (A+B)C
A

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Alternativa

Z= (A+B)C = AC+BC

Z= A Z= A
0 0 0 0 0 0 0 0
C 0 1 1 1
+ C 0 1 1 1
=
B Z= AC B Z= BC

Z= A
0 0 0 0
C 0 1 1 1

B Z= AC+BC
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Muito diferente

Z= A+BC

Z= A
0 1 0 0
0 1
C 0 1 1 1

Z= A+BC
BC

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Preenchimento por T. Verdade

A B C D Z
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1 A
0 0 1 0 2
0 0 1 1 3
0 1 0 0 4
0 1 0 1
0 1 1 0
5
6
B
0 1 1 1 7
C
1 0 0 0 8
1 0 0 1 9
1 0 1 0 10
1 0 1 1 11 D
1 1 0 0 12
1 1 0 1 13
1 1 1 0 14
1 1 1 1 15

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Exemplo

A B C D Z
0 0 0 0 0
0 0 0 1 1 A
0 0 1 0 0
0 0 1 1 1
0 1 0 0 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 0
B
0 1 1 1 0 C
1 0 0 0 0
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 0 1 1 1 D
1 1 0 0 1
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 0

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Mapas 4, 5 e mais variáveis

A A
W= 0 0 0 0 0 0 1 1
W= AC
0 1 1 0 0 1 1 1
C C
0 1 1 0 0 1 1 0
D D
0 0 0 0 0 0 0 0
B B
E W= AC+BDE
A A
0 1 1 0 0 1 1 1
0 1 1 0 0 1 1 1
C C
F 0 1 1 0
D
0 1 1 0
D
0 1 1 0 0 1 1 0
W= AC+BDE+AF
B B
E
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Diagramas Lógicos

 Forma de representação esquemática muito


utilizada na análise de circuitos. Depende da
tecnologia...
 Exemplo (electrónica digital):

Z=(A+BC)(D+BE)

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Diagramas Lógicos

 Outro exemplo

 Que função está aqui representada?

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Diagramas Lógicos

 Circuito electromecânico

Que função está aqui representada?

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Diagramas Lógicos

 Diagramas de contactos

Alternativa (mais vulgar)

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Diagramas Lógicos

 Blocos Lógicos

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Simplificação de funções

 As formas canónicas têm uma grande relevância em


termos geométricos, mas menor importância em
termos de construção de circuitos...

 Antes de materializar um circuito importa, se


possível, encontrar a forma mais adequada
(normalmente a mais simples) de o descrever:
circuitos com menos componentes = circuitos mais
baratos, mais fiáveis, menor consumo, mais
rápidos...

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Métodos de simplificação

 Estudam-se 2 métodos de simplificação de funções


lógicas:
 Por manipulação algébrica – sempre aplicável
 Por mapas de Karnaugh – só aplicável a sistemas
com poucas variáveis independentes

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Simplificação Algébrica

 Desvantagens:
 Obriga a conhecer bem a Álgebra de Boole
 Requer bastante prática no caso de expressões
complexas

 Exemplo:
Z=ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD+ABCD
=ACD(B+B)+BCD(A+A)+BCD(A+A)
=ACD+BCD+BCD

Nota: Esta última soma de produtos já não está na 1ª forma canónica...


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Simplificação por Mapas-K

 A simplificação por mapas de Karnaugh é muito


simples e expedita

 Tem por base o conceito de células (ou pontos ou


termos mínimos) adjacentes

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Células Adjacentes

 Diz-se que duas células são adjacentes A


quando as combinações que denotam 
só diferem no valor lógico de uma
variável
   B
C
A
   ABC ABC
 B ABC A
C ABC   
 B
C
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Explorando as Adjacências

 Importância das adjacências Y= A


0 0 0 0
0 0 1 1 B
A
X= C
 1 1
 Y = ABC + ABC
B

   = (A+A) BC
C

   = BC
D X= BCD

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Mais Adjacências

 Grupos Adjacentes

A A
X= Y=
1 1 1 1
1 1
B B
C C
1 1

D D
X = BCD + BCD = CD Y = AB

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Exercícios

 Retirar a função Z = ...

Z= A
1 1 1
1 1 1 1
B
1 1 1 1
C
1 1 1 1 Perguntas fáceis:
D
Quantos “1’s” pode ter um grupo ?
E se no mapa só houver “0’s” ?
E se no mapa só houver “1’s” ?

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Genericamente...

 Como proceder para obter a expressão mais simples


a partir de um mapa-K?
 Agrupar os “1’s” no menor número possível de
grupos e tão grandes quanto o possível!

A
Z=
1 0 0 1
0 1 0 0
C
1 1 1 1 Z=D
Z=D+AC
Z=D+AC+ABC
D
1 1 1 1

B
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Importa Notar

 Os Mapas-K conduzem a uma soma de produtos...


Porque se fazem grupos de “1’s”
 Se se fizerem grupos de “0’s” obtém-se um produto
de somas!
A
Z= Z=(A+C+D)(A+C+D)(A+B+D)
1 0 0 1
0 1 0 0
C
1 1 1 1
D
1 1 1 1
Esta solução não é única!!!
B
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Irrelevâncias

 Nem sempre todas as combinações matemáticas das


variáveis independentes têm sentido prático –
pense-se num cilindro e 2 fins-de-curso associados
 Para esses casos, é vulgar assinalar-se por X o valor
lógico a produzir nas saídas (X = don’t care, ou
irrelevante)

A B Z Y
0 0 0 0
0 1 1 0
1 0 0 1
1 1 X X
Ao simplificar um mapa-K há muitas vezes que
lidar com situações de irrelevância...

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Irrelevâncias em mapas-K

 Nesse caso: cada “X” será ou não incluído num


grupo, conforme isso seja ou não favorável - ou para
construir grupos maiores ou para formar menos
grupos. Exemplo:
A
0 0 X 0
1 1 X 1
B
1 1 0 0
C
0 X 0 0

D
E se tivéssemos feito grupos de “0’s”?

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Materialização

 É possível materializar funções lógicas em:

 Circuitos electromecânicos - contactos


normalmente abertos ou fechados, ligados em
série ou em paralelo
 Circuitos pneumáticos - válvulas “E”, “OU” e
“Não” ligadas entre si
 Circuitos electrónicos – circuitos integrados
digitais, interligados

 Tudo isto são soluções cabladas

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Circuitos Integrados

 Soluções económicas,
rápidas, muito fiáveis e
de baixo consumo

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Soluções Programadas

 É também possível materializar uma função lógica


por “software” – solução programada. Para isso
usam-se “controladores lógicos programados”,
conforme se verá noutros capítulos da disciplina

ASI - 2008/09 - Circuitos Combinacionais A. P. Magalhães --- 52 ---


Conclusões

 Os sistemas lógicos podem ser combinacionais


(combinatórios) ou sequenciais, sendo os primeiros os
mais simples
 As funções lógicas podem ser explicitadas por tabelas
de verdade, expressões algébricas, mapas de
Karnaugh e diagramas lógicos.
 As tabelas de verdade são simples de compreender
 as expressões algébricas são manipuláveis
 os mapas de Karnaugh prestam-se à simplificação
 os diagramas lógicos são de fácil análise e
materialização

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Conclusões

 Simplificar uma função lógica é uma tarefa


importante mas nem sempre fácil de realizar
algebricamente. Os mapas-K dão uma ajuda mas são
impraticáveis para um número elevado de variáveis
independentes
 As funções lógicas podem ser materializadas em
diversas tecnologias, havendo que distinguir entre
soluções cabladas e programadas. O espectro de
possibilidades para o primeiro caso é muito
considerável

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Bibliografia

 Texto fornecido
 Qualquer um dos muitos livros sobre “sistemas
digitais” existentes na Biblioteca. Por exemplo:
 “Modern Digital Design” / Richard S. Sandige
 “Contemporary Logic Design” / Randy H. Katz
 “Introduction to Digital Logic Design” / John P. Hayes

 Inúmeros tutoriais disponíveis na WEB – tanto sobre


lógica combinacional como mapas de Karnaugh

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Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Automação e Segurança Industrial

Fim do Capítulo

António Pessoa de Magalhães


SAIC/DEMEGI/FEUP – Fevereiro 2008

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